sábado, 27 de fevereiro de 2010

Prefeito Helder Barbalho diz que fica na Prefeitura




Deu no blog do Prefeito Helder Barbalho.



Anônimo disse... Perguntar não afende, vc vai deixar a prefeitura na mão da Sandra para ser deputado federal? Henesto
Helder disse...

Henesto, tenho um compromisso com Ananindeua até 2012, assumido em todos os palanques que passei durante a última campanha.

Opinião do internauta: Sobre o empréstimo de R$ 366 milhões solicitado pelo governo do Pará, ainda não aprovadado pelos deputados estaduais.


"Esse empréstimo na verdade faz parte da linha de crédito chamado Plano de Estruturação Fiscal dos Estados (PEF) . Criado para socorrer os Estados afetados com cortes no Fundo de Participação dos Estados (FPE). O Pará, por exemplo, perdeu 280 milhões em repasses, somente este ano, conseqüência da redução do IPI ( Imposto sobre produtos industrializados) . O PMDB precisa entender que o Ação Metrópole, A Ampliação da Santa Casa de Misericórdia, A Construção de novas habitações e a Pavimentação de Rodovias, dependem da liberação desse empréstimo. O povo paraense certamente vai cobrar a omissão da bancada do PMDB".

Joclau- Funcionário dos Correios, Bacharel em Ciências Sociais com ênfase em Ciências Políticas - UFPA

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Carnaval não para : Com Barco Elétrico do bloco Fura Olho, pelo rio Maguari em Ananindeua..


A Festa continua, o bloco Fura Olho de Ananindeua com seu Barco Elétrico estará promovendo o Carnaval no rio, não de janeiro, no rio Amazônico em Ananindeua, encerrando o carnaval 2010, com o seu tradicional "Carnaval pelo Rio Maguari".

Promoção: O primeiro internauta que postar um comentário sobre esse evento ganha um abadá do Bloco.

Participe!

Programção:

Domingo dia 28 de fevereiro

Com grupo folclórico Parananin

Banda de Marchinha com músicas de Carnaval.

Paricipação especial do músico e compositor Cacabaralima


Saída: 11 horas do porto do surdo até a ilha de João Pilatos volta 17 horas

Abada R$:10,00 (Com direito a duas Cervejas) contato: Mariana Freitas 81045493

Pergunta que não quer calar!




Porque a Bancada do PMDB não quer votar a favor do empréstimo de R$ 366 milhões solicitado pelo governo do Estado, para aplicar os recursos em obras essenciais para o desenvolvimento do Pará?.


Em breve estaremos colocando os nomes e fotos dos deputados estaduais que são a favor e contra o empréstimo.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dep. Ze Geraldo (PT) cobra responsabilidade do PMDB do Pará






DEPUTADO FEDERAL ZÉ GERALDO COBRA RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO PMDB Em depoimento na tribuna da Câmara Federal nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, o deputado federal Zé Geraldo cobrou dos parlamentares da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) mais agilidade e responsabilidade para a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).“Falo sobre o delicado momento político e econômico que o Estado do Pará vive em função de decisões equivocadas por parte da presidência do PMDB. Lamentavelmente a Alepa já deveria ter aprovado o empréstimo em 2009 e até hoje não o fez devido ao fato de que o PMDB, que é um partido que tem o poder de decisão, uma vez que ocupa a Presidência da Assembléia Legislativa e a Presidência da Comissão de Finanças, além de possuir uma bancada significativa de deputados no parlamento estadual, estar agindo com um tipo de visão mais de disputa eleitoral do que com o compromisso com o desenvolvimento social, econômico e cidadão no Estado do Pará”, enfatizou.De acordo com o parlamentar, para compreender a realidade no Estado é importante citar que durante muitos anos o Pará foi praticamente desprezado pelos presidentes da República anteriores no que se refere aos investimentos significativos em áreas estruturantes, além do que, no âmbito estadual, o Pará também foi vítima do descaso de gestores que não fizeram investimentos em políticas públicas para atender as necessidades de interiorização do desenvolvimento regional para os municípios e os seus habitantes, além dos reflexos da crise econômica internacional e as consequências históricas pelo fato da desoneração das exportações que não pagam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o setor mineral.Segundo o parlamentar é inconcebível que “o PMDB, que representa um importante partido político no Estado e, inclusive, é parte integrante da base de apoio nacional e estadual, não esteja contribuindo no processo de aprovação empréstimo no Legislativo para que nós já pudéssemos aplicar os recursos, que já estão disponíveis, em obras essenciais para o desenvolvimento do Pará”, acentuou.Zé Geraldo afirma ainda que neste triste cenário bancado pelo PMBD do Pará, “o governo estadual e o povo paraense ficam reféns desta posição política liderada pelo presidente da legenda no Estado, deputado Jader Barbalho. Posição esta que não contribui para o momento brasileiro e paraense. Muito pelo contrário”, disse.O parlamentar frisou em seu pronunciamento que desde início da gestão do Presidente Lula, a realidade dos investimentos no Brasil teve uma mudança profunda estratégica e social. “O presidente Lula investe, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), milhões e milhões em asfaltamentos de rodovias, portos, hidrovias, saneamento básico, abastecimento de água, energia, educação, moradia, isso sem falar no Programa Bolsa família, o maior projeto de redistribuição de renda do mundo, e outros programas sociais”, recordou.Zé Geraldo enfatizou não poder concordar com a postura do PMDB. “O governo federal investe milhões e milhões, inclusive direcionando recursos às prefeituras lideradas pelo próprio PMDB, como, por exemplo, a prefeitura de Ananindeua, além de outros municípios com grande participação do governo estadual.“Toda a bancada federal do Pará no Congresso Nacional se empenha para levar recursos significativos para interiorizar o desenvolvimento, como ocorre nas áreas da saúde, agricultura, pesca, saneamento, estradas, educação, entre outras. É uma postura equivocada”, destacou.O parlamentar disse também que não é aceitável esta prática antagônica ao desenvolvimento do Estado por parte da Alepa e do poder legislativo estadual.“O Pará e a sua população não aceitam esse tipo de conduta disforme e impeditiva do desenvolvimento, na medida em que recursos volumosos deixam de ser votados por meras vaidades políticas. A população espera de grandes líderes e dos grandes partidos, políticas inovadoras, sérias, comprometidas com o interesse comum de seu povo. Não podemos voltar ao passado em que as disputas políticas míopes conduziram o Pará ao atraso profundo. Espero que o presidente do PMDB e seu partido reflitam sobre o que significa a posição de impedimento da aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E deste modo, mude sua prática e assim tenhamos do PMDB uma atitude condizente com o que se espera de um grande partido” finalizou.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Jader e Duciomar Juntos, Será!











Deu Blog da Perereca da Vizinha,

Acesse o blog da Perereca hoje http://pererecadavizinha.blogspot.com/

Jader quer apoio de Duciomar para disputar Governo do Estado


Durante duas horas, na noite de anteontem, segunda (22 de fevereiro) o presidente regional do PMDB, deputado federal Jader Barbalho, e o prefeito de Belém, Duciomar Costa, do PTB, sentaram para conversar.


Em cima da mesa, a proposta peemedebista: Jader quer o apoio de Duciomar para a sua candidatura ao Governo do Estado.


Em troca,o PMDB apoiará Duciomar ao Senado.


Na coalizão, entraria, também, o PR, já que o vice-prefeito Anivaldo Vale, que preside a legenda, assumiria a Prefeitura de Belém.


A vice de Jader seria entregue ou ao PTB ou ao PR – ou até a outra legenda – que poderia ser, inclusive, o DEM.


Segundo uma fonte do PMDB, ainda não há detalhes do encontro, uma vez que a reunião terminou por volta das 21 horas e Jader viajou a Brasília ainda de madrugada.


Em Brasília, Jader esteve reunido com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e com o presidente estadual do PT, João Batista. Mas, não havia certeza, na noite de ontem, se o quinto convidado, o deputado federal Paulo Rocha também participou do encontro.


No encontro de Brasília, a expectativa dos petistas era a de recompor as relações entre o PMDB e o Governo do Estado, com vistas à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa.


Mas, a fonte peemedebista ouvida pelo blog já não acredita nessa possibilidade.


Na reunião com Padilha, aliás, a expectativa peemedebista era que Jader até sacasse do bolso uma proposta do líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Parsifal Pontes: o PT apóia Jader para o Governo. Em troca, leva a vice e uma das vagas ao Senado, para o deputado federal Paulo Rocha.


A curiosa proposta de Parsifal está aqui:
http://pjpontes.blogspot.com/2010/02/pedaco-de-prosa.html



Na tarde de ontem, o blog do Estado do Tapajós também noticiava uma arquitetura na mesma linha.


Mas, segundo a matéria assinada pelo jornalista Miguel Oliveira, todos os partidos da base de apoio do presidente Lula teriam espaço nesse balaio, o que possibilitaria que a ministra Dilma Rousseff tivesse um só palanque no Pará.


Em todos os cenários, Jader viria para o Governo – e a vice e as vagas ao Senado iriam para o PT, PTB e PR.


Também em uma das configurações apuradas por Miguel Oliveira, o prefeito de Belém aparece como candidato ao Senado, com o apoio do PMDB.


A postagem do Miguel está aqui:
http://blogdoestado.blogspot.com/2010/02/jader-tem-carta-na-manga.html





Tête-à- tête com Dudu




A fonte peemedebista com quem conversei na noite de ontem, disse que Jader “quer vir para o Senado, assim como quer vir para o Governo. Ele está preparado para ser candidato a governador. E não há qualquer temor da parte dele devido aos processos a que responde”.

O grande problema para uma eventual candidatura ao Governo seria, afinal, a falta de recursos financeiros para a campanha.


“Se equacionarmos esse problema, ele é candidato”, garantiu.



Daí as conversas com Duciomar.


“A aposta é que ele (Duciomar) venha com a gente. A expectativa é que ele apóie Jader ao Governo”, disse.


Depois, mais cauteloso, corrigiu: “Não digo que ele tope. Mas, há expectativa de ele topar”.


O tête-à-tête de Jader e Duciomar, na noite da última segunda-feira, foi o terceiro desde dezembro do ano passado, quando começaram as negociações.


Reticente, a fonte jurou que, pessoalmente, não acredita na hipótese: “Tem gente que acha que há 70% de chances de ele (Duciomar) aceitar. Mas, para mim, essa probabilidade fica abaixo dos 50%”.


E explicou por que: “Eu não acredito que o Duciomar largue a prefeitura de Belém para ser senador, até porque está montado na grana. Mas, ele já fez o seu pé-de-meia e o Senado é um bom mandato”.


Perguntei-lhe sobre a vice. A resposta: “Isso ficará em aberto para o PTB, o PR ou ainda outro partido. Porque, se isso fosse resolvido, iríamos atrás de outros partidos, para aumentar essa coligação. E aí eu acho que não sobraria para ninguém. A vice poderia até ser a Valéria (do DEM, ex-vice-governadora)”.



Lá pelas tantas, a fonte disse acreditar que Duciomar também deve considerar “apetitoso” o chapão que lhe foi apresentado por Jader.



Segundo ele, “não há problema nacional numa aliança assim, porque todos somos da base do governo e o Lula já disse que onde houver dois palanques (de Dilma Rousseff) ele não aparece. E o nosso palanque seria muito maior para a Dilma”.



E o DEM, que é de oposição ao governo? – perguntei. A resposta: “O que o pessoal lá em cima (Brasília) quer saber é onde a Dilma entra nisso. Eles vão atropelar qualquer diretório que brinque de prejudicar a campanha da Dilma”.



Perguntei-lhe, afinal, se o PMDB desistiu do afastamento de Duciomar da prefeitura – o prefeito foi cassado a partir de uma ação ajuizada pelo ex-deputado federal José Priante, do PMDB, que perdeu as eleições de 2008.



A resposta: “Não é uma questão de termos desistido. Nós estamos num parêntese. É jogo político. Não é questão de chantagem – e ele (Duciomar), que é uma pessoa gelada, sabe disso”.



O prefeito estaria avaliando a proposta peemedebista e “sabe as cartas que temos”.



Se topar, Jader virá ao Governo.



A fonte também ressaltou que a proposta não é “um pedido de apoio a Duciomar, já que ele vai ganhar, também”.



Na noite de ontem, também conversei com o deputado Parsifal Pontes sobre a postagem em seu blog e ele disse que traçou tal cenário para mostrar ao PT que o PMDB não tem problemas com o partido – apenas com a Democracia Socialista (DS), a corrente da governadora Ana Júlia Carepa.



“Temos pesquisas que mostram que ganhamos a eleição e queremos mostrar que não há intransigência da nossa parte”, explicou o deputado.



Jader deve retornar a Belém na tarde de hoje – ontem, a Perereca tentou, mas, não conseguiu contato com os participantes da reunião de Brasília.



Ontem, a única informação é que Jader não estaria disposto a aceitar nem mesmo o tetê-à-tête que os petistas pretendiam realizar entre ele e Ana Júlia, para que fosse “batido o martelo” da aliança de reeleição da governadora.



“Não estamos dispostos a recebê-la” – disse uma fonte, quando lhe perguntei sobre a possibilidade do tête-à-tête – “Nossa conversa é só no andar de cima. Para ele (Jader) querer conversar com ela, tem de haver um convencimento muito grande do Planalto”.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ex- porta voz de Lula alerta o PT sobre aliança com o PMDB

Recado
O ex-porta voz da Presidência da República, André Singer, afirmou que a aliança PT/PMDB é ruim. Questionado sobre os efeitos que a aliança teria para o PT, Singer foi taxativo:”O PMDB tem se caracterizado por ser um partido de baixo teor programático, o que é danoso para o sistema partidário brasileiro. Faz com que a política fique parecendo algo que diz respeito aos interesses dos políticos”.

Será o Demo


Arruda vendo o sol nascer quadrado,
Kassab, Cassado,
Paulo Otavio já era,
Será o Demo..

Câmara de Ananindeua aprova Lei de Transparência, agora só falta o Prefeito Helder Barbalho sancionar


A Câmara de Ananindeua aprovou o Projeto de Lei do vereador Pedro Soares (PT), que trata de transparência nas contas da Prefeitura Municipal a serem publicadas no site do oficial. A lei obriga o Poder Público Municipal a publicar, em tempo real, as informações relativas à execução orçamentária e financeira do Município. Agora a lei vai para sanção do Prefeito Helder Barbalho, estamos de olho

Para o internauta entender melhor a lei, um Artigo do Prof. Lucídio Bicalho Mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e Assistente do INESC.


A melhora da transparência das contas públicas é um avanço que salta aos olhos no período recente. Não se pode excluir a contribuição do Congresso Nacional que tem disponibilizado as contas do Executivo em detalhes no Portal Siga Brasil. E uma nova revolução no que tange à maior transparência orçamentária pode acontecer a partir da aprovação da Lei Complementar 131, de 2009. Uma proposta que nasceu no Legislativo e foi sancionada no dia 27 de maio pelo Presidente da República.

Os Estados contemporâneos que promovem a transparência das informações públicas como ferramenta de aperfeiçoamento da democracia representativa, além de incentivarem a educação política e o empoderamento do(a) cidadão(ã), também subsidiam o combate à corrupção e o julgamento dos governantes por parte sociedade (accountability vertical). Estas são razões pelas quais todo(a) eleitor(a) deveria ter acesso às informações relativas à arrecadação e aos gastos do Estado. É interessante a Iniciativa do Orçamento Aberto que mostra o índice de transparência orçamentária de vários países do mundo.

A Lei Complementar 131, de 2009 nasceu como PL Lei n° 130, foi apresentado, em abril de 2003, pelo senador João Capiberibe (PSB-AP). O intuito deste Projeto de Lei foi acrescentar dispositivos à Lei de Responsabilidade Fiscal, a fim de conferir transparência à gestão das contas públicas em todos os níveis. A redação original foi aperfeiçoada pela tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Uma modificação importante foi o acréscimo de sanção para o ente federativo que não disponibilizar as informações – a saber, a impossibilidade de receber transferências voluntárias (Lei Complementar 101/2000, inciso I do § 3º do art. 23).

Após uma primeira aprovação no plenário do Senado, passou pela Câmara dos Deputados e voltou, de novo, ao Senado. No plenário, o texto foi aprovado tal como havia saído de lá na primeira vez.

Além de reafirmar a participação popular no ciclo orçamentário, a Lei diz que todos os gestores públicos do país estão obrigados a disponibilizar na internet (“em meios eletrônicos de acesso publico”) informações detalhadas e atualizadas para os cidadãos e cidadãs, sobre a execução orçamentária (receitas e despesas) de todos os órgãos dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo da União, Estados, municípios e do Distrito Federal.

A Lei obriga levar ao conhecimento público o lançamento e o recebimento de toda a receita de unidade gestora, inclusive os referentes a recursos extra-orçamentários. Atualmente, os recursos extra-orçamentários financiam projetos por todo o país, porém, mesmo para o Poder Legislativo, estas operações se constituem um verdadeiro segredo, dado que não estão submetidos ao crivo de parlamentares durante a tramitação de nenhuma das três principais peças orçamentárias: PPA, LDO e LOA.

A Lei impõe a adoção, em todas as esferas, de sistemas de informação parecido como é, hoje, o Siafi - Sistema Integrado de Informações Financeiras do Governo Federal. Apesar de não citar o Siafi, a Lei delega ao Poder Executivo da União a definição do padrão “mínimo de qualidade” que os sistemas devem possuir. Nesse sentido, será estratégica essa definição, de modo que não se suprima informações e que estas sejam inteligíveis ao público.

A lei afirma (inciso I do art. 48-A) que o acesso às informações será mediante à disponibilização mínima dos dados, do bem fornecido (produto ou meta física) e dos beneficiários do pagamento, sejam consultores ou grandes empresas. Portanto, não cabe aos gestores interpretarem erroneamente a Lei e agregarem os dados primários (ou brutos) das contas públicas e, só então, disponibilizarem esses na internet.

Em nenhuma hipótese, os dados públicos sobre receita e despesa devem ser filtrados sob o pretexto de que as informações devem ser primeiramente traduzidas para o cidadão leigo em finanças públicas. É, por isso, que será fundamental monitorar a regulamentação dessa Lei.

Na atual conjuntura política, é interessante os extremos em que vivem os Poderes Executivo e Legislativo diante da opinião pública. A avaliação positiva do presidente mostra o encantamento com o mito Lula. O ex-metalúrgico do ABC já faz parte da História. Já o Legislativo, esse não passa um dia sem que haja um escândalo de corrupção que lhe manche a imagem. No entanto, é importante chamar a atenção de que uma democracia não perdura em cima do personalismo, mas sim por meio de sua institucionalidade.

Esta “Lei da Transparência”, a depender da sua boa regulamentação e implantação, pode ser catalisadora de uma grande revolução no relacionamento entre Estado e sociedade no tocante ao monitoramento dos recursos públicos. O governo Lula sabe, mais do que nenhum outro, o quanto é cara para sociedade civil a luta pela transparência das contas públicas e pelo controle social do Estado. A sociedade civil acredita que o Executivo não deixará de aproveitar essa chance histórica que lhe foi entregue.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pará volta a registrar 2º melhor saldo da Balança Comercial do Brasil


A economia paraense iniciou o ano em crescimento. Depois de onze meses, o Pará recuperou seu posto como o segundo estado brasileiro com melhor saldo da Balança Comercial, de US$ 550 milhões. O resultado é reflexo do incremento na exportação e importação do Pará, que deixaram crise para trás e retornaram ao caminho do crescimento.

As vendas dos produtos paraenses ao exterior, comparando janeiro de 2010 com o mesmo período do ano passado, cresceram em 13%, passando de US$ 578 mil para US$ 657 mil. Diferente dos meses passados, em que a maioria dos produtos que fazem parte da pauta de exportação do Pará registravam resultados negativos, no início deste ano aconteceu o contrário. Dos 24 principais produtos, apenas sete (alumínio, ferro-gusa, pasta química de madeira, pimenta, suco de frutas, peixes, e o papel) continuaram indicando queda nas vendas para o comércio exterior.

Dos produtos que indicam crescimento na Balança Comercial de janeiro, destacam-se o minério de cobre, que aumentou em mais de 236% as vendas para o exterior, o dendê, com um aumento de 178%, e a madeira. Esta última não teve um aumento tão expressivo quanto os dois primeiros, porém seus 19% de incremento nas exportações significam que o setor florestal paraense vem se recuperando. Enquanto que em 2009 a exportação da madeira paraense rendeu US$ 24 milhões ao setor florestal, no mês passado as vendas registraram um valor exportado de US$ 29 milhões.

As importações paraenses também tiveram um crescimento significativo neste início de ano. Um crescimento de 24%, bem acima da média nacional, que foi de 11%. “Esta variação positiva nas importações é reflexo da variação cambial, que favoreceu as importações. Além disso, a recuperação da mineração e de outros segmentos industriais fortaleceu a produção local, demandando uma quantidade maior de insumos importados”, analisa o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN-FIEPA) Raul Tavares.

De acordo com Tavares a recuperação da economia ainda tem que ser avaliada de forma cautelosa. O crescimento nas exportações em 2010 é possível se comparado a 2009, ano de crise mundial. Porém, se comparado a 2008 – quando a economia paraense estava a todo vapor – ainda não superamos, o que indica variação negativa. Em janeiro de 2008 as exportações atingiram a melhor média na retrospectiva de dez anos. O valor exportado em janeiro daquele ano foi de US$784 milhões, cerca em 20% maior que o registrado neste ano. (Diário Online com informações Fiepa)

O Blog do Delúbio Soares

Recebemos email do Sr. Delubio Soares solicitando a divulgação do seu Blog.
Deu no Blog do Delubio Soares

Boa tarde, amigos!

No artigo que publiquei essa semana no Diário da Manhã de Goiânia, destaco a contribuição do governo Lula para a consolidação da democracia no Brasil. Obtida através da combinação dos seguintes fatores: a grande expansão da economia dos últimos cinco anos, - apontada pela Fundação Getúlio Vargas como a maior dos últimos trinta anos - a promoção social dos setores mais pobres da sociedade, a partir da vigorosa política social do governo e a forma democrática pelas quais essas mudanças foram conduzidas pelo presidente Lula, que tem seu governo reconhecido pela maioria dos brasileiros e internacionalmente.

Democracia política, econômica e social
www.delubio.com.br/blog/


Um forte abraço,

Delúbio Soares

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Serra e o fim da era paulista na política

Serra um tiro no pé do Neoliberalismo

Esse artigo do blog do Luís Nassif é muito interessante para o internauta entender porque Serra não vai ser presidente.

"O Serra que emergiu governador decepcionou aliados históricos. Mostrou-se ausente da administração estadual, sem escrúpulos quando tornou-se o principal alimentador do macartismo virulento da velha mídia – usando a Veja e a Folha"

"A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo da moderna história do país, produzido por erros de gestão: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC".


Por que José Serra vacila tanto em anunciar-se candidato?

Para quem acompanha a política paulista com olhos de observador e tem contatos com aliados atuais e ex-aliados de Serra, a razão é simples.

Seu cálculo político era o seguinte: se perde as eleições para presidente, acaba sua carreira política; se se lança candidato a governador, mas o PSDB consegue emplacar o candidato a presidente, perde o partido para o aliado. Em qualquer hipótese, iria para o aposentadoria ou para segundo plano. Para ele só interessava uma das seguintes alternativas: ele presidente ou; ele governador e alguém do PT presidente. Ou o PSDB dava certo com ele; ou que explodisse, sem ele.

Esta foi a lógica que (des)orientou sua (in)decisão e que levou o partido a esse abraço de afogado. A ideia era enrolar até a convenção, lá analisar o que lhe fosse melhor.

De lá para cá, muita água rolou. Agora, as alternativas são as seguintes:

1. O xeque que recebeu de Aécio Neves (anunciando a saída da disputa para candidato a presidente) demoliu a estratégia inicial de Serra. Agora, se desiste da presidência e sai candidato a governador, leva a pecha de medroso e de sujeito que sacrificou o partido em nome de seus interesses pessoais.

2. Se sai candidato a presidente, no dia seguinte o serrismo acaba.

O balanço que virá
O clima eleitoral de hoje, mais o poder remanescente de Serra, dificulta a avaliação isenta do seu governo. Esse quadro – que vou traçar agora – será de consenso no ano que vem, quando começar o balanço isento do seu governo, sem as paixões eleitorais e sem a obrigatoriedade da velha mídia de criar o seu campeão a fórceps. Aí se verá com mais clareza a falta de gestão, a ausência total do governador do dia-a-dia da administração (a não ser para inaugurações), a perda de controle sobre os esquemas de caixinha política.

Hoje em dia, a liderança de Serra sobre seu governo é próxima a zero. Ele mantém o partido unido e a administração calada pelo medo, não pelas ideias ou pela liderança.

Há mágoas profundas do covismo, mágoas dos aliados do DEM – pela maneira como deserdou Kassab -, afastamento daqueles que poderiam ser chamados de serristas históricos – um grupo de técnicos de alto nível que, quando sobreveio a inércia do período FHC-Malan, julgou que Serra poderia ser o receptador de ideias modernizantes.

Outro dia almocei com um grande empresário, aliado de primeira hora de Serra. Cauteloso, leal, não avançou em críticas contra Serra. Ouviu as minhas e ponderou uma explicação que vale para todos, políticos, homens de negócio e pensadores: “As ideias têm que levar em conta a mudança das circunstâncias e do país”. Serra foi moderno quando parlamentar porque, em um período de desastre fiscal focou seu trabalho na responsabilidade fiscal.

No governo paulista, não conseguiu levantar uma bandeira modernizadora sequer. Pior: não percebeu que os novos tempos exigiam um compromisso férreo com o bem estar do cidadão e a inclusão social. Continuou preso ao modelito do administrador frio, ao mesmo tempo em que comprometia o aparato regulatório do Estado com concessões descabidas a concessionárias.

O castigo veio a cavalo. A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo da moderna história do país, produzido por erros de gestão: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC.

O fim das ideias
O Serra que emergiu governador decepcionou aliados históricos. Mostrou-se ausente da administração estadual, sem escrúpulos quando tornou-se o principal alimentador do macartismo virulento da velha mídia – usando a Veja e a Folha – e dos barra-pesadas do Congresso. Quando abriu mão dos quadros técnicos, perdeu o pé das ideias. Havia meia dúzia de intelectuais que o abastecia com ideias modernizantes. Sem eles, sua única manifestação “intelectual” foi o artigo para a Folha criticando a posição do Brasil em relação ao Irã – repetindo argumentos do seu blogueiro -, um horror para quem o imaginava um intelectual refinado.

É bobagem taxar o PSDB histórico de golpista. Na origem, o partido conseguiu aglutinar quadros técnicos de alto nível, de pensamento de centro-esquerda e legalistas por excelência. E uma classe média que também combateu a ditadura, mas avessa a radicalizações ideológicas.

Ao encampar o estilo Maluf – virulência ideológica (através de seus comandados na mídia), insensibilidade social, (falsa) imagem de administrador frio e insensível, ênfase apenas nas obras de grande visibilidade, desinteresse em relação a temas centrais, como educação e segurança – Serra destruiu a solidariedade partidária criada duramente por lideranças como Mário Covas, Franco Montoro e Sérgio Motta.

Quadros acadêmicos do PSDB, de alto nível, praticamente abandonaram o sonho de modernizar a política e ou voltaram para a Universidade ou para organizações civis que lhe abriram espaço.

O personalismo exacerbado
Principalmente, chamaram a atenção dois vícios seus, ambos frutos de um personalismo exacerbado – para o qual tantas e tantas vezes FHC tinha alertado.

O primeiro, a tendência de chamar a si todos os méritos, não admitir críticas e tratar todos subordinados com desprezo, inclusive proibindo a qualquer secretário sequer mostrar seu trabalho. Principalmente, a de exigir a cabeça de jornalistas que o criticavam.

O mal-estar na administração é geral. Em vez de um Estadista, passaram a ser comandados por um chefe de repartição que não admite o brilho de ninguém, nem lhes dá reconhecimento, não é eficiente e só joga para a torcida.

O segundo, a deslealdade. Duvido que exista no governo Serra qualquer estrela com luz própria que lhe deva lealdade. A estratégia política de FHC e Lula sempre foi a de agregar, aparar resistências, afagar o ego de aliados. A de Serra foi a do conflito maximizado não por posições políticas, mas pelo ego transtornado.

O uso do blogueiro terceirizado da Veja para ataques descabidos (pela virulência) contra Geraldo Alckmin, Chalita, Aécio, deixou marcas profundas no próprio partido.

Alckmin não lhe deve lealdade, assim como Aloizio Nunes – que está sendo rifado por Serra. Alberto Goldmann deve? Praticamente desapareceu sob o personalismo de Serra, assim como Guilherme Afif e Lair Krähenbühl – sujeito de tão bom nível que conseguiu produzir das poucas coisas decentes do malufismo e não se sujar.

No interior, há uma leva enorme de prefeitos esperando o último sopro de Serra para desvencilhar-se da presença incômoda do governador.

O que segura o serrismo, hoje em dia, é apenas o temor do espírito vingativo de Serra. E um grupo de pessoas que será varrido da vida pública com sua derrota por absoluta falta de opção. Mas que chora amargamente a aposta na pessoa errada.

Aliás, se Aécio Neves for esperto (e é), tratará de reasgatar esses quadros para o partido.

Saindo candidato a presidente e ficando claro que não terá chance de vitória, o PSDB paulista se bandeará na hora para o novo rei. Pelas possibilidades eleitorais, será Alckmin, político limitado, sem fôlego para inaugurar uma nova era. Por outro lado, o PT paulista também não logrou se renovar, abrir espaço para novos quadros, para novas propostas. Continua prisioneiro da polarização virulenta com o PSDB, sem ter conseguido desenvolver um discurso novo ou arregimentado novas alianças.

O resultado final será o fim da era paulista na política nacional, um modelo que se sustentou décadas graças ao movimento das diretas e à aliança com a velha mídia.

Acaba em um momento histórico, em que o desenvolvimento se interioriza e o monopólio da opinião começa a cair.

A história explica grande parte desse fim de período. Mas o desmonte teria sido menos traumático se conduzido por uma liderança menos deletéria que a de Serra.

Video Neuton Miranda 2009, a homenagem do blog a esse grande lutador.

Companheiro Neuton Miranda presente!


Neuton Miranda, 61 anos, presidente do PCdoB no Pará, morreu ontem à noite na cidade de Belterra vítima de uma parada cardiorespiratória.

O corpo dele está sendo embarcado neste momento em avião da Piquiatuba Táxi Aéreo com destino a Belém, onde será velado e sepultado.

Número 1 da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) no Pará, Neuton estava em Belterra a serviço do órgão. Lá, durante o dia, fez a entrega oficial de 1.700 hectares de terra da União para o município.

À noite, na Pousada Juvência, onde ficou hospedado, sentiu o ataque cardíaco, quando chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu.

O velório de Neuton Miranda em Belém acontecerá na capela mortuária da Beneficência Portuguesa, no bairro do Umarizal. Amanhã (22), o corpo será trasladado para o salão nobre da Alepa (Assembléia Legislativa do Pará).

O sepultamento, previsto para amanhã, ainda não tem horário definido.

Fonte: Blog do Jeso Carneiro

Kassab Cassado: pela Justiça eleitoral em São Paulo


A Justiça Eleitoral condenou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à perda do mandato pelo suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" na próxima terça-feira, é o que informa a reportagem de Flávio Ferreira e Fernando Barros de Mello, publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo, que já está nas bancas.

Em nota, a defesa do prefeito diz que as contas "foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral" e que a tese da sentença já foi vencida no TSE. Os advogados vão recorrer.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sem Polícia!


“Estratégia dos policiais é mandar familiares para as portas dos quartéis. Eles impediriam a saída dos soldados
Edson Sardinha, Congresso em Foco

Policiais e bombeiros militares de todo o país ameaçam cruzar os braços no próximo dia 3 caso a Câmara não vote até o dia 2 a proposta de emenda constitucional que cria o piso salarial para a categoria. Proibidos pela Constituição de fazer greve, os militares apostam em uma estratégia alternativa para suspender seus trabalhos: promover o chamado aquartelamento.


“Os familiares irão para a porta dos quartéis e impedirão a saída dos militares, que não poderão fazer nada”, explica o deputado Capitão Assumpção (PSB-ES), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares. “Isso não contraria a Constituição”, ressalta.


Representantes da categoria vão se reunir em Brasília, no próximo dia 2, para pressionar os deputados a aprovarem a PEC 300/08. A proposta estabelece o piso nacional para policiais e bombeiros militares e estipula que o salário inicial das categorias não poderá ser inferior ao valor recebido pelos colegas do Distrito Federal. Os sindicalistas ameaçam votar o indicativo de paralisação caso os líderes partidários não incluam a proposta na pauta do Plenário na primeira semana de março.

Mas a votação esbarra em dois obstáculos: a eventual intervenção no Distrito Federal e a falta de acordo sobre o texto a ser votado. “Não há acordo. Não abrimos mão de votar o texto aprovado na comissão especial”, diz Capitão Assumpção. O texto ao qual o deputado se refere é o que fixa em R$ 4,5 mil o piso para praças e em R$ 9 mil o salário inicial de oficiais. A proposta enfrenta resistência dos governadores e dos líderes partidários na Câmara, que alegam que o texto é inconstitucional por criar despesas para os Executivos sem apontar receitas.”

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lula disse " Jose Dirceu não fala em meu nome nem do PT"


Zé Dirceu, o indomável
O ex-ministro volta à direção do PT, ignora as decisões do partido, cria confusão com aliados, é repreendido por Lula e diz que isso não tem importância.

Jornalista - Octávio Costa e Claudio Dantas Sequeira - Revista Isto é

Em viagem de negócios a Portugal há duas semanas, o ex-ministro José Dirceu antecipou à ISTOÉ que, de agora em diante, vai se dedicar “100% à política”. E cumpriu ao pé da letra o que disse na volta ao Brasil. Primeiro passou por Belém do Pará, onde pediu o afastamento do chefe da Casa Civil estadual, Cláudio Puty, que estaria atrapalhando a aliança do PT com o PMDB do deputado e ex- governador Jader Barbalho.


Depois seguiu para Fortaleza e lá deu a entender que, se Ciro Gomes mantiver a candidatura à Presidência, o PT cearense poderá retirar o apoio à reeleição do governador Cid Gomes (PSB). Tanto no Pará quanto no Ceará, sua intervenção foi mal recebida pelos políticos locais.

E com toda razão, pois Dirceu passou como um trator por cima das instâncias partidárias, como fazia nos dias de construção do PT. Lembrou o todo-poderoso Dirceu que comandava o PT com mão de ferro. Os tempos, porém, são outros e sua autonomia de voo é bem mais limitada.

“Dirceu é dirigente do partido, mas não está na Executiva. Não vai fechar aliança em nenhum Estado. Quem vai bater o martelo são os que têm mandato para isso”, afirma o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra".

Preocupado em não desautorizar totalmente o famoso correligionário, Dutra garante que Dirceu não está atuando como um franco atirador e o mantém informado sobre seus contatos.


PRESSÃO No Pará, Dirceu pediu a cabeça do chefe da Casa Civil do Estado e no Ceará ameaçou retirar o apoio do PT à candidatura de Cid Gomes se seu irmão, Ciro Gomes, não desistisse de ser candidato à Presidência

Mas, no Planalto, o ambiente é hostil para o ex-ministro da Casa Civil. Em recente reunião com parlamentares petistas, o presidente Lula deu um duro recado, explicando que Dirceu não fala em nome dele nem do PT. “O Zé está exagerando, está atrapalhando. Está fazendo merda!”, atacou Lula.

O que mais irrita o presidente é o fato de Dirceu ainda usar o histórico de ministro da Casa Civil em seus contatos, seja na área política, seja nos negócios. Apesar das críticas, admitese no Planalto que a capacidade intelectual de Dirceu deve ser aproveitada na elaboração das estratégias do PT. “No terreno das ideias, sua contribuição é sempre bem-vinda”, afirma uma fonte da Presidência, lembrando a trajetória política do ex-líder estudantil. “É natural que os próprios aliados procurem Dirceu, que tem experiência e é visto como pessoa de influência no PT. Ele é um animal político, mas não fala pelo PT”, também ressalta Dutra. Na verdade, Dirceu ainda tem alguns aliados no Planalto. Um deles é o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que no caso do Pará foi responsável pelo “trabalho sujo”. Uma semana antes da visita do eminente petista, o ministro foi a Belém e reuniu-se com Jader Barbalho, que reclamou dos movimentos de Puty e pediu sua demissão. Em seguida, Padilha convidou a governadora Ana Julia Carepa para um jantar em Brasília. Ela foi recebida pelo ministro e os deputados Paulo Rocha, Beto Faro e Zé Geraldo. “Se você não fechar com o PMDB, vai ser difícil o Lula ir fazer campanha no Pará no primeiro turno”, disse Padilha. A governadora voltou para casa e comunicou as mudanças ao secretariado. Foi então que Dirceu desembarcou em Belém para a festa de 30 anos do PT e a posse do novo diretório estadual. “Desfilou como um imperador que entra na cidade já tomada por suas tropas”, comenta um petista.

Questionado por ISTOÉ, Puty evita polemizar e nega a interferência de Dirceu.

“Nunca houve pedido para meu afastamento. Mas Ana Julia resolveu antecipar minha saída e a de outros secretários para dar espaço a grupos do PT que não estavam representados no seu governo”, diz. No Ceará, Dirceu também jogou pesado. Em encontro com a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, ele pressionou para que Ciro Gomes retire a candidatura à Presidência. Do contrário, criaria obstáculos à permanência do PT na aliança com Cid Gomes, irmão de Ciro.

“A movimentação dele para o Ciro ser candidato em São Paulo acabou sendo desastrosa. Ele não consultou as bases e agora o Ciro está irritado, sente como se tivesse caído numa armadilha”, avalia o secretário de relações internacionais do PT, Valter Pomar.

Dirceu, diz Pomar, atropelou as gestões do próprio Lula. Para alguns observadores, Dirceu aproveita sua volta ao diretório nacional do PT para montar uma base política, especialmente no Senado, com a qual vai emparedar o presidente que for eleito em outubro, mesmo que seja Dilma Rousseff. “Quando Dilma se der conta, pode ser tarde”, alerta um petista da Executiva.

PITO
Dutra tentou conter José Dirceu: “Ele não é a voz do PT”

Como exemplo, ele aponta para Mato Grosso, onde Dirceu tenta emplacar o nome de Carlos Abicalil para o Senado, em detrimento da reeleição de Serys Slhessarenko. A movimentação de Dirceu pode dificultar sua nomeação para a Executiva Nacional do PT. Mas há quem diga que, se a nomeação acontecer, seria um antídoto contra suas iniciativas. De um lado, o cargo na Executiva pode dar ainda mais força a Dirceu, mas de outro poderia funcionar como um cabresto. Uma coisa é certa: apesar de todas as críticas, Dirceu não parece nem um pouco disposto a moderar seu apetite político. Procurado por ISTOÉ para comentar as reações contrárias às suas iniciativas, Dirceu, em viagem de negócios a Caracas, foi taxativo: “Isso não tem a menor importância, e eu não vou dar qualquer declaração sobre esse assunto.” Uma resposta no melhor estilo de José Dirceu.

Colaborou Hugo Marques

Um Debate a Esquerda: Claudio Puty X Edmilson Rodrigues










No último domingo, o ex-prefeito Edmilson Rodrigues deu uma entrevista muito esclarecedora das dificuldades que a oposição ao PT enfrentará nas próximas eleições em todo o Brasil.

Usando um tom sectário, Edmilson repete bordões que, sabemos, nem seus companheiros mais chegados do P-Sol concordam.
Edmilson está numa sinuca de bico. Não pode admitir os avanços do governo Lula, pois isso seria confirmar o erro colossal que cometeram ao serem os primeiros a abandonar o barco petista no meio da crise de 2005.
Força a barra, artificializando diferenças e acaba se aproximando perigosamente do discurso tucano.
Sua entrevista, em resumo, afirma:

1- O governo Lula é uma espécie de continuação de FHC

Essa é velha. Grande parte do capital financeiro, articulistas dos jornalões e políticos conservadores repetem, ainda hoje, que Lula não faz mais do que consolidar processos iniciados nos oito anos de FHC.
De fato, no início do governo Lula houve uma torcida por parte desses setores pelo fortalecimento de alas de orientação neoliberal dentro do governo, particularmente no Banco Central.
O segundo governo Lula jogou uma pá de cal nessa história, com a ascensã dentro do ministério do planejamento, da casa civil da presidência e do próprio ministério da fazenda daqueles que, sob a orientação do próprio Lula, deram um caráter nitidamente desenvolvimentista ao governo.
A redução dos juros, o uso da política fiscal no combate à crise, o fortalecimento dos bancos e empresas públicas como o BNDES, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Petrobrás são exemplos da mudança de paradigmas.
A política externa, ao estabelecer relações solidárias com os países latino-americanos (aliás, o que seria de Chávez, Morales, Lugo e Correa sem o apoio brasileiro?) e ao permitir uma política comercial decisiva para a diversificação do destino de nossas exportações, foi um divisor de águas na história brasileira.
Em resposta à famosa frase de Pedro Malan, que dizia que a melhor política industrial é não ter política industrial, voltamos a investir na indústria naval, a construir grandes siderúrgicas, inclusive no Pará.
Ironicamente, o modelo de regulação das reservas do pré-sal, citado pelo entrevistado como prova da orientação neoliberal do governo Lula foi recentemente citado pelo semanário americano Newsweek como prova do “esquerdismo” do atual governo brasileiro.
Ainda que não seja da maneira que o ex-prefeito gostaria, há um vigor processo de ascensão social das classes menos favorecidas, fato este reconhecido por todos estudiosos da pobreza.
Portanto, erra feio o ex-prefeito na comparação de Lula com FHC.

2- O Psol não deslancha porque os movimentos sociais foram “cooptados” pelo governo

Um dia desses li, em entrevista à revista Caros Amigos, uma professora da Universidade Federal Fluminense dizer que o governo Lula é pior que o de FHC porque agora os inimigos da classe trabalhadora não são tão claros.
Li mais algumas vezes para me certificar de que não estava tendo alucinações, mostrei a alguns amigos, que também não acreditaram no que leram.
O finado Brizola chamava essa turma de “a esquerda que a direita gosta”.
Em todas suas formas, acadêmicas ou populares, defendem teses fatalistas, que negam a política enquanto ação transformadora e, portanto intrinsecamente conservadoras.
Quando a classe trabalhadora realmente existente, aquela que todos os dias se espreme nos ônibus e vans ou pedala para o trabalho (quando eventualmente consegue um), não embarca na canoa furada do “quanto pior melhor”, os barqueiros dizem que os movimentos sociais foram “cooptados”.
Vamos de novo aos fatos: durante os governos de Lula e Ana Júlia, houve um crescimento no número de greves e a maioria das categorias em luta conseguiu aumentos salariais reais. Diga-se de passagem, lutas majoritariamente dirigidas pela suposta central governista, a CUT.
Um cenário bem diferente dos anos neoliberais, onde as perdas salariais, os planos de demissão voluntária e a repressão aos movimentos, no Brasil e no Pará eram a regra.
Em caso de dúvida, é só perguntar, dentre outros, aos bancários, trabalhadores dos correios e petroleiros.
Finalmente, não me parece que as diferenças entre os processos de transformação no Brasil e na Venezuela se dêem por conta de uma maior independência dos movimentos sociais venezuelanos em relação ao governo.

3- “O PT e Ana Júlia mantém nosso Estado nas páginas do crime”

Após criticar o PT durante toda a entrevista, o ex-prefeito acusa o governo de Ana Júlia. “Na verdade o governo abandonou o PT”, e imediatamente se contradiz: “infelizmente o partido que ajudei a construir mantém nosso Estado nas páginas do crime. São crianças morrendo na Santa Casa, trabalho escravo, índice de desmatamento, trabalho infantil, trabalho escravo, prostituição infantil”.

Edmilson faz uma crítica populista e demagógica.
Talvez ele tenha esquecido que muitas dessas mazelas enfrentadas pelo Pará são criadas por um sistema injusto e por um modelo de desenvolvimento que lutamos para mudar e cuja solução de não é de curto prazo.
O ex-prefeito passou muito tempo fora do Pará e talvez não saiba dos avanços conseguidos na Santa Casa, inclusive com capacitação de técnicos em atenção neonatal no Marajó. Avanços reforçados com o apoio inédito à atenção básica em saúde no Pará, que pela primeira vez garante repasse fundo a fundo aos municípios, verdadeira fonte dos problemas da maternidade.
Ainda não viu a Nova Santa Casa em construção. Não sabe que no governo petista do Pará, aumentamos em três anos a cobertura populacional do programa Saúde da Família de 18% para 39 %, e que chegaremos a mais de 40% de cobertura em quatro anos.
Inauguraremos, ainda este semestre, o acelerador linear do Ophir Loyola e que implantaremos outro acelerador linear em Tucuruí. Aparelhos, diga-se de passagem, que ficaram encaixotados durante todo o governo anterior.
Não sabe dos mais de 40 mil alunos do bolsa-trabalho e dos 21 mil bolsistas do pro-jovem, que terão formação profissionalizante e garantia de renda durante seu curso.
Será que ele também ainda não sabe da UFOPA que já é uma realidade em Santarém? Das mais de 600 escolas estaduais reformadas, muitas delas com ar-condicionado e internet do Navega Pará?
E da siderúrgica ALPA de Marabá, das eclusas de Tucuruí, que serão inauguradas dia 30 de junho? E o asfaltamento da Transamazônica? E das obras do Riacho Doce-Tucunduba que tanto sonhamos concluir? E as milhares de casas do PAC que já começamos a inaugurar?

Certamente queremos avançar muito mais nas mudanças na América Latina, no Brasil e no Pará. Mas, para que isso aconteça, os socialistas têm que ter uma avaliação correta dos movimentos da sociedade brasileira, estar em partidos que dialoguem com a maioria do povo organizado e que não tenham uma relação sectária com o restante da esquerda.
Infelizmente, o partido onde o ex-prefeito se encontra não cumpre nenhum dos três requisitos.
Entretanto, ainda há tempo para que os companheiros do P-Sol reorientem sua linha política. Outros partidos da esquerda brasileira e mundial têm uma relação de colaboração, mesmo que crítica, em relação ao PT e seus governos.
Talvez seja hora dos setores mais conseqüentes do P-Sol fazerem o mesmo e contribuírem efetivamente com as transformações da sociedade brasileira.
O PT, como sempre, estará aberto ao diálogo com vocês.

Esse espaço está aberto para Sr. Edmilson Rodrigues responder.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

" A Busca do Socialismo não é Quixotesca" : Entrevista do Jornalista Jadson Oliveira Para o Jornal A Tarde Salvador em 28/12/09


Jornalista e atual blougueiro Jadson Oliveira (Foto), 64 anos, trabalhou como jornalista, em diversos jornais e assessorias de comunicação, de 1974 a 2007, sempre em Salvador (Bahia). Na década de 70 militou no PCdoB e no movimento sindical bancário. Ao aposentar-se, em fevereiro/2007, começou a viajar pelo Brasil, América Latina e Caribe. Esteve em Cuba, Venezuela, Manaus, Belém/Ananindeua (quando do Fórum Social Mundial/2009) e Curitiba, com passagem por Palmas, Goiânia e Campo Grande. Depois Paraguai e Bolívia. Virou viajante e blogueiro. Clic aqui e acesse o blog do Jadson Oliveira.



ENTREVISTA: Jadson Oliveira

BIAGGIO TALENTO -A Tarde

O jornalista Jadson Oliveira chutou o pauda barraca em 2007 e partiu para correr a América Latina com objetivo de conhecer, na prática, as experiências socialistas. Visitou Cuba, Venezuela e Bolívia, países onde morou nos últimos dois anos. Colaborou com artigos para vários blogs, entre os quais Fazendo Media:a Média que a Mídia faz. Escreveu também para a Caros Amigos.

O velho comunista que andava desiludido com a política se sentiu revigorado com o que viu. De volta a Salvador, continua escrevendo no seu próprio blog Evidentemente “embora quase não tenha leitor” e cujo endereço é www.blogdejadson.blogspot.com . Nesta entrevista, fala do que viu nas suas andanças.

A Tarde
Como surgiu a ideia de conhecer as experiências socialistas na América Latina? Havia um desencanto com o socialismo petista?


Jadson Oliveira
Que socialismo petista, companheiro? Fui militante do PCdoB entre 72 e 81. Fiz muito trabalho clandestino.
Era encarregado da “gráfica”, que na verdade era um mimeógrafo potente. Depois, numa daquelas rachas do partido, eu saí, embora sempre tenha votado nas esquerdas, defendia em mesa de bar, votava preferencialmente no PT. Quando fiz 50 anos, decidi deixar de trabalhar em jornal.
Fiquei só na assessoria da Assembleia Legislativa. Aliás foi uma virada na minha vida: saí do jornal, me separei e vendi meu Fusquinha (que tinha 15 anos comigo). Em 2007, resolvi parar de trabalhar, eu já era aposentado pelo INSS e fui viver só dessa aposentadoria. Eu já pensava em aproveitar “o resto da minha mocidade” viajando.

AT
Você então não planejou essa viagem?

JO
A decisão central foi parar de trabalhar e viver da aposentadoria. E aí surgiu aquela coisa do comunista antigo que tem essa ideia de conhecer Cuba, ver como é a coisa polêmica que a gente sempre discute em mesa de bar. A imprensa internacional toda esculhamba e muita gente afinada com a luta do socialismo defende.

AT
Quanto tempo você morou em Cuba? Como ficou lá?

JO
Oito meses. Tem uma fórmula que sai mais barato que é você se hospedar em casas de famílias que são autorizadas pelo governo a receber visitantes estrangeiros. Fiquei na casa de uma senhora, com um quarto exclusivo e direito de usar os outros cômodos da casa.

AT
Qual a sua impressão sobre a vida em Cuba?

JO
Em termos dos nossos hábitos de consumo de classe média, tem muita precariedade. Só para lhe dar um exemplo, eu não encontrei lá fio dental. Um dentista inclusive me garantiu que esse produto não existia na ilha. Café descafeinado, tive dificuldade de encontrar, e bloqueador solar eu não achava. Em suma, uma pessoa de classe média sentirá muita diferença se for morar em Cuba.

AT
As pessoas já se acostumaram com isso?

JO
E
m parte. Em um dos meus artigos, disse que, apesar de a revolução ter 50 anos e ter se consolidado, a coisa do consumismo, acho que eles (os revolucionários) não conseguiram acabar com essa ideologia.

AT
Mas o consumismo é inerente ao ser humano...


JO
Você diz isso. Eu não acredito nisso, não. Acho que o homem pode viver sem isso .Mas o cerco, o apelo consumista é muito grande lá.

AT
Como isso ocorre?

JO
Os cubanos recebem as mensagens pelo cinema americano, que é muito difundido, pelas novelas brasileiras, que são popularíssimas, e tem também as emissoras de TV e rádio clandestinas transmitidas dos EUA justamente para minar a cabeça das pessoas com valores consumistas

AT
Os cubanos têm a percepção de que o regime é ditatorial?

JO
Eu acompanhei um processo eleitoral, com nível de participação altíssima. É difícil falar sobre isso. Percebi que uma parcela do povo é tocada pelos apelos consumistas e sente falta disso.Outro segmento sente falta da possibilidade de progredir na vida, melhorar o salário. Alguns têm o sonho de mudar para o Brasil ou EUA para ganhar dinheiro. Agora, a maioria da população aceita a situação. Aquela coisa de Raúl Castro substituir Fidel Castro, que nós achamos uma sacanagem, lá seria uma coisa estranha se não fosse o irmão, remanescente da revolução, que substituísse o comandante.

AT
O que dizem de Fidel?

JO

Ele é endeusado por quase todos. Se houvesse uma eleição direta (uma eleição burguesa que nós fazemos aqui), ele teria 90% dos votos tranquilamente. Lembrese dos vários ditadores eleitos pelo voto. Getúlio Vargas no Brasil, Hugo Banzer na Bolívia também, Antonio Carlos Magalhães na Bahia. Então, sem dúvida, Fidel também seria. A percepção que tive é que para os mais pobres o regime cubano é uma beleza.

AT
O nível de exigência dessas pessoas é pequeno?

JO

Veja só, a repressão policial aqui é muito pior que em Cuba. Aqui a polícia mata negro e pobre todo dia. Em Cuba, não existe isso. Em termos de qualidade de vida, os cubanos têm o mínimo para comer, assistência de saúde e escola de graça. Isso para os pobres é muito representativo.

AT
E como surgiu a ideia de visitar a Venezuela?

JO
No aspecto da efervescência política, Cuba me decepcionou, pois a coisa lá está meio institucionalizada com mobilizações populares burocratizadas. Aí eu inventei ir até a Venezuela. Fiquei lá em Caracas três meses e me encantei com a ebulição política do lugar.O que me chamou a atenção é que tem manifestação de rua quase todo dia. Eles inclusive usam muito o verbo “trancar”, pois passam grande parte do tempo trancando ruas. Aquilo é democracia participativa, quando o povo procura influenciar nas coisas.

AT
Você me falou certa vez que, apesar das notícias que Chávez cerceia a imprensa, ele sofre um bombardeio de várias TVs...

JO
Quando eu estava lá, Chávez tinha quatro canais de TV estatais, mas havia oito emissoras privadas que batem nele direto, à vontade. E a oposição a Chávez é muito grande? Muito grande e raivosa. Esse debate todo, com o protagonismo do povo,das organizações populares, me animou, pois foi uma coisa que eu não vi em Cuba.

AT
Chávez tem conseguido distribuir a riqueza do petróleo?

JO
Ele é muito centralizador, a implantação da revolução bolivariana depende muito dele e ele tem conseguido incluir organizações populares no processo político. Claro que tem avançado na distribuição de renda.

AT
E a Bolívia de Evo Morales?

JO
Lá, sim, a participação é ampla dos camponeses e da classe operária, dos mineiros que foram protagonistas da revolução de 1952. O protagonismo dos movimentos sociais é até bem maior na Bolívia que na Venezuela.

AT

Você esteve lá este ano, no período da eleição presidencial?

JO
Cheguei lá dois meses antes da eleição. E a participação dos movimentos sociais foi excepcional. No Brasil você não vê o povo participando e influenciando na política. O povo vota em Lula e pronto, não vai para a rua para defendêlo dos direitismos do Congresso, da Justiça. Lá, o povo está na rua por qualquer coisa, para defender Evo, que é muito fiel ao povo. Ele tem uma norma muito bonita: “mandar obedecendo”.

AT
Como ele combate a desigualdade social?

JO
De várias formas. Por exemplo, ele tem três programas sociais semelhantes ao Bolsa Família, um voltado à assistência da mulher parida e com filho até 2 anos; outro para crianças que estudam no primário; e a renda dignidade, que dá salário mensal às pessoas acima de 60 anos.Tudo tirado do dinheiro dos impostos do gás e petróleo que ele nacionalizou no primeiro ano do seu governo, em maio de 2006.

AT
Você é fã de Dom Quixote e fez uma espécie de jornada semelhante ao homem de La Mancha. Mas sua busca foi ao socialismo. Afinal o socialismo está vivo na América?

JO
Não considero a busca do socialismo quixotesca, (embora Dom Quixote na loucura dele também achasse sua jornada uma coisa séria). Hoje, depois de Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador e outros países, como Paraguai, El Salvador e o próprio Brasil, embora tenha avançado pouco, fica claro que o socialismo está vivo na América. Eu reproduzi, há pouco tempo no meu blog, um artigo do (filósofo e ativista americano) Noam Chomsky em que diz que a política da América Latina era uma dos mais interessantes para estudar, pois há a semente de uma integração soberana que contrariava realmente os interesses do império americano.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Favor








Ontem na posse da Direção municipal do PT de Ananindeua, perguntamos ao Deputado Chicão(PMDB).


- O PMDB e o PT estarão no mesmo palanque na eleição para o Governo do Estado?


O Deputado respondeu.


- Eu sou a favor, muitos no partido são contra.

A volta dos que não foram: A novela dos Tucanos



Deu no blog do Hiroshi
(Foto)





Aos rumores de que o ex-governador Almir Gabriel estaria avançando na formação de uma chapa ao governo estadual, por ele encabeçada, deslocando-se Simão Jatene à candidatura majoritária para o Senado, é preciso fazer uma leitura mais consistente dessa movimentação.

Primeiro, mesmo com a possibilidade de Luiz Otávio (PMDB) ser acomodado na vice de Almir, o alto escalão do PSDB – inclua-se na lista Tasso Jereissati, Sérgio Guerra, Zé Alagão e Aécio Neves -, torce o nariz para essa chapa sugerida. .

O nome de Jatene é tido por eles como de mais fácil trânsito na busca de votos e de alianças.

Antes de qualquer delírio pessoal de algum pretendente à disputa estadual paraense, recomenda-se lembrar que a cúpula tucana prioriza a candidatura presidencial de Serra.

Boa idéia! Granja do Icuí vai ser doada para construção de casas populares

Deu no blog da governadora Ana Júlia

Granja do Icuí vai ser doada para construção de casas populares

Possibilitar o sonho da casa própria as famílias do Pará, reduzir o déficit habitacional e trabalhar com muito vigor determinação para que a casa própria tenha qualidade e chegue primeiro aos que mais precisam, essa tem sido uma determinação do meu governo. Tenho buscado a parceria de prefeitos, da Caixa Econômica, do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.
Esse trabalho firme tem dado resultado: a Cohab, que é a Companhia de Habitação do Pará, tem 44 anos de existência e nosso governo, em 4 anos, vai entregar ao povo do Pará 35 mil habitações. O sonho da casa própria para 35 mil família, no mínimo, já que existem situações que até 2 ou 3 famílias moram juntas.
E a casa própria não para nesse número. Decidi que a residência governamental do Icuí será doada para a construção de casas populares. Faz muito mais sentido construir centenas de casas populares naquela imensa área, do que mantê-la para um governante.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Promoção Ananindeuadebates: Novo CD Além dos Muros da cantora Ligía Saavedra,


Mande um comentário sobre o CD Além dos Muros de Ligía Saavedra e concorra a um CD.
Sorteio 16/02

PT 30 anos




PT faz aniversário e entra na era "pós-Lula" com discurso de "dever cumprido"
Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PT completa hoje 30 anos de sua fundação com o discurso de "dever cumprido", após ocupar a Presidência da República por oito anos --representado no poder pela sua principal liderança histórica: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O grupo de dirigentes sindicais e intelectuais de esquerda, que criou o partido no dia 10 de fevereiro de 1980, avalia que, trinta anos depois, o PT se consolidou como partido que levou avanços ao país --especialmente, na área social.

Fundado com um viés socialista democrático, o PT priorizou nos oito anos de governo políticas voltadas para o social. As principais lideranças petistas sustentam, porém, que o partido também conseguiu promover avanços na área econômica --depois de enfrentar em 2009 a crise nos mercados internacionais.

"Criamos o modo petista de governar com participação popular, inversão de prioridades, governando para todos, mas sempre mais atentos às necessidades reais dos que mais precisam", afirmou o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).

Para o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, o partido mostrou que tinha capacidade para governar o país ao escolher um ex-líder sindical para ocupar a Presidência, com ênfase nas políticas para a população de baixa renda.

"Nosso partido conseguiu se enraizar no conjunto do povo brasileiro. O presidente Lula já tem o seu nome inscrito na história deste país como talvez o melhor presidente que esse país já teve. Conseguimos eleger um presidente que saiu do pau de arara, se transformou em líder sindical e presidente da República, superando preconceitos", afirmou.

O foco no "social" se encontra na origem do partido, como afirmam suas principais lideranças. "São 30 anos na história desse partido de luta, que teve a contribuição do que há de melhor na luta dos trabalhadores: da esquerda, da resistência, dos movimentos de liberdade, de expressão sexual, do direito das minorias do país", avalia a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Escolhida como pré-candidata do PT para suceder Lula, Dilma sinalizou que vai dar destaque às políticas sociais se for eleita, comparando a gestão petista com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) --que também ficou oito anos no poder.

"Comparar, sim, se não comparar fica difícil. Vamos discutir quem fez o quê. E quem fará o que. Agora, nós não temos problema nenhum com comparação, sabe por que? Estamos vendo os dados."

Crises

No governo Lula, o PT enfrentou uma de suas maiores crises desde o surgimento do partido. O escândalo do mensalão (pagamento ilegal de parlamentares da base governista no Congresso) afastou lideranças históricas do comando da legenda, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e o deputado José Genoino (PT-SP).

O episódio, que completa cinco anos em 2010, teve reflexo do governo, afastando lideranças próximas ao presidente Lula e fundadoras do PT, como Dirceu e o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação). A imagem do presidente, no entanto, foi preservada do escândalo e Lula concluiu o primeiro mandato sem grandes percalços.

Em 2006, Lula foi reeleito após quatro anos no poder para sua segunda gestão, que termina em dezembro.

"Quando fundamos o PT há 30 anos, o nosso compromisso era mudar o Brasil, superar dificuldades, dar oportunidade a todos. Esses compromissos, nós estamos cumprindo", disse o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário).

Trinta anos depois de sua fundação, o PT agora caminha para encontrar novos rumos na era classificada entre os petistas como "pós-Lula". Um dos caminhos do partido, segundo Dutra, é buscar maior identidade com os jovens para ampliar a militância no país.

"Muito mais gente é petista, mas não é filiada ao PT. Hoje, o conceito de militância é diferente. Na internet, você convoca um ato com 1.000 pessoas numa fração de segundos. Vamos ter que ter a capacidade de atrair, ser uma espécie de 'guerrilheiros da blogosfera'. Especialmente os jovens vão fazer parte da política de comunicação do partido", afirmou