sábado, 30 de janeiro de 2010

Dilma sobe nas pesquisas e PIG (Partido da Imprensa Golpista) sofre.



Eu Choro.....



Serra – 34%




Dilma – 27%

Ex-presos políticos discutem direitos humanos no Fórum Social Temático de Salvador


Ex-presos políticos discutem direitos humanos no Fórum Social

"Direitos humanos no século XXI e as questões dos desaparecidos políticos" foi o tema da mesa de debates do "Fórum Social Mundial (FSM) - Temático Bahia" realizada no Hotel Sol Barra, pela tarde de sexta-feira (29). Os palestrantes foram o deputado federal Emiliano José (PT-BA); o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda; a viúva do ex-líder comunista Carlos Marighella, Clara Charf; a presidente do grupo Tortura Nunca Mais, Diva Santana; e o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Nelson Pelegrino.

O deputado Emiliano José, ex-preso político, destacou a admiração por todos os componentes da mesa que, segundo ele, têm profunda dedicação aos direitos humanos. Lembrou que a ditadura no Brasil causou mortes, torturas, repressão, e que não é isso que se quer com a Comissão Nacional da Verdade.

"Não nos diga que estamos com espírito de revanchismo. Nós não somos torturadores. Não descansaremos enquanto a verdade não vier à tona, enquanto os opressores não forem julgados. É como se os mortos nos cobrassem. Continuam a fazer parte de nossas vidas. Nos lembram dos ecos do passado. Ousamos a desafiar a ditadura. Esta luta teve um começo e terá um fim", declarou o deputado.

Emiliano leu para os presentes uma carta de sua autoria publicada no site da Carta Capital (dia 29/1), feita para o ministro dos Direitos Humanos. No texto, intitulado "Carta aberta ao ministro Paulo Vannuchi", o deputado defende o apoio de Vannuchi ao Plano Nacional dos Direitos Humanos e à Comissão Nacional da Verdade.

O ex-deputado federal de Minas Gerais Nilmário Miranda, também ex-preso político, recordou que foram 163 desaparecidos no Brasil durante a ditadura, além de centenas de presos e torturados. Para ele, a anistia é um processo que ainda não acabou. "Lembro da Guerrilha do Araguaia, que envolveu mais de 30 mil soldados ordenados para matar. Não houve nenhum preso. Passado esse tempo todo, o governo reconheceu e indenizou algumas vítimas do golpe militar. Não podemos deixar que essa história acabe assim".

A ex-presa política no governo Getúlio Vargas, Clara Charf, disse: "Nunca tivemos um período tão longo de democracia como agora. Foi a luta do povo, as idéias socialistas. É importante a luta pela nossa história". Charf destacou que Marighella foi uma grande figura no Brasil. "Passou por muitos períodos. Teria sido um desaparecido político, mas não conseguiram. Tentaram elimina-lo várias vezes, mas não puderam esconder sua morte. O Fórum Social Mundial faz parte da luta de todos nós".

Diva Santana ressaltou que o diferencial do Fórum Social é o debate sobre a Comissão Nacional da Verdade. "Devemos mostrar para o mundo as torturas, sequestros, mortes. Temos testemunhas dos absurdos que eram cometidos nos cárceres. Antes se discutia a Anistia. Agora que ela veio, embora não da forma que todos queríamos, estamos em busca da verdade. Somos o único país da América Latina que não tem Comissão da Verdade. Não podemos permitir que a história do nosso povo não seja contada".

Nelson Pelegrino destacou que o FSM tem um papel importante para tornar o mundo melhor. "Comemoramos os 30 anos de anistia em 2009. Sabemos que é uma anistia restrita, que está por se completar. Agora a luta é outra. As pessoas querem saber onde foram parar os seus entes queridos desaparecidos. Nunca mais vivamos a ditadura no nosso país", concluiu.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Secretaria de Cultura do Estado do Pará e ESA (Escolas de Samba Associadas), Levam Carnaval para Praça da República neste domingo(31/01)!


Secult pilotada por Edilson Moura (foto) e ESA promovem Arrastão das Escolas de Samba neste domingo, na Praça da República,

No cortejo, as agremiações devem apresentar todas as novidades previstas para o desfile do Carnaval 2010.
Neste domingo, 31 de janeiro, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e a Escolas de Samba Associadas (Esa), entidade, realizam o Arrastão das Escolas de Samba do Grupo Especial, ainda na programação do Aniversário de Belém da Secult. No cortejo, as agremiações devem apresentar todas as novidades previstas para o desfile do Carnaval 2010.

O arrastão deve se concentrar às 9 h, da Escadinha ao lado da Estação das Docas, de onde segue até a Praça da República, às 10 h. Ali, a programação segue no anfiteatro da praça. Participarão do arrastão todas as escolas do primeiro grupo: Alegria, Alegria; Bole-Bole; Deixa Falar; Quem São Eles; Piratas da Batucada; Rancho Não Posso Me Amofiná e Embaixada de Samba Império Pedreirense.

Segundo Alex Meireles, presidente da Esa e do Império Pedreirense, a parceria entre a Secult e a entidade, garante a popularização do desfile desse ano. “Vamos levar as baterias, mestre-sala e porta-bandeira, brincantes. Assim, quem não conhece o samba enredo de 2010 da sua escola de coração, vai conhecer”, afirmou. “Assim, levamos também o lazer e o samba para a Praça da República”.

Puxirum - Por toda cidade, a cultura estará presente neste mês de janeiro, em que Belém completa 394 anos de história, com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) promovendo mais uma edição do Puxirum – Aniversário de Belém 2010. Nas praças de Belém e nos espaços culturais, a cultura se destaca pela diversidade de manifestações presentes em toda a programação da ação.
Em Tupi Guarani, a expressão Puxirum significa cooperação, união, mutirão, coletividade, partilha e ajuntamento de pessoas. E é realizado pela Secult, em parceria com os outros órgãos do Estado como a Fundação Curro Velho, Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur), Fundação Carlos Gomes e Instituto de Artes do Pará (IAP).

Deu no Blog Espaço Aberto


Jader, hoje, não tem pretensões de seguir com Ana Júlia
Então é isso.Continua tudo na estaca zero.Continua tudo naquela base do não ata nem desata.A passagem do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, por Belém, acrescentou muito pouco – ou quase nada – na tentativa de recompor PT-PMDB e fazer com que os dois partidos mantenham a aliança para reeleger Ana Júlia em outubro.De concreto mesmo, apenas manifestação do desejo do Palácio do Planalto para que, numa eventual composição, os candidatos ao Senado sejam Paulo Rocha (PT) e Jader Barbalho (PMDB).Quanto ao essencial – a pretensão do PMDB de indicar o candidato a vice de Ana Júlia -, todos desconversaram.E ainda tem mais.Ainda tem a declaração – formal, pública, oficial – de Jader, segundo matéria assinada pela repórter Rita Soares que o Diário do Pará, jornal do próprio Jader, publicou na terça-feira.Disse o deputado:“Ficou feliz que estejam torcendo pelo meu retorno ao Senado, mas a decisão será tomada por mim e meus companheiros do PMDB do Pará.”Olhem só.Pode anotar isto.Hoje, dia 29 de janeiro de 2010, Jader não tem qualquer pretensão de seguir no barco de Ana Júlia.Amanhã, dia 30, pode mudar tudo.Tudinho.Mas o quadro hoje, sexta, 29, é este: Jader quer mesmo é desvencilhar-se de Ana Júlia.Mas aguardemos.As águas rolam até a undécima hora. Rolarão até outubro.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Helder Barbalho: "Ser ou não ser Vice".



Deu no Blog do Bacana.



Se o PMDB fechar com o PT - eu disse se... - quem seria o nome mais indicado para ser vice de Ana ?

Luiz Otávio Campos ?

Hildegardo Nunes ?

Parsifal Pontes ?

Helder Barbalho ?

Bom, os três primeiros eu não sei mas Helder indagado pelo blog disse; - Mas trocar a prefeitura de Ananindeua para ser vice Governador !!! ( assim, meio desanimado) É...

Opinião do Internauta: Em 2004 o governador Simão colocou o Banpará à venda. Pelo menos foi o que anunciou o seu provável comprador, o Banco do Brasil


Jorge Amorim Editor do blog Na Ilharga:

"Ao contrário do que diz o labiríntico senador, em 2004, o governador Simão colocou o Banpará à venda. Pelo menos foi o que anunciou o seu provável comprador: o Banco do Brasil.
Só depois que a então senadora Ana Júlia enviou requerimento, com pedido de informações ao Ministério da Fazenda foi que este negou a transação. Portanto, em se tratando de tucanos, tudo pode ser vendido. De companhia de mineração a terminal rodoviário, passando por estádio de futebol"
.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

No Twitter com Secretário Claudio Puty: Banpará.


@ananindebates O Senador Flexa Ribeiro afirmou que os tucanos não vendem o Banpará, em caso de vitória do Jatene.

@ananindebates Segundo o Senador a governadora já faz negociação com o Banco do Brasil, Secretário existe essa negociação ?



claudioputy O desafio do Banpará é a portabilidade em 2011, que terá um impacto sobre sua operações. Há um compromisso nosso contra a privatização.


claudioputy O senador Flexa Ribeiro deveria lembrar que o Banpará na gestão do PSDB teve lucro 6 vezes menor que no governo Ana Julia.

sábado, 23 de janeiro de 2010

No Twitter com o Senador Flexa Ribeiro


ananindebates @ Senador Flexa Ribeiro se os tucanos ganharem a eleição no Pará o Banpará vai ser vendido?

flexaribeiro@ Não. Não foi e não será. Abs.

flexaribeiro@ É mais fácil a Governadora, já que faz negociações com o Banco do Brasil. Isso é o que sei. Com o PSDB, o Banpará foi mantido

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PSOL e PV o Sonho Acabou.



Resolução da Executiva Nacional do PSOL sobre negociações com a pré-candidatura de Marina Silva.


- Considerando a resolução do recente Diretório Nacional do PSOL, definindo critérios para as negociações com a pré-candidatura de Marina Silva, e que estes critérios foram encaminhados em reunião da comissão do PSOL juntto ao Partido Verde;

- Considerando que entre os critérios está a independênciia política da candidatura de Marina e a necessidade de enfrenttar a polarização conservadora entre PT e PSDB;

- Considerando que para que esta independência se concretize, allém da linha gerral da campanha nacional, um dos critérios estabelecidos na proposta do PSOL foi a construção de palanques estaduais na disputa eleitoral de 2010 que não fossem ligados a estes dois blocos acima referido;

- Considerando que o PV estabeleceu uma colliigação com o PSDB para as eleições no Rio de Janeiro e que esta política expressa, além de negar a independência dos palanques estaduais, indica uma decissão por não enfrentar a polarização conservadora no plano nacional;

A Executiva Nacional resolve:

- Considerar encerradas as negociações em torno do apoio do PSOL à candidatura do PV à presidência da República;

- Deliberar que o PSOL encaminhará os processos internos de construção de sua candidatura própria à presidência da República, organizando e preparando os debates entre os pré-candidatos nos mecanismos e instâncias partidária.

Brasília//DF, 21 de janeiro de 2010.

Executiva Nacional do PSOL

Telma eu não sou Gay

O Deputado blogueiro Vic Para Vice de Abdon

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Deu No Blog da Frassinete: Deputado Vic procurado


Impunidade & injustiça
Se qualquer cidadão trabalhador, honesto, cumpridor de seus deveres, deixar de pagar suas contas, seus empregados e seus impostos, já sabe: arcará com juros, multas, penalidades sem fim, pode até perder o emprego.
Pois o deputado federal Vic Pires Franco, tão rico e viajado, além de ter sido acionado em dezenas de processos judiciais perante a Justiça Federal e a Justiça do Trabalho, por não pagar suas dívidas, responde no TJE-PA aos processos
2009.3.014400-7; 2009.1.042562-5; 2008.3004092-5; 2001.1.022730-4; 2008.1.001925-5; 2008.1.036928-8; 2007.1.044666-5; 999.1.023221-5; 2007.1.086456-0 (Valéria também).
Até agora - pasmem! - não teve que desembolsar nem um tostão. Sabem por que? O Tribunal não consegue encontrá-lo! Seu endereço, vejam só, tem sido incerto e não sabido todos esses anos.
E assim, fugindo das citações, retendo indevidamente processos nas mãos de seus advogados, através de mil e duas artimanhas, as cobranças - acreditem -
prescrevem! É só clicar em cima dos números dos processos e vocês poderão ler a íntegra da situação de cada um. Verão que, durante anos e anos, eles ficam parados, sem despachos, sem mandados, sem nada.Ah! Mas não queiram fazer a mesma coisa, porque irão se dar mal.
Note-se que o Mandado de Segurança
2008.1.021380-7, de autoria de Vic contra a Procuradora Chefe da Secretaria de Finanças de Belém, cujo pedido de liminar foi indeferido, ficou de 11/08/2008 até 16/12/2009 com o advogado, o que motivou o seguinte despacho, em 17.12.2009: “RH. Efetive Certidão circunstanciada sobre o tempo em que o Processo se manteve em mãos do Patrono da parte; Evidencie o longo tempo de mantença, mais de 365 dias, e a forma do resgate. P.R.I.C Belém, PA, 17 de dezembro de 2009. Dra. Edinea Oliveira Tavares, Juíza Titular da 5a. Vara de Fazenda”.
E prestem atenção no processo
2008.1.009121-1, em que Vic e Valéria pedem a condenação por danos morais da jornalista Ana Célia Pinheiro e de Jader Barbalho Filho: os dois políticos tiveram que ser intimados a pagar as custas (nem pensar!), no prazo de 30 dias, em despacho datado de 19 de março de 2008. Os autos foram parar na Defensoria Pública. Que, espera-se, esteja atendendo a Ana Célia e não os ricos que não gostam de gastar com advogados.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Deu no Blog da Perereca da Vizinha

Mas será o Daniel Dantas?









Financiamento bicudo I
Conhecido empresário garante ter presenciado animado convescote entre representantes do “alto escalão” do tucanato paraense e emissários do enroladíssimo banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity.
Dantas estaria irritado com as invasões dos sem-terra às fazendas que teria “adquirido” no Pará – ou “grilado”, como sustentam os detratores da estrela-mor da Satiagraha. Além disso, cultivaria certo rancor em relação à governadora Ana Júlia Carepa, que, desde a época do Senado, não se cansa de estapeá-lo. Daí a opção$$$ de Dantas e seu poderoso Opportunity pelo tucano Simão Jatene, que enfrentará a petista nas próximas eleições ao Palácio dos Despachos. Financiamento bicudo II O empresário diz, também, que a campanha de Jatene terá mais duas fontes de financiamento, além do Opportunity. Uma, os empresários ligados ao presidenciável José Serra. Outra, a ex-Companhia Vale do Rio Doce, hoje apenas Vale, a segunda maior mineradora do mundo – que, aliás, doou 60% do dinheiro da campanha de Jatene ao Governo do Estado, em 2002, conforme mostrou este blog. Tais fontes de financiamento, todas com dinheiro a rodo, poderiam equilibrar a disputa, frente ao peso da máquina estadual. Resta saber como reagirá o distinto eleitor, caso se confirmem essas perigosas relações entre Jatene, a Vale e Daniel Dantas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Jordy pode ser o Vice de Jatene."



No twitter com o Deputado Jordy:

@ananindebates deputado Jordy o Sr. vai ser o Vice de Jatene?

arnaldojordy @ Muitos setores consideram que o PPS deve disputar cargo majoritário nas próximas eleições. Mas o Partido ainda vai decidir

arnaldojordy @Dia 23, PPS vai realizar encontro para definir rumos do partido às eleições 2010. Há tendência que dispute cargo majoritário

arnaldojordy @ Mas a decisão será do partido

Siderúrgica em Marabá: agora o sertão vai crescer?




Lúcio Flávio Pinto *


Com investimento equivalente a 3,7 bilhões de dólares (5,3 bilhões de reais), o projeto da Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, é um dos maiores negócios em andamento no Brasil. Na semana passada ele foi o tema de uma audiência pública, que atraiu quase duas mil pessoas em Marabá mesmo. Ao final, quem era a favor teve mais motivos para reforçar sua posição e quem era contra não arredou pé de onde estava. Como sempre acontece em tais situações, as vozes dissonantes do coro majoritário pediram novos debates. A "questão" ainda não estaria amadurecida o suficiente para possibilitar uma decisão democrática sobre a implantação do projeto.


É verdade que o domínio do tema permanece restrito, mas não sairá desse nível mesmo se mais dezenas de audiências públicas forem promovidas. Esses encontros se transformaram em autênticos "cabos-de-guerra" entre grupos a favor e contra. O auditório assumiu a condição de platéia circense, ainda que na sua versão eletrônica pós-moderna, a da televisão (e suas extensões culturais e tecnológicas, como a internet). Ainda que a discussão seja estendida a anfiteatros da democracia direta à moda clássica dos gregos, é de se duvidar que a plena consciência seja o combustível para as deliberações. Os grupos se moverão como as massas em geral, seguindo palavras de ordem e resumos simplificados e arbitrários.


Foi por perceber essa situação que as empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht produziram, junto com a Eletrobrás, uma versão executiva do Relatório de Impacto Ambiental do aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte, O resultado foi um livro de 197 páginas didático, claro, bem informativo. Podia ser lido, entendido e servir de base para aceitação ou crítica por qualquer pessoa, mesmo o não iniciado na complexidade de problemas tratados. Claro que não era satisfatório para o técnico e o especialista, sobretudo aquele que está fora da bitola dos "barrageiros" ou dos meramente "desenvolvimentistas".


As coisas começam a desandar quando o simples interessado ignora o material produzido pelos promotores das obras, por considerá-lo suspeito ou contaminado pelo vírus da malignidade incurável, e o especialista não se aprofunda nos projetos completos, fazendo uma leitura superficial ou "a vôo de pássaro". O debate se torna viciado e o círculo vira quadratura. A decisão passa a depender da força de cada lado, da astúcia, do acaso ou de fatores menos deletérios - e muito mais gravosos.


Todos os empreendimentos complexos projetados para a Amazônia deviam começar por uma intensa e profunda discussão técnica em lugares adequados, como os acadêmicos (mas nunca restrita aos acadêmicos). As partes, munidas dos seus instrumentais teóricos e práticos específicos, e movidas pelos compromissos dos seus ofícios, submeteriam os projetos aos testes de consistência.


Essa filtragem evitaria que falhas primárias só viessem a ser detectadas nas massivas audiências públicas, desviando o principal para o acessório ou sanável. Solidificado e coerente, ajustado ao rigor técnico-científico, o projeto passaria para a crítica da sociedade e a abordagem política. Essas condições é que deviam ser a marca das audiências públicas, exigidas para a concessão do licenciamento ambiental, em caráter consultivo, não como instância deliberativa (que é o Conselho do Meio Ambiente). Sem a discussão restrita no primeiro estágio, de consolidação, o circo armado nas audiências se torna inócuo. A definição na medição de forças pode atender a vários interesses, não, necessariamente, ao interesse público. Mas por que não se modifica o rito? Quem tiver a prenda que a apresente.


Eu li o EIA-Rima produzido (mais uma vez) pela Brandt, de Belo Horizonte, terra de origem da antiga Companhia Vale do Rio Doce, e apresentado em outubro do ano passado. É um bom documento, praticamente esgotando o elenco dos impactos socioambientais positivos e negativos do projeto. Nada ficou de fora. Não posso garantir se todos os pontos foram tratados satisfatoriamente, mas eventuais insuficiências não constituem o aspecto mais importante da abordagem.


O principal é o acompanhamento, em tempo real, de cada etapa da implantação da siderúrgica. Só assim será possível identificar seus efeitos, sua adequação à previsão e as providências para evitar, circunscrever, mitigar ou eliminar as conseqüências ruins dessa intervenção. O fundamental, portanto, é a construção de um centro de monitoramento do projeto, sujeito não só à fiscalização dos representantes dos órgãos públicos competentes como dos representantes da sociedade civil, devidamente credenciados para essa tarefa.


Uma unidade do porte industrial da Alpa, produzindo 2,5 milhões de toneladas anuais de placas de aço, precisará de um apreciável volume de energia. A previsão é de 107 megawatts. A empresa será auto-suficiente, graças a dois turbo-geradores, com potência para 130 MW. Na folga, poderá ceder energia para Marabá. A empresa assegura que utilizará gases de processo para a geração, mas provavelmente terá também que recorrer a carvão mineral. Ela importará 1,9 milhão de toneladas por ano, principalmente para transformar em coque, que, junto com um milhão de toneladas de calcário, entrará no alto-forno para produzir gusa, da qual sairá a bobina quente para as placas finais. Esse processo precisa ser acompanhado com extrema atenção para evitar a poluição do ar.


Outro momento vital está relacionado à água. Captando mais de mil metros cúbicos por hora, a siderúrgica terá que funcionar em circuito fechado de reciclagem (como em relação a todos os seus insumos) para evitar um impacto mais forte sobre a hidrografia da área. Ela precisará descartar 1,3 milhão de metros cúbicos por ano de resíduos perigosos (além de embarcar para fora 100 mil toneladas de coque excedente e 587 mil toneladas de escória). O centro de monitoramento em tempo real é indispensável para o controle dessas operações.


Questões como essas têm tal característica técnica que não deveriam mais estar provocando celeuma intensa, como ainda acontece. Se persiste a desconfiança é porque a imagem de seriedade e compromisso das empresas ainda não se consolidou (e algumas não parecem empenhadas em conquistar esse troféu). Da mesma forma, alguns representantes da sociedade não têm desempenhado com seriedade o papel de intermediação que lhes cabe. Um bom e acessível núcleo de acompanhamento parece ser a melhor maneira de resolver esse impasse.


Mas há ainda questões pendentes, que não constam do processo de licenciamento e por isso não estão no EIA-Rima. Uma delas é sobre o impacto humano da obra. Durante sua implantação, a siderúrgica vai gerar 16 mil empregos. O número cairá para um terço quando ela entrar em operação, em dezembro de 2013, se o cronograma atual for cumprido. Os empregos diretos permanentes serão ainda menores: 2.600. Os outros 2.500 serão terceirizados. É preciso ter esses números em consideração para evitar uma inserção traumática do empreendimento na região e, sobretudo, em Marabá.


A cidade tem crescido de forma caótica há vários anos. A violência é sua marca histórica, desde as origens, em função dos ciclos de presença e ausência dos homens, que se deslocavam da cidade para as áreas de extrativismo no interior, e voltavam trazendo (ou encontrando) os impulsos do conflito. Essa característica se multiplicou várias vezes com os "grandes projetos", consagrando tristemente a cidade como "Marabala".


Deve-se treinar com urgência mão-de-obra qualificada e semi-qualificada no próprio local para tentar reduzir a intensa imigração previsível (e já em curso). Deve-se também preparar pessoas para criarem negócios destinados a atender a terceirização, multiplicando sua irradiação. A Vale não tem interesse em nada além da placa de aço, um produto que não é nobre na atual configuração do mercado siderúrgico. Aparentemente, é vantajoso avançar - mesmo que seja só até esse estágio - na verticalização. O Brasil é responsável por 18% do minério de ferro (com o restante da América Latina, a participação chega a 25%) e apenas 2,5% da produção de aço.


Para que a produção da Alpa conquiste novos mercados ou desloque fornecedores, em especial no mercado asiático, é preciso reter o custo de cada tonelada num valor entre 400 e 500 dólares, segundo o projeto. Os chineses, que estão um degrau acima (entre US$ 500/600), e os japoneses (US$ 700) poderão achar melhor importar do que produzir placas.


Mas é bom não esquecer que o principal problema dos chineses é o minério, do qual só têm em seu território 14% do que precisam para seus 500 milhões de toneladas de aço, que correspondem a 38% do mercado mundial. Nesse caso, a Vale exportará tudo que puder. A verticalização não irá além. A relação custo/benefício entrará em desequilíbrio. E alguém que fizer um cálculo mais sofisticado em torno do valor comercial e do teor de hematita no minério de ferro de Carajás (de 65%), ficará na dúvida sobre os ganhos com sua queima para chegar à pureza de 94% na gusa. Ou mesmo sobre as placas de aço.


Nessa avaliação, deve-se levar na devida conta o significado de instalar uma aciaria de médio porte (para os padrões atuais) no interior da região amazônica, ao invés de seguir a rotina da fixação no litoral. Em Minas Gerais, essa decisão, que já tem mais de meio século (a partir da inauguração da siderúrgica da Mannesmann, o último ato de Getúlio Vargas, na companhia de Juscelino Kubitscheck, antes de se suicidar, em 24 de agosto de 1954), teve um efeito benéfico inegável. Mas os mineiros procuraram não ficar dependentes de uma só aciaria nem do processo siderúrgico. Buscaram a diversificação e o maior dos efeitos multiplicadores possível. É a diretriz que também deve ser buscada desde já na região do Tocantins-Araguaia paraense.


Ainda na fase de projeto, a Alpa já motivou iniciativas como a terceira fase do distrito industrial de Marabá, em localização melhor do que as duas etapas anteriores (embora sob uma controversa desapropriação da área), e o desvio de um trecho da rodovia Transamazônica. As eclusas de Tucuruí, vitais para o projeto, estão em vias de conclusão. Mas ainda será preciso investir - e pesado - para viabilizar a hidrovia de 511 quilômetros entre Marabá e Vila do Conde, onde também serão exigidos custos para a capacitação do porto para as novas cargas.


A empresa precisa participar dessas obras, sem as quais o fluxo poderá continuar a ser feito pela ferrovia privativa da Vale, até São Luiz do Maranhão (que tem o inconveniente de estar 220 quilômetros mais longe do que Vila do Conde e ter um frete mais caro). O terminal hidroviário em Marabá não poderá ser exclusivo da Alpa e dos seus produtos: terá que prever carga geral para proporcionar benefícios maiores.


A agenda ainda é grande e repleta de lacunas, que não serão preenchidas se o tratamento da questão for emocional ou baseado em informações superficiais, restritas ou desligadas de uma visão de conjunto. Como, infelizmente, parece estar acontecendo, mais uma vez, em relação a um "grande projeto".

* Jornalista paraense. Publica o Jornal Pessoal (JP)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Exposição Carlos Marighella - No Teatro Castro Alves realização Governo do Estado da Bahia. 1ª Parte.

Salvador 01/2010
Pais de Marighella


Pai de Marighella e ás irmãs

Tempos de felicidades

Augusto Marighella o Socialista


O Jovem Marighella





sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Jogo Sujo já começou: "É preciso está atento e forte"



O jogo sujo já começou: recebemos de um amigo de fonte confiável um email que está circulando na NET, com o texto “ Pequena biografia de Dilma Roussef”. É um desses textos de baixo nível, feito de combinação com quem esteve nos porões do aparelho militar e com aqueles que querem voltar para acabar de vez com as riquezas do país.

Como se diz que a História nunca se repete ou, quando se repete, é em forma de farsa, tivemos o Plano Cohen que foi arquitetado pelo do General Dutra e os seus integralistas para decretar o Estado Novo 1937. Depois, tivemos o plano Para-SAR arquitetado pelo “tresloucado” coronel Burnier na em de 1968 para eliminar opositores e matar alguns de seus pares e jogar a culpa na esquerda e criar uma chacina coletiva da oposição, Felizmente denunciado pelo herói Capitão Sergio ‘Macaco”. Recentemente vimos a polêmica armada pelo ministro da Defesa Nelson Jobim -- aquele que só anda de jaqueta do Exército, deve se achar um general de uma republiqueta de banana -- contra a “Comissão verdade”.
Então, todo cuidado é pouco, ainda virão muitas coisas por ai, querem colocar a pecha que Dilma vai implantar a ditadura no Brasil. Parece patético, mas eles são uma corja de reacionários que não querem ir para a cova da História. estamos de olho e vamos enterrar esses coveiros de sonhos.

Boris Casoy e Yves Gandra: CCC e Opus Dei unidos


EXCLUSIVO: BORIS CASOY E O COMANDO DO TERROR, SEGUNDO A REVISTA "O CRUZEIRO"

Esse texto foi emcaminhado por Daniel Veiga.


Este recente artigo do Altamiro Borges:


É excelente, porém, peca numa coisa: ao dizer que a Opus Dei é "inimiga jurada da Maçonaria" - apesar de "copiar sua estrutura fechada".

É fato notório que as divergências entre a Maçonaria e a Opus Dei estão, hoje, superadas - quem é, ou já foi, membro de uma dessas seitas sabe disso. Exemplos não faltam: recentemente, José Roberto Arruda afastou-se da Maçonaria, a qual exercia o grau de MESTRE (3º e último grau da Maçonaria Simbólica) para não comprometê-la no que diz respeito aos escândalos divulgados nacionalmente, no entanto, o mesmo Arruda e outros demo-tucanos (incluindo Geraldo Alckmin) ainda mantêm laços indissolúveis com a Loja Maçônica, independentemente de qualquer coisa.


Na Itália, a célula maçônica de tendência fascista chamada P2 (Propaganda Due) está lado a lado com a Opus Dei - a P2 é inclusive uma das colaboradoras do banco papal, junto com a 'Cosa Nostra'. Na Bolívia, os envolvidos (todos racistas) naquela malfadada tentativa de golpe de Estado em 2008, liderado por Branko Marinkovic et caterva, eram (e continuam sendo) membros da Maçonaria e da Opus Dei, respectivamente. Sendo assim, não há divergências entre ambas as seitas no que tange os desígnios políticos, isto já foi superado pela história.


CASOY E GRANDA: CCC E OPUS DEI UNIDOS


Por Altamiro Borges:


O "âncora" da TV Bandeirantes, Boris Casoy, resolveu assumir de vez o seu direitismo raivoso. Depois de humilhar os garis que desejaram feliz ano novo - "Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho" - e de receber uma bateria de duras críticas, ele decidiu radicalizar as suas posições. Nesta semana, Casoy acionou o jurista Ives Gandra, notório militante da seita fundamentalista Opus Dei, para falar sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, de autoria do ministro Paulo Vannuchi.


Logo na abertura do Jornal da Band, o âncora, que é metido a dono da verdade, dá a sua opinião tendenciosa. "O novo decreto de direitos humanos do governo é criticado pela sociedade e até por ministros de estado. A lei estabelece censura aos meios de comunicação, é contra o direito de propriedade e de liberdade religiosa.


Especialistas consideram o projeto o primeiro passo para um regime ditatorial". Casoy mente descaradamente ao tratar o plano como uma imposição autoritária do presidente, já que ele será debatido no parlamento. Quanto aos tais especialistas, ele ouve somente uma "personalidade" ligada à ditadura, ao latifúndio e aos setores mais reacionários da sociedade.


VISÃO TENDENCIOSA E ELEITOREIRA


Na sequência, um narrador em off reforça a visão preconceituosa e mentirosa. "A nova lei que o presidente Lula assinou sem ler passou pelo crivo direto da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, virtual candidata do PT à presidência da República, e dos ministros da Justiça, Tarso Genro, da Comunicação, Franklin Martins, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. É um emaranhado de artigos e parágrafos que muitas vezes ataca a Constituição". O objetivo, nesta narração, é nitidamente eleitoreiro, como palanque do tucano José Serra, o candidato da mídia hegemônica.


Criado o cenário para o desgaste do governo, o repórter Sandro Barboza inicia a entrevista com "um dos mais conceituados juristas internacionais", Ives Gandra. O "jornalista", que também não esconde suas posições direitistas nas perguntas, apenas deixa de informar aos telespectadores que o bajulado especialista participou da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (o tucano que é seguidor do Opus Dei) e defende tudo o que é há de mais retrógrado e conservador na sociedade brasileira. Apesar da ânsia de vômito, vale à pena conhecer a grotesca "entrevista":


AS IDÉIAS DE UM DIREITISTA CONVICTO


Jornal da Band: O projeto prevê que o proprietário rural que tiver uma fazenda invadida não poderá mais recorrer ao Judiciário.


Gandra: O que eles tão pretendendo é dar direito àquele que invadir qualquer terra fazer com que uma vez que for invadido o direito de propriedade deixa de ser do proprietário, passa a ser do invasor.


JB: A lei quer evitar a divulgação de símbolos religiosos.


Gandra: Se não pode mais haver símbolos religiosos nós temos que mudar o nome da cidade de São Paulo e todas as cidades que tem nomes de santos não poderão mais ter.


JB: Será criada uma comissão para controlar o conteúdo dos meios de comunicação.


Gandra: No momento em que se elimina a liberdade de imprensa nós estamos perante efetivamente o início de uma ditadura.


JB: Um novo imposto sobre grandes fortunas seria instituído.


Gandra: É um imposto que afasta investimentos porque aquele que formou um patrimônio depois é tributado em todas as operações e ainda vai ser tributado no seu patrimônio pessoal.


JB: As prostitutas contariam com direitos trabalhistas e carteira assinada.


Gandra: Isso não é profissão. Na prática o verdadeiro direito humano é tirar essas moças de onde elas estão e dar profissões dignas a elas.


JB: Os responsáveis pelas torturas durante a ditadura militar seriam julgados. Já os guerrilheiros que também torturaram ficariam livres de qualquer punição.


Gandra: Torturador de esquerda é um santo. Torturador de direita é um demônio. É um decreto preparatório para um regime ditatorial.


O NOVO "COMANDO DO TERROR"


Com mais esta "reporcagem" no seu currículo, Boris Casoy elimina qualquer ilusão sobre a sua neutralidade e imparcialidade jornalística. O blog Cloaca News, inclusive, conseguiu descobrir a revista Cruzeiro, de 9 de novembro de 1968, que denunciou Casoy como ativista do Comando de Caça aos Comunistas (CCC). Tem até a foto dele mais jovem. Intitulada "CCC ou comando do terror", a matéria comprova que este agrupamento promoveu vários atentados terroristas nos anos 1960/1970, inclusive contra os artistas do Teatro Roda Vida e contra os estudantes da USP.