quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Deputado Vic que papelão.


Texto: Jornalista Ana Celia Pinheiro do Blog "Perereca da Vizinha"

Já que o senhor quer fazer críticas públicas, então, vamos lá.


São exatamente 13h40 de sexta-feira.


Há uns 15 minutos consegui, finalmente, postar a entrevista com o Parsifal Pontes no seu blog.


Mas, não consegui falar com o senhor.


Porque o senhor não atende meus telefonemas. E, como diz em seu blog, cansou de esperar e foi para o Doca Speto, jogar conversa fora com o Orly.


Bom para o senhor, que está aí, comendo bacana, enquanto que eu estou aqui, tendo de escrever esta postagem, com a barriga doendo de fome.


Sei que prometi entregar a matéria ao meio-dia, mas, não deu.


Infelizmente, deputado, sou humana: cago, mijo, como, tomo banho e também me canso de trabalhar, como, aliás, todo e qualquer ser humano.


Saí da entrevista com o Parsifal já no começo da noite de quarta-feira, depois de ter trabalhado desde às oito da manhã.


Passei no supermercado, para levar comida para casa. Porque, infelizmente, deputado, além de trabalhar fora, também administro uma casa. Não tenho empregada, nem dinheiro para pagar empregada, capitchi?


E talvez o seu grande erro seja este: querer medir todo mundo pelas condições materiais que o senhor possui. E por essa sua eletricidade, que não lhe deixa nem dormir direito.


Quando cheguei em casa, na quarta-feira, já era tarde e eu estava cansada, porque, como já disse, infelizmente, sou humana.


Ontem, às 8 da manhã, comecei a trabalhar, novamente, para ajudar com materiais para o blog.


E aí, quando estava a fazer isso, veio o pessoal de O Liberal pedir esclarecimentos seus para a matéria de domingo.


E eu – como o senhor sabe muito bem – tive de parar para ver isso. Só depois, por volta das 10 da manhã, tive condições de começar a decupar a entrevista. E à tarde, quando o senhor chegou de Brasília e conseguiu as informações solicitadas, ainda tive de parar novamente, para produzir aquela nota, para O Liberal.


Mesmo assim, acabei o serviço ontem mesmo – quando já era mais de meia-noite.


Fui dormir – porque os seres humanos, sabe deputado, têm de dormir...


Mas, hoje, às 8 da manhã, estava no batente, buscando notícias de jornal, para colocar no seu blog.


Às 9, o senhor me ligou e disse que não interessavam mais tais notícias. Voltei-me, então, para o entrevistão-tão-tão-tão com o Parsifal.


Tinha mais ou menos 50 mil toques. Consegui reduzir para 35 mil, o equivalente, mais ou menos, a três páginas de jornal.


Fui, então, postar a matéria, por volta, como já disse, das 13h10m. Por três vezes não consegui entrar no infernal administrador do blog. E já me preparava para lhe mandar o material por e-mail, quando, finalmente, consegui concluir essa tarefa hercúlea.


Para minha surpresa, dei com o seu post, que considerei simplesmente LAMENTÁVEL, dado o meu esforço.


Não reclamo de trabalho, deputado. Quem me conhece sabe que sou pé de boi.


Mas, não acho justo o senhor ficar me criticando assim, publicamente, como se eu estivesse a brincar de trabalhar.


Viro a noite trabalhando – já fiz isso inúmeras vezes. E até estou velha, neurótica e gorda por causa disso.


Posso até valer por duas. Mas, sinceramente, não posso valer por três ou quatro.


Acho que o senhor foi de uma indelicadeza enorme em relação a mim.


Até porque, como ambos chegamos à mesmíssima conclusão, no final deste mês eu vou-me embora; vou fazer outro trabalho – e o senhor poderá, então, quem sabe, encontrar alguém que corresponda às suas expectativas.


Mas, creio, sinceramente, que até lá podemos ter uma relação minimamente civilizada, não é?


O que implica dizer NÃO FICARMOS NOS ESTAPEANDO PUBLICAMENTE.


Agora, se o senhor me der licença, vou tomar um banho e comer alguma coisa, para fazer o outro entrevistão-tão-tão-tão-tão, que o senhor marcou para às 16 horas desta sexta-feira – o que me obrigará a trabalhar, certamente, o sábado inteiro a fim de que possa ser postado na segunda-feira de manhã.


Hoje é sexta-feira e vou encher a cara, como todo ser humano deveria fazer, aliás.


E vou aproveitar para falar muito mal do senhor.


FUUUUIIIIIIII!!!!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Típico discurso de quem quer esconder sua incompetência. Na era Stalinista iria para o Paredon. Nos dias atuais não merece o emprego de jornalista.



Paulo Nunes