segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Deputado Bordalo porque o PT ainda não assinou a CPI da corrupção da ALEPA?


A pergunta que não que calar, porque a Bancada do PT que tem como líder o deputado Bordalo, ainda não assinou a CPI para investigar a corrupção na Assembleia Legislativa do Pará, proposta pelo Deputado Edmilson Rodrigues do PSOl:






Será porque foi proposta pelo PSOL?

Será que é a nova forma de oposição, como citou o líder do PT Deputado Bordalo, quando o PT apoiou a eleição de Pioneiro para presidir a Assembleia?

E a reunião da bancada do PT deputado no final de semana, decidiu o que?

Internauta, mande sua opinião !

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Criada a Rede de Blogueiros Progressistas do Pará


Deu no Blog do Vicente Cidade


Como deliberação do I Encontro de Blogueiros realizado neste sábado, foi criado o movimento denominado Rede de Blogueiros Progressistas do Pará. O movimento surge sem figura jurídica definida e com o obejetivo de congregar os blog's de conteúdo esquerdista e promover um canal de informação digital que possa ser capaz de se contrapor à união conservadora entre a direita e os meios de comunicação tradicionais do PIG (Partido da Imprensa Golpista) paraense.

Ainda como deliberação do encontro, foram aprovadas algumas moções de solidariedade a blogueiros paraenses que estão sendo vítmas de perseguições e censura. Também foi aprovada uma moção de apoio à lei que institui o passe livre nos coletivos de Belém um domingo por mês, que teve a sua vigência revogada pelo poder judiciário.

Estiveram presentes no evento blogueiros parlamentares como o deputado federal Cláudio Puty, os deputados estaduais Edilson Moura (PT) e Edmilson Rodrigues (Psol) os vereadores Pedro Soares (PT de Ananindeua) Marquinhos do PT (Belém)

Fotos do I Encontro de Blogs do Pará

Mesa de abertura do Encontro, Vera Poloni, Deputado Federal Puty, Vereador, Pedro Soares, Arroyo, Zé Carlos o Deputado Edmilson Rodrigues

Palestra do Professor Fabio Castro




I Encontro de Blogs do Pará, 40 blogs participaram


I Encontro de Blogs do Pará, teve a participação de 40 blogs, a blogesfera paraense está de parabéns, ainda hoje estaremos postando fotos e resoluções do encontro.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Programação I Encontro de Blogs do Pará


O Encontro vai ser realizado em Belém dia 26/02 na sede da CNBB (Tv. Barão do Triunfo, 3151. Entre Almirante Barroso e 25 de setembro),


I Encontro de Blogs do Pará

Tema as Redes Socias e o governo
Programação.
09:00HS
Formação da mesa de Abertura.
10:30 hs
Palestra. Prof. Fabio Castro, doutor em sociologia, professor da UFPA, pesquisador do programa de pós-graduação Comunicação e Cultura na Amazônia. ex-Secretário de Comunicação do governo Ana Júlia, editor do blog Hupomenta )
12:30hs. Almoço
14:30 - Oficina sobre feramentas para Redes Socias
15:30 0hs - Discusão sobre criação de uma Rede de noticías da Blogesfera Paraense
16:30 - Discutir a criação de um coletivo de Blogs do Pará (Associação, Coperativa,
Fórum)
17:30 - Aprovação de moções e Carta do Encontro.
18:30 Enceramento

O Sonho acabou!


Essa imagem é ilustrativa, em Belém nesse domingo o Buzo é pago

Juiz Marco Antônio Castelo Branco acaba de barrar a gratuidade dos ônibus domingo.

Amazonino Mendes persona non grata no município de Ananindeua

Artigo do Vereador Jorge Serique (Foto)


A colocação infeliz feita pelo prefeito de Manaus Sr. Amazônico Mendes tem lhe causado muitos transtornos, haja vista as inúmeras manifestações de repudio de todos os setores da sociedade.

Fico feliz pela posição da câmara de vereadores de Manaus, onde aqueles nobres legisladores estudam a possibilidade de impeachment desse prefeito, por falta de ética e decoro como homem público.

Nós vereadores de Ananindeua também votamos moção de repudio a esse gestor, considerando o mesmo persona non grata em nosso município.

Ao povo do Amazonas ou de qualquer outra parte do mundo, informamos que nós aqui em Ananindeua sempre os receberemos com muito respeito e consideração.


AQUI NÃO DIZEMOS PRA NINGUEM “ENTÃO MORRA, MORRA”...., NEM DISCRIMAMOS SUAS PROCEDÊNCIAS, COMO ESSE PREFEITO FEZ COM O POVO PARAENSE

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Censura a Lúcio Flavio Pinto

Deu no Blog do Manuel Dutra


Juiz alerta jornalista Lúcio Flávio sobre sigilo de procesoso contra irmãos Maiorana

O jornalista Lúcio Flávio Pinto foi notificado hoje pelo juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, de que não poderá mais dar cobertura a processo a que respondem os irmãos Romulo e Ronaldo Maiorana, no forum de Belém, Pará. Os envolvidos no processo são, respectivamente, presidente executivo e diretor corporativo do jornal O Liberal.

O despacho tem data de ontem, 22 de fevereiro, assinado pelo juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível Federal do Pará. Refere-se aos autos do processo 2008.8903-9, no qual os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, principais executivos do grupo Liberal de comunicação, além de outros dirigentes da corporação, são processados a partir de denúncia feita em 2008 pelo Ministério Público Federal, por crime contra o sistema financeiro nacional, para a obtenção de recursos dos incentivos fiscais da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), que somaram 3,3 milhões de reais até 1999.

O despacho
“Tendo em vista a notícia publicada no Jornal Pessoal (Fevereiro de 2011, 1ª Quinzena, pág. 5) e a decisão de fls. 1961 dos autos, na qual decretou o sigilo do procedimento deste feito, oficie-se ao editor do referido jornal com a informação de que o processo corre sob sigilo e qualquer notícia publicada a esse respeito ensejará a prisão em flagrante, responsabilidade criminal por quebra de sigilo de processo e multa que estipulo, desde já, em R$ 200.000,00. O ofício deve ser entregue em mãos com cópia deste despacho.

Intimem-se. Vista ao MPF”.

No mesmo dia o Diretor de Secretaria da 4ª Vara, Gilson Pereira Costa, encaminhou o ofício, recebido hoje, 23, pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, que deu ciência sobre a determinação perante o oficial de justiça.

O jornalista acatou a decisão do magistrado, mas dela pretende recorrer em defesa do direito (que a liberdade de imprensa lhe confere) de continuar a prestar informações sobre tema de relevante interesse público, como é o caso em questão.

Segundo explica Lúcio Flávio, "trata-se de denúncia feita pelo fiscal da lei, que é o MPDF, de fraude e malversação de recursos oriundos de renúncia fiscal da União Federal em proveito de projetos econômicos aprovados pela Sudam". Acrescenta o jornalista: "Ressalte-se que a liberdade de informação possui tutela constitucional e os julgados dos tribunais superiores têm se orientado no sentido de que o sigilo não se aplica quando incide sobre questão de alto interesse público".

A matéria que gerou a decisão do juiz pode ser encontrada na última edição do Jornal Pessoal, da 1ª quinzena de fevereiro. Está disponível, por enquanto, apenas ne edição impressa. Depois será disponibilizada no site Jornal Pessoal, que Lúcio mantém na internet. O título da matéria é: "Ronaldo confessa. 'Rominho' viaja."

Contatos com o editor do Jornal Pessoal:
lfpjoruol.com.br / jornal@amazon.com.br

Imagem: idelberavelar.com

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fala sério Senador Flexa Ribeiro


"Foi uma frase infeliz, mal colocada, dita durante uma discussão mais acalorada. Eu espero que haja uma retratação pública do Amazonino, pelo homem público que ele é, como prefeito de Manaus, para que não haja nenhum tipo de desgaste na relação entre paraenses e amazonenses”, disse o Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Carta dos Blogueiros Progressista.


Princípios que Norteiam o I Encontro de Blogs do Pará

“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa”. Ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Em 20, 21 e 22 de agosto de 2010, mulheres e homens de várias partes do país se reuniram em São Paulo para materializar uma entidade, inicialmente abstrata, dita blogosfera, que vem ganhando importância no decorrer desta década devido à influência progressiva na comunicação e nos grandes debates públicos.

A blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que se refere àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir uma comunicação compartilhada, democrática e autônoma. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um gesto de ativismo e cidadania que não conta com os meios adequados para exercer a atividade.

Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a blogosfera progressista siga crescendo e ganhando influência em uma comunicação dominada por oligopólios poderosos, influentes e, muitas vezes, antidemocráticos, os blogueiros progressistas se unem para formular propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação passa no Brasil e no mundo.

Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:

1. Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro alijada da internet no limiar da segunda década do século XXI. Esta exclusão é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos na área já são acessíveis em diversos países.

Apesar do apoio ao PNBL, os blogueiros progressistas julgam que esta iniciativa positiva ainda precisa de aprimoramento. Da forma como está, o plano ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. Reivindicamos a universalização deste direito, que deve ser encarado como um bem público. A velocidade de conexão a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada.

2. Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil. Entre outras coisas, eles proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação, estimulam a produção independente e regional e dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado. Por omissão do Poder Legislativo e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os blogueiros progressistas decidem apoiar o ingresso na Justiça brasileira de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação dos preceitos constitucionais citados.

3. Combatemos iniciativas que visam limitar o uso da internet, como o projeto de lei proposto pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o “AI-5 digital”, que impõe restrições policialescas à liberdade de expressão. Defendemos o princípio da neutralidade na rede, contra a proposta do chamado “pedágio na rede”, que daria aos grandes grupos de mídia o poder de veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas, como capacidade e velocidade de conexão, em detrimento do que é produzido por cidadãos comuns e pequenas empresas de comunicação.

4. Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a blogosfera e estimulem a diversidade informativa e a democratização da comunicação. Os recursos governamentais não devem servir para reforçar a concentração midiática no país.

5.Cobramos do Executivo e do Legislativo que garantam a implantação das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em especial a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.

6. Deliberamos pela instituição do encontro anual dos blogueiros progressistas, como um fórum plural, suprapartidário e amplo. Ele deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenha contato com esse evento e com o universo da blogosfera.

7. Lutaremos para instituir núcleos de apoio jurídico aos blogueiros progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo por parte de setores políticos conservadores e de grandes meios de comunicação de massas.

São Paulo, 22 de agosto de 2010”.

ORGULHO DE SER PARAENSE!


O Blog vem a público repudiar as declarações do Prefeito de Manaus, o ficha suja Amazonino Mendes (ele responde a vários processos na Justiça Federal, esse verme já devia estar na cadeia), contra uma moradora da cidade de Manaus uma cidadã paraense à dona de casa Laudicéia Ramos,. leia mais...



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Deu no Blog Espaço Aberto: Entrevista com o Presidente da AEBA Silvio Kanner


O presidente da Associação dos Empregados do Basa (Aeba), Sílvio Kanner (na foto), disse ao Espaço Aberto que a entidade estuda alternativas jurídicas para defender os direitos de todos os participantes e assistidos da Capaf, a Caixa de Previdência Complementar do Banco da Amazônia. “Partimos do presuposto de que o Banco é o patrocinador do Fundo de Previdência e, em última instância, o responsável pela aposentadoria complementar dos seus empregados”, disse Kanner. A seguir, a entrevista.


A Capaf anunciou, oficialmente, que não tem mais recursos para pagar as aposentadorias e pensões a aposentados e pensionistas de seu Plano BD.Quais as providências adotadas pela entidade que o senhor dirige para
defender odireitoadquirido dos Participantes e Assistidos pelo Fundo de Pensão?

Estamos atuando em dois sentidos. Inicialmente, estudamos alternativas jurídicas que visam garantir o pagamento dos benefícios, independentemente da posição de cada participante de migrar ou não para o novo plano. O seu direito ao beneficio deve ser garantido. Ele não está legalmente obrigado a migrar. Nesse aspecto, partimos do presuposto de que o Banco é o patrocinador do Fundo de Previdência e, em última instância, o responsável pela aposentadoria complementar dos seus empregados. A segunda via de atuação está voltada para a informação, mobilização e articulação polític a - visando reest
abelecer negociações. Não podemos nesse momento nos colocar em posições inegociáveis e impedir a construção de uma solução que respeite o direito de todos. O plano possui limitações estruturais graves que não estão na nossa capacidade de mudar, como, por exemplo, as ações judiciais e outras.

Fala-se que a Capaf tem um déficit de mais de R$ 1 bilhão de reais. Por que nunca houve uma separação entre déficit e dívida? O Basa, que sempre indicou os administradores da Capaf, não tem responsabilidades sobre essa situação crítica a que chegou o Fundo de Pensão de seus funcionários?

É obvio que sim. A gestão da Capaf sempre foi controlada pelas diret
orias do Banco. O gestor deve ser responsável pelo que administra. Temos documentos que comprovam que a Capaf não tomou providências determinantes em seu momento para evitar a situação atual e a realidade demonstra, inclusive, que as omissõ es de ações administrativas tempestivas contribuíram para agravar o problema. Exemplo:muitas ações judiciais relacionam-se com a suspensão da contribuição dos participantes após 30 anos, de acordo com a Portaria 375, certidão de nascimento da Capaf, datada de 1969. A Capaf sabe que a contribuição, por direito, deve encerrar nesse ponto, mas continua cobrando e gerando passivo judicial. O Banco criou verbas remuneratórias, na década de 90, para atender interesses exclusivos da diretoria à época sobre a qual não aportou os devidos recursos de contribuição gerando mais passivo. Uma parte desse déficit, como você afirma de fato, é divida, ou seja, não deveria estar em debate, deveria ser apenas reconhecida e paga. Esperamos que, depois desse processo traumático, os trabalhadores possam ter o direito de eleger pelo voto direto um diretor para a Capaf, como ocorre em outros fundos de pensão.

Comenta-se que a Previc, ex-SPC , passou sete anos (1993/2000) supervisionando a administração da Capaf, com o objetivo de sanear a entidade, que já apresentava , na época, sinais de desequilíbrio atuarial. Por que a situação da Capaf de lá pra cá só fez piorar?

A Previc tem uma grande responsabilidade, por omissão, no caso da Capaf. Nesse período de acompanhamento pela Previc, o passivo multiplicou por 10, sem que nenhuma providência fosse tomada. No Brasil há dois pesos e duas medidas. O governo protege os ricos e sempre tenta jogar a dívida nas costas dos mais pobres. Se os contratos são tão importantes para o governo, por que não cumpre o contrato com os seus trabalhadores? O Banco da Amazônia é uma instituição que vem sobrevivendo, apesar do governo e das suas diretorias. Vem sobrevivendo com um esforço sem tamanho dos seus empregados, dos quais exigem um esforço ainda maior, sem que eles próprios tenham feito a sua parte. Gostaria muito que as pessoas que leem este blog nos ajudassem no sentido de pautar o governo quanto ao fortalecimento do Banco. O Banco da Amazônia é o nosso Banco, está aqui, podemos resolver os problemas aqui, ter uma instituição Bancária com a cara e a diversidade da Amazônia, mas para isso temos que lutar contra a vontade das autoridades de Brasília. Poderíamos ter um Banco com mais de 5 mil empregados, com salários dignos, com presença nos municípios da região, mas para isso o governo precisa mudar de posição e isso inclui ajudar a resolver o problema da Capaf e também reconhecer sua omissão, via órgão regulador do sistema de Fundos de Pensão, em mais de 40 anos de gestão não profissional na Capaf.

Os novos planos de previdência, aprovados pela Previc e pelo Basa, previam uma adesão de 95% dos participantes e assistidos da Capaf, sob pena de não serem implantados. Há números oficiais quanto aos índices de aprovação e rejeição desses no vos planos?

A Aeba nunca foi informada oficialmente sobre o percentual de adesão. Como não foi informada sobre muitos outros aspectos. Queremos ver o contrato que o Basa firmará com a Capaf. Queremos o parecer da Previc, devidamente fundamentado que deu base para a aprovação dos Planos. Queremos ver a Nota Técnica Atuarial que baseia o cálculo dos benefícios. Queremos saber como será, precisamente, o aporte da parte do Banco, pois o que se desenha é um pagamento do déficit mensal, utilizando-se para isso, inclusive, o resultado das investimentos da massa do aporte financeiro.

O presidente do Basa disse, em entrevista à imprensa, que as entidades avalizaram os novos Planos elaborados pela Deloitte e aprovados na esfera federal pela Previc. Não havia um plano anterior, elaborado pela Consultora Globalprev, que, segundo se comenta, era bem melhor que a versão agora submetida aos Participantes e Assistidos da Capaf? Qual dos dois planos era endossado pelas entidades? O Basa alega que tem um documento firmado pelas entidades aprovando a solução Capaf. Confere?

As entidades participaram de um processo de discussão que resultou numa proposta, elaborada com o auxilio da GlobalPrev, que foi decididamente rejeitada pela Banco. Após isso, as entidades assinaram um acordo em torno do Plano da Delloite. Em primeiro lugar, as entidades não debateram com suas bases acerca dos preceitos desse acordo e, em segundo lugar, o que veio da Previc contém mudanças significativas em relação ao que havia sido acordado.

Qual vai ser o Plano B das entidades, de vez que a Capaf anunciou que não há mais dinheiro e ainda paira a ameaça de intervenção e liquidação da Capaf pela Previc? A solução passa agora só pela via judicial?

Nossa opinião é a de que a Capaf e o Banco deveriam solicitar da Previc mais tempo e solicitar também a reabe rtura de negociações. De nossa parte, estamos tentando buscar isso, pois achamos que é possível avançar de forma negociada. Mas, em último caso, não podemos ficar parados diante do não pagamento dos benefícios. Então, aí sim, temos que buscar alternativas judiciais. Principalmente a Associação dos Aposentados, que representa o elo mais frágil da corrente, pois são os aposentados e pensionistas que estão nesse momento mais afetados pela suspensão dos pagamentos dos benefícios. Na AEBA, temos uma preocupação muito grande com a solução Capaf, pois os atuais trabalhadores da ativa são os aposentados de amanhã. Por isso, buscaremos também alternativas judiciais para garantir que a Capaf cumpra seu contrato com eles, que garanta sua reserva matemática e seus benefícios quando se aposentarem

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Paulo Chaves e os cupins do Teatro da PAZ (não seriam baratas?)


Esta semana Paulo Chaves, secretário de Cultura do governo Jatene, lançou mais uma das suas. Mandou fechar o Teatro da Paz porque estava cheio de cupim. É a segunda vez, em menos de 60 dias da sua administração à frente da Cultura, que ele manda fechar um espaço cultural do estado. Logo que assumiu mandou a PM cerca o Hangar e lacrá-lo. Agora é o Teatro da Paz.

Essa estória dos cupins lembra muito um caso de malandragem antiga: “as baratas na comida”. O sujeito não tinha dinheiro, ia a um restaurante e levava umas baratas na caixinha de fósforo. Pedia o melhor prato, se lambuzava, depois colocava uma barata no prato. Chamava então o garçom, fazia aquele barulho e saía sem pagar.

O Paulo Chaves ficou conhecido como o secretário das obras superfaturadas dos governos tucanos. Talvez diante da nova realidade da Lei da Ficha Suja, com o governo Jatene “passando a tesoura” no orçamento e sem poder torrar o dinheiro público nas suas famosas obras caras, PC esteja criando pirotecnias midiáticas para garantir seu emprego
.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

REPRESSÃO POLICIAL ATIÇA PROTESTO CONTRA AUMENTO DE ÔNIBUS


Coluna Diário de um Blogueiro: Jornalista e atual blougueiro Jadson Oliveira (Foto), 64 anos, trabalhou como jornalista, em diversos jornais e assessorias de comunicação, de 1974 a 2007, sempre em Salvador (Bahia). Na década de 70 militou no PCdoB e no movimento sindical bancário. Ao aposentar-se, em fevereiro/2007, começou a viajar pelo Brasil, América Latina e Caribe. Esteve em Cuba, Venezuela, Manaus, Belém/Ananindeua (quando do Fórum Social Mundial/2009) e Curitiba, com passagem por Palmas, Goiânia e Campo Grande. Depois Paraguai, Bolívia, Trindad Tobago , São Paulo e agora está na Argentina. virou viajante e blogueiro. Clic aqui e acesse o blog do Jadson Oliveira

Clique aqui acesse o blog do Jadson e assista ao video.


video
Sexta-feira 19/o2

Vídeo gravado antes da repressão policial. A moça que aparece falando ao megafone é Clara Saraiva, estudante de Serviços Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela é da Executiva Nacional da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel).

video
Gravado durante a repressão. Aparecem vereadores do PT, com manifestantes, enfrentando a tropa de choque e sendo agredidos.



De São Paulo (SP) – Se a polícia não tivesse atacado os manifestantes, a maioria estudantes secundaristas e universitários, certamente seria mais um protesto de rua – e não dos maiores e mais relevantes – contra o reajuste das tarifas de ônibus e do metrô em São Paulo, movimento que pretende ter caráter nacional, já que vem ocorrendo em outras capitais importantes do país. Ontem, quinta-feira, dia 17, foi o chamado Dia Nacional de Luta pelo passe livre e contra o aumento das tarifas e os estudantes se concentraram, a partir das 5 horas da tarde, no Viaduto do Chá, em frente da prefeitura.


Nos primeiros 90 minutos (mais ou menos) foi uma manifestação pacífica, em torno de mil pessoas, dentro do tom costumeiro em tais eventos, com os jovens destilando energia e entusiasmo, com seus cartazes e bandeiras, seus ousados slogans e chamamentos: “Vem também pra rua contra o aumento, vem!”, “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar”, “Sai do chão, sai do chão, contra o aumento do busão”, “Três, três, três reais não dá, eu quero passe livre, passe livre já!” (no dia 5 de janeiro a passagem de ônibus passou de 2,70 para 3,00, enquanto a do metrô, no dia 13 de fevereiro, subiu de 2,65 para 2,90). Deram um jeito de atear foto a uma catraca, semelhante às usadas nos ônibus, para simbolizar a luta pelo passe livre. Um dos líderes, que agitavam a massa com rápidos discursos pelo megafone, profetizava: “Só as ruas podem retirar este aumento”.


Antes da violenta repressão, os manifestantes estavam contidos
por barreiras policiais (além da cerca de grades) pela frente e por

trás. O trânsito no Viaduto do Chá estava livre. (Todas as fotos

e vídeos são de Jadson Oliveira)

A queima da catraca simbolizou a luta pelo passe livre

Os ataques do pelotão de choque atiçaram o ânimo dos estudantes:
eles corriam pelo Viaduto do Chá, xingavam e voltavam no meio das
nuvens de fumaça das bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Mas, aparentemente, o prefeito Gilberto Kassab e/ou outras autoridades acharam um desaforo esta forma democrática (e pacífica) da sociedade se manifestar publicamente. “Afinal, para que temos o poder de polícia?”, devem ter pensado. E os policiais, incluindo um pelotão de choque, investiram contra os manifestantes, na base de golpes de cassetete, spray com gás pimenta e bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral (entre os manifestantes corria a informação de que a PM teria feito também disparos com balas de borracha). Foi aquela correria aos gritos de “covardes, covardes!” e “filhos da puta, filhos da puta!”. Um rapaz reagiu, entrou em luta corporal com os repressores, deu uns murros em alguns e terminou dominado e algemado por uns três ou quatro PMs.


O vereador José Américo leva a mão aos olhos atingidos pelo
ardor do gás de pimenta.

Três vereadores petistas – José Américo, Antônio Donato e Juliana Cardoso – entraram na confusão tentando aplacar a fúria dos policiais. Sofreram muitos empurrões e algumas bordoadas. José Américo, o mais destemido, passou maus momentos com jatos de gás pimenta na cara. Ficou com os olhos inchados, mas se manteve firme. Anunciou aos jornalistas que faria uma representação contra o comando da operação, lembrando inclusive que os agentes da repressão se negaram a se identificar. (Sobre o gás pimenta, sobrou um pouco para mim: tive uma incômoda sensação de ardor nos olhos, mas passou rápido. Depois, não sei bem como e por que, fiquei sentindo ardor nas pernas – estava de bermuda -, como se tivesse sofrido uma queimadura leve).


Outro vereador, também do PT, conhecido como Alfredinho (Alfredo Alves Cavalcante), esteve presente em toda movimentação. Teve, porém, uma reação mais acomodada. Falei com ele sobre a situação do rapaz preso e algemado, o qual ficou pelo menos uma meia hora sentado junto ao prédio da prefeitura, na frente, no espaço dominado pelos policiais, ao qual os manifestantes não tinham acesso (a frente do prédio esteve o tempo todo protegida com uma cerca de grades, além da barreira formada pelos PMs, atrás das grades). Perguntei a Alfredinho, que estava sempre no espaço dos policiais, isto é, atrás das grades, qual era o nome do rapaz. Disse que não sabia.


- Mas o rapaz está ali sentado este tempo todo, algemado, como é que fica? Ele vai ser levado pra prisão?


- Tem um advogado que está cuidando dele, disse o vereador.


- Quem é o advogado, como é o nome dele?


- Não sei, é um advogado do pessoal aí, respondeu, referindo-se aos manifestantes e comentando que ele seria levado a um hospital para ser medicado.


Depois de uns 30 minutos, o rapaz, sempre algemado, foi levado num carro da polícia. Seu nome é Vinicius Figueira, estudante, estava com a camisa manchada de sangue. Um repórter da revista Carta Capital conseguiu falar com ele quando entrava na viatura e me passou sua identificação.


Sequência de quatro fotos da prisão do estudante Vinicius
Figueira: grupo de policiais contra ele.
Aparecem as pernas do estudante, já derrubado no chão.
Os policiais o dominam, enquanto um deles leva a mão ao revólver.
Vinicius já preso e algemado

A partir do ataque da polícia, os estudantes – havia entre eles, em pequeno número, metroviários e ferroviários – se espalharam pela rua, sempre em frente da prefeitura, mas então cortando o trânsito de carros no Viaduto do Chá. Até a repressão policial, o trânsito não havia sido impedido, pois os manifestantes estavam contidos entre as grades e outra barreira de policiais, com motos, no início do asfalto. Ou seja, o trânsito no Viaduto do Chá estava livre. Isto contradiz um oficial da PM que, ainda no meio da confusão, tentava explicar aos vereadores que “a manifestação é legítima”, mas eles não podiam permitir que a população fosse impedida de se locomover na cidade.


A partir também da repressão policial, os estudantes, óbvio, se exaltaram mais, alguns lançaram objetos contra os PMs, como sacos de lixo e até um guarda-chuva, coisas sem qualquer relevância do ponto de vista de agressão ou ataque. E entraram pela noite, com toda energia que a natureza sabe brindar à juventude, pulando, fazendo barulho, com batucada e vuvuzelas. E lançando seus gritos de guerra, aos quais acrescentaram mais um: “Kassab, vai tomar no c...” Enquanto isso, os policiais mantinham sua barreira na frente do prédio e o pelotão de choque se afastou um pouco, perfilando-se no início da Praça do Patriarca. O quadro era este já passando das 9 horas da noite.


Dentro do prédio, no salão da entrada, seis estudantes faziam um protesto singular, segundo relatavam os companheiros: se mantinham desde a manhã acorrentados às catracas que dão acesso aos elevadores do edifício (o jornal Folha de S.Paulo noticiou hoje que os seis encerraram o protesto e deixaram o prédio da prefeitura por volta das 10 horas da noite). De acordo com os estudantes, foram divulgadas fotos dos acorrentados no sítio do Facebook da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel).


E os milhares de transeuntes daquela movimentadíssima área da capital paulista foram para casa ontem com panfletos falando da luta, da importância da participação do povo e da tentativa de negociação (até ontem frustrada). Além da Anel, assinam os panfletos entidades como Comitê de Luta contra o Aumento da Passagem, Movimento Passe Livre, DCE-Livre da USP, Secretaria Municipal de Juventude do PT, Sindicato dos Metroviários, Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e Intersindical

Cláudio Puty em defesa do Banpará


Banpará e privatização

Embora a posse formal seja dia 23 deste mês, começa hoje a trabalhar a nova diretoria do Banpará e torço para que faça um bom trabalho pelo desenvolvimento do Pará e manutenção do Banco do Estado do Pará como um banco público, a serviço da população paraense, com bom atendimento e que respeite e amplie os direitos dos funcionários e aposentados.

Ontem, no plenário da Câmara dos Deputados, fiz este pronunciamento e apresentei requerimento ao Governo do Pará no sentido de prestar informaçõe sobre mecanismos para fortalecer o Banpará e "evitar aventuras privatistas", tão comuns ao receituário tucano.

O pronunciamento:

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) - Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Cláudio Puty.
O SR. CLÁUDIO PUTY (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, senhores membros da Mesa, Sras. e Srs. Parlamentares, venho aqui hoje para falar de um requerimento que apresentei solicitando informações do Governo do Estado do Pará acerca dos procedimentos tomados para o fortalecimento de uma instituição muito cara ao povo paraense: o Banco do Estado do Pará.

Sabemos que, na década de 90 e início do século XXI, diversos bancos estaduais foram extintos, incorporados ou mesmo privatizados. Em 2006, ao final do primeiro Governo do atual Governador Simão Jatene, o Banco do Estado do Pará teve um lucro de 6 milhões de reais a valores da época.

No Governo de Ana Júlia Carepa, do qual participei como Presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Pará, os lucros do BANPARÁno primeiro ano de Governo foram para 22 milhões; no segundo ano, para 78 milhões; no terceiro ano, 43 milhões e, no final, no último ano de Governo, para 85 milhões.
Implantamos um plano de cargos e salários, pagamos PLRs de participação nos lucros historicamente altas e, portanto, temos hoje o Banco do Estado do Pará fortalecido.

Sabemos que o Banco do Estado do Pará passará por um importante desafio este ano, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o da portabilidade, a liberdade que os servidores públicos do Estado terão de escolher o banco onde o seu salário será depositado.

Esse desafio será enfrentado pelos funcionários do banco, pelo sindicato dos bancários e por todos os paraenses, e sabemos que o Banco do Estado está à altura desse desafio.

Portanto, meu requerimento de informações ao Governo do Estado do Pará vem no sentido de evitarmos qualquer aventura de caráter privatista do BANPARÁ. Privatização contra a qual venho publicamente me manifestar contrário. Existem alternativas de fortalecimento do banco, de respeito a seus funcionários. Gostaria de pedir a esta Casa atenção.

Estaremos no Pará atentos a qualquer movimento que repita a operação de privatização das Centrais Elétricas do Pará, que fez com que os serviços de fornecimento de energia elétrica no Estado do Pará não melhorassem, que passássemos por seguidos apagões. Não sabemos até hoje para onde foram os recursos oriundos da venda daquela central elétrica.

Não queremos que o BANPARÁ tenha o mesmo destino da CELPA. Estaremos atentos, ao lado da luta dos bancários e do povo paraense.

Era o que tinha a dizer.

Obrigado.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

I Encontro de Blogs do Pará, o maior evento das Redes Socias Paraense




Local: CNBB Conferência dos Bispo do Brasil. em Belém

Dia: 26/02 (sábado)
Das 09:00 ás 18:OO
Inscrição via email: encontrodeblogueirospa@gmail.com
Fones de contato - 83037920 - 8104-5493

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Parte 2: Sintepp pede ao MPE que investigue denúncia sobre funcionários fantasma na Prefeitura de Ananindeua



O blog conversou há pouco com o coordenador do Sintepp de Ananindeua o professor Beto Andrade, ele falou que a lista tem quase 100 nomes de servidores apontados como ‘’fantasma’’ e que receberam a denúncia via sedex, ele acredita que foi enviado por alguém que já exerceu um alto cargo de confiança no governo Helder Barbalho, ” fogo amigo”; e que os advogados do sindicato já conversaram com o pessoal do MP, e hoje estarão entrando com o pedido de investigação junto ao Ministério Público.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sintepp pede ao MPE que investigue denúncia sobre funcionários fantasma na Prefeitura de Ananindeua

Enviado ao blog via Twitter do @sintepp.

Sintepp protocolou petição no MPE pra investigar suposta lista de funcionários fantasmas lotados na SEMED de Ananindeua.

Cada vereador de Ananindeua recebeu uma cópia da representação apresentada pelo SINTEPP, o próximo passo será pedir investigação via MPE.

No dossie que chegou via SEDEX ao sindicato consta dezenas de funcionários lotados no gabinete da SEMED com nome e nº de matricula e salário.

Sindicato dos Bancários parceiros do I Encontro dos Blogs do Pará


I Encontro de Blogs do Pará

Dia: 26/02

Local: Sede da CNBB - Belém

Inscrições via email: encontrodeblogueirospa@gmail.com

Seja parceiro do I Encontro de Blogs: fone de contato 83037920

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Direto da Argentina: "As Madres" Argentinas 34 anos buscando os desaparecidos


Coluna Diário de um Blogueiro: Jornalista e atual blougueiro Jadson Oliveira (Foto), 64 anos, trabalhou como jornalista, em diversos jornais e assessorias de comunicação, de 1974 a 2007, sempre em Salvador (Bahia). Na década de 70 militou no PCdoB e no movimento sindical bancário. Ao aposentar-se, em fevereiro/2007, começou a viajar pelo Brasil, América Latina e Caribe. Esteve em Cuba, Venezuela, Manaus, Belém/Ananindeua (quando do Fórum Social Mundial/2009) e Curitiba, com passagem por Palmas, Goiânia e Campo Grande. Depois Paraguai, Bolívia, Trindad Tobago , São Paulo e agora está na Argentina. virou viajante e blogueiro. Clic aqui e acesse o blog do Jadson Oliveira
______________________________________________________________

Mirta Baravalle: uma das 14 mães que fizeram a
primeira quinta-feira de protesto em 30 de abril de
1977. Eram as "loucas" da Praça de Maio.

(Todas as fotos desta matéria são de Jadson Oliveira)


De Buenos Aires (Argentina) – No dia 30 de abril de 1977, uma quinta-feira, um grupo de 14 mães, desesperadas, foi à Praça de Maio, em frente ao palácio do governo (Casa Rosada), em Buenos Aires, protestar e pedir informações sobre seus filhos que tinham sido seqüestrados pelos agentes da última ditadura militar (1976-1983). Uma tremenda temeridade! Os argentinos viviam sob o império do terrorismo de Estado, comandado pelo então general Jorge Rafael Videla (hoje cumprindo pena de prisão perpétua por crimes de lesa humanidade). Os policiais as empurravam para se afastarem do palácio e ordenavam, como costumam fazer em épocas de tirania diante de “reuniões” públicas: “Circulem... circulem...”
As mães então começaram a circular em redor da pirâmide que fica no centro da praça, rodeadas por forte aparato militar. Circularam naquela quinta-feira e voltaram na quinta-feira seguinte. E depois na outra quinta, e na outra, e na outra. Queriam porque queriam ao menos notícias de seus filhos queridos, sumidos nas trevas do terror. Já não eram 14, e sim centenas. Se tornaram as Mães da Praça de Maio (Madres de Plaza de Mayo). E não pararam mais de circular, mesmo quando três delas – Azucena Villaflor, presidenta da entidade, Esther Ballestrino e María Ponce - foram também sequestradas e também desaparecidas. (No dia 18/11/2010 elas comemoraram 1.700 manifestações na praça, 1.700 quintas-feiras).
As "madres" da Linha Fundadora deram origem ao extraordinário
movimento que desafiou a ditadura argentina no auge do terror


As "rondas" já são mais de 1.700: sempre às
quintas-feiras e sempre ao redor da pirâmide

Nas comemorações especiais centenas de militantes, das mais
diversas entidades, engrossam as manifestações das "madres"

Eram “as loucas” da Praça de Maio. Poucos podiam ou tinham coragem de apoiá-las, os democratas (os ainda vivos e/ou ainda em liberdade) rareavam, os combatentes e organizações da esquerda, a maioria peronistas, estavam sendo dizimados, a Igreja Católica, enquanto instituição, estava do outro lado – quando as “madres” chegavam à praça, as portas da Catedral Metropolitana, que está na mesma praça, eram fechadas -, os grandes jornais, as emissoras de rádio e TV, também estavam alinhados com a ditadura.
102 bebês roubados pelos repressores já foram descobertos e tiveram sua identidade restituída
Mas as “loucas” insistiram. Hoje, quase 34 anos depois, as “madres” – às quais se somaram as “abuelas” (avós), os “hijos” (filhos) e os familiares dos desaparecidos – continuam a circular em torno da pirâmide da Praça de Maio todas as quintas-feiras, a partir das 3 horas da tarde. Com o lenço amarrado na cabeça, símbolo do movimento, muitos com os dizeres: “Aparición con vida de los desaparecidos”, exibem nos broches e cartazes as fotos, nomes e datas do sequestro de seus parentes assassinados.
Continuam a circular mesmo que a ditadura tenha sido derrubada há pouco mais de 27 anos e que muitos repressores/torturadores estejam na cadeia: só no ano passado a Justiça proferiu 110 condenações e cerca de 800 acusados estão na fila do banco dos réus, a maioria já com prisão preventiva. Mesmo depois de se tornarem uma referência internacional quando se fala de defesa dos Direitos Humanos. Seu êxito político é fantástico, não é à toa que uma gorda fatia da agenda da presidenta Dilma Rousseff, na sua recente visita à Argentina, foi dedicada às “madres” e “abuelas”.
E há números significativos: a organização não governamental Equipo Argentino de Antropologia Forense (EAAF), das mais de 1.200 exumações feitas, já conseguiu identificar os corpos de 446 desaparecidos (sem incluir identificações realizadas por outras vias), conforme informação de Daniel Bustamante, investigador do EAAF. (O número sempre mencionado de desaparecidos é em torno de 30 mil. Claro que é uma estimativa. Há registro oficial de cerca de 10 mil); quanto aos bebês roubados das presas políticas, cuja estimativa chega ao redor de 500, 102 já tiveram sua identidade restituída, segundo dados computados por Abuelas de Plaza de Mayo.
Marcha da Resistência para comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos

“Paredão para todos os milicos que venderam a Nação”

“Alerta, alerta, alerta, que estão vivos todos os ideais dos desaparecidos” é um dos gritos de guerra mais freqüentes nas quintas-feiras, em meio aos cantos, poemas e discursos, principalmente quando as manifestações ganham maior dimensão em datas especiais, como no último 9 de dezembro, quando as “madres” comemoraram o Dia Internacional dos Direitos Humanos (elas anteciparam um dia, porque na data oficial, dia 10, houve muitas comemorações promovidas pelo governo federal). A imagem mais eloquente do ato – foi a 30ª. Marcha da Resistência - era uma imensa faixa (lembrando uma serpente, aqui é chamada de “bandera”), contendo cerca de 3.500 fotos e nomes de desaparecidos, carregada pelos manifestantes – de umas três quadras da Avenida de Maio até a Praça de Maio. Outras consignas repetidas na praça: “Que digam onde vão com os desaparecidos”, “Paredão para todos os milicos que venderam a Nação”.
Mirta Baravalle, de 86 anos, é uma das 14 “madres” que protagonizaram a histórica “ronda” de 30 de abril de 1977. No último dia 3, quinta-feira, ela estava mais uma vez na praça, com um grupo de manifestantes circulando a pirâmide, tendo à frente a faixa Mães da Praça de Maio – Linha Fundadora. Depois relembrou os tempos difíceis em que eram chamadas de “loucas” e poucos lhes davam atenção: “Os policiais afastavam a gente do passeio do palácio, empurravam para fora da praça, a Catedral nos fechava as portas...” Pendurado no pescoço, um pequeno cartaz com as fotos e os nomes da filha e do genro, Ana Maria Barravalle e Julio Cesar Galizzi, sequestrados em 25 de agosto de 1976. “Este ano vai completar 35 anos de busca, sigo buscando, até hoje nada, minha filha estava grávida de cinco meses, o bebê até hoje também não encontrei”, diz ela.
Sara Holmquist perdeu seu irmão: "Ele era
secundarista. Nunca tivemos notícia dele".


Cristina Dithurbide (à direita, com a amiga Margarita Noia): "Eram
militantes Montoneros, é preciso dizer isso, porque é a identidade
política deles".

Já Sara Holmquist, de 65 anos, da província (estado) de Tucumán (noroeste do país), participa sempre de atos de protesto pelos desaparecidos, em memória de seu irmão, Luis Adolfo, sequestrado em 29/05/76. Aponta para o enorme cartaz pendurado no pescoço: “Ele era secundarista, era da UES (União dos Estudantes Secundaristas), se estivesse vivo teria hoje 54 anos. Nunca tivemos notícia dele”. E Cristina Dithurbide exibe seu broche com o retrato do casal Roald Montes e Mirta Noemí, na época com 28 e 19 anos. Mirta era sua irmã. “Os dois foram assassinados em La Plata (capital da província de Buenos Aires) em 22 de novembro de 1976, junto com mais quatro companheiros. Eles eram militantes Montoneros, é preciso dizer isso, porque é a identidade política deles”, explica. (Montoneros era uma organização de guerrilha urbana, da esquerda peronista, muito ativa nos anos 60 e 70).
Manifestação da Associação das Mães da Praça de Maio, liderada
por sua presidenta Hebe de Bonafini (alta, de óculos escuros, com
a alça da bolsa vermelha).

Também as “madres” que atuam aglutinadas na Associação das Mães da Praça de Maio (há cinco entidades relacionadas com as “madres”, veja nota abaixo) vão sempre às quintas-feiras à Praça de Maio. Seus membros, no entanto, já não se dedicam à busca dos desaparecidos. Têm, na verdade, uma atuação bem mais ampla e diversificada, com uma fundação, a Universidade Popular, publicações próprias, biblioteca e até um projeto de construção de casas populares. Sua presidenta, Hebe de Bonafini, é atualmente uma líder política de grande influência e está, inclusive, engajada na campanha para reeleição da presidenta Cristina Fernández de Kirchner. Na quinta, dia 3, ela estava à frente de um grupo de manifestantes, falando de suas atividades e da política nacional. A principal faixa dizia: apoiamos o projeto nacional e popular, que é atualmente a proposta central do kirchnerismo (ou peronismo kirchnerista).
AS “MADRES” SÃO CINCO ENTIDADES
Fala-se muito das “madres” (mães) e também das “abuelas” (avós) da Praça de Maio, relacionadas com a busca dos presos políticos assassinados pela ditadura argentina e também com os bebês retirados das mães. A ideia que passa é que se trata de uma única organização. Mas há, na verdade, cinco entidades envolvidas em atividades às vezes convergentes e às vezes nem tanto, certamente de difícil percepção para a maioria das pessoas, especialmente quando são estrangeiras.
Das cinco entidades, a de maior volume de atividades e maior inserção na política argentina, a Associação das Mães da Praça de Maio, não cuida da busca dos desaparecidos, embora esta busca tenha sido a ação inicial de todas as “madres”. A associação tem outros objetivos, conforme menciono acima. A ela estão ligadas a Universidade Popular Mães da Praça de Maio e a Fundação Mães da Praça de Maio.
Uma das entidades que, apesar de menos conhecida, tem uma
atuação que se soma ao trabalho das "madres" e "abuelas".

Quem continua cuidando da busca dos desaparecidos e, em decorrência, atuando em prol do julgamento e punição dos repressores, é, como o próprio nome indica, Mães da Praça de Maio – Linha Fundadora. Uma terceira entidade é Avós da Praça de Maio, que tem uma atuação semelhante, mas com ênfase na busca e identificação dos bebês roubados das presas políticas.
E há mais duas entidades, cujos membros muitas vezes participam de manifestações comuns: H.I.J.O.S. – Hijos y Hijas por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio (Filhos e Filhas pela Identidade e a Justiça contra o Esquecimento e o Silêncio); e Familiares de Desaparecidos e Presos por Razões Políticas.