sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Retorno de Jedi: Paulo Chaves na Cultura


A volta das plumas e paetês na politica cultural Papaxibé

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Opinião do Internauta: O debate - Jatene e sua maioria na Assembleia Legislativa do Pará





Jorge Amorim*








Há algumas coisa a considerar, meu caro Vicente Cidade.


Primeiro, saber como Simão se relacionará com o governo federal. Se adotar uma postura sectária, de evitar parcerias e desprezo pelo PAC para fugir da ideia de continuismo, terá muitos problemas dada a limitada capacidade de investimentos do Estado, só o discurso de herança maldita não justificará uma eventual inércia e a população cobrará em algum momento.
Segundo, há o fator Jader Barbalho. Será que ele continuará dando as cartas no PMDB, ou, caso fique sem mandato, sua liderança será posta em xeque, resvalando essa disputa no diálogo com o governo na medida em que ninguém se sentirá representado por ninguém.
Terceiro, PSDB e PMDB aproximaram-se bastante nas últimas eleições e isto dificulta o diálogo do partido de Jader nacionalmente, será que outras legendas, como o PR de Alfredo Nascimento, não aproveitarão esse vácuo para disputar espaços anteriormente ocupados por pemedebistas? E o PR é só um exemplo, mas por aí podem seguir PDT, PTB e o PSB.
Não quer dizer que esses partidos vão fazer oposição a Simão, principalmente na AL, porém indica que serão menos depentes do que foram em 2003/2006, quando muito do que foi realizado pelo governo estadual deu-se com verba federal, mas sob inteira responsabilidade política e administrativa local o que cacifava o controle da situação por Simão.
Como se prenuncia a formação de um governo confederado, uns de olho em 2012, outros de olho em uma possível criação de mais dois estados com áreas desmembradas do Pará e todos pensando seus futuros individualmente é provável que tenhamos um governo de arranjos e conveniências com reflexos negativos na população.

Editor do Blog na Ilharga.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Opinião do Internauta: Jatene e sua maioria na Assembleia Legislativa do Pará


Artigo de Vicente Cidade *



Na AL são 41 deputados, destes, em tese, a bancada de oposição seria composta por 08 deputados do PT, 01 do PSOL e 02 do PSB, que somados aos 8 deputados do PMDB, dariam dor de cabeça ao governador eleito, já que faria uma maioria muito pequena e certamente ficaria a mercê dos interesses individuais de alguns parlamentares/partidos ou mesmo do próprio PMDB, chantagista que é.

A nova bancada da AL para 2011 será composta, além dos já mencionados acima, por 06 deputados do PSDB, 04 do PR, 03 do PTB, 02 do PDT e mais 01 do DEM, 01 do PV, 01 do PMN, 01 do PPS e 01 do PRB.


Ou seja, o novo governo que entra, tenta (e vai conseguir) atrair para a sua base de apoio todos os partidos que estiveram na coligação da governadora, exceto é claro o PT. Com isso, a bancada de oposição seria composta apenas por 09 deputados, não devendo causar problemas de aprovação dos projetos do futuro governo, no máximo, proclastinar e fazer barulho.

Entretanto, o mais importanmte agora é que esse movimento garante a vitória do PSBD na eleição para a presidência da AL, mesmo tendo uma bancada menor que o PMDB, já estabelecendo não só uma derrota para o PMDB, que queria indicar o presidente da AL, como também já jogam um balde de água fria na tentativa do PMDB de novamente se posicionarem como os "fiéis da balança" na relação entre o governo e o legislativo. (Cadê o chororô???)

Duas coisas porém são certas:

1) O Zenaldo está fazendo o dever de casa, que é compor a maioria com os partidos assumindo essa posição, esse é o certo, não criar um grupo supra partidário e oportunista como o fatídico Z-8, turbinado pelo Charles, aquilo não existe. Por outro lado, o próprio Zé Dirceu, no primeiro governo Lula, já avisava isso quando tentou trazer o PMDB pro governo naquela ocasião;

2) O PSDB elegeu o governador Jatene numa conjuntura que inclui a desastrosa campanha de reeleição da governadora, isso é evidente na medida em que teve uma redução elevada tanto de sua bancada futura da AL como de seus prefeitos anteriormente. Contudo agora começa outro jogo e chamo a atenção dos senhores para um (muito) provável movimento de rearticulação dos tucanos, visando o seu fortalecimento.

Portanto, o governo Jatene vai ter que conviver com a dependência de outros partidos, ao mesmo tempo que empreenderá uma campanha de fortalecimento, o que, obviamente, implicará num cenário de disputas internas na sua base aliada, já que esses partidos disputam a mesma base social.

Ou seja, estaremos diante de um quadro exatamente igual ao que ocorreu no governo Ana Júlia, onde os partidos diziam que havia um privilégio ao PT frente aos demais partidos da base aliada. Agora vamos ver como é que esses partidos se comportarão e como isso irá refletir na mídia e na sociedade.


* Economista, pós graduado em agronegócios pela UEPA e em Economia Regional pela UFPA

Governo do Pará 2011

Sai a Turma de São Brás


E entra a Turma da Doca

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Acelera PSB


O Governador eleito Simão Jatene quer maioria na ALEPA, e puxou para sua base o PSB de Ademir e Cassio Anadrade. Agora os socialistas aguardam para ver o cargo e nome no Listão de Jatene.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Lúcio Flávio Pinto "Desde 1992, quando a família Maiorana propôs a primeira ação, procurei oito escritórios de advocacia de Belém. Nenhum aceitou"


Carta do jornalista Lúcio Flávio Pinto ao Iº Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. São Paulo Agosto de 2010




Lúcio Flávio aos blogueiros


“Caros amigos blogueiros,

Sinto-me muito honrado pelo convite, que devo ao Azenha e à Conceição Lemes, para participar deste encontro. É uma iniciativa generosa e gentil para com um analfabeto digital, como eu. Garanto que sou capaz de ligar e desligar um computador, de enviar e receber mensagens. Não garanto nada a partir daí.

Como, então, estou aqui? Sou – digamos assim – um blogueiro avant la léttre. Não podendo ser um tigre, posto que sou Pinto, fui precursor na condição de blogueiro de papel – e no papel. Às vezes, por necessidade, também um tigre in fólios – e nada mais do que isso.

Em 1987, eu tinha 38 anos de idade e 22 de profissão e me vi diante de um dilema.

Numa vertente, a carreira profissional bem assentada em O Estado de S. Paulo, então com 16 anos de “casa”, e também no grupo Liberal, a maior corporação de comunicação do norte do país, no qual tinha 14 anos, com um rompimento pelo meio, quando tentaram me censurar, logo superado pelo restabelecimento da minha liberdade de expressão.

Na outra vertente, uma matéria pronta, importante, mas que não encontrava quem a quisesse publicar. Era o desvendamento do assassinato do ex-deputado estadual Paulo Fonteles, por morte de encomenda, executada na área metropolitana de Belém, o primeiro crime político em muitos anos na capital do Pará. O Estadão publicara todas as matérias que eu escrevera até então sobre o tema. Mas aquela, que arrematava três meses de dedicação quase exclusiva ao assunto, era, segundo o editor, longa demais.

Já O Liberal a considerava impublicável porque ela apontava como envolvidos ou coniventes com a organização criminosa alguns dos homens mais poderosos da terra, dois deles listados entre os mais ricos. Eram importantes anunciantes. Ao invés de me submeter, decidi ir em frente.
Aí, há 23 anos nascia o Jornal Pessoal, sem anunciantes, feito unicamente por mim, assemelhando-se aos blogs de hoje. Um blog impresso no papel, que exerceu na plenitude o direito de proclamar a verdade, sobretudo as mais incômodas aos poderosos.

Em janeiro de 2005, depois de muitas ameaças por conta desse compromisso, fui espancado por Ronaldo Maiorana (1º da foto) um dos donos do grupo Liberal, que na época era simplesmente o presidente da comissão em defesa da liberdade de imprensa da OAB do Pará. Eu estava almoçando ao lado de amigos em restaurante situado num parque público de Belém, quando o agressor me atacou pelas costas, contando com a cobertura de dois policiais militares, que usava – e continua a usar – como seus seguranças particulares.

Qual a causa da brutalidade? Um artigo que publiquei dias antes sobre o império de comunicação do agressor. O texto não continha inverdades, não era ofensivo, nem invadia a privacidade dos personagens. Mas desagradava aos senhores da comunicação. Embora tendo a emissora de televisão de maior audiência do Estado, afiliada à Rede Globo, o jornal que ainda era o líder do segmento (já não é mais) e estações de rádio, não usaram seus veículos para me contraditar ou mesmo atacar com o produto que constitui seu negócio, a informação.

O que resultou dessa agressão? Da minha parte, a comunicação do fato à polícia, que enquadrou o criminoso na forma da lei. Mas o agressor fez acordo com o Ministério Público do Estado, entregou cestas básicas a instituições de caridade (uma delas ligada à família Maiorana) e permaneceu solto, com sua primariedade criminal intacta. Já o agressor, com a cumplicidade do irmão mais velho e mais poderoso, ajuizou contra mim 14 ações na justiça, nove delas penais, com base na Lei de Imprensa da ditadura militar, e cinco de indenização.

O objetivo era óbvio: inverter os pólos, fazendo-me passar da condição de vítima para a de réu. Em quatro das ações eu era acusado de ofender os irmãos e sua empresa por ter dito que fui espancado, quando, segundo eles, eu fui “apenas” agredido. Mais um dentre vários absurdos aviltantes, aos quais a justiça paraense se tem prestado – e não apenas aos Maiorana, já que me condenou por ter chamado de pirata fundiário o maior grileiro de terras do Pará e do universo, condição provada pela própria justiça, que demitiu por justa causa todos os funcionários do cartório imobiliário de Altamira, onde a fraude foi consumada, colocando ao alcance do grileiro pretensão sobre “apenas” cinco milhões de hectares.

Os poderosos, que tanto se incomodam com o que publico no Jornal Pessoal, descobriram a maneira de me atingir com eficiência. Já tentaram me desqualificar, já me ameaçaram de morte, já saíram para o debate público e não me abateram nem interromperam a trajetória do meu jornal. Porque em todos os momentos provei a verdade do que escrevi. Todos sabem que só publico o que posso provar. Com documentos, de preferência oficiais ou corporativos. Nunca fui desmentido sobre fatos, o essencial dos temas, inclusive quando os abordo pioneiramente, ou como o único a registrá-los. Não temo a divergência e a contradita. Desde então, os Maiorana já me processaram 19 vezes.

Nenhuma das sentenças que me foram impostas transitou em julgado porque tenho recorrido de todas elas e respondido a todas as movimentações processuais, sem perder prazo, sem deixar passar o recurso cabível, reagindo com peças substanciais. O que significa um trabalho enorme, profundamente desgastante.

Desde 1992, quando a família Maiorana propôs a primeira ação, procurei oito escritórios de advocacia de Belém. Nenhum aceitou. Os motivos apresentados foram vários, mas a razão verdadeira uma só: eles tinham medo de desagradar os poderosos Maiorana. Não queriam entrar no seu índex. Pretendiam continuar a brilhar em suas colunas sociais, merecer seus afagos e ficar à distância da sua eventual vendetta. Contei apenas com dois amigos, que se sucederam na minha defesa até o limite de suas resistências, de um tio, que morreu no exercício do meu patrocínio, e, agora, com uma prima, filha dele.

Apesar de tantas decisões contrárias, ainda sustento minha primariedade. Logo, não posso ser colocado atrás das grades, objeto maior do emprenho dos meus perseguidores. Eles recorrem ao seu cinto de mil utilidades para me isolar e me enfraquecer.

Não posso contar nem mesmo com o compromisso da Ordem dos Advogados do Brasil. Seu atual presidente nacional, o paraense Ophir Cavalcante Júnior, quando presidente estadual da entidade, firmou o entendimento de que sou perseguido e agredido não por exercer a liberdade de imprensa, o direito de dizer o que sei e o que penso, mas por “rixa familiar”.

No entanto, dos sete filhos de Romulo Maiorana, criador do império de comunicações, só três me atacam, com palavras e punhos. Dos meus sete irmãos, só eu estou na arena. Nunca falei da vida privada dos Maiorana. Só me refiro aos que, na família, têm atuação pública. E o que me interessa é o que fazem para a sociedade, inclusive no usufruto de concessão pública de canal de televisão e rádio. E fazem muito mal a ela, como tenho mostrado – e eles nunca contraditam.

Crêem que, me matando em vida, proibindo qualquer referência a mim e meus parentes, e silenciando sobre tudo que fazem contra mim na permissiva e conivente justiça local, a história dessa iniqüidade jamais será escrita porque o que não está nos seus veículos de comunicação não está no mundo. Não chegaria ao mundo porque o controlam, a ponto tal que tem sido vão meu esforço de fazer a Unesco, que tem parceria com a Associação Nacional de Jornais, incluir meu caso na relação nacional de violação da liberdade de imprensa.

O argumento? Não se trata de liberdade de imprensa e sim de “rixa familiar”. O grupo Liberal, por mera coincidência, é um dos seis financiadores do portal Unesco/ANJ.

Após os Maiorana, o dilúvio. A maior glória do Jornal Pessoal é nunca ter sido derrotado no terreno que importa à história: o da verdade. Enquanto for possível, as páginas do Jornal Pessoal continuarão a ser preenchidas com o que o jornalismo é capaz de apurar e divulgar, mesmo que, como um Prometeu de papel, o seu ventre seja todo extirpado pelos abutres.

Eles são fortes, mas, olhando em torno, vejo que há mais gente do outro lado, gente que escreve o que pensa, apura sobre o que vai escrever e não depende de ninguém para se expressar, mesmo em condição de solidão, de individualidade, como os blogueiros, que hoje, generosamente, me acolhem nesta cidade que fiz minha e que tanto amo, como se estivesse na minha querida Amazônia”.

(Para visitar o Jornal Pessoal, acesse http://www.lucioflaviopinto.com.br)

(Quem quiser solidarizar-se com a luta de Lúcio Flávio Pinto, pode depositar qualquer quantia na conta abaixo):

UNIBANCO (banco 409) Conta: 201.512-0 Agência: 0208 CPF: 610.646.618-15

sábado, 25 de dezembro de 2010

Artigo de Jadson Oliveira: PRISÃO PERPÉTUA PARA EX-DITADOR DIREITOS HUMANOS EM FESTA NA ARGENTINA


Coluna Diário de um Blogueiro: Jornalista e atual blougueiro Jadson Oliveira (Foto), 64 anos, trabalhou como jornalista, em diversos jornais e assessorias de comunicação, de 1974 a 2007, sempre em Salvador (Bahia). Na década de 70 militou no PCdoB e no movimento sindical bancário. Ao aposentar-se, em fevereiro/2007, começou a viajar pelo Brasil, América Latina e Caribe. Esteve em Cuba, Venezuela, Manaus, Belém/Ananindeua (quando do Fórum Social Mundial/2009) e Curitiba, com passagem por Palmas, Goiânia e Campo Grande. Depois Paraguai, Bolívia, Trindad Tobago , São Paulo e agora está na Argentina. virou viajante e blogueiro. Clic aqui e acesse o blog do Jadson Oliveira


Jorge Rafael Videla comandou a ditadura
sangrenta de 1976 a 1981 (Foto: Reprodução)
(Reprodução da primeira página do
jornal Página 12, de 23/12/10)
De Buenos Aires (Argentina) – Após 27 anos da derrubada da última ditadura, em dezembro de 1983, as entidades e militantes dos Direitos Humanos - uma voz cada dia mais forte no país, com o apoio inclusive do governo de Cristina Kirchner - tiveram muito a comemorar: o ex-general e ex-ditador Jorge Rafael Videla, hoje com 85 anos, símbolo maior da sangrenta ditadura militar, foi condenado à prisão perpétua, a ser cumprida em cela comum. Em 1985 ele teve condenação semelhante, mas foi indultado pelo então presidente Carlos Menem em 1990. A sentença foi lida no final da tarde desta quarta-feira, dia 22, com milhares de pessoas em concentrações festivas diante de telões em Córdoba (capital da província de Córdoba, região central do país), onde ocorreu o julgamento, e em Buenos Aires. A leitura teve transmissão ao vivo através de seis emissoras de TV. Ao final da sessão, Videla teve que escutar os gritos de “assassino... assassino... assassino...”, partidos dos assistentes na sala do tribunal, repleta de vítimas sobreviventes e familiares de sequestrados, torturados e assassinados, além de representantes da luta pelos Direitos Humanos, como as Mães e Avós da Praça de Maio (Madres e Abuelas de Plaza de Mayo) e Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz de 1980.
Lutadores pelos Direitos Humanos (Mães e Avós da Praça de Maio à frente)
e familiares de mortos e desaparecidos festejam logo em seguida à divulgação
das sentenças (Foto: Reprodução)

Junto com o ex-ditador, foram condenados à prisão perpétua mais 14 pessoas, entre elas o ex-general Luciano Benjamín Menéndez, que era comandante do III Corpo de Exército, sediado em Córdoba. Esta é a quinta prisão perpétua de Menéndez. Oito receberam penas de sete a 14 anos e sete foram absolvidos. Ao todo foram 30 militares e policiais, todos acusados de ordenar ou executar o fuzilamento de 31 presos políticos em Córdoba, logo após o golpe militar de 1976.

Mais de 100 foram condenados por crimes de lesa humanidade somente neste ano


Este foi apenas um dos julgamentos concluídos nesta semana. Houve mais três, todos envolvendo crimes de lesa humanidade praticados durante a ditadura. No dia anterior, terça-feira, dia 21, a militância pró Direitos Humanos tinha se concentrado diante dos tribunais federais da capital (Avenida Comodoro Py), para ouvir (e festejar) a leitura da sentença de um processo envolvendo 183 vítimas e 17 acusados. Os crimes - sequestro, tortura, violação, desaparecimento, assassinato e roubo de bebês – ocorreram num circuito de três centros clandestinos do I Corpo de Exército, sediado em Buenos Aires. Doze foram punidos com prisão perpétua, quatro com penas de 25 anos e um foi absolvido. Os outros dois processos: em Mar del Plata (cidade costeira, no centro-leste), três oficiais da Marinha foram condenados à prisão perpétua; e em Salta (capital da província do mesmo nome, noroeste), três coronéis reformados do Exército tiveram pena também de prisão perpétua. Segundo dados da Procuradoria Geral da Nação divulgados nos meios de comunicação portenhos, o número de condenados este ano por crimes de lesa humanidade, cometidos durante a última ditadura (1976-1983), chega, com os casos desta semana, a pouco mais de 100. Neste ano 166 acusados foram ou estão sendo julgados. Este número vem crescendo: no ano passado 36 pessoas se sentaram no banco dos réus por atrocidades contra opositores políticos.

Militantes reuniram-se em frente ao prédio de tribunais federais em Buenos
Aires e festejaram a condenação de 16 torturadores (Foto: Jadson Oliveira)


Muitos carregavam fotos de sequestrados, desaparecidos e assassinados
pelos repressores da ditadura (Foto: Jadson Oliveira)

Daí o entusiasmo dos lutadores pelos Direitos Humanos, muitos dos quais sobreviventes e parentes de vítimas. Daí a alegria ao aplaudir, durante o acompanhamento da leitura das sentenças, toda vez que se ouve a menção à condenação. Daí também a emoção – as lágrimas nos olhos ou mesmo o choro desatado em alguns casos – manifestada por muitos ao verem o desfilar de imagens nos telões: fotos de vítimas, caras de torturadores (com o carimbo “genocida”), seus nomes e codinomes, proclamações por Memória, Verdade, Justiça. É o que se podia observar no Festival (de música) pelo Julgamento e Castigo, em frente aos tribunais em Buenos Aires, na terça-feira. Lá estavam entidades como Mães da Praça de Maio, H.I.J.O.S. (Hijos e Hijas - Filhos e Filhas - por la Identidad y la Justicia contra el Olvido - Esquecimento - y el Silencio), La Cámpora e Juventude Sindical (as duas últimas com jovens militantes kirchneristas). Muitos levavam cartazes com a figura de Néstor Kirchner e com retratos de desaparecidos, mostrados também em broches.


VIDELA: VIGOR FÍSICO E M
ENTAL
O ex-ditador na bancada dos réus, tendo ao lado Luciano
Menéndez, ex-comanda
nte do Exército em Córdoba
(Foto: Reprodução)

Jorge Rafael
Videla, então comandante do Exército, liderou o golpe militar que em 24 de março de 1976 derrubou a “presidenta” Isabelita Perón. Comandou a Argentina até 1981 (a ditadura durou mais dois anos), sendo apontado como o principal responsável por um regime de terrorismo de Estado, extremamente violento, cujo saldo trágico fica patente na estimativa de 30 mil mortos e desaparecidos políticos. Em 1985, ele foi condenado à prisão perpétua, mas ficou na cadeia por apenas cinco anos, pois foi beneficiado em 1990 por indulto concedido pelo então presidente Carlos Menem. Em 1998 voltou a ser preso, mas somente 38 dias, passando então a cumprir prisão domiciliar. Há dois anos retornou à cadeia, onde vai continuar agora com a nova sentença de prisão perpétua. Apesar dos 85 anos, exibe vigor físico e mental. Na terça-feira, dia 21, um dia antes da leitura da sentença, leu um alentado discurso na parte das chamadas alegações finais, demonstrando lucidez, firmeza e fidelidade ideológica e política, dentro da visão comum dos ditadores latino-americanos criados pela Guerra Fria. Defendeu sua ação durante a ditadura, disse que travou não uma “guerra suja”, mas sim uma “guerra justa” contra a subversão, contra o terrorismo, contra o marxismo – guerra que ainda não acabou, advertiu -, e ainda semeou algumas polêmicas ao falar de apoios que teria tido entre políticos e a sociedade civil.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Feliz Natal para Vacarreza, líder do PT na Câmara Federal, Dep. Puty, Dep. Rui Falcão de SP, prefeito Helder Barbalho a vice prefeita Sandra Batista a Jornalista Vera Paoloni e a Bruno do blog Terra de Direitos, que enviaram msg. ao blog, e a todos internautas que batem ponto aqui nesse espaço. E para a baiana Tonha.



quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Todos com Valber!


Prezados,

Sei que cada qual tem os seus problemas e todos estão na batalha por melhor qualidade de vida, mas estamos diante de um caso que precisa muuuuuuuito da colaboração de todos vcs, cujo resultado está diretamente relacionado com a solidariedade da companheirada. Temos um grande companheiro em Ananindeua, um militante histórico do Partido, Valber Araújo, advogado, 43 anos, que precisa com urgência passar por procedimento de transplante com células-tronco. Este prezado companheiro perdeu a visão por completo em dezembro de 2009, após tratamento de diabetes em um hospital que, por erro médico, aplicou medicação inadequada deixando o nervo óptico do Valber completamente bloqueado. Ocorre que ainda não existe tratamento dessa natureza no Brasil, por isso estamos buscando alternativa na China, onde as pesquisas estão consideravelmente avançadas. Mas, para tanto, precisamos levantar recursos para o procedimento que está orçado em pelo menos R$80 mil para custear as seis aplicações do transplante mais as despesas com a viagem. Gente, não estaria pedindo a ajuda se o caso não fosse sério e estivesse em jogo o futuro de uma pessoa que ainda tem muita vida pela frente. Sejamos solidários contribuindo com qualquer quantia. Que as luzes do natal iluminem o caminho de todos e que façam de nós pessoas cada vez mais humanas.

As contribuições podem ser depositadas no Banco do Brasil, Ag: 1436-2, conta: 36.363-4

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Edilza Fontes vai sair do PT






Deu blog do Professor Henrique Branco que Edilza Fontes pode está saindo do PT para o PCdoB, ou será o PMDB
? Acese o post

Helder Barbalho vai mexer no governo.


Felippe (com 2 p´s) Bastos deve sair da Secretaria de Meio Ambiente ir para o Demutran.








Vereador Rui Begot deve ir para Secretaria de Meio Ambiente.










Nilse da Escola ESMAC deve ir para Secretaria de Cultura.







segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Wikileaks


Uma organização sem fins lucrativos dedicada a trazer a mídia de notícias e informações importantes para o público. Nós fornecemos uma maneira inovadora, segura e anônima de fontes independentes ao redor do mundo para vazar informações para nossos jornalistas. Nós publicamos material de valor ético, político e histórico, mantendo a identidade das fontes anónimas, proporcionando assim um caminho universal para a revelação de injustiças reprimidas e censuradas.

WikiLeaks depende de seus partidários, a fim de ficar forte. Por favor, nos mantenha na vanguarda do anti-censura e apoiar-nos hoje. Você também pode ler mais sobre WikiLeaks, a nossa missão e objetivos
.

WikiLeaks: Dirceu duvidou de recuperação de Lula após mensalão


O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu deixou o governo em 2005 duvidando da capacidade que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria para se recuperar dos estragos que o escândalo do mensalão causou à sua imagem.

Dois meses depois do seu afastamento, Dirceu disse a um amigo americano que Lula dificilmente seria reeleito nas eleições de 2006 e afirmou que ele poderia desistir de concorrer a um novo mandato se ficasse "deprimido".

De acordo com um despacho diplomático americano obtido pela organização WikiLeaks, Dirceu considerava mais provável uma vitória da oposição em 2006 e previu que o candidato do PSDB à Presidência seria o então prefeito de São Paulo, José Serra.

Nenhuma das previsões de Dirceu se confirmou. O presidente Lula foi reeleito em 2006, derrotando o tucano Geraldo Alckmin.

Serra, que Lula vencera em 2002, só voltou a ser candidato neste ano, quando foi batido pela candidata governista, Dilma Rousseff.

O despacho com as opiniões de Dirceu é um dos milhares de telegramas da diplomacia americana obtidos pelo WikiLeaks. A Folha e outros seis jornais têm acesso ao material antes da sua divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).

O pacote de documentos inclui relatos de duas conversas que Dirceu teve fora do governo com um assessor especial do Departamento de Estado dos EUA, William Perry, um especialista em assuntos latino-americanos que viveu no Brasil e conhece Dirceu há quase dez anos.

'BIRUTA E IMPRÓPRIO'

O informe de agosto diz que Dirceu procurou se distanciar dos dirigentes que assumiram o comando do PT após as eleições de 2002 e classificou como "biruta e impróprio" o esquema montado para pagar dívidas da campanha de Lula e financiar os aliados do governo.

Segundo Perry, Dirceu responsabilizou o próprio Lula pelas dificuldades enfrentadas pelos petistas, criticando-o por não ter ajudado a organizar um sistema que desse ao PT "fontes de recursos empresariais legítimas".

Perry voltou a encontrar Dirceu em outubro de 2005, quando faltava pouco mais de um mês para que ele tivesse seu mandato de deputado federal cassado pela Câmara.

No meio da conversa, o americano pediu a Dirceu sua opinião sobre a necessidade de uma reforma política no país. O ex-ministro não lhe pareceu muito interessado em debater o assunto, mas criticou o modelo de financiamento dos partidos.

"Dirceu admitiu que habitualmente gastou o dobro do que declarou em suas campanhas e que todos os políticos brasileiros empregam algum tipo de caixa dois", afirma o relato do encontro.

Segundo Perry, Dirceu acusou adversários de hipocrisia e disse que irregularidades eram inevitáveis num país em que "políticos não gostam de ser vistos pegando dinheiro e doadores não gostam de ser vistos doando".

OUTRO LADO

Dirceu disse que os informes sobre seus contatos com a diplomacia americana não refletem com fidelidade suas opiniões e omitem críticas que ele diz ter feito à política externa dos Estados Unidos.

"Isso aí é a versão deles para o que eu falei, mas não é exatamente o que eu penso", disse na sexta-feira, em entrevista por telefone, de Lisboa. "Quem escreve esses telegramas às vezes quer mostrar serviço e não registra o que não interessa para eles."

Dirceu afirmou que não era tão pessimista sobre as chances de Lula se reeleger.

Ele riu do telegrama que relata a conversa em que ele teria admitido o uso de caixa dois em suas campanhas.

Na noite de sábado, o escritor Paulo Coelho, que é amigo de Dirceu e diz ter conversado com ele sobre o WikiLeaks num almoço nesse dia, publicou em seu blog comentários feitos pelo ex-ministro sobre o conteúdo dos telegramas americanos.

Fonte: Site Capital

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fábio Figueiras "A esquerda precisa apresentar para o cidadão de Ananindeua uma alternativa para 2012"


Entrevista com o Advogado Fábio Figueiras Secretário Estadual da Justiça e Direitos Humanos do Pará


Ananindeuadebates – Secretário, o governo Ana Júlia está chegando ao fim. Na área de Justiça, qual foi o ganho para a população nesses quatro anos de governo.


Fábio Figueiras – O governo Ana Júlia foi um governo que realmente investiu na Justiça, com ênfase nos Direitos Humanos, fez valer o direito das minorias. Acho que isso foi uma questão muito importante. E no momento em que nosso governo implementa e amplia a pasta de Justiça, que passa a ser também de Direitos Humanos. Claro, dando as devidas atenções para as ações que já vinham sendo desenvolvidas pelos governos anteriores, como no caso do PROCON, cujo espaço melhoramos muito. Neste governo nós trocamos duas vezes de prédio, em decorrência da amplitude que demos ao nosso trabalho em defesa dos direitos do consumidor e nas nossas ações. Também houve uma grande demanda nas ações voltadas para os Direitos Humanos. Foram criadas mais de 10 coordenadorias voltadas para essa área, essa, aliás, foi a grande sacada do governo Ana Júlia, porque o próprio governo Lula já havia criado secretarias com status de ministério. No estado do Pará não existia um departamento, uma coordenadoria correspondente a tais secretarias, e isso dificultava até mesmo a questão da arrecadação de recursos, convênios, pactuação de convênios e outras iniciativas. Com a criação dessas coordenadorias, podemos firmar muitos convênios com o governo federal, trazer muito dinheiro para o Pará e poder trabalhar no atendimento às minorias.


AD - O governo Ana Júlia foi omisso no caso da menina de Abaetetuba?


F - Não acredito que o governo tenha sido omisso no caso de Abaetetuba, até porque a situação ocorrido lá foi herdada dos governos anteriores. Se você observar, a delegacia onde a menina se encontrava era péssima, a governadora quando tomou conhecimento da situação fez o que deveria ter sido feito, mandou apurar responsabilidades, inclusive mandou implodir a delegacia que existia lá e construir um novo prédio. Se você for a Abaetetuba hoje, existe uma nova delegacia, o atendimento foi melhorado. E não somente lá. Acho que Abaetetuba serviu mesmo como um termômetro, podemos dizer que foi um alarme, para que pudéssemos fazer isso em todas as outras delegacias do interior, que estavam na mesma situação, herdada de gestões anteriores.


AD - O governo Ana Júlia conseguiu dialogar com os movimentos sociais?


F – Conseguimos. Como já colocamos aqui, os movimentos sociais nunca foram tão bem atendidos como foram neste governo. Criamos coordenadorias, trouxemos os movimentos sociais para dentro do governo, acho que isso é importante, hoje nós temos a coordenadoria da mulher, onde a gente traz uma militante do movimento social das mulheres para dentro do governo. A questão da igualdade social, do LGBT, também temos uma coordenadoria correspondente. E assim nós podemos tocar vários projetos, implementamos e tocamos alguns que já eram tocados pelos movimentos sociais, os quais incrementamos, e então puderam contar com um pouco mais de recursos e com o apoio institucional do governo.


AD - O senhor tem 29 anos, deve ser o secretário mais jovem do governo Ana Júlia. Em recente entrevista ao blog da Perereca da Vizinha, o ex-deputado Jader Barbalho falou que existiu falta de experiência por parte da equipe governamental. Como é estar à frente de uma Secretaria de Estado , sendo tão jovem ? Sua gestão está terminando este mês, no popular, deu para dar conta do recado?


F - Nós avaliamos como boa a gestão da nossa secretaria, inclusive comparando com outras secretarias do governo. Administrativamente, conseguimos organizar completamente a Secretaria da justiça. Estamos passando-a totalmente saneada em termos administrativos e políticos. No trabalho político, em nenhum momento a falta de experiência foi um argumento para que nós não fizéssemos um bom trabalho. Vamos deixar a secretaria com a certeza de que nosso trabalho correspondeu à expectativa da sociedade, e com apoio de todos os movimentos sociais, esse é um grande termômetro. Nós tivemos o apoio do movimento pela igualdade racial, do movimento das mulheres, LGBT, indígenas, todos apoiaram nossas ações. Para mim, esse é o principal termômetro. Ademais, a colocação que o ex-deputado Jader Barbalho fez, segundo vocês citaram, sobre a falta de experiência, de fato, se você analisar, nós rompemos com um sistema que existia há dezenas de anos, as pessoas que trabalharam com Jatene são as mesmas pessoas que trabalharam com Almir Gabriel, que são as mesmas pessoas que trabalharam com Jader Barbalho, talvez sejam as mesmas pessoas que trabalharam lá com o Alacid Nunes, e assim sucessivamente... É a primeira vez que se rompe esse sistema que se desenvolvia aqui no estado, é a primeira vez que se tem uma relação de poder diferenciado. Pode ter havido alguns detalhes por falta de experiência, mas com muito trabalho e dedicação mostramos ser capazes. Outra coisa, experiência nós não ganhamos só vivendo, experiência também se adquire vendo os erros dos outros. Eu acho que se você se prepara, estuda, se dedica, você não precisa errar para saber, você pode aprender com os erros dos outros, para não cometer os mesmo erros.


AD – Secretário, o senhor tem suas raízes políticas no município de Ananindeua, é dirigente do PSB no município, seu partido fez cinco governadores, aumentou a bancada na Câmara Federal e sai da eleição com um grande peso político. Em Ananindeua existe uma polarização entre o prefeito Helder Barbalho e o deputado Pioneiro, que deve ser candidato a prefeito em 2012. Helder deve lançar o deputado Chicão ou o presidente da Câmara, o deputado eleito Eliel Faustino. Há outra via alternativa a essa polarização?


F - Eu acho que nós precisamos, não é simplesmente uma questão de querer, é uma necessidade, a esquerda precisa apresentar para o cidadão de Ananindeua uma alternativa para 2012. Se você observar, tanto o projeto do PMDB como o do PSDB são projetos que refletem os interesses de quem sempre governou e dominou Ananindeua. Se não dermos uma esperança para esse povo, aí vamos estar marcando passo, então é evidente que temos de avançar. Nós estamos conversando com o PT, com o PCdoB, até mesmo com o PDT, partidos que, acreditamos, têm uma possibilidade de alternativa. Além do mais, acredito que Ananindeua precisa e merece. Nosso município tem mais de 500 mil habitantes e já conta com 249 mil eleitores, o que indica a adoção do segundo turno. Precisamos ter uma alternativa para poder escolher melhor nossos governantes. Nós estamos passando por um momento interessante no município, que é a eleição da direção da Câmara. Hoje, temos dois grupos disputando, o do deputado Chicão e, por outro lado, o do vereador Eliel Faustino, que está se organizando tendo em vista a escolha da presidência (entrevista foi feita antes da eleição da mesa, os vereadores escolheram a pastora Ray) . Temos observado que vários grupos políticos têm se formado em Ananindeua, avaliamos que isso é positivo, mas precisamos de um nome da esquerda para dar essa alternativa ao povo do município.


AD – Agora, falando ao cidadão e dirigente político Fabio Figueiras, o senhor aceitaria o desafio de ser candidato a prefeito de Ananindeua em 2012?


F - Olha (pausa), se meu nome for colocado eu pretendo estar preparado, vou estar preparado para a disputa.

Orgulho de ser de Ananindeua!




Ontem o nosso editor Rui Baiano Santana se tornou oficialmente cidadão ananindeuense, título concedido pela Câmara Municipal de Ananindeua, através de indicação do vereador Pedro Soares (PT) foto.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

I Encontro de Blog´s do Pará

Por enquanto, só formalidade



A visita do governador eleito Jatene aos procuradores Ubiratan Cazetta, Felício Pontes Júnior, Daniel Azeredo e Alan Mansur foi um ato do jogo democrático. Na pauta da visita não estavam as contas da campanha de Jatene, que devem ser analisadas lá pra frente. Segundo o Blog da Perereca, ele recebeu doações de Hospitais de Minas Gerais (SUSdestes) que recebem verbas do SUS, o que é proibido pela lei eleitoral. Ubiratan Cazetta é um velho conhecido dos tucanos, foi ele quem em 2002 entrou com uma ação pela cassação da candidatura de Jatene. Leia mais...
É bom os tucanos colocarem as penas e bicos de molho.

TJ reverte condenação de Maluf e abre caminho para posse na Câmara


Por Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo.

SÃO PAULO - A Justiça abriu caminho para Paulo Maluf (PP) receber a diplomação nesta sexta-feira e ser reempossado deputado federal. Por três votos a dois, a 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo acolheu nesta segunda-feira, 13, argumentos de sua defesa e livrou-o da pecha de ficha suja, absolvendo-o em ação por suposto ato de improbidade na aquisição de corte de frango congelado no período em que ocupou a cadeira de prefeito da capital (1993-1996).

Reeleito em outubro com 497.203 votos - terceiro deputado mais votado no Estado -, Maluf estava acuado por impugnação do registro de sua candidatura, proposta pelo Ministério Público Eleitoral. Em processo movido perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a procuradoria enquadrou o ex-prefeito de São Paulo na Lei da Ficha Suja com base em decisão do próprio TJ - em abril, por dois votos a um, a 7.ª Câmara reformou sentença da 2.ª Vara da Fazenda Pública da capital que havia julgado improcedente acusação da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público contra Maluf por superfaturamento na compra do frango.

Contra aquela decisão do TJ, que obrigava Maluf a ressarcir o erário em R$ 21.737, 73 - valor do prejuízo à municipalidade, mas suficiente para seu enquadramento na lei que veta a candidatura de condenados -, os advogados do parlamentar ingressaram com recurso denominado embargos infringentes. Nesta segunda, em sessão de 4 minutos, outros dois desembargadores - Nogueira Diefenthäler, juiz convocado que atuou como relator, e Constanza Gonzaga, revisora - apresentaram seus votos. E Maluf virou o jogo. Cabe recurso, não em tempo hábil de reverter o triunfo do ex-prefeito.

Mas resta um obstáculo. Maluf ainda terá que requerer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que autorize de vez seu registro. Na segunda-feira mesmo, a defesa já preparou petição ao ministro do TSE Marco Aurélio Mello - relator do caso na corte -, informando-o sobre a decisão do TJ. A alegação principal é que a única causa que gerava inelegibilidade do deputado já não existe.

Outro argumento é a urgência para que o TSE se manifeste dada a aproximação da diplomação. Marco Aurélio pode decidir isoladamente ou levar a demanda ao plenário.

Prejuízos ao erário

O voto do relator tem 19 páginas e derruba a acusação do Ministério Público - segundo a promotoria, em 1996 triangulação entabulada entre a prefeitura e as empresas Ad'Oro e Obelisco 'culminaram em prejuízos ao erário, além de favorecer familiares (mulher e uma filha) do então prefeito'.

Para o desembargador Nogueira Diefenthäler, 'em que pese o grande esforço do Ministério Público não emerge dos autos a concretização de atos de improbidade administrativa'.

Favorecimento

Ao abordar reajuste de preços apontado pela promotoria, o relator, Nogueira Diefenthäler, assinalou: 'Não há como atestar categoricamente que o dito reajuste tratou-se de manobra dos réus com o fito de favorecer empresa pertencente a familiares (de Maluf). Forçosa a conclusão de que não houve a propalada mancomunação.'

Diefenthäler observou que 'considerando os valores globais pagos vê-se que o município na verdade economizou cerca de R$ 200 mil ao contratar a empresa Ad'Oro'.

'Não havendo provas de dolo, ou ao menos de culpa grave, impossível a punição com base na Lei da Improbidade.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Deu no blog do Hiroshi: Professora Edilza desabafa


Deu no blog do Hiroshi

Professora Edilza Fontes, em seu blog, revela que "conhece bem" Dionísio Gonçalves - o antigo "professor Dionísio" dos movimentos reivindicatórios de professores, agora preso pela Polícia Federal.

A blogueira afirma, em um post dedicado ao detento, considerá-lo de "péssima qualidade".

A ilustre educadora pode ter seus motivos para fazer esse juízo de valor do moço encrencado.

Afinal, usando o prestígo de Edilza junto ao governo do Estado, logo no início do mandato de Ana Júlia, Dionísio mostrou as garras em Marabá anunciando que bancaria a indicação da diretora da 4a URE, além da substitução de diretores de escolas em dezenas de municípios do Sul do Pará, como realmente conseguiu, deixando no chinelo políticos antigos do PT na região.

A nomeação da professora Irene Ribeiro para a 4a URE foi atribuída às articulações de Dionísio junto a então influente Diretora da Escola de Governo, Edilza Fontes.

O forte apadrinhamento de Edilza permitiu a Dionísio estabelecer tormentosa escala de confronto com a direção da DS de Marabá, tanto que a filiação dele agregado à tendência foi uma verdadeira guerra, envolvendo Fontes e o ex-Chefe da Casa Civil, Charles Alcântara, abonador da ficha de filiação do rapaizola.

À época, a DS e o Partido dos Trabalhadores assinaram documento desmentindo nota que este poster publicara na coluna que escrevia no Diário do Pará, negando a filiação de Dionísio à legenda. Dia seguinte, Charles Alcantara desembarcou na cidade e bancou a filiação do moço.

Por diversas vezes, Dionísio Gonçalves foi visto percorrendo o Sul do Pará ao lado da professora Edilza, articulando contatos políticos. Essa estreita ligação de ambos permitiu às línguas ferinas soltarem suas maldades acerca da progressiva amizade.

Claro, às maldades de terceiros, justíssimo é desconsiderá-las, preservando respeito às afinidades pessoais de quem quer seja.

Lendo agora em seu blog o desabafo da respeitada educadora, instigou a curiosidade deste poster, saber o que realmente deve ter ocorrido para que Edilza Fontes atribua, agora, a Dionísio o conceito de "péssima qualidade" .

Para memorizar, alguns links abaixo de parte do que foi publicado aqui no blog, a respeito de Dionísio.

Havia muito tempo, isto sim, o poster carrega avaliação de péssima qualidade do que ele representava para Marabá e, especificamente, para o setor educacional.

1- Dionísio derrotando a deputada Bernadete ten Caten na disputa pela direção da subsede do Sintep de Marabá;

2- Dionísio desmontando a espinha dorsal do Partido dos Trabalhadores de Marabá. Aqui também.

3- Dionísio arquitetando candidaturas a prefeito de Marabá ou a deputado estadual;

4- Dionísio, primeiro-ministro no Sul do Pará;

5- Dionísio instalando crise atrás de crise, dentro do PT;

6- Um freio de arrumação por parte do TCU dá um chega pra lá;

7- Dionísio vence a cana de braço com o PT, bancado por Edilza Fontes.

8- Dionísio desaparece de Marabá, assim de repente, e vira empresário além-mar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Em apoio ao WikiLeaks, hackers iniciam 1ª “Guerra da Informação”



Um Exército de hackers voluntários está agindo em defesa do site WikiLeaks e entrou na disputa cibernética protagonizada por ataques e contra-ataques envolvendo a polêmica homepage, que divulga importantes documentos secretos pelo mundo, dando início assim à primeira ”Guerra da Informação”.
A “Operation Avenge Assange” (Operação Vingar Assange), organizada por hackers após o cerco internacional contra o WikiLeaks e seu criador, Julian Assange, conseguiu nesta quarta-feira derrubar parte dos sistemas informáticos da rede de cartões de crédito MasterCard, prova do poder da mobilização espontânea através da internet.
O protocolo IRC (Internet Relay Chat) é o ponto de partida do ataque contra a rede MasterCard, ao qual a Agência Efe teve acesso. Nele, o moderador estabeleceu como título “Operação Payback. Alvo: ”www.mastercard.com”. Existem coisas que o WikiLeaks não pode fazer. Para todas as outras existe a Operação Payback”.
No final da manhã desta quarta-feira, os operadores do IRC informavam que mais de 1.800 bots estavam inundando com Ataques de Negação de Serviços (DDoS) contra o endereço “www.mastercard.com”. A empresa reconheceu dificuldades em alguns de seus serviços.
Enquanto isso, outros usuários do protocolo informavam sobre o progresso do ataque com mensagens sobre o estado das operações da Mastercard em países tão distantes como Suécia, Sri Lanka e México, ou sobre a evolução das ações da companhia de cartões de crédito na Bolsa de Nova York.
“A primeira guerra da informação começou. Envie por Twitter e poste isso em qualquer site”, proclamava um dos hackers.
Outros solicitavam que o grupo dirigisse seus ataques contra os serviços de PayPal, Visa e inclusive contra a conservadora emissora de televisão “Fox News”. No entanto, o grupo de hackers denominado “Anonymous” mantém o ataque contra a Mastercard.
“Por favor, deixem de sugerir novos sites. Os líderes de ”Anon” decidiram que ”mastercard.com” deve permanecer apagado. Dessa forma, afetaremos o preço de suas ações. Obrigado”, explicava outro usuário.
Segundo o blog da empresa de segurança virtual Panda, o grupo havia atacado o sistema de pagamentos online PayPal pouco depois de o serviço anunciar o bloqueio financeiro ao WikiLeaks, embora o ataque tenha se limitado a um blog da empresa.
O Panda assinalou que o ataque DDoS contra o “ThePayPalblog.com” durante oito horas fez com que o blog sofresse 75 interrupções de serviço.
O “Anonymous” também conseguiu afetar gravemente o funcionamento do PostFinance, banco suíço que também bloqueou sua conta ao WikiLeaks, e ao escritório de advocacia sueco que representa as duas mulheres que acusaram Assange de estupro e abuso sexual.
Pelas acusações, a Justiça sueca e as autoridades policiais internacionais expediram um mandado de prisão contra o ativista australiano, que não viu alternativa senão se entregar às autoridades do Reino Unido, onde estava vivendo e onde está detido, aguardando a definição sobre se será extraditado à Suécia.
O grupo que organizou o ataque é um coletivo de hackers denominado “Anonymous” e que se reúne habitualmente pelo site “4chan.org”, uma simples homepage que é utilizada para divulgar mensagens, fotografias ou simplesmente discutir sobre política.
Este não é o primeiro ataque lançado pelo “Anonymous”. Considera-se que o grupo facilitou a identificação e detenção de vários pedófilos, mas talvez uma de suas ações mais conhecidas foi o chamado “Projeto Chanology”, iniciado em 2008, para protestar contra a Igreja da Cientologia.
Por causa desse protesto, que incluiu ataques DDoS como os que atingem agora a Mastercard, o grupo adotou a estética da história em quadrinhos “V de Vingança”, no qual milhares de pessoas usam uma máscara idêntica ao do enredo para evitar sua identificação pelas autoridades.
No ano passado, o “Anonymous” também se uniu aos protestos contra as eleições iranianas, vencidas pelo líder Mahmoud Ahmadinejad e consideradas fraudulentas pela oposição.
Em seus protestos, o “Anonymous” qualificou seus ataques como “Operation Payback” (Operação Vingança), mas, desde que o WikiLeaks começou a publicar as correspondências secretas da diplomacia americana e o site começou a sofrer assédio de empresas e Governos, o “Anonymous” decidiu lançar a “Operação Vingar Assange”.
“O WikiLeaks está apagado por Ataques de Negação de Serviços (DDoS). Há razões para crer que os Estados Unidos estão por trás, devido à natureza do vazamento (de documentos) do domingo 28 de novembro”, assinalou o grupo em seu site.
“Embora não estejamos filiados ao WikiLeaks, lutamos pelas mesmas razões. Queremos transparência e combatemos censura”, acrescentou o grupo. “Não podemos permitir que isso aconteça”.
“Por isso, vamos utilizar nossos recursos para aumentar a conscientização, atacar aqueles contrários e apoiar aqueles que estão ajudando a levar nosso mundo à liberdade e democracia”, finalizou a mensagem.
Campanha de solidariedade
Enquanto as comunidades hackers manifestam solidariedade ao WikiLeaks com a “guerra da informação”, ativistas de diversos movimentos sociais iniciam uma grande campanha de apoio ao site e a seu fundador através de uma petição que circula pela internet. Veja, abaixo, a mensagem que está sendo disparada para mailings de várias partes do mundo pedindo adesão à campanha de apoio ao WikiLeaks:
Caros amigos,
A campanha de intimidação massiva contra o WikiLeaks está assustando defensores da mídia livre do mundo todo.
Advogados peritos estão dizendo que o WikiLeaks provavelmente não violou nenhuma lei. Mas mesmo assim políticos dos EUA de alto escalão estão chamando o site de grupo terrorista e comentaristas estão pedindo o assassinato de sua equipe. O site vem sofrendo ataques fortes de países e empresas, porém o WikiLeaks só publica informações passadas por delatores. Eles trabalham com os principais jornais (NY Times, Guardian, Spiegel) para cuidadosamente selecionar as informações que eles publicam.
A intimidação extra judicial é um ataque à democracia. Nós precisamos de uma manifestação publica pela liberdade de expressão e de imprensa. Assine a petição pelo fim dos ataques e depois encaminhe este email para todo mundo – vamos conseguir 1 milhão de vozes e publicar anúncios de página inteira em jornais dos EUA esta semana!
http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/?vl
O WikiLeaks não age sozinho – eles trabalham em parceria com os principais jornais do mundo (NY Times, Guardian, Der Spiegel, etc) para cuidadosamente revisar 250.000 telegramas (cabos) diplomáticos dos EUA, removendo qualquer informação que seja irresponsável publicar. Somente 800 cabos foram publicados até agora. No passado, a WikiLeaks expôs tortura, assassinato de civis inocentes no Iraque e Afeganistão pelo governo, e corrupção corporativa.
O governo dos EUA está usando todas as vias legais para impedir novas publicações de documentos, porém leis democráticas protegem a liberdade de imprensa. Os EUA e outros governos podem não gostar das leis que protegem a nossa liberdade de expressão, mas é justamente por isso que elas são importantes e porque somente um processo democrático pode alterá-las.
Algumas pessoas podem discordar se o WikiLeaks e seus grandes jornais parceiros estão publicando mais informações que o público deveria ver, se ele compromete a confidencialidade diplomática, ou se o seu fundador Julian Assange é um herói ou vilão. Porém nada disso justifica uma campanha agressiva de governos e empresas para silenciar um canal midiático legal. Clique abaixo para se juntar ao chamado contra a perseguição:
http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/?vl
Você já se perguntou porque a mídia raramente publica as histórias completas do que acontece nos bastidores? Por que quando o fazem, governos reagem de forma agressiva, Nestas horas, depende do público defender os direitos democráticos de liberdade de imprensa e de expressão. Nunca houve um momento tão necessário de agirmos como agora.
———-
Com informações do Terra e Mulheres pela P@z

Irã nega libertação de Sakineh


BBC Brasil

"Sakineh Ashtiani e seu filho, Sajjad Ghaderzadeh"
Segundo Press TV imagens apenas mostram uma reconstituição do suposto crime de Ashtiani

O canal de televisão estatal iraniano Press TV informou que gravou uma nova confissão de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e condenada à morte por apedrejamento e negou que ela tenha sido libertada.

De acordo com a página da Press TV, Sakineh foi para casa apenas para fazer uma reconstituição de outro crime da qual é acusada, o assassinato de seu marido.

'Ao contrário (do que é afirmado pela) da grande campanha de publicidade da imprensa ocidental, de que a assassina confessa Sakineh Mohammadi Ashtiani foi libertada, uma equipe de produção da Press TV baseada no Irã conseguiu autorização junto ás autoridades judiciárias iranianas para acompanhar Ashtiani até sua casa, para produzir uma reconstituição visual do crime no local do assassinato', afirmou a Press TV em sua página na internet.

O anúncio da Press TV foi feito depois do surgimento de informações de que a iraniana tinha sido libertada. Estas informações foram divulgadas depois do aparecimento de fotos de Sakineh e de seu filho, Sajjad Ghaderzadeh, na casa deles no Irã.

No entanto, Ghaderzadeh e o advogado de Sakineh estão presos. E os dois também deram entrevistas à Press TV.

Pressão internacional

O caso de Sakineh ganhou destaque internacional quando foi revelado há alguns meses que ela seria executada por apedrejamento, devido à acusação de adultério. A execução ocorreria depois que os pedidos de clemência da iraniana foram rejeitados.

Depois de muita pressão internacional, as autoridades iranianas afirmaram que a sentença de apedrejamento tinha sido suspensa, mas ela ainda enfrentaria a sentença de morte pelo assassinato do marido.

Correspondentes afirmam que a imprensa do Irã tem mostrado Sakineh como uma assassina comum, ao invés de adúltera, como uma forma de tentar diminuir a pressão internacional devido à sentença por apedrejamento.

Informações na imprensa internacional afirmavam que Sakineh tinha sido libertada, depois da divulgação de uma declaração do Comitê Internacional contra o Apedrejamento. A declaração do comitê afirmava que tinha 'recebido informações da libertação de Sakineh Mohammadi Ashtiani e de seu filho'.

O grupo alemão afirmou que ainda esperava a confirmação da libertação por parte das autoridades iranianas.

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ONG anuncia libertação de iraniana condenada a apedrejamento

Redação Carta Capital


O Comitê Internacional contra Execuções informou que a iraniana Sakineh Mohamadi Ashtiani, condenada a apedrejamento por adultério, foi libertada. A notícia ainda não foi confirmada pelas autoridades, o que deve acontecer em breve por meio da televisão estatal do Irã, revelou o mesmo organismo.

O jornal espanhol El País adiantou que o filho de Sakineh, Sajjad Ghaderzadeh, e seu advogado, Javid Houtan Kian, além de dois jornalistas alemães, também foram libertados. Eles foram presos em outubro durante uma entrevista.

Embora ainda não haja pronunciamento oficial, a televisão iraniana já divulgou imagens de Sakineh com o filho em sua casa no noroeste do país. De acordo com fontes ouvidos pelo El País, os prisioneiros foram libertados após pagamento de fiança, mas o valor é desconhecido.

Sakineh foi condenada a 99 chibatadas em 2006 por manter relações com dois homens após ter enviuvado, o que é considerado adultério pela lei islâmica. A pena foi posteriormente convertida em morte por apedrejamento. Após esgotadas todos os recursos legais possíveis, seu então advogado, Mohammad Mostafaeí, fez pública a situação e atraiu a atenção dos governos ocidentais e de entidades em defesa dos direitos humanos. Ao jornal britânico The Guardian, Mina Ahadi, presidente do Comitê Internacional contra Execuções, disse que “esse dia estará escrito nos livros de história do Irã, se não nos livros de história de todo mundo, como uma data da vitória dos direitos humanos”. Segundo a ativista, a pressão internacional foi decisiva para as libertações.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Mina citou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua sucessora, Dilma Rousseff, como pessoas importantes no processo de Sakineh. “O fato de que Dilma tenha sido ainda mais forte em suas críticas também ajudou muito”, disse a ativista.