terça-feira, 20 de abril de 2010

O Encontro.


Jader Barbalho e Ana Júlia voltaram a se encontrar, é um bom sinal, depóis de uma semana de troca de farpas, e muitos recados duros de lideranças petistas que nessa semana cobraram posicionamento do PMDB em relação ao Governo e a reeleição da governadora, o clima esquentou .
O que Jader e a Governadora conversaram até agora está no campo das especulações, conversa de vizinho é que não foi.

Jader sabe que a terceira via está cada vez mais longe, sair candidato ao governo iria atrair a ira de legiões de inimigos em todas as áreas (justiça, imprensa nacional etc.) e caminhar com a turma do Jatene é o pior cenário. Ele não teria palanque com Dilma ( um palaquinho com um candidato laranja, não seria bem visto pela coordenação da campanha de Dilma) e Jatene, se eleito -- sendo mantidas as atuais regras eleitorais -- começaria a campanha de reeleição no primeiro dia de mandato, e aí seria parada dura para Helder em 2014.
Se Almir que é Almir o PSDB descartou como saco velho, imagine Jader.

O tempo passa e Jader pode está vivendo seus últimos dias de Rei Midas, aquele que tudo que tocava virava ouro, mas sem poder usufruir.
O tempo não para, já cantava o poeta Cazuza.

5 comentários:

Anônimo disse...

Esse encontro foi combinado, Jader pediu isso provavelmente para poder abrir uma discussão com o governo, não queria passar a imagem que perdeu os pontos, e precisava montar uma história para não deixar seus Cachorros Loucos que vem atacando o governo fiquem totalmente desmoralizados , Parsival e outros, que latem mais não morde.
Na verdade Jader como bom jogador viu que seu limite de barganha estava chegando ao fim, como diz a matéria, O rei Midas não pode ser governador por vários motivos (veja o caso Arruda) e não tem um nome forte para apoiar e que esteja sobre sua tutela, , tem votos e depois? então o acordo foi esse Jader fica em casa, Paulo Rocha passa na casa de Ana Júlia leva ela na casa do Jader que por mera coincidência está lá, e rola o papo. Ai o Louco do Parsival Pontes que não gostou muito, mas quem tem chefe tem que se calar (Manda quem pode obedece quem tem juízo), fez aquela auê, na verdade os dias dele de bobo da corte estão acabando, vai ter que ir ao beija mão da governadora.

Carlos Magno

Anônimo disse...

Jader está na berlinda, ou apoia a governadora ou vai ficar na arquibancada, esperando o 2 º turno e senão tiver o 2º turno como vai ser Jader?

Beraldo Boaventura.

Anônimo disse...

ANA SE DESESPERA E "BEIJA A MÃO" DO CORONEL BARBALHO, nada de novo nas eleições 2010 do Pará.

Nunca vi uma eleição tão catimbada, onde os principais personagens dialogam, arquitetam, conchavam, tramam e decidem seus passos, estratégias e táticas a portas fechadas e sem comentários a mídia que, de tão dócil que está nada cobra, nada vê de errado neste deserto de informações numa postura que realmente dista muitíssimo daquela dos manuais do bom jornalismo investigativo e independente. Onde estão os tais formadores de opiniões que nada opinam? Ou talvez por nada saberem dos fatos ou estarem numa intimidade tão grande com os “graúdos” da política que sucumbiram aos seus “encantos” e “desejos”?

Um desses indícios ou vestígios é a forma como a mídia alternativa e oficiosa tratou o “beija a mão” acima mencionado como uma ação de “grandes estadistas“, de um lado Ana Júlia como a “grande líder” e Jáder o “grande chefe dos chefes”. O que deveria ser visto como piada pronta tomou um “banho de loja (ou marketing)” e foi apresentado como algo “digno e natural“ de líderes civilizados e republicanos. Uma farsa! Um engodo! Uma brincadeira de mau gosto, caso não fosse tomado por sério pela mídia paraense, lamentável!

O evento está, na opinião singela de um leitor de inteligência mediana, como este que vos escreve, certamente está circunscrito na velha prática da “república dos coronéis”, onde os líderes mais jovens e inexperientes ou com menos poder de “fogo e votos” vai ao mais forte, experiente e poderoso pedir sua permissão e apóio para essa ou aquela disputa eleitoral.

Talvez o mérito dela, Ana Júlia, tenha sido o de resistir por mais tempo e resignação a enveredar por este lamentável caminho da velha política oligarca, logo ela que se dizia socialista e “guerreira”, acabou no lugar comum onde todos aqueles que desejam prolongar sua passagem pelo poder terminam por freqüentar, ou seja, os acordos espúrios e inescrupulosos com as velhas oligarquias.

É realmente lamentável aonde a representante do PT chegou, daí pra frente não há limite para “ousar” para se manter no poder, ela e seu pequeno grupo de aproveitadores e saltimbancos.

Mais estranho que isto só mesmo a postura da Professora Edilza Fontes, que dizem ser petista de carteirinha e é ex-DS, ex-PTP, ex-Escola de Governo, ex-candidata a dep federal e ex-expoente do governo petista, que foi também “beijar a mão” do Jáder para ajudar seu maninho reitor do IFPA e, principalmente, a sua propria candaidatura a deputada estadual.

Logo ela que se diz petista com história (será por ser historiadora?), vai ao Jáder podendo solicitar apóio dos seus companheiros petistas Zé Geraldo ou mesmo Paulo Rocha que é o "cara" do Lula no Pará.

A "baixinha" (como ela trata a todas e todos) parece mesmo é que fará uma campanha para muito além do PT, da esquerda e dos ideais socialistas que diz defender...

Já ia esquecendo, o mais estranho neste episódio é ver uma petista, pedindo apoio a um pemedebista para interceder junto a um governo petista (Lula).

Será que ela está tão desprestigiada no PT que ninguém lhe daria uma mãozinha? Será que o "beija mão" ela estaria é querendo alguns votinhos do PMDB abençoados pelo "coronel Barbalho"? Ou ela tá querendo mudar de partido numa possível vitória do pmdb em 2010?

Quem puder responda!

PS: Talvez a resposta ajude a responder o por quê da sangria desatada da professora Edilza em noticiar por primeiro o encontro supra e poder “informar” as opiniões e “visões” políticas de Jáder.

Abraço e sucesso

Blog do Joclau disse...

O Jornal Pessoal de Lúcio Flavio Pinto,edição de março, fez uma analise interressante das eleições de 2010. Nele afirma que Jader está numa situação mais difícil que do que a de 2006, por conta da aliança com o PT, que ele qualificou como precária, na qual os parceiros (PT X PMDB)desconfiam uns dos outros.Caso Jader decida disputar o governo certamente irá para segundo turno com Ana Júlia, mas ele levanta uma questão, qual será o comportamento do eleitor,diante do seu já conhecido alto indice de rejeição, quando a eleição estiver polarizada provalvemente com Ana Júlia? Qual deles se apresentará aos indecisos, aos céticos e aos contrários como "o menos pior " o menor dos males? Ele conclui afirmando que Jader deve opinar pelo Senado, onde sua vitória é certa e menos arriscada!!

Anônimo disse...

Meu caro anônimo das 20:26,
Não sei o seu grau de percepção da luta política em nosso país. Contudo, não precisa-se de grandes análises para entender que no estágio atual da luta de classes no país, ainda não estão criadas as condições revolucionárias, não há um partido revolucionário nem propaganda revolucionária, embora já exista, a muito tempo, uma das condições que é a barbarie social a que estão submetidos milhares de seres humanos em nosso planeta.
Dito isso, cidadão, compreenda estaremos participando de uma eleição, nos marcos da democracia burguesa, com todos os seus limites, onde a esquerda precisa fazer alianças para governar e implementar seu programa e fazer o povo experimentar a chamada democracia representativa da forma mais direta, quanto possível.
Cidadão é a miséria da política, sua crítica, aparentemente, correta, é reducionista, senso comum e não consegue compreender que a esquerda no Pará, não tem ainda "musculatura" suficiente para enfrentar os velhos coronéis e entre eles Jáder Barbalho.
Afirmo-lhe, com todas limitações desta análise, a esquerda ainda não tem peso e nem capilarização social e política suficiente para ter que enfrentar esses coróneis. Espero que um dia tenhamos forças suficientes para isso, e veja sem querer ser etapista, apenas analisando dialéticamente nossa realidade.
Quanto a governadora ela sinaliza, simbólicamente, que não é sectária e nem arrogante, demonstra humildade, característica fundamental para toda boa liderança, e, ainda sensibilidade quando coloca acima de seus interesses, os problemas e soluções da política paraense. Quanto ao tempo, cidadão, é otempo da política, ou seja, momento certo para diante das disputas colocadas, contruir-se soluções que nos permitam, com todas contradições, avançar no sentido de reproduzirmos o governo poplular.
E por último, meu caro, há atores e atores neste cenário de luta política e sem pretender ser o dono da verdade, muito pelo contrário entendo que uns serão mais governistas, outros menos governistas e até mesmo terão aqueles que serão mais ou menos adesistas a esses coronéis, ou seja, faz parte do jogo político... é a miséria da política!!!
Saudações democráticas