terça-feira, 2 de setembro de 2014

Operários da Construção Civil vão paralisar a cidade nessa quinta-feira

Unidos em toda a área metropolitana, operários da construção civil podem conquistar cesta básica


Unidos em toda a área metropolitana, operários da construção civil podem conquistar cesta básica
Apenas R$ 30,00 a título de cesta básica, por mês. O valor, oferecido pelos empresários da construção civil de Belém, está longe da proposta defendida pelos operários que, de forma mais intensa, lutam há quatro anos por esse benefício e exigem os R$ 150,00. No atual estágio das negociações, além da proposta de cesta básica, os empresários incluíram um reajuste de apenas 6,5% nos salários dos trabalhadores e trabalhadoras da obra,
“Apesar de uma proposta ainda muito rebaixada, recebemos como uma sinalização muito positiva o fato de, pela primeira vez, eles apresentarem uma proposta de cesta básica. Estamos com uma assembleia decisiva da categoria, convocada para as 10h, dessa quinta-feira, na sede do nosso sindicato (Av. 09 de Janeiro, entre Magalhães e José Malcher) . Até lá vamos insistir na negociação e faremos todos os esforços pra chegarmos a um acordo, mas só R$ 30,00 não tem nenhuma condição e muito menos um acordo que também não apresente aumento real no nosso salário”, enfatiza Francisco de Jesus, o Zé Gotinha, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belém.

Como desdobramento da última conversa ocorrida entre os representantes dos trabalhadores e dos empresários, e os três sindicatos dos operários, da região metropolitana de nossa capital (Belém, Ananindeua e Marituba), que passaram o final de semana se articulando, juntamente com dezenas de trabalhadores e trabalhadoras das obras que compõem a comissão de negociação, foi apresentada nessa segunda-feira  uma contraproposta ao SINDUSCON-PA (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará). de: Reajuste de 12% para todas as faixas e Cesta Básica de R$ 110,00
O objetivo é apostar no avanço das negociações antes da grande assembleia que realizarão unificando os trabalhadores desses municípios.
Como vem ocorrendo nos últimos quatro anos, no último dia 21, cerca de dois mil operários marcharam pelas ruas de Belém, após aprovarem em assembleia geral que se não conquistarem a cesta básica entrariam em greve, levantando, além da luta por esse benefício, a exigência de aumento real nos salários, a reserva de 15% das vagas nos canteiros para as mulheres, bem como a qualificação e classificação profissional das mesmas, o plano de saúde, entre outras pautas.
Parece que a mesma disposição e força dos operários da construção para deflagrarem mais uma greve também agora se expressa na disposição de evoluírem rumo a um acordo com os empresários. A distância entre eles está, principalmente, no índice de reajuste para os salários, no valor da cesta básica e nos temas referentes as condições e direitos da mulher trabalhadora. Até o próximo dia 4 tudo está em aberto, tudo está em movimento, e tudo pode acontecer.
 Fotos Rui Baiano Santana

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