segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A todos que batem ponto aqui no Blog. Obrigado e Feliz 2013!


Última maldade: Duciomar demite 1500 garis aprovados em concurso da Prefeitura

 
Via Blog dos concursados
 
Foram encerrados, na última sexta-feira, dia 29 de dezembro, os contratos dos 1.500 agentes de serviços urbanos, aprovados no Processo Seletivo promovido este ano pela Prefeitura Municipal de Belém.
As demissões, alegadas como devidas a mudança de governo, é, para a Associação dos Concursados do Pará, a última maldade do prefeito Duciomar Costa, que se despede do cargo, após oito longos anos de incompetência na gestão municipal, em especial na área do Saneamento.
Nesta quarta-feira, dia 2 de janeiro, às 9 horas da manhã, os servidores demitidos farão um ato de protesto em frente à Secretaria Municipal de Sanemaento - Sesan, quando também tentarão uma audiência com o novo secretário, Luiz Otávio Pereira.
O Processo Seletivo 001/2011, que selecionou 1.500 garis para a Prefeitura Municipal de Belém, foi realizado no dia 12 de fevereiro de 2012. Na ocasião do resultado, apenas um grupo de aprovados foi admitido, pois não houve divulgação adequada, nem prazo suficiente para que todos os aprovados entregassem seus documentos admissionais, gerando uma série de protestos por parte dos concursados.
Caso a solução não se dê pelas vias administrativas, a Asconpa ingressará com ação civil contra a PMB, para que todos os aprovados tenham seus direitos preservados.

Em 2060, mais uma chance de acontecer o fim do mundo




Não estou polemizando, essa data foi interpretada por como sendo uma grande profecia apocalíptica. A obra de “Observations upon the prophecies of Daniel and the Apocalypse of St. John”, 1733.

Mais conhecido por seus avanços no pensamento científico Sir Isaac Newton também foi grande em sua profecia apocalíptica. Documentos em grande parte desconhecidos e inéditos, evidentemente escritos por Isaac Newton, indicam que ele acreditava que o mundo poderia acabar em 2060.

Mas, calminha aí!


Antes de sair de tanga, jogando dinheiro para alto e beijando todo o mundo, segundo o wikipedia, apesar da natureza dramática de uma previsão do , Newton não pode estar se referindo à data 2060 como um ato destrutivo resultando na aniquilação da Terra e seus habitantes, mas sim que o mundo será substituído por uma nova ordem com base em uma transição para uma era de paz divinamente inspirada.

Ufa!




Algumas leituras de Newton para a profecia bíblica e a data de 2060  podem ser encontradas site isaac-newton.org

sábado, 29 de dezembro de 2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Colégio Castanheira

 
Professor Ulisses*

Sejam Bem-vindos ao Colégio que acredita que o desenvolvimento humano só se dá efetivamente mediante a educação. Deixe o sentimento de renovação e organização entrar na sua vida para juntos construirmos, de mãos dadas, um futuro muito melhor, por meio de uma visão educacional real, criativa e inovadora.

O Colégio Castanheira, somado ao Sistema de Ensino GEO, principal rede de ensino do norte e nordeste de nosso país, inova seus serviços e produtos no intuito de levar até você o que há de mais novo na educação, atendendo, assim, suas necessidades para tornar as aulas mais atrativas e dinâmicas, facilitando desta forma o aprendizado dos alunos.

O Colégio Castanheira conta com a credibilidade e a força em educação do grupo abril, a qualidade das editoras Ática e Scipione, o apoio pedagógico personalizado por uma equipe pedagógica preparada, a inovação pedagógica e administrativa, a maior percepção da qualidade pedagógica pelos clientes e o atendimento logístico personalizado.

A proposta pedagógica do Colégio Castanheira abrange os seguintes eixos: aprendizagem significativa, contextualização dos conteúdos, inter-relação da teoria e prática, interdisciplinaridade, competência leitora, postura crítica e reflexiva e desenvolvimento de competências e habilidade.

Professor Ulisses Vasconcelos, Diretor do Colégio Castanheira

BLOGUEIRA CUBANA MINIMIZA AS TENTATIVAS DE INGERÊNCIA DOS EUA

Via Blog Evidentemente do Jornalista Jadson Oliveira


Yoani Sánchez
Entrevista com Yoani Sánchez, por Salim Lamrani, jornalista francês: “Luis Posadas Carriles, a lei de Ajuste Cubano e a emigração” – Parte 9 (final)

(A entrevista é bem longa: esta é a última das nove partes em que está dividida. Peguei no blog Fazendo Media: a média que a mídia faz. O título acima é deste blog)

Salim Lamrani – O que acha de Luis Posada Carriles, ex-agente da CIA responsável por numerosos crimes em Cuba e a quem os Estados Unidos recusam-se a julgar?

Yoani Sánchez – É um tema político que não interessa às pessoas. É uma cortina de fumaça.

SL – Interessa, pelo menos, aos parentes das vítimas. Qual é seu ponto de vista a respeito?

YS – Não gosto de ações violentas.

SL – Condena seus atos terroristas?

YS – Condeno todo ato de terrorismo, inclusive os cometidos atualmente no Iraque por uma suposta resistência iraquiana que mata os iraquianos.

SL – Quem mata os iraquianos? Os ataques da resistência ou os bombardeios dos Estados Unidos?

YS – Não sei.

SL – Uma palavra sobre a lei de Ajuste Cubano, que determina que todo cubano que emigra legal ou ilegalmente para os Estados Unidos obtém automaticamente o status de residente permanente.

YS – É uma vantagem que os demais países não têm. Mas o fato de os cubanos emigrarem para os Estados Unidos deve-se à situação difícil aqui.

SL – Além disso, os Estados Unidos são o país mais rico do mundo. Muitos europeus também emigram para lá. A senhora reconhece que a lei de Ajuste Cubano é uma formidável ferramenta de incitação à emigração legal e ilegal?

YS – É, efetivamente, um fator de incitação.

SL – A senhora não vê isso como uma ferramenta para desestabilizar a sociedade e o governo?

YS – Neste caso, também podemos dizer que a concessão da cidadania espanhola aos descendentes de espanhóis nascidos em Cuba é um fator de desestabilização.

SL – Não tem nada a ver, pois existem razões históricas e, além disso, a Espanha aplica esta lei a todos os países da América Latina e não só a Cuba, enquanto a lei de Ajuste Cubano é única no mundo.

YS – Mas existem fortes relações. Joga-se beisebol em Cuba como nos Estados Unidos.
Salim Lamrani
SL – Na República Dominicana também, mas não existe uma lei de ajuste dominicano. Leia mais..

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Secretários de Pioneiro

 
Alguns nomes que vazaram para o Blog, da equipe de Secretários de Pioneiro:
 
Secretaria  de Saneamento, Coronel Osmar da PM, amigo de Pioneiro
 
Secretaria de Meio ambiente, Vereador Rui Begot
 
Semutran (Demutran)  Talvez o suplente de Vereador Sorriso
 
Secretaria de Cultura, Alexandre Gomes presidente do PSB
 
Presidente da Câmara de  de Vereadores de Ananindeua, Pioneiro vai indicar.
 
A conferir...

Pedrinho Cavalléro e Zé Renato - COMO TEM ZÉ NA PARAIBA

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Morre Dona Canô, aos 105 anos a Matriarca de Santo Amaro (BA)

 


Dona Canô comemora 105 anos neste domingo (16). (Foto: Egi Santana/G1)

Dona Canô comemorou 105 anos no mês de setembro de 2012 (Foto: Egi Santana/G1)
Claudionor Viana Teles Veloso, mais conhecida como Dona Canô, morreu aos 105 anos, nesta terça-feira (25), em sua casa, localizada na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, afirmou o filho Rodrigo Veloso ao G1 às 9h20 (10h20 no horário de Brasília). Dona Canô passou a noite de Natal em casa, com os filhos.
Segundo a família, o velório será realizado até as 18h desta terça-feira, em casa, com acesso apenas dos parentes. Depois disso, o corpo de Dona Canô será levado para o Memorial Caetano Veloso, na Praça da Purificação, onde os moradores poderão se despedir da matriarca. O sepultamento está marcado para 10h de quarta-feira (26), no cemitério de Santo Amaro. Antes, a família vai realizar uma missa de corpo presente na Matriz da Purificação.
Dona Canô esteve internada por seis dias, recebendo alta do Hospital São Rafael, em Salvador, na sexta-feira (21). Ela tinha sofrido um ataque isquêmico cerebral, que gera redução do fluxo de sangue nas artérias do cérebro, segundo informou o boletim médico.
saiba mais
De acordo com informações de Edson Nascimento, amigo da família, Dona Canô pediu um vestido novo e branco para deixar o hospital. Foi com ele que ela foi vestida para a casa, acompanhada da filha Mabel. Maria Bethânia acompanhou a transferência da mãe em outro carro.
A matriarca teve oito filhos, entre eles os cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia. Em outubro de 2011, Dona Canô perdeu a filha adotiva Eunice Veloso, aos 83 anos, que morreu com insuficiência respiratória. O filho famoso, o compositor Caetano, completou 70 anos em agosto deste ano. Em dezembro, a matriarca da família assistiu ao show da nova turnê da filha Maria Bethânia, no Teatro Castro Alves.
No dia 16 de setembro de 2012, Dona Canô completou 105 anos e, como tradicionalmente fazia, reuniu amigos e a família em missa e comemoração em casa, na cidade de Santo Amaro. Estiveram na festa os filhos Caetano Veloso e Maria Bethânia e a amiga Regina Casé. Quem celebrou a missa foi o padre Reginaldo Manzotti.
Saúde
Segundo a família, Dona Canô nunca apresentou problemas graves de saúde. Em 5 de novembro deste ano, ela foi internada no Hospital São Rafael, após apresentar sintomas de gripe com febre. Ela permaneceu internada até o dia 9, quando recebeu alta.
Já em 2011, Dona Canô foi hospitalizada no dia 7 de julho com dores abdominais e falta de ar. Em julho de 2007, ela ficou sete dias internada no Hospital São Rafael por causa de problemas respiratórios. Na ocasião, ela foi encaminhada de helicóptero do município de Santo Amaro até Salvador. No dia 2 de agosto ela voltou a ser hospitalizada por dores na coluna.
Biografia
Nascida em 16 de setembro de 1907, Claudionor Viana Teles Veloso construiu sua história no Recôncavo Baiano, no município de Santo Amaro da Purificação. Os filhos biológicos são Clara, Roberto, Caetano, Bethânia, Rodrigo e Mabel. Dona Canô adotou as filhas Irene e Nicinha. Era viúva de “Seu Zeca”, que morreu em 1983, com 82 anos.
Conhecida por sua personalidade forte e receptividade, Dona Canô participava sempre da tradicional Festa de Reis em Santo Amaro, que reune milhares de pessoas em toda região. A celebração de seus aniversários também se tornou um marco, atraindo muitas pessoas para a festa.
Dona Canô sempre aparecia vestida toda de branco em seus aniversários. Quando completou o centenário, a missa foi celebrada pelo então arcebispo primaz do Brasil, cardeal Dom Geraldo Majella. De Dom Geraldo, Dona Canô recebeu a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.
Depois das comemorações em Santo Amaro, Dona Canô foi para um hotel festejar os 100 anos. Ela foi recebida pela família e pelos amigos mais próximos. O então ministro da Cultura, Gilberto Gil, entregou à Dona Canô uma carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em julho de 2011, Lula visitou pessoalmente Dona Canô em Santo Amaro.
Atrás da aparência frágil, com um corpo miúdo e fala mansa, Dona Canô escondia a longevidade de poucos e a saúde considerada “de ferro”. Ela repetiu em diversas oportunidades que era dona de uma fama que sempre disse não entender o motivo, referindo-se ao intenso interesse da imprensa sobre ela e sua vida em Santo Amaro da Purificação.
Autêntica e mãe de dois grandes nomes da Música Popular Brasileira, Dona Canô se tornou um símbolo não só de Santo Amaro, como do Recôncavo Baiano. Sempre lutou para melhorar a cidade e acolheu os moradores como uma mãe.
O sobrado de número 179, no centro de Santo Amaro, se tornou um dos pontos turísticos do município. A casa onde residiu Dona Canô e a família Veloso sempre esteve com as portas abertas para baianos e turistas.
No casarão antigo, as paredes são cobertas de fotografias e histórias dela e de toda família. Fotografias com o ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-senador Antônio Carlos Magalhães ganham destaque na parede da sala.
Nas entrevistas que dava para a imprensa, Dona Canô costumava destacar a felicidade que sentia ao poder ter vivido o suficiente para acompanhar o crescimento dos filhos e netos, tendo até conhecido os bisnetos. Sua lucidez a acompanhou até os últimos dias de vida.
Ativa, era sempre Dona Canô quem cuidava das contas de casa e decidia o cardápio na cozinha. Também sempre foi muito conhecida pela vaidade. Foi uma mulher marcada pela religiosidade. Em casa, guardava há anos várias imagens religiosas. A maioria foi dada por amigos e até por desconhecidos. Foi com a ajuda da matriarca que a festa de Nossa Senhora da Purificação transformou-se em um evento famoso na Bahia.
Uma das principais comemorações de aniversário foram os 100 anos de Dona Canô em 2007. O dia foi de flores, presentes e visitas de amigos e dos filhos. Na igreja de Nossa Senhora da Purificação, foi realizada uma missa em homenagem à matriarca. A imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi levada de São Paulo especialmente para a ocasião. A matriarca dos Veloso ficou pouco tempo na igreja, porque se emocionoubastante. Maria Bethânia cantou "Romaria" em homenagem à mãe e assim que terminou a música, abraçou Dona Canô.
Sobre a história construída nos 105 anos de vida em Santo Amaro, Dona Canô disse em entrevista este ano que não conseguia esquecer de quando passeava com os amigos nas usinas de açúcar da cidade. “A cidade cresceu, as coisas ficaram longe, os bondes eram importantes”, contou ao G1 no mês de setembro.
Homenagens
Cantada por Daniela Mercury, a composição de Caetano Veloso que leva no título o nome da mãe "Dona Canô" descreve a relação que a matriarca tinha com seus familiares e amigos.
A vida de Dona Canô também inspirou o historiador Antônio Guerreiro de Freitas, que publicou em 2009 a biografia "Canô Velloso, lembranças do saber viver", escrita também por Arthur Assis Gonçalves da Silva, que faleceu antes do término da obra.
Dona Canô também está no nome do teatro fundado há nove anos em Santo Amaro com a sua contribuição. A filha Mabel Velloso lançou o livro “O Sal é o Dom – Receita de Mãe Canô” reunindo receitas feitas pela mãe.
 
Título do Blog Ananindeuadebates

'Marighella', o livro



Por implacavel
Do Último Segundo

Livro do jornalista Mário Magalhães revela que guerrilheiro estava desarmado quando foi morto pelo Dops, em 69. Biografia revela doações de artistas como Miró e Godard e “mensalinho” pago por Adhemar de Barros ao comunista
Dops-RJ / Divulgação biografia Marighella
Marighella mostra a jornalistas ferimento a bala em prisão no cinema, em 1964
O jornal francês “Le Monde” o chamava de “mulato hercúleo”, a revista Time fantasiou olhos verdes – eram castanhos –, a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) o descreveu em relatórios como “sucessor de Guevara” e inspirador de movimentos revolucionários na América Latina. Deputado da constituinte de 1946, cassado quando o partido foi declarado ilegal, o baiano Carlos Marighella aderiu à luta armada durante a ditadura militar, instituída em 1964.
Fundou e comandou a maior organização do gênero, a ALN (Ação Libertadora Nacional), e passou a “inimigo público número 1”, nas palavras do ministro da Justiça, Gama e Silva. Marighella viveu e sofreu quatro das décadas mais intensas da política nacional.
Desarmado, sem seguranças e de peruca, sua vida acabou com quatro tiros, em novembro de 1969, ao tentar alcançar o veneno que levava na pasta, em um “ponto” da ALN, na Alameda Casa Branca, em São Paulo. Organizada pelo temido delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) paulista Sérgio Paranhos Fleury, que lhe deu voz de prisão antes da fuzilaria, a operação tinha mais de 30 policiais. “Matamos Carlos Marighella”, contou uma agente à mãe, por telefone.
Figura notória na ditadura, quando estampou duas capas da revista Veja, Marighella passou a um nome esquecido da História brasileira, quase ausente nos livros escolares e desconhecido da juventude. O jornalista Mário Magalhães, 48, dedicou nove anos – mais de um terço de sua carreira de 26 anos – para resgatar a história “de cinema” desse neto de escravos e filho de italiano em 732 páginas no livro “Marighella – O Guerrilheiro que incendiou o mundo”, da Companhia das Letras (R$ 56,50).
Invisível nos livros de História
 
Polícia SP/ Divulgação biografia
Marighella fichado pela polícia política, em 1939, em São Paulo
“De todos os brasileiros, a vida que identifiquei como a mais fascinante a ser contada foi a de Marighella. Pode-se não gostar dele, mas é impossível ficar indiferente a ele. É um gigante da História do Brasil e um dos brasileiros com maior projeção no exterior. A ausência dele nos livros de História é uma desonestidade intelectual – seria o equivalente a tirar Carlos Lacerda. Não defendo que o promovam, mas não podem omiti-lo”, disse Mário Magalhães ao iG .
Tendo passado boa parte de sua atividade política na clandestinidade, Marighella dificultou o trabalho de seu biógrafo, não tendo deixado diários ou agendas. Para escrever sua reportagem predileta, Magalhães entrevistou 256 pessoas, consultou bibliografia de 600 livros e pesquisou em 32 arquivos públicos – no Brasil, Rússia, República Tcheca, Estados Unidos e Paraguai.
A obstinação – quase obsessão – de Mário Magalhães pela comprovação da prova jornalística o levou a fazer 2580 notas. “A vida de Marighella é tão espetacular que daria margem ao leitor imaginar que havia ficção em um livro que só narra fatos reais. Além disso, é direito do leitor saber a origem de cada informação”, justificou.
Pelo projeto de contar a história “de um brasileiro maldito”, “tido como meio amalucado até por amigos próximos”, Magalhães deixou um confortável emprego na Folha de S.Paulo, onde tinha sido ombudsman e trilhara carreira de destaque e prêmios.
Ateu no candomblé e doações de artistas
 
Divulgação/Biografia Marighella
Após ser baleado no cinema no Rio, é levado preso
Na pesquisa, foram ouvidos da professora no Ginásio da Bahia ao policial que o revistou logo após a morte e revelou que o guerrilheiro não estava armado – refutando a versão policial, que ficou registrada na História. As descobertas do autor corrigiram lendas, como essa, e revelaram histórias pitorescas.
Mulato baiano da Fonte Nova, Marighella não bebia, não fumava e, embora se declarasse ateu, Magalhães descobriu que o filho de mãe carola iniciou-se no candomblé, e se descobriu “filho de Oxóssi”. Amante da poesia – no colégio, respondeu uma prova de física com versos –, o guerrilheiro mais procurado do País encontrou tempo para, na clandestinidade, escrever, imprimir e distribuir um livro de versos, boa parte deles eróticos. Inspirou artistas como o catalão Joan Miró e os cineastas Jean-Luc Godard e Luchino Visconti a fazer doações a sua causa.
Tortura
 
Divulgação biografia Marighella
Marighella, aos 24 anos, após três semanas de tortura, no Rio
Pela tortura, passou uma vez, em 1936, sob Getúlio Vargas, nunca durante a ditadura militar iniciada em 64. Foram 22 dias de suplícios nas mãos da polícia. Socos no estômago, golpes com canos de borracha nas plantas dos pés, foi açoitado nos rins, costas e nádegas. Pontas de cigarro eram apagadas no seu corpo. Com um alfinete tirado da gravata, um policial enfiou-lhe o metal sob as unhas, dedo por dedo.
Tornou-se liderança do Partido Comunista Brasileiro nos anos 40, década que dividiu entre presídios em locais paradisíacos, como Fernando de Noronha (PE) e Ilha Grande (RJ), e a Assembleia Constituinte, no Rio. Após ser libertado da prisão política pelo regime de Getúlio Vargas, no pós-guerra, elegeu-se deputado pela Bahia, na bancada comunista que incluía o escritor conterrâneo Jorge Amado. O “Cavaleiro da Esperança” e líder máximo do PCB Luís Carlos Prestes, foi eleito senador pelo Distrito Federal.
O deputado tinha três ternos, doados, e amarrava as mangas da camisa com cordinhas; o cinto partiu-se e adaptou outra corda, qual capoeirista. Homem de partido, destinava 92% do seus 15 mil cruzeiros mensais – equivalente a R$ 20.926, em valor corrigido pelo IGP-DI – ao PCB. Vivia com 1200 cruzeiros – R$ 1674 – por mês, e dividia o apartamento com uma família e um amigo. Acabou cassado em 47, com o voto do futuro presidente Juscelino Kubitschek, depois de o TSE pôr o PCB na ilegalidade.
Terrorista
 
Divulgação/ Biografia Marighella
Marighella deputado, com um dos seus três ternos
Nos anos 50, organizou greves, foi à China e à União Soviética. Veio a ditadura em abril de 64, e em julho quiseram prendê-lo em um cinema na Tijuca. Reagiu, levou um tiro e foi levado no camburão. Mais adiante, passou à luta armada, quando Moscou era contra e rompeu com o PCB. Criou a ALN e aparecia nos cartazes de “terroristas procurados” do regime militar.
Homem de ação, escreveu o “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, apanhado de erros e acertos da ALN que se tornou um sucesso na esquerda internacional. Em “Ditadura Escancarada”, o jornalista Elio Gaspari diz que o “guerrilheiro urbano de Marighella é algo mais que um super-homem”. A descrição é a de, no mínimo, um James Bond, o 007 dos filmes e livros de Ian Fleming.
“É muito importante aprender a conduzir um automóvel, pilotar um avião, dirigir um barco a motor ou a vela”, [o guerrilheiro] deve “conhecer a arte de se disfarçar”, ter “conhecimento de química e de combinação de cores, fabricação de carimbos, o perfeito conhecimento de caligrafia e de imitação das escritas”, “ser um grande tático e um bom atirador”. O próprio Marighella falharia em cumprir uma das mais prosaicas “exigências”: não dirigia. A peruca do disfarce tampouco enganou a polícia na noite de sua morte.

Magalhães afirma que, apesar de se definir como “terrorista” e guerrilheiro, Marighella condenava atentados contra alvos civis e usava a concepção de “terror” da Resistência francesa à ocupação nazista na 2ª Guerra Mundial.
Na ilegalidade, o protagonista do livro recebeu dinheiro da União Soviética e o autor revela até um “mensalinho” do insuspeito governador de São Paulo Adhemar de Barros – cujo cofre, após a morte, abasteceria outra organização armada, a VAR-Palmares, que o roubou no Rio.
O famoso “ouro de Moscou”, entregue ao PCB no início dos anos 1960, equivaleria hoje a algo entre US$ 752 mil e US$ 1,13 milhão pagos anualmente e superava, para efeito de comparação, o arrecadado em 30 roubos pela ALN em 1968. Antes chamado de “traidor” por Marighella, Adhemar de Barros lhe pagava um “mensalinho” de cerca de US$ 10 mil, em apoio ao PCB clandestino. “Esse mensalinho não lustra a biografia de ninguém”, disse Mário Magalhães.
Fez curso de guerrilha em Cuba e mandou guerrilheiros para lá, comandou assaltos, teve amantes – dizia que “o adultério é tão inevitável como a morte” – e foi espionado pela CIA e o KGB. Mesmo dirigente máximo da ALN, organização de luta armada que fundou, foi “o último a saber” do mais audacioso golpe da guerrilha no Brasil: o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em setembro de 69. Foi ação da DI-GB (Dissidência Comunista da Guanabara), com o apoio da ALN. “Cutucaram a onça com vara curta”, pressentiu Marighella.
Morte
 
Divulgação/ Biografia Marighella
Mário Magalhães levou nove anos para escrever a biografia de Marighella
Foi morto exatos dois meses depois, pela equipe do policial Sergio Fleury, cujos métodos de tortura superavam os do nazista Klaus Barbie, o “Açougueiro de Lyon” da 2ª Guerra Mundial, na avaliação de um ex-membro da Resistência francesa, sobrevivente do suplício físico nos dois lugares.
Diferentemente do que a polícia alardeou à época, estava desarmado e sem seguranças. Segundo o autor, Marighella só portava seu revólver calibre 32 ou sua pistola 9mm em ações, o que não ocorria já havia algum tempo.
O guerrilheiro – ou terrorista, dependendo do ponto de vista – mais procurado do País morreu sozinho, cercado de inimigos.
Lançado no fim de outubro, no ano seguinte ao centenário de nascimento do protagonista, o livro já teve 27 mil exemplares impressos (a tiragem inicial foi de 12 mil) e recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes, como melhor biografia de 2012.
O autor disse ter recebido três sondagens para adaptações para o cinema. “A dúvida é se o ator principal será Denzel Washington ou Wesley Snipes. As mulheres preferem Washington”, brinca.
 
Secretaria daSegurança Pública SP/DIvulgação 
Marighella, morto no Fusca, em 1969

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O blog vai sortear esse livro. Participe!

O Blog vai sortear  esse   livro do Prof.  Ronald Rocha. Para participar o internauta tem que responder via caixa de comentários, quem é esse cidadão da foto abaixo,  ele é militante da esquerda e teve grande atuação política nos anos 70 e 80.




domingo, 23 de dezembro de 2012

Obrigado! Feliz Natal e Ano Novo para vocês também

                                                     Deputado Edilson Moura (PT/PA)

                                                         
                                                    Deputado Emiliano José (PT/BA)

                                                        

                                                                    Deputado Chico Lopes 


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Artigo de Emiliano José: Mirtes e o instinto da loba

Deputado Emiliano José (PT)


Eu estava em São Paulo, nas proximidades da Batalha da Maria Antonia, como ficou conhecido o embate que envolveu estudantes do Mackenzie, vinculados ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC) e os da Faculdade de Filosofia da USP. Aqueles constituindo-se como um grupo paramilitar, os da USP sem armas, e reagindo com paus e pedras. Um secundarista, José Guimarães, foi assassinado à bala pelos mackenzistas. Uma outra jovem secundarista, 16 anos, teve as duas pernas queimadas com ácido sulfúrico. Eram pernas lindas, as de Mirtes. Viera do Ceará, para a reunião da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e se envolveu naquela batalha, 3 de outubro de 1968.

Mirtes, hoje avó de José Lucas, Carlos Eduardo e Clarice, vive em Fortaleza. Sobreviveu. Repete com Leon Bloy que “sofrer passa, ter sofrido não passa nunca”. Quem viveu experiências-limite como a dela, quem experimentou clandestinidade, quem ainda prosseguiu na luta, tem a pele curtida, é verdade. Mas, também, marcas que não desaparecem, por mais que se tente, por mais que se construa um estado de espírito que permita tocar a vida.

Estive com ela, recentemente, aqui na Bahia. Uma emoção muito grande revê-la. Eu a conheci no Congresso da UBES, em Guaratinguetá, naquele outubro. Fui eleito um dos vice-presidentes da entidade. Fora a última vez que a vira, há, portanto, 44 anos. Cazuza: o tempo não para. Só agora, superando conflitos íntimos, e compreendendo que a humanidade caminha através da experiência do passado, é que resolveu procurar os direitos dela na Comissão Nacional de Anistia. Tem todas as razões para tanto.

Aqui, veio em busca do tempo perdido, em amplo sentido. Em 1973, clandestina, militante da Ação Popular (AP), organização revolucionária de combate à ditadura, procurava sobreviver como jornalista na Tribuna da Bahia. Só se lembrava de dois nomes, Paulo Roberto Sampaio e Paulo Tavares, os dois, meus contemporâneos de Tribuna quando saí da prisão em 1974. Paulo Sampaio, com quem conseguiu conversar por telefone, não se lembrava dela, passado tanto tempo. Com Paulo Tavares não esteve. Desistiu de fazer contar esse tempo no pedido à Comissão Nacional da Anistia.

Em outubro, 1973, outro outubro sombrio na vida dela, recebe na Tribuna, um bilhete de Gildo Macedo Lacerda, dirigente da AP: saia daí com a roupa do corpo, nossos companheiros estão sendo presos. Saiu. Depois soube: Gildo; a  mulher dele, Mariluce; Oldack de Miranda e muitos outros militantes foram presos. Gildo foi levado para Pernambuco e lá, morto. Oldack foi levado para o mesmo Estado, só para ser torturado.

Mariluce estava grávida de Tessa, que nunca conhecerá o pai. Um militante tinha se passado para o outro lado, Gilberto Prata, e entregou todos. Naquele outubro, os dirigentes da AP em todo o País foram metodicamente assassinados na tortura. Recebi essa notícia preso, na Lemos de Brito, onde estava desde 1970.

Essas dores ela carrega. Nunca as deixarão, mesmo que saiba viver no meio delas. Dores mais fortes que o ácido que consumiu suas pernas, que a deixou três meses no Hospital Samaritano, em São Paulo, submetida a não sabe quantas cirurgias. Nunca deixará de ser grata a três mulheres especiais – mães à Gorki – que souberam praticar solidariedade, que souberam amá-la profundamente: Therezinha Zerbini, Jovina Pessoa e Ada. De Ada, que pode ser Oliveira, mãe de Pedro Oliveira, que começou a vida política de esquerda comigo, me lembro muito, era amigo, e tinha por ela uma admiração muito grande. Therezinha, como se sabe, foi uma das heroínas da resistência, e Jovina, também conhecida, no meu caso, de longe. Dou a palavra a Mirtes, palavras escolhidas a esmo de seu conto ou novela ou confissões denominado “Estrovenga”:

“Aviso: sigo minha própria sombra, nado em fumaças. Vasta chuva no molhado e a inspiração de brumas. Alucinação ou fumaça, meu intervalo de culpas prega-se em fios. Débil grito principio, entretanto venho aos uivos, quase instinto de loba. A tosse do século passado remonta-se. Barulheira sob túmulos. Página virada, volto à estrada caminho de luzes. Um dia nosso pouso será todo paz.”

A prova de que o mundo não vai acabar fica na Biblioteca Estatal e Universitária de Dresden na Alemanha

Um dos três existentes, documento de cultura pré-colombiana é atração em biblioteca na capital da Saxônia. Para especialistas, ele inspira sobretudo o respeito à natureza.
A prova de que o mundo não vai acabar fica bem atrás de uma pesada porta de metal dourada, pintada com hieróglifos. A porta leva do Museu do Livro diretamente à sala do tesouro da Biblioteca Estatal e Universitária de Dresden. As paredes são pintadas de preto, uma luz pálida dificulta a visão e um mistério parece pairar no ar.
A sala guarda escritos seculares como, por exemplo, um cone de argila da Suméria de quase 4 mil anos, um livro de orações hebraico e uma Missa em si menor, de Johann Sebastian Bach. No meio do recinto, repousa o maior tesouro, dentro de uma caixa de vidro: o mundialmente famoso calendário maia, composto de uma tira de papel amate de 3,5 metros, dobrada em 39 folhas.
Fonte da crença no fim do mundo
 
Thomas Bürger, diretor da biblioteca: "trata-se de um calendário agrícola"
O lugar é fresco e escuro, para retardar o processo de decomposição biológica. Regularmente, o diretor da biblioteca, Thomas Bürger, leva visitantes de todo o mundo através desse ambiente, explicando quais informações os sete sacerdotes maias que fizeram o calendário gravaram nas folhas com quase um palmo de largura. "Há numerosas representações divinas, pois os maias reverenciavam os deuses da guerra, da morte e também do milho", afirma Bürger.
"O documento é uma espécie de calendário agrícola, uma cópia de todo o conhecimento maia disponível na época", acrescenta. Os sacerdotes previam nascimentos, eclipses e estações chuvosas. No final do calendário, há uma imagem pintada com cor vermelho escuro. Nela pode ser visto o senhor do mundo subterrâneo, munido com lanças e uma funda, e a deusa Chak Cheel, que derrama água de um jarro de barro.
O crocodilo celeste, que os maias provavelmente associavam à camada mais baixa do céu, também cospe uma grande golfada de água. Esse cenário sombrio é a base usada pelos teóricos do apocalipse. "Porém, a cena ilustra, sem sombra de dúvida, um grande dilúvio que era esperado a cada cinco anos, quando a estação chuvosa coincidia com o dia 4 EB do calendário ritual de 260 dias", escreve o especialista em cultura maia Nikolai Grube, em seu recém-publicado livro Der Dresdner Maya-Kalender (O calendário maia de Dresden).
Bürger, que cooperou com a publicação, também vê o detalhe num contexto bem mais amplo. "Pode-se tirar deste manuscrito a lição de que devemos ter um grande respeito pela natureza. Tivemos agora uma década com todos os tipos de inundações e tsunamis. Isso mostra que temos também hoje os mesmos problemas que os maias tinham, de ocasionalmente serem surpreendidos pela natureza."
 
O Códice de Dresden é formado por uma tira de 3,5 metros, dobrada em 39 folhas
Sorte histórica
É uma boa notícia que haja um calendário como o da biblioteca de Dresden. Porque a maioria dos documentos da cultura maia, desaparecida perto do ano 900 d.C., foi destruída. "Quando os europeus conquistaram o México, os deuses maias eram tão estranhos para eles que o bispo Diego de Landa ordenou que todos os 5 mil livros maias fossem queimados", conta Bürger.
Apenas três livros maias sobreviveram não só à cristianização, mas também ao clima tropical e ao inferno da Segunda Guerra Mundial: o severamente danificado Codex Peresianus, hoje na Bibliothèque Nationale de Paris, o Codex Tro-Cortesianus, guardado no Museo de América, em Madrid, e o Codex Dresdensis. Esse último é o único no mundo cujo original ainda está acessível.
O calendário é originário do início do século 16, tendo sido produzido pouco antes da conquista espanhola, embora os pesquisadores não tenham uma datação mais precisa e não saibam a forma como o documento chegou da América Latina para a Europa. Relatos dão conta de que o bibliotecário e capelão da corte Christian Götze o descobriu em 1739, durante uma viagem de compras a Viena, de onde o levou para a Biblioteca Real, em Dresden.
Somente cem anos depois é que se descobriu que o documento é um manuscrito maia. O então diretor da biblioteca, Ernst Wilhelm Förstemann, conseguiu decifrar a grande parte da escrita histórica, marcando o dia 21 de dezembro de 2012 como uma data importante. Neste dia, começa um novo ciclo de 400 anos, o 14° baktun.
 
A maior atração fica no centro da sala do tesouro da biblioteca
Tributo musical à cultura maia
O tão falado apocalipse é, portanto, apenas uma das possíveis interpretações. "Acho que muitas mídias usam a mudança de era mais por razões financeiras. Para mim, isso é uma profanação de algo realmente sagrado e importante para o povo maia", diz a jovem cantora de 19 anos Sara Curruchich.
Ela é uma dos seis milhões de descendentes dos maias que ainda vivem na América Central. Um dia, ela gostaria de vir para Dresden, para ver o Códice. "A cultura maia é conhecida por sua sabedoria, seu respeito e sua relação com a natureza. Muito desse conhecimento entrou em esquecimento. Estaríamos num caminho melhor se pudéssemos voltar a essas origens", diz ela.
Bilder zum Text über den Dresner Maya-Kalender: den Codex
Dresdensis. Sie sind mir von der Sächsischen Staats- und
Universitätsbibliothek (SLUB) für diesen Text für die Deutsche Welle zur
Verfügung gestellt worden. Die Fotorechte liegen bei der SLUB.
3. Professor Nikolai Grube (Mitte) erklärt Besuchern der Schatzkammer
den Maya-Kalender, Thomas Bürger (l.)
Zugeliefert von Claudia Euen. 
Visitantes de todo o mundo vão a Dresden ver o calendário
Mas em 21 de dezembro, Curruchich estará conectada a Dresden. Neste dia, músicos de toda a Europa participarão de um concerto na biblioteca da cidade. Às 11h50, a cantora maia será conectada ao vivo a partir do México. "É fascinante construir uma ligação espiritual com uma outra cultura que há muito tempo desapareceu", diz Markus Rindt, diretor da Orquestra Sinfônica de Dresden.
Foi ele quem organizou esse grande evento musical. "Foi incrivelmente difícil encontrar músicos. Os maias quase não cantam mais. E quando cantam, interpretam música europeia, mexicana ou pop." Curruchich prova, entretanto, que algo da cultura maia também está sendo mantido vivo pela geração mais jovem.
Autora: Claudia Euen (md)
Revisão: Alexandre Schossler

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Triângulo das Bermudas: PSDB na Região Metropolitana de Belém


O PSDB está no governo do Pará há dois anos, sob o comando de Jatene: Danielzinho, um adolescente estudante da IFPA em Belém, já foi assaltado três vezes em frente à escola; a ALPA não sai do papel; a segurança pública está um caos; a Bolsa Escola criada por Ana Júlia, que tirou vários jovens da situação de risco, escafedeu-se; o Navegapará caminha para ser um “jateve”; a Avenida Dalcídio Jurandir (que uns vereadores babacas trocaram o nome para Centenário) hoje é a avenida da morte; e por aí vai o jeito tucano de desgovernar. 
 
Agora temos nosso Triângulo das Bermudas. A vitória do PSDB nas três principais cidades da Região Metropolitana de Belém (RMB) - Belém, Ananindeua e Marituba - pode deixar uma marca ruim para essas cidades: algumas políticas públicas, que foram consolidadas ao longo dos anos, podem sumir; Duciomar já tinha feito um estrago com as políticas públicas do governo petista sob o comando de Edmilson, hoje no PSOL; em Ananindeua, Helder bem ou mal organizou a máquina pública, com a bolada que recebeu do governo federal, em oito anos fez algumas poucas coisas (Bosque, Seringal, o Restaurante Popular e a saúde saiu da UTI). A cidade  no tempo de Pioneiro era um caos, nada funcionava e ele administrativa via bilhetinhos, escritos nos intervalos dos “babas” (“peladas” em baianês) no seu sítio;  Marituba, pobre Marituba! trocou seis por meia dúzia na escala negativa. 
 
Em quatro anos a nossa RMB pode se tornar o Triângulo das Bermudas, com o desmonte das políticas sociais e públicas: o fim dos concursos e o apogeu da  terceirização. O projeto do estado mínimo perverso tem seu grande celeiro aqui, com o PSDB no “poder”. As administrações tucanas podem levar a pó toda a política acertada feita pelo governo federal em parceria com os governos municipais.
 
Como os navios que sumiam naquele estreito do mar do Caribe, Belém, Ananindeua e Marituba podem sumir do mapa das políticas públicas e sociais.
 
Há uma luz no final do túnel:  
 
A sociedade tem que fiscalizar e cobrar. Se de um lado teremos a propaganda tucana tentando transformar água em vinho, do outro lado teremos as redes sociais fiscalizando, cobrando e denunciando. 
 
Navegar é preciso, protestar também.