terça-feira, 7 de outubro de 2014

Deputado Edmilson critica liberação de Pé de Boto

Prefeito Pé de Boto
Via Ascom do Deputado Edmilson Rodrigues

A notícia da revogação da prisão temporária do prefeito de Igarapé-Miri, Ailson Santa Maria do Amaral, mais conhecido como “Pé de Boto”, foi duramente criticada pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará, na sessão desta terça-feira, 7, da Assembleia Legislativa do Pará. Na condição de membro da Comissão de Direitos Humanos da Alepa, Edmilson verificou de perto o clima de tensão no município, instalado pelo grupo de extermínio instalado pelo prefeito, apontado como autor de vários assassinatos naquela cidade do Nordeste Paraense.

"Fico muito preocupado. O quão desigual é este país. Fico preocupado com a minha impotência enquanto cidadão e legislador, que não tenho poder para mudar essa ordem social, que faz com que endinheirados comprovadamente assassinos possam usufruir da liberdade, enquanto gente humilde, famélica e vítima da desigualdade social é constrangida, presa, torturada e exposta na televisão, muitas vezes, por se apropriar indevidamente de um biscoito porque está com fome", comparou Edmilson.

Ele participou de audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos, em Igarapé-Miri, no último mês de julho, na qual várias pessoas da comunidade denunciaram crimes de homicídio e ameaças, atribuindo a autoria ao prefeito. "Eram mais de 60 cruzes representando os mortos (na audiência). Treze assassinatos foram comprovados pela polícia", disse. Edmilson declarou que não pretende "criminalizar" a decisão do magistrado que mandou soltar Pé de Boto, pois deve ter se amparado na lei. 

No entanto, o psolista cobrou  o empenho do governador Simão Jatene para que garanta aporte às investigações policiais, ajudando a viabilizar a justiça: "Apesar da disputa política, que levou o governador a posar para foto ao lado do Pé de Boto, é importante o governo mostrar que não tem relação com ele", destacou. "Fui eleito deputado federal, mas até 31 de janeiro (quando encerra o mandato de deputado estadual) estarei atento", alertou.

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