sexta-feira, 30 de novembro de 2012
No Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes
Thais Leitão
Os dados fazem parte do "Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil", divulgado nesta quinta-feira (29) em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Edmilson cobra explicações sobre suspeita de fraude em licitação do Estado
O
deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) apresentou requerimento, na
Assembleia Legislativa do Pará, na sessão desta quarta-feira, 28, no
qual pede explicações ao governo do Estado sobre as suspeitas de
irregularidades no Pregão 029/2012 para a locação de viaturas ao sistema
de segurança pública. Com base na denúncia formulada pela jornalista
Ana Célia Pinheiro, no blog "Perereca da Vizinha", Edmilson apontou que o
contrato de custo inicial de R$ 106,4 milhões, pelo período de um ano,
teve a participação de empresas pertencentes a grupos familiares que
concorreram entre si na disputa de parte dos 12 lotes da licitação.
"Os
valores previstos nesses contratos são cerca de 10% maiores do que o
contrato anteriormente firmado com a Delta Construções, do bicheiro
Carlinhos Cachoeira, para a mesma finalidade, com um adendo: os
contratos poderão ter os valores aditados", diz Edmilson no
requerimento. Ele lembra que questionou formalmente o Estado sobre o
contrato nebuloso assinado com a Delta, mas não obteve nenhuma
explicação.
A principal vencedora da licitação é a paulista A C.S
Brasil, que levou seis dos 12 lotes licitados, o que possibilitam locações de
veículos que podem chegar a mais de R$ 48 milhões em 2013. Enquanto a Locavel
ganhou um lote de R$ 43 milhões ao ano e a Alucar Locadora de Veículos Ltda,
venceu um lote de até R$ 3,957 milhões.
As
suspeitas de irregularidades recaem sobre as vencedoras Braz e Braz
Ltda, contemplada com dois lotes que poderão render R$ 7,5 milhões em um
ano, e a Norte Locadora e Serviços Ltda, que venceu o lote de quase R$
1,5 milhão ao ano. Com base em documentos da Junta Comercial do Estado
(Jucepa), a jornalista demonstra que a Braz e Braz, pertencente a
Ricardo Gomes Braz da Silva e o filho dele, Gabriel Baptista Braz da
Silva, de apenas 11 anos, concorreu com a Norte Locadora e Serviços
Ltda, pertencente à avó materna de Gabriel, Maria Odila Mazzariol
Baptista. Outra firma concorrente foi a R&A Locação de Veículos, que
foi representada legalmente pela mãe de Gabriel e filha de Maria Odila.
A blogueira rastreou a coincidência de endereços das firmas.
Outra
relação familiar entre os representantes das empresas concorrentes foi
verificado no mesmo pregão: a Norauto Rent a Car foi representada por
Carlos Benedito Adão Teixeira, a AP Rent a Car foi representada por Ana
Paula da Costa Teixeira e a vencedora R da Costa Teixeira Serviços - EPP
foi representada pelo filho de Carlos e Ana Paula, Rafael da Costa
Teixeira. O endereço das firmas também coincide.
Edmilson
pediu informações sobre o pregão às Secretaria de Estado de Segurança
Pública (Segup) e de Administração (Sead) e também da Auditoria Geral do
Estado (AGE) sobre as graves denúncias. Ainda, pediu que o caso seja
levado ao conhecimento do Ministério Público do Estado e da Ordem dos
Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA). O requerimento ainda será
votado em plenário.
O presidente do Incra, Carlos Guedes recebe "Título Honorífico de Cidadão de Belém"
Foto David Alves |
Por Raimundo Sena
O presidente do Incra, Carlos Guedes, estará em Belém, amanhã
(quinta-feira, 29) para receber o "Título Honorífico de Cidadão de
Belém" em sessão solene da Câmara, pela manhã. A honraria foi aprovada
por unanimidade pelos vereadores, anteontem, a pedido da vereadora
Professora Milene. Natural do Rio Grande do Sul, o economista,
funcionário de carreira e atual presidente do Incra, Carlos Mário Guedes
de Guedes, 42, foi delegado federal do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) no Pará, entre 2005 e 2006; secretário de Estado de
Planejamento, Orçamento e Finanças, em 2007; e secretário Extraordinário
de Regularização Fundiária na Amazônia Legal (MDA), em 2008.
Guedes coordenou o Programa “Terra Legal”, de combate ao histórico
problema dos conflitos agrários, contribuindo com a implantação da
Reforma Agrária em diversos municípios paraenses. Coordenou também a
implantação do Planejamento Territorial Participativo (PTP). Ele também
foi coordenador geral do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento
Rural do MDA e Secretário Executivo Adjunto do Ministério.
“Além do que já fez no passado pelo Pará, agora, como presidente do
Incra, Guedes está à frente de várias ações daquele órgão que impactam
diretamente o nosso Estado do Pará”, justifica a vereadora Milene,
citando como exemplo mais recente a assinatura do Termo de Cooperação
Técnica com Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais
de Ensino Superior (Andifes) que cria a Residência Agrária para os
estudantes universitários oriundos dos assentamentos da Reforma Agrária.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Belo Monte: farra com dinheiro público para as empreiteiras, demissão e cárcere aos trabalhadores que lutam, isto é uma afronta à dignidade
Foto: Ruy Sposat/Divulgação/Xingu Vivo
Por Atnágoras Lopes*Em todos os noticiários da imprensa brasileira é possível ler a “grande” notícia que diz: “BNDES libera 22,5 bilhões em financiamento para construção de Belo Monte”. Pois bem, esse fato ocorre no mesmo período em que cinco operários, a mando do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), encontram-se presos e essas mesmas empreiteiras, arbitrariamente, implementam uma demissão em massa que ninguém sabe, e parece não se importar, quantas centenas ou milhares de trabalhadores estão sendo afetados.Em meio a força dessas manchetes sobre os bilhões de empréstimo não há como não indignar-se. De um lado, pela natureza do tema em si, ou seja estamos falando de dinheiro público liberado para a inciativa privada, com total despreso do Governo Dilma para com as causas dos mais pobres, dos ribeirinhos, dos pescadores, dos povos nativos e dos trabalhadores da obra. Somente na região norte existem 2,65 milhões de pessoas em situação de miséria. Do outro lado, há o fato de que isso ocorre em meio a um conflito trabalhista de extrema gravidade, fruto da arrogância e intransigência do CCBM. Afinal, quem vai intervir contra essa demissão em massa? Como vai ficar a situação dos trabalhadores presos? Ou isso não importa?Há um clima geral de cidade privatizada e militarizada em Altamira (PA). Pelas ruas da cidade, e entorno das obras, observa-se a presença ostensiva de inúmeros veículos conduzindo homens armados, seja da segurança pública ou privada. Após o conflito, agora fala-se pelas rodas de trabalhadores, que até um destacamento do Exército será fixado no canteiro da obra. Enquanto isso, o CCBM compra carros para bombeiros, auxilia a polícia e a Norte Energia patrocina um encontro nacional de magistrados que realizou-se recentemente em Belém. Para onde vamos?Os canteiros estão sendo ainda mais militarizados e o pagamento dos milhares de operários continua sendo feito sob a mira de fuzis, apontados do helicóptero militar contra a multidão que se espreme por horas até passar pelo batalhão de choque e conseguir pegar seu envelope. Além de tudo isso, esses operários seguem obrigados a descontar compulsória e mensalmente para um sindicato que não os defende. E onde está o Ministério Público do Trabalho? Cadê os governos federal e estadual?Para os operários de Belo Monte, prisões e demissão em massa. Para as empreiteiras do CCBM, mais R$ 22,5 bilhões do dinheiro público foram liberados. Não é possível que tudo isso seja encarado como “normal”. Não podemos perder a capacidade de indignação e, acima de tudo, de assumir opiniões e buscar o engajamento na luta contra as injustiças sociais.Sonhos de vidas nativas estão sendo ceifados, as esperanças no progresso da “Princesinha do Xingú”, nome carinhoso pelo qual tratam sua cidade os originários de Altamira, estão sendo afrontadas e a dignidade de milhares de operários está sendo agredida e ignorada em nome de um desenvolvimento que retroage aos fósseis das práticas do regime militar.Lutemos contra!Liberdade imediata aos operários e companheiros presos em Belo Monte!Dilma, pare as demissões!
Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e executiva da CONLUTAS
Artigo de Celso Lungaretti: CLÉCIO LUÍS ENVERGONHA O PSOL E TEM DE SER EXPULSO
Este é o caminho que Clécio Luís aponta para o PSOL |
É
um imperativo moral para o PSOL expulsar de suas fileiras o prefeito
eleito de Macapá, Clécio Luís, por trombetear posições que o
descaracterizariam como partido de esquerda.
Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, Clécio ofende a nossa inteligência ao afirmar:
Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, Clécio ofende a nossa inteligência ao afirmar:
- que o PSOL deveria rever o veto a financiamento de bancos e empreiteiras, pois "para enfrentarmos eleições, nós temos que ter estrutura para podermos nos movimentar", passando a dispor "das mesmas ferramentas" dos demais partidos; e
- que, por não ter "relações orgânicas com esses grupos", o PSOL não se tornaria um partido promíscuo (como todos os outros que seguiram o mesmo caminho...).
Se
o Clécio acredita que bancos e empreiteiras sejam entidades
beneméritas, prontas para financiarem candidatos do PSOL sem nenhuma
contrapartida ilegal e/ou imoral, está no lugar errado. Que vá procurar
sua turma entre os que ainda creem em Papai Noel e não enxergam (ou não
querem ver) as distorções da democracia sob o capitalismo putrefato.
Quanto à sua proposta de uma "política de reaproximação" com outros partidos, inclusive o PT, implicaria trair o compromisso fundamental do PSOL com o socialismo revolucionário.
Revolucionários existem para acabarem com a exploração do homem pelo homem. Reformistas cumprem o papel de atenuarem os malefícios do capitalismo, desviando para a mesa dos explorados algumas migalhas a mais do banquete dos exploradores. Não há nem jamais haverá identidade ESTRATÉGICA possível entre ambos.
Quanto à sua proposta de uma "política de reaproximação" com outros partidos, inclusive o PT, implicaria trair o compromisso fundamental do PSOL com o socialismo revolucionário.
Revolucionários existem para acabarem com a exploração do homem pelo homem. Reformistas cumprem o papel de atenuarem os malefícios do capitalismo, desviando para a mesa dos explorados algumas migalhas a mais do banquete dos exploradores. Não há nem jamais haverá identidade ESTRATÉGICA possível entre ambos.
Como nos tempos de Rosa Luxemburgo, há uma opção a ser feita entre reforma e revolução. |
Podem somar forças em algumas circunstâncias, mas a aliança será sempre, exclusivamente, TÁTICA.
P. ex., quanto ao apoio e defesa de políticas sociais, mas nunca
perdendo de vista que aos revolucionários cumpre aprofundá-las, não se
detendo nos limites aceitáveis para os capitalistas.
Ou seja, devemos, sim, somar forças com os reformistas quando se trata de evitar retrocessos e respaldar avanços, ainda que homeopáticos. Mas, nunca nos restringindo a eles nem deixando de ressaltar que a nossa luta é por objetivos maiores, por conquistas verdadeiras e definitivas, não por meros paliativos.
Ou seja, devemos, sim, somar forças com os reformistas quando se trata de evitar retrocessos e respaldar avanços, ainda que homeopáticos. Mas, nunca nos restringindo a eles nem deixando de ressaltar que a nossa luta é por objetivos maiores, por conquistas verdadeiras e definitivas, não por meros paliativos.
Queremos
isso e queremos muito mais, porque os trabalhadores merecem muito mais.
Merecem ser os senhores de uma sociedade igualitária e livre.
Depois de aceitar apoios extremamente questionáveis para ser eleito, Clécio está fornecendo à imprensa burguesa os maiores trunfos para a desmoralização do partido desde a sua fundação. Salta aos olhos que a mensagem implícita do jornal da ditabranda é: "Vejam como os políticos do PSOL mudam seu discurso quando chegam ao poder. Mostram-se tão oportunistas quanto todos os outros".
Depois de aceitar apoios extremamente questionáveis para ser eleito, Clécio está fornecendo à imprensa burguesa os maiores trunfos para a desmoralização do partido desde a sua fundação. Salta aos olhos que a mensagem implícita do jornal da ditabranda é: "Vejam como os políticos do PSOL mudam seu discurso quando chegam ao poder. Mostram-se tão oportunistas quanto todos os outros".
O que podemos esperar do seu governo, além de outras flexibilizações de princípios que envergonharão e desacreditarão o PSOL?
Se não o expulsar, o partido estará abrindo mão de algo muito mais valioso do que a prefeitura de Macapá: a sua identidade.
Se não o expulsar, o partido estará abrindo mão de algo muito mais valioso do que a prefeitura de Macapá: a sua identidade.
domingo, 25 de novembro de 2012
"Orvil" o Livro que o milicos contam a sua "versão" sobre a repressão
Corpos de guerrilheiros são embalados em lonas por militares, em 1972, na região próxima às margens do rio Araguaia, no estado Pará. |
Livro traz versão de militares sobre ação armada da esquerda
RICARDO BONALUME NETO
Via FOLHA DE SÃO PAULO
Via FOLHA DE SÃO PAULO
"Orvil" parece nome de remédio, mas é apenas "livro" escrito ao contrário, o nome exótico pelo qual o projeto era conhecido no Exército Brasileiro para ajudar a mantê-lo secreto enquanto uma comissão o escrevia.
O livro ficou pronto em 1985, mas o então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, e o presidente José Sarney optaram por não publicar a obra para não criar constrangimento político.
Disponível na internet há anos, agora surge a primeira edição de papel do "orvil/livro" que conta uma versão de militares do Exército sobre as "tentativas de tomada do poder" pela esquerda no Brasil.
A atual edição, da editora Schoba (R$ 72,90, já disponível nos sites das livrarias), promete ser ainda mais polêmica, embora a publicação não tenha apoio oficial das Forças Armadas.
O texto básico é o mesmo, mas há trechos novos de introdução e conclusão que remetem ao momento presente, quando existe uma Comissão da Verdade com a missão de apurar crimes cometidos por agentes estatais no regime militar.
São mais de 900 páginas detalhando miríades de ações da esquerda armada que o livro rotula de "terroristas".
Três das tentativas de tomada do poder foram "armadas", diz o livro, escrito por uma equipe do antigo Centro de Informações do Exército e assinado por dois dos organizadores, o tenente-coronel Licio Maciel e o tenente José Conegundes do Nascimento.
As três foram a Intentona Comunista de 1935, a crise que terminou no golpe de 1964 e o início da "luta armada" a partir de 1968.
A quarta continuaria em curso hoje: em vez de violência, diz o livro, as esquerdas empregam a infiltração na imprensa, nas universidades, nas instituições culturais em geral para impor suas teses, seguindo os ditames do comunista italiano Antonio Gramsci (1891-1937).
PETULÂNCIA
"Os revanchistas da esquerda que estão no poder -não satisfeitos com as graves restrições de recursos impostas às Forças Armadas e com o tratamento discriminatório dado aos militares, sob todos os aspectos, especialmente o financeiro- tiveram a petulância de criar, com o conluio de um inexpressivo Congresso, o que ousaram chamar de 'comissão da verdade'", diz o general Geraldo Luiz Nery da Silva no prefácio ao livro.
Coordenador de projetos de história oral do Exército, o general de brigada é membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
A publicação é pródiga em detalhes sobre os atentados e as tentativas de criação de "focos" de guerrilha, urbana e rural. Muitas fontes são livros e entrevistas de pessoas da esquerda. "Insuspeitos", ironizam.
Um fato que chamou a atenção dos autores é a fragmentação dos grupos de esquerda. Em vez de se unirem contra o inimigo comum, se esfacelaram numa lista interminável de organizações -e o "Orvil" cita detalhes de todas. E isso foi uma das razões do fracasso da "luta armada".
Um fato que chamou a atenção dos autores é a fragmentação dos grupos de esquerda. Em vez de se unirem contra o inimigo comum, se esfacelaram numa lista interminável de organizações -e o "Orvil" cita detalhes de todas. E isso foi uma das razões do fracasso da "luta armada".
LISTA
O livro dá os nomes de todos os "terroristas" envolvidos em cada atentado, ou no planejamento deles, ou no apoio à sua logística.
A presidente Dilma Rousseff é citada três vezes no texto, numa delas dizendo que tinha sido presa.
O livro não diz em nenhum momento que as forças policiais e militares cometeram torturas (a morte de Vladimir Herzog é considerada suicídio) e diz que eleição de um general à Presidência pelo Congresso era sinal da existência do "Estado de Direito".
sábado, 24 de novembro de 2012
Documentário 10º Encontro dos Amigos de Vinícius de Moraes
Video Documentário, sobre o 10º Encontro dos Amigos de Vinícius Moraes. Nesse Documentário os participantes falam sobre o poeta camarada, e a participação no evento. Esse encontro é realizado no Município de Ananindeua Pará, no Bairro da Cidade Nova: Direção e edição do documentário é de Rui Baiano Santana
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Jornal Nacional adota discurso antipalestino em reportagens sobre conflito em Gaza
Via Blog Jornalismo B
Na última quarta-feira completou-se uma semana desde que o líder palestino Ahmed Al-Jaabari foi assassinado pelo exército de Israel, dando início ao atual conflito e às atuais agressões à Faixa de Gaza, que já levaram à morte quase duzentos palestinos, sendo a metade civis, segundo o Hamas, que governo a Faixa de Gaza. Desde o dia 14 e até este dia 22 o Jornal Nacional veiculou nove matérias sobre o desenrolar dos acontecimentos, oscilando entre reportagens equilibradas e outras que pouco mais fizeram do que reproduzir o discurso e os estigmas construídos pelo governo israelense.
Se desde o dia 19 as cinco matérias veiculadas pelo JN foram razoavelmente equilibradas, até o dia 17 não foi bem assim (dia 18 foi um domingo, portanto sem edição desse telejornal). No dia 14, pintou o líder palestino assassinado como um perigoso terrorista, a única imagem que mostrou de Al-Jaabari foi portando uma arma. Nenhuma referência ao fato de que ele foi assassinado justamente quando atuava procurando um caminho para a paz na região.
Já a reportagem do dia 15 mostrou “os dois lados do conflito”, mas apresentando os civis palestinos como violentos, vingativos, exaltados, enquanto os civis israelenses foram apresentados como assustados e acuados. No dia seguinte o foco da matéria é mostrar Israel sob ataque, novamente com os civis assustados com os “terroristas” palestinos. É também o que a reportagem do dia 17 mostra: desespero de civis em Israel e entrevista com três deles, sendo dois turistas.
Todas as nove matérias – assinadas por Carlos de Lannoy – e todas as “cabeças” lidas pelos apresentadores do Jornal Nacional, do dia 14 ao dia 22, são pontuadas por expressões e construções discursivas desfavoráveis aos palestinos. Estes são apresentados como violentos terroristas, enquanto as entrevistas são quase todas com civis israelenses. Quando é Israel quem ataca, são “ações militares” ou “ofensivas”, mas se é a Palestina o atacante são “atentados”. O Hamas é tratado sempre como “o grupo radical islâmico” ou “o grupo radical palestino” que “controla a Faixa de Gaza”, ignorando que o Hamas também é um partido político que governa Gaza. Para falar do outro lado, o JN usa “o governo de Israel”. Quer dizer, reconhece o Estado de Israel, mas não a Palestina e a soberania do povo palestino.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Não há provas contra os operários presos em de Belo Monte
É o que
constata a comissão da CSP Conlutas que está em Altamira-PA
Por, Emiliano de oliveira, de
Altamira (PA).
Os cinco operários presos na
delegacia da Policia Civil de Altamira, apontados pelo Consórcio Construtor
Belo Monte (CCBM) como responsáveis pela revolta ocorrida entre os dias 10 e 12
no interior dos canteiros de obras receberam, pela manhã desta quarta-feira, a
visita da Comissão da CSP-Conlutas -
Central Sindical Popular.
Entre os membros da Comissão
estão à advogada da Central, Anacely Rodrigues, o diretor do – Sindicato dos
Trabalhadores da construção Civil de Belém, Sandro Carvalho e o vereador , recentemente
eleito em Belém, Cleber Rabelo, do Partido Socialista dos Trabalhadores
Unificado – PSTU, também operário da Construção Civil.
Hoje, dia 20, logo no inicio da
manhã a comissão se deslocou até o Fórum Criminal de Altamira, lá tiveram
acesso ao processo criminal em que os trabalhadores são acusados de incêndio,
formação de quadrilha e dano ao patrimônio; Para a comissão da CSP-Conlutas constatou-se
que, até agora, trata-se apenas acusações, pois não existe nenhuma prova
concreta que incrimine esses operários.
“No processo o que existe são
fotos que não comprovam a presença de nenhum dos operários presos e o
depoimento de um “chefe da administração da empresa” acusando de forma
unilateral esses trabalhadores, sem ter como provar que são eles os autores de
qualquer ação das quais estão sendo acusados. Como se vê isso é uma grande injustiça”, disse Cleber
Rabelo.
Depois de ter acesso ao processo
a Advogada da CSP-Conlutas, Anacely
Rodrigues, conversou com a Juiza da 3ª Vara, Drª. Gizely, e solicitou que
tentasse agilizar a apreciação do pedido
de liberdade provisória feito pela Defensoria Publica do Estado; Em seguida
a comissão foi até a Delegacia de Policia e conversou com os operários que se
encontram presos já há 8 dias.
A Advogada da central, Anacely
Rodrigues, afirmou que os trabalhadores que se encontravam muito desamparados,
sem nenhuma informação sobre suas situações, e que essa visita foi um momento
muito emocionante para a Comissão e para os trabalhadores que receberam o apoio
e a solidariedade de classe da CSP-CONLUTAS, do Sindicato dos Trabalhadores da
Construção Civil de Belém e do Vereador eleito Cleber Rabelo do PSTU.
A visita da Comissão constatou
que os trabalhadores foram desamparados pelo SINTRAPAV, sindicato que diz ser o
representante legal dos trabalhadores da construção da Hidroelétrica de Belo
Monte. “A CSP-Conlutas intensificará sua luta pela libertação imediata desses
trabalhadores. A princípio pode-se ver que a maior possibilidade é que tudo não
passa da tentativa do CCBM de criminalizar a luta dos operários”, afirmou
Sandro, do Sindicato dos trabalhadores da Construção de Belém.
Os cinco trabalhadores presos
são: Ernesto, de Ji-Paraná; Eliseu, de Breu Branco; Mateus, de Barcarena;
Odivaldo e Raimundo, de Belém. “As provas contidas nos altos não provam nenhuma
das acusações feitas aos operários” disse a Advogada Anacely Rodrigues,
pertencente a Central.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Após nove meses preso, Carlinhos Cachoeira é solto em Brasília
FERNANDO MELLO Folha de São Paulo
DE BRASÍLIA
Após quase nove meses preso, o empresário Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, deixou às 00h05 desta quarta-feira (21) o complexo
penitenciário da Papuda, em Brasília.
Cachoeira estava acompanhado de seus advogados. Sua mulher, Andressa
Mendonça, não pode entrar na penitenciária e ficou aguardando em outro
carro do lado de fora.
Cachoeira é protagonista de esquema de corrupção; saiba mais
Relator da CPI do Cachoeira pede indiciamento de Perillo
Relator da CPI do Cachoeira pede indiciamento de Perillo
A Justiça do Distrito Federal condenou hoje Cachoeira a cinco anos de
prisão em regime semiaberto, o que lhe permitiu deixar a prisão. A
sentença é decorrente da Operação Saint-Michel, deflagrada pelo
Ministério Público do Distrito Federal e que investigou tentativas de
fraudes no sistema de bilhetagem do transporte público do Distrito
Federal.
O empresário estava preso desde fevereiro deste ano, quando foi
deflagrada a operação Monte Carlo, e obteve um habeas corpus relativo a
este caso em outubro. Porém, por causa do processo gerado pela operação
Saint-Michel, ele permanecia preso.
Ao proferir a sentença, a juíza Ana Claudia de Oliveira Costa Barreto
determinou a soltura de Cachoeira, que está preso há 266 dias. "Julgo
que não mais subsiste a necessidade de segregação cautelar", argumentou.
A defesa informou que vai recorrer da decisão.
Segundo o Código Penal, a pena em regime semiaberto deve ser cumprida em
uma colônia penal, mas também permite que o condenado durma na colônia e
trabalhe ou estude fora em cursos de segundo grau ou superior. Se não
houver colônia onde o réu vive, ele pode migrar para o regime aberto.
Nele o condenado teria de dormir em albergues --que também são raros e
lotados no Brasil. Na prática, o condenado recebe a liberdade
condicional: fica livre (mas sem direitos políticos ou possibilidade de
viajar), tendo de se apresentar regularmente à Justiça.
Caras e Bocas do Cachoeira
Ver em tamanho maior »
"Não falarei nada aqui", afirma Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira em audiência da CPI no Congresso
Essa operação foi um desdobramento da Monte Carlo, deflagrada pela
Polícia Federal em fevereiro e que o levou à cadeia no dia 29 daquele
mês. As investigações da Monte Carlo acabaram gerando a CPI do
Cachoeira, que deverá ser encerrada nesta semana com a leitura de seu
relatório final.
O Tribunal de Justiça iria julgar um pedido de liberdade da defesa de Cachoeira na próxima quinta-feira.
Ocorre que a juíza Ana Cláudia de Oliveira, da Quinta Vara Criminal,
antecipou a sentença. Ela condenou Cachoeira a dois anos de reclusão por
formação de quadrilha e a três anos por tráfico de influência, além de
50 dias multa. "O grau de reprovabilidade da conduta do réu é elevado na
medida em que não se inibe em desrespeitar o patrimônio público para
enriquecimento próprio", diz trecho da sentença assinada por ela.
O ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu foi condenado a três
anos e seis meses, mesma pena aplicada a outro ex-diretor da empresa,
Heraldo Puccini Neto. Para eles, a juíza estabeleceu o regime inicial
aberto.
Apontado como braço-direito de Cachoeira, Gleyb Cruz foi condenado a
quatro anos e três meses. Assim como Cachoeira, ele estava preso e a
juíza mandou libertá-lo para cumprir a pena em regime semiaberto.
O contador do esquema, Geovani Pereira da Silva, único foragido até agora, pegou três anos e seis meses de reclusão.
Artigo de Ana Júlia: Mario Couto e o acinte à República
Via o blog de Ana Júlia
Tem dado o que falar a entrevista concedida
pelo senador Mário Couto em que ele afirma estar sendo vítima de uma tentativa
de extorsão. A opinião pública paraense já percebeu que se trata de mais uma
manobra de Mário Tapiocouto para desviar a atenção da
sociedade.
Tapiocouto é famoso por caluniar pessoas. Eu mesma, enquanto governadora, fui vítima das diatribes deste senhor. Da tribuna do senado federal, via TV Senado, fui vítima de toda sorte de calúnias e preconceitos disparados por ele. Espero que agora, depois de caluniar um juiz, ele sofra alguma sanção.
Leia abaixo um breve histórico do dito senador, publicado no blog do vereador Marquinho do PT. Mais abaixo a defesa do magistrado.
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Designado pela ARENA para comandar uma escola de samba no Guamá, a fim de fazer frente à popularidade de Jader Barbalho no Jurunas, avaliada como fruto do sucesso do Rancho Não Posso Me Amofiná no carnaval paraense, Mário Couto foi tirado do cargo de tesoureiro do DNER(atual DNIT) e assumiu com impressionante familiaridade com o "figurino". Virou bicheiro; associou-se nacionalmente à contravenção penal com 'capos' como Luizinho Drummond e Aniz Abraão Davi, não por coincidência, atualmente presos; e depois mudou-se com armas e bagagens para o lado de Barbalho, quando este foi eleito para governar o estado novamente(1990), entrando na vida política e elegendo-se deputado estadual.
Depois, com a eleição de FHC à presidência da república e Almir Gabriel para o governo estadual virou tucano, reelegeu-se para mais três mandatos até eleger-se senador, em 2006, não sem antes presidir a ALEPA, período em que se originam os vários processos a que responde por desvio de recursos públicos e que resultaram na decretação da indisponibilidade de parte dos seus bens a fim de ressarcir o erário.
Atualmente, o senador tenta apagar incêndio jogando gasolina no fogo, ao montar uma cena em que acusa o juiz que decretou a indisponibilidade de seus bens de tentativa de extorsão. A (má)intenção clara e nem ao menos disfarçada é arranjar meios para que o TJE declare a suspeição do juiz e assim dar um alento à impunidade do senador.
O que se espera é que a Comissão de Ética do Senado federal manifeste-se a respeito do caso e cobre explicações do senador, não do passado que inegavelmente o condena, mas do presente que tenta ocultar pois sabe que é tão reprovável quanto o passado e nada indica que o futuro seja diferente, daí a necessidade de se extirpar da vida pública esse tipo de político.
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A AMEPA, Associação dos Magistrados do Estado do Pará, entidade de classe que representa a judicância estadual, por meio de seu presidente, vem prestar apoio e solidariedade ao associado ELDER LISBOA FERREIRA DA COSTA, Juiz Titular da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, REPUDIANDO as ofensas contra si assacadas, de forma irresponsável, pelo Senador da República Mario Couto, no Caderno Poder, edição de 18 de novembro de 2012, do Jornal O Liberal, p. 4 e 5:
O teor dos argumentos desfiados pelo representante da República, a quem se exige o mínimo de conhecimento legal, já se afigura de nítido caráter vingativo, natural de pessoas que sofrem imposições coercitivas de um Poder Judiciário que não se vincula a cargos ou interesses escusos, especialmente supondo-se inatingíveis por mandatos.
Na entrevista concedida pelo Senador Mario Couto o mesmo afirma ter sido procurado por terceira pessoa que se dizia mandatário do associado. Como paladino da moralidade e com veia de investigador, o acusador afirma, ainda, ter simulado aceitar a proposta de corrupção passiva apenas para deleite pessoal. Desejava ver no que desembocaria a atitude de um advogado.
Ora, repita-se: de um Senador da República exige-se o mínimo de domínio das normas de caráter repressivo: a veiculação não esclarece a data do contato, mas se presume tenha sido há algum tempo e o congressista em momento algum procurou qualquer autoridade – inclusive a policial do próprio bairro de sua residência – para rabiscar uma linha de que estaria sendo vítima de suposto crime.
Aliás, a simulação perpetrada pelo Senador, guardados os devidos entendimentos científicos judiciais, poderia caracterizar a figura do crime impossível, eis que incentivar alguém a perpetrar delito, fingindo-se interessado na ação, jamais permitiria que qualquer ato se concretizasse.
Aguardou, de forma estranha, a decisão judicial desfavorável para, somente depois de ofendido em seus bens, passar a defender a suspeição da autoridade judicial. Indaga-se: qual seria a postura do parlamentar se o magistrado não tivesse efetivada a decisão imparcial? Quedaria inerte como o fez até a presente data?
Pelo que se acompanha na imprensa, a defesa do nobre Senador, no Caso ALEPA, pauta-se em um alegado desconhecimento do que era feito por terceiros durante sua gestão, ainda que estes fossem seus subordinados. Alega não poder ser penalizado se terceiros usaram indevidamente seu bom nome.”Como poderia ser responsabilizado por desvios de condutas de que não tinha conhecimento?”, bradou em entrevista a uma rede de televisiva. Ora Senador, como vossa excelência quer que o magistrado seja responsabilizado por possíveis desvios de conduta praticados por terceiros, que ao contrario de seu caso, não guardam qualquer subordinação hierárquica com o magistrado? O juiz não poderia estar sendo vitima nos mesmos moldes alegados por Vossa Excelência? Ou será que o mandato que lhe foi conferido pelo povo lhe dá o direito de exclusividade ao principio da presunção de inocência?
A versão apresentada na reportagem é por demais absurda, surreal. Como merecer credibilidade uma conversa entre terceiros transacionando dividendos a outrem que sequer tem contato próximo com quaisquer dos interlocutores? Credo-se protegido pelo manto do mandato, o Senador Mario Couto cria um perigoso precedente de se admitir o achincalhe fabricado.
Somente por ilustração, o nobre congressista sempre foi acusado de subsidiar contravenção penal de jogo do bicho, mas tal nunca lhe impediu de alçar um dos mais respeitáveis assentos do regime democrático brasileiro. Não se pode tentar atingir a honra de quem quer que seja com castelos de areia, com suposições que jamais se sustentariam de forma real.
O magistrado Elder Lisboa tem reputação ilibada assegurada por sua conduta de décadas na magistratura paraense. Ademais, trilha um caminho singular como professor, mestre e doutorando em Universidades Européias, sem registrar qualquer arranhão na sua história funcional.
O que se espera de um representante parlamentar ao invés de questionar o julgador, é que ele viesse a público esclarecer a nuvem negra que paira sobre sua administração no Poder Legislativo Estadual. Como explicar que uma empresa de tapioca faturasse desde o cafezinho até passagens aéreas na ALEPA? Que estagiários fossem transformados em servidores de maneira fictícia? E que o dinheiro público fosse tratado com tamanho descaso?
Simplesmente atacar a judicância após uma decisão fundamentada que desafia toda gama de recursos, à exceção do esperneio na imprensa, mostra que a intenção do parlamentar não é de contribuir para o engrandecimento de instituições. Caracteriza clara tentativa de tumultuar a apuração para tentar escapar pela tangente.
Decisões judiciais não são passíveis de recurso em sede indevida, em vias transversas. Devem ser atacadas dentro das regras jurídicas materialmente válidas, no terreno adequado.
A certeza do dever cumprido, bem como uma escorreita atuação à frente do Caso ALEPA, permite que o associado ELDER LISBOA FERREIRA DA COSTA protocolize, na manhã desta segunda-feira, requerimento exigindo investigação rigorosa dos fatos pelo Ministério Público, pela Corregedoria, pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e pelo Conselho Nacional de Justiça. Na oportunidade, o associado atacado também colocará a disposição da investigação seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.
A Associação dos Magistrados do Pará, desse modo, REPUDIA o conteúdo das afirmações realizadas pelo Senador Márcio Couto, ressaltando que o magistrado não age de forma pessoal, mas no exercício da delegação social que lhe é dada pela Constituição Federal da República e, portanto, o respeito e adequação coletiva devem ser assegurados, sob pena da vigência da regra particular do cada um por si.
Mais uma vez, portanto, a AMEPA registra que permanece atenta aos acontecimentos envolvendo qualquer tentativa – ainda em tese – de ofensa às garantias da magistratura, acompanhando o desenrolar dos fatos que possam interferir na atividade de nossos associados.
Belém, 18 de novembro de 2012
Tapiocouto é famoso por caluniar pessoas. Eu mesma, enquanto governadora, fui vítima das diatribes deste senhor. Da tribuna do senado federal, via TV Senado, fui vítima de toda sorte de calúnias e preconceitos disparados por ele. Espero que agora, depois de caluniar um juiz, ele sofra alguma sanção.
Leia abaixo um breve histórico do dito senador, publicado no blog do vereador Marquinho do PT. Mais abaixo a defesa do magistrado.
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Designado pela ARENA para comandar uma escola de samba no Guamá, a fim de fazer frente à popularidade de Jader Barbalho no Jurunas, avaliada como fruto do sucesso do Rancho Não Posso Me Amofiná no carnaval paraense, Mário Couto foi tirado do cargo de tesoureiro do DNER(atual DNIT) e assumiu com impressionante familiaridade com o "figurino". Virou bicheiro; associou-se nacionalmente à contravenção penal com 'capos' como Luizinho Drummond e Aniz Abraão Davi, não por coincidência, atualmente presos; e depois mudou-se com armas e bagagens para o lado de Barbalho, quando este foi eleito para governar o estado novamente(1990), entrando na vida política e elegendo-se deputado estadual.
Depois, com a eleição de FHC à presidência da república e Almir Gabriel para o governo estadual virou tucano, reelegeu-se para mais três mandatos até eleger-se senador, em 2006, não sem antes presidir a ALEPA, período em que se originam os vários processos a que responde por desvio de recursos públicos e que resultaram na decretação da indisponibilidade de parte dos seus bens a fim de ressarcir o erário.
Atualmente, o senador tenta apagar incêndio jogando gasolina no fogo, ao montar uma cena em que acusa o juiz que decretou a indisponibilidade de seus bens de tentativa de extorsão. A (má)intenção clara e nem ao menos disfarçada é arranjar meios para que o TJE declare a suspeição do juiz e assim dar um alento à impunidade do senador.
O que se espera é que a Comissão de Ética do Senado federal manifeste-se a respeito do caso e cobre explicações do senador, não do passado que inegavelmente o condena, mas do presente que tenta ocultar pois sabe que é tão reprovável quanto o passado e nada indica que o futuro seja diferente, daí a necessidade de se extirpar da vida pública esse tipo de político.
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A AMEPA, Associação dos Magistrados do Estado do Pará, entidade de classe que representa a judicância estadual, por meio de seu presidente, vem prestar apoio e solidariedade ao associado ELDER LISBOA FERREIRA DA COSTA, Juiz Titular da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, REPUDIANDO as ofensas contra si assacadas, de forma irresponsável, pelo Senador da República Mario Couto, no Caderno Poder, edição de 18 de novembro de 2012, do Jornal O Liberal, p. 4 e 5:
O teor dos argumentos desfiados pelo representante da República, a quem se exige o mínimo de conhecimento legal, já se afigura de nítido caráter vingativo, natural de pessoas que sofrem imposições coercitivas de um Poder Judiciário que não se vincula a cargos ou interesses escusos, especialmente supondo-se inatingíveis por mandatos.
Na entrevista concedida pelo Senador Mario Couto o mesmo afirma ter sido procurado por terceira pessoa que se dizia mandatário do associado. Como paladino da moralidade e com veia de investigador, o acusador afirma, ainda, ter simulado aceitar a proposta de corrupção passiva apenas para deleite pessoal. Desejava ver no que desembocaria a atitude de um advogado.
Ora, repita-se: de um Senador da República exige-se o mínimo de domínio das normas de caráter repressivo: a veiculação não esclarece a data do contato, mas se presume tenha sido há algum tempo e o congressista em momento algum procurou qualquer autoridade – inclusive a policial do próprio bairro de sua residência – para rabiscar uma linha de que estaria sendo vítima de suposto crime.
Aliás, a simulação perpetrada pelo Senador, guardados os devidos entendimentos científicos judiciais, poderia caracterizar a figura do crime impossível, eis que incentivar alguém a perpetrar delito, fingindo-se interessado na ação, jamais permitiria que qualquer ato se concretizasse.
Aguardou, de forma estranha, a decisão judicial desfavorável para, somente depois de ofendido em seus bens, passar a defender a suspeição da autoridade judicial. Indaga-se: qual seria a postura do parlamentar se o magistrado não tivesse efetivada a decisão imparcial? Quedaria inerte como o fez até a presente data?
Pelo que se acompanha na imprensa, a defesa do nobre Senador, no Caso ALEPA, pauta-se em um alegado desconhecimento do que era feito por terceiros durante sua gestão, ainda que estes fossem seus subordinados. Alega não poder ser penalizado se terceiros usaram indevidamente seu bom nome.”Como poderia ser responsabilizado por desvios de condutas de que não tinha conhecimento?”, bradou em entrevista a uma rede de televisiva. Ora Senador, como vossa excelência quer que o magistrado seja responsabilizado por possíveis desvios de conduta praticados por terceiros, que ao contrario de seu caso, não guardam qualquer subordinação hierárquica com o magistrado? O juiz não poderia estar sendo vitima nos mesmos moldes alegados por Vossa Excelência? Ou será que o mandato que lhe foi conferido pelo povo lhe dá o direito de exclusividade ao principio da presunção de inocência?
A versão apresentada na reportagem é por demais absurda, surreal. Como merecer credibilidade uma conversa entre terceiros transacionando dividendos a outrem que sequer tem contato próximo com quaisquer dos interlocutores? Credo-se protegido pelo manto do mandato, o Senador Mario Couto cria um perigoso precedente de se admitir o achincalhe fabricado.
Somente por ilustração, o nobre congressista sempre foi acusado de subsidiar contravenção penal de jogo do bicho, mas tal nunca lhe impediu de alçar um dos mais respeitáveis assentos do regime democrático brasileiro. Não se pode tentar atingir a honra de quem quer que seja com castelos de areia, com suposições que jamais se sustentariam de forma real.
O magistrado Elder Lisboa tem reputação ilibada assegurada por sua conduta de décadas na magistratura paraense. Ademais, trilha um caminho singular como professor, mestre e doutorando em Universidades Européias, sem registrar qualquer arranhão na sua história funcional.
O que se espera de um representante parlamentar ao invés de questionar o julgador, é que ele viesse a público esclarecer a nuvem negra que paira sobre sua administração no Poder Legislativo Estadual. Como explicar que uma empresa de tapioca faturasse desde o cafezinho até passagens aéreas na ALEPA? Que estagiários fossem transformados em servidores de maneira fictícia? E que o dinheiro público fosse tratado com tamanho descaso?
Simplesmente atacar a judicância após uma decisão fundamentada que desafia toda gama de recursos, à exceção do esperneio na imprensa, mostra que a intenção do parlamentar não é de contribuir para o engrandecimento de instituições. Caracteriza clara tentativa de tumultuar a apuração para tentar escapar pela tangente.
Decisões judiciais não são passíveis de recurso em sede indevida, em vias transversas. Devem ser atacadas dentro das regras jurídicas materialmente válidas, no terreno adequado.
A certeza do dever cumprido, bem como uma escorreita atuação à frente do Caso ALEPA, permite que o associado ELDER LISBOA FERREIRA DA COSTA protocolize, na manhã desta segunda-feira, requerimento exigindo investigação rigorosa dos fatos pelo Ministério Público, pela Corregedoria, pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e pelo Conselho Nacional de Justiça. Na oportunidade, o associado atacado também colocará a disposição da investigação seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.
A Associação dos Magistrados do Pará, desse modo, REPUDIA o conteúdo das afirmações realizadas pelo Senador Márcio Couto, ressaltando que o magistrado não age de forma pessoal, mas no exercício da delegação social que lhe é dada pela Constituição Federal da República e, portanto, o respeito e adequação coletiva devem ser assegurados, sob pena da vigência da regra particular do cada um por si.
Mais uma vez, portanto, a AMEPA registra que permanece atenta aos acontecimentos envolvendo qualquer tentativa – ainda em tese – de ofensa às garantias da magistratura, acompanhando o desenrolar dos fatos que possam interferir na atividade de nossos associados.
Belém, 18 de novembro de 2012
Comissão da CSP-Conlutas vai a Belo Monte defender a libertação de operários presos em conflito trabalhista
Atnágoras Lopes |
Uma
comissão de representantes da CSP-Conlutas vai a Altamira visitar e
defender a libertação dos operários presos no conflito trabalhista
ocorrido no canteiro das obras da Usina de Belo Monte. A comissão chega a
Altamira nessa terça-feira, 20, com uma formação de pelo menos dois
sindicalistas, uma advogada e o vereador eleito pelo PSTU em Belém,
Cléber Rabelo.
Segundo
o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, o
motivo da visita é “colocar a central na defesa da libertação dos
operários presos, apoiar a luta e as reivindicações dos trabalhadores e
denunciar a criminalização dos movimentos sociais que se intensifica,
também, nas obras do PAC”.
Em
plena data-base e sem informações sobre o andamento das negociações, os
trabalhadores iniciaram uma revolta que começou na sexta-feira, 9 de
novembro, e teve como consequência quatro galpões de materiais elétricos
destruídos. Segundo os operários dos canteiros de obras de Altamira, a
imprensa tentou abafar o ocorrido e apenas em uma radio local, pela
madrugada, o episódio foi divulgado.
A
explosão da greve começou quando o sindicato (SINTEPAV-PA) visitou, no
sábado, 10 de novembro, o canteiro de “Belo Monte” e “Canais” defendendo
como “justa” a proposta do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), que
oferecia um reajuste de 11% para a primeira faixa salarial, 6% para
segunda e 4% para as últimas. Um clima de insatisfação tomou conta dos
operários e quando o sindicato chegou ao “Pimental”, os operários já
sabiam da proposta e revoltaram-se frente à postura da entidade.
A
proposta apresentada pelo CCBM, defendida pelo sindicato, também não
atendia a reivindicação referente à “baixada” (folga para visitar as
famílias). Os operários querem uma folga a cada 90 dias de trabalho e de
não de seis meses como foi oferecido.
Segundo
notícias divulgadas na imprensa, tão logo o SINTEPAV-PA chegou ao
“Sitio Pimental” defendendo a proposta, os operários se revoltaram e uma
sequência de atos violentos foram desencadeados durante o conflito.
Cinco operários foram presos.
Conforme
publicou a Agência Brasil, a Superintendência da Polícia Civil de
Altamira trabalha com a hipótese de que os cinco operários presos são
ligados à “CSP-Conlutas” – mas não há provas de que a Central premeditou
a ação. O membro da CSP-Conlutas Atnágoras afirma que os operários não
tem ligação com a entidade sindical, mas diante da prisão a Central
lutará pela libertação desses trabalhadores.
“Não
podemos aceitar que todas as vezes que os operários se mobilizam por
melhores condições de trabalho e de salários, ao final, só sobre para a
gente, a criminalização do movimento. É prisão, é demissão, é tropa da
Polícia Militar, da Força Nacional de Segurança. Chega! Essa é uma
questão trabalhista, estamos ao lado da luta desses operários, por isso
vamos à Altamira, não vamos nos esconder”, afirma o dirigente da
CSP-Conlutas.
A
Central vai exigir do governo Dilma Rousseff que intervenha e assuma
sua responsabilidade diante desse caos que se impõe a vida de quem
trabalha nessas grandes obras.
O
vereador eleito em Belém Cléber Rabelo, operário da construção civil,
disse os cinco trabalhadores foram presos pela Polícia Militar a mando
dos empreiteiros. “Também há denúncias, ainda não confirmadas
oficialmente, de que tem ocorrido mortes em função das péssimas
condições de segurança no trabalho desde o início das obras”, disse.
Rabelo
diz que os trabalhadores de Belo Monte não são vândalos e estão lutando
por direitos. “Esses operários são seres humanos corajosos, que mesmo
com a traição e a falta de democracia de sua entidade sindical, são
capazes de se organizar para lutar e paralisar um monstro que está
acabando com suas vidas, mesmo contra a vontade de sua representação
sindical”, conclui.
Todo apoio à luta dos operários de Belo Monte;
Não à criminalização dos movimentos social;
Liberdade aos operários presos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Quem serão os Secretários de Pioneiro?
Até agora um boato aqui outro ali, mas, ainda não saiu nenhum
nome de secretário da Gestão Pioneiro. Uns dizem que a Sesan fica com o
vereador Elias Barreto, ou alguém que ele indicar, a Cultura para o PSB, a Casa
Da Juventude para um Jovem Petista de Belém e a Saúde para o Dr. Jaleco, e por ai vai os
boatos. A certeza é que Pioneiro vai ter dificuldade de formar um time de 1ª divisão, com a vitória do PSDB em Belém,
Santarém, e com o governo do Estado, os
melhores quadros políticos e técnicos não estarão disponíveis. No seu velho
estilo populista e do bilhetinho, Pioneiro
deve concentrar a administração na sua mão e na do competente Dr. Godinho.
domingo, 18 de novembro de 2012
Aos 2 anos, filho de militantes foi preso e classificado como 'subversivo' pela ditadura
|
Via Folha de São Paulo por PATRÍCIA BRITTO
Nasci em fevereiro de 1968, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Minha mãe, Jovelina Tonello, trabalhava na prefeitura de Osasco e foi demitida durante a licença maternidade por causa da militância do meu pai.
Ele, Manoel Dias do Nascimento, era líder sindical. Em 1968, teve a prisão decretada e entrou na clandestinidade.
Editoria de arte/Folhapress |
Meu pai já era do Partido Comunista Brasileiro, e virou um dos fundadores da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), liderada pelo Carlos Lamarca.
Quando meu pai decide ir para a luta armada, minha avó resolve ir também. Ela fica com o Lamarca no vale do Ribeira, no sul do Estado, com três filhos adotivos para simular uma família normal na casa, que chamavam de "aparelho". Ela também ajudava o movimento costurando roupas para os militantes.
Meu pai fica organizando a guerrilha na capital. No dia 19 de maio de 1970, ele foi preso, quando estava no "ponto" para passar informações aos companheiros. Eu fui preso com minha mãe mais tarde, no mesmo dia, em nossa casa na Vila Formosa.
A gente vai para a Operação Bandeirantes, depois para o Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e para a ala feminina do presídio Tiradentes. Eu só tinha dois anos de idade, mas já tinha carteirinha de subversivo.
Eu vi meus pais serem torturados e sei que também apanhei. Fui usado para ameaçarem meu pai. Isso está registrado em depoimentos.
Não tenho lembranças, só traumas. Meus pais não conversam sobre isso. Só soube dos detalhes quando voltei ao Brasil, em 1986.
Minha mãe foi várias vezes na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo buscar documentos.
Nesse vai e volta, apareceu minha ficha num álbum do Dops de "terroristas e subversivos". Tem uma foto minha, aos dois anos, e está escrito que sou "subversivo".
Minha avó também tinha sido presa. Meus irmãos de criação, que estavam com ela, foram para o juizado de menores. Não sei por que eu não fiquei com eles. É isso que eu quero saber, o que se passou nesses 28 dias de escuridão na minha vida.
Saí da prisão com a minha vó. Ela estava na lista dos 40 presos políticos libertados em troca do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, que tinha sido sequestrado.
Nós saímos no mesmo resgate em que foram libertados o Fernando Gabeira, o Carlos Minc e outros companheiros, em 16 de junho de 1970.
Tiramos uma fotografia antes de embarcar para o exílio na Argélia. Eu e meus irmãos somos essas crianças que estão na foto. Não tenho nenhuma lembrança desse dia.
Ficamos um mês na Argélia e no dia 27 de julho de 1970 chegamos em Cuba. O objetivo era chegar no dia anterior, em comemoração ao aniversário da revolução cubana, mas por causa do mal tempo, partimos no dia seguinte.
Meus pais ainda ficaram presos aqui. Eles só foram resgatados no sequestro do embaixador suíço Giovanni Bücher, e foram para o exílio no Chile, junto com o frei Betto e o frei Tito.
Minha primeira lembrança é aos quatro anos de idade, quando eu morava em Cuba. Eu tinha muito medo de policiais, e minha tia Damaris, que morou com a gente no exílio, deu um brinquedo para um policial me entregar. Ele me deu um carrinho de corrida, brincou comigo, me botou em cima de uma motocicleta, e eu adorei. Quando ele foi embora, eu vi que era um policial. Essa é a minha primeira memória.
Só voltei para o Brasil definitivamente em janeiro de 1986. "Yo soy cubano, yo no soy brasileño" [eu sou cubano, eu não sou brasileiro]. A mim foi negada toda minha cultura, meus direitos civis.
Hoje os meus quatro filhos estudam essa história e veem a minha foto nos livros. Só que não fui só eu. Foram centenas de crianças que passaram coisas parecidas, dentro e fora dos cárceres.
Eu quero que levantem todas essas questões. Nós temos muitas crianças --que nem são mais crianças, alguns já estão na idade de se aposentar-- que viveram essa escuridão.
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
IMORALIDADE DO BLOQUEIO A CUBA ESCANCARADA MAIS UMA VEZ (notas latino-americanas)
Por Jadson Oliveira, do blog Evidentemente direto de Havana
Chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, na tribuna das Nações Unidas: bloqueio é ato de genocídio contra o povo cubano (Foto: Internet) |
De
Havana (Cuba) – Foi o 21º. ano consecutivo e sempre com
placar esmagador. Nesta quarta-feira, dia 13, com 188 votos contra três, a
Assembleia Geral da ONU condenou o bloqueio econômico, comercial e financeiro
mantido há 50 anos pelo império dos Estados Unidos contra Cuba. Dos 193 países
membros das Nações Unidas, votaram pela manutenção do bloqueio apenas os
Estados Unidos, Israel e Palau e dois se abstiveram (Micronésia e Ilhas
Marshall).
Mais uma vez a poderosa nação imperialista ficou isolada
internacionalmente, deixando patente o anacronismo e a imoralidade da
retaliação contra a ilha, cujo governo e povo insistem em preservar sua
soberania e seu sistema socialista. Em discurso no plenário da ONU, o chanceler
Bruno Rodríguez Parrilla classificou o bloqueio de ato de genocídio contra o
povo cubano e disse que “não existe nenhum motivo legítimo ou moral para
manter” a medida, que está ancorada na Guerra Fria, atribuindo-a “à arma de uma
minoria cada vez mais exígua, isolada, violenta e soberba que lucra
eleitoralmente com ela”.
Venezuela
no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Apesar das repetidas calúnias divulgadas pelos monopólios
da mídia hegemônica contra o governo de Hugo Chávez, inclusive na área de
direitos humanos, o país da Revolução Bolivariana acaba de ser eleito pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, em votação direta e secreta, um dos 18
membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU. O mandato é de três anos: de
1º. de janeiro/2013 a 31 de dezembro/2015. Desde que foi criado, em 2006, é a
primeira vez que a Venezuela compõe tal organismo. Brasil e Argentina também
foram eleitos na representação da América Latina e Caribe.
Esquerda
paraguaia já tem candidato a presidente
Depois de ter seu presidente, Fernando Lugo, derrubado
por um golpe de Estado em junho último, a esquerda paraguaia dá a partida para
nova campanha pela presidência, cuja eleição será em abril/2013. Seu candidato
é Aníbal Carrillo, médico, com ampla trajetória de militância estudantil e
política. Foi da esquerda do Partido Febrerista e depois fundador do Partido
Tekojoja (Igualdade na língua guarani). Ele representa a Frente Guasú, uma
coalizão de partidos e movimentos sociais do Paraguai, que atualmente é
presidida por Lugo.
Chávez
a Obama: esqueça essa coisa de invadir povos e desestabilizar países
O venezuelano Hugo Chávez sabe que o presidente dos
Estados Unidos tem que seguir uma certa lógica cruel do império, mas não perde
a oportunidade de dar uma estocada: com a reeleição de Barack Obama, aproveitou
para sugerir a ele que esqueça essa coisa de invadir povos e desestabilizar
países (seu país é um dos sob constante ameaça de desestabilização). Durante
uma reunião do Conselho de Ministros, no Palácio Miraflores (sede do governo em
Caracas), transmitida por uma das emissoras estatais de TV, pediu a Obama que
reflita sobre o assunto e se dedique a governar seu país, o qual – avaliou –
tem problemas sociais e econômicos graves e uma pobreza que cresce a cada dia.
Durante a campanha eleitoral estadunidense Chávez havia
declarado que seu candidato era Obama. Ele sabe que os presidentes democratas
são maus, mas os republicanos conseguem ser piores.
Conforto
de Fujimori na prisão pode dificultar indulto
A família do ex-presidente peruano Alberto Fujimori está
lutando por um indulto para o ilustre prisioneiro, condenado em 2009 por
violação dos direitos humanos a 25 anos de cadeia. Ele tem 74 anos e está
doente. O pedido se sustenta no suposto agravamento das condições de saúde em
virtude de estar preso. Acontece, porém, que dois jornais do país publicaram
fotos do “apartamento” exclusivo usado por Fujimori, evidenciando que desfruta
de invejável conforto: amplo dormitório com cama clínica, sala de refeições bem
equipada, cozinha com geladeira e forno microondas, uma área para televisão,
uma sala de pintura, provisões e outras comodidades.
Especialistas do setor jurídico avaliam que, diante das
tais fotos, torna-se muito difícil se justificar a concessão do indulto.
(Com
base no noticiário do jornal estatal cubano Granma e da Agência Prensa Latina)
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