sábado, 29 de março de 2014

PT vai de Helder Barbalho e os "Rebeldes do PT" vão com quem?



Hoje (29/03) o PT decidiu apoiar a candidatura de Helder Barbalho ao governo do Pará. Paulo Rocha, Bordalo e Betão Faro, fizeram a lição do Planalto e vão de Barbalhos; até aí nenhuma novidade. Agora o que farão os "Rebeldes do PT":  Campanha para Helder? Voto nulo? Ou vão declarar que foi uma decisão das "bases" e irão carregar o homem na costa? O professor Luís Cavalcante um dos generais dos 'Rebeldes' mandou ver no seu face, já declarou voto nulo. Será que a base militante do PT vai fazer campanha pelo voto nulo?

sexta-feira, 28 de março de 2014

EMPRESÁRIOS QUE APOIARAM O GOLPE DE 64 CONSTRUÍRAM GRANDES FORTUNAS

Via Blog Evidentemente de Jadson Oliveira

As Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
João Figueiredo, o último ditador, e Roberto Marinho: as Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
"Do ponto-de-vista empresarial, sem considerar o conteúdo, a Globo foi a empresa que mais lucrou”.
Por Correio do Brasil, com o blog Viomundo, de São Paulo, de 27/03/2014

Com mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo sobre os empresários e o golpe de 64 e em fase de conclusão do doutorado sobre os empresários e a Constituição de 1988, o professor Fabio Venturini esmiuçou os detalhes de “como a economia nacional foi colocada em função das grandes corporações nacionais, ligadas às corporações internacionais e o Estado funcionando como grande financiador e impulsionador deste desenvolvimento, desviando de forma legalizada — com leis feitas para isso — o dinheiro público para a atividade empresarial privada”. Segundo o pesquisador, é isto o que nos afeta ainda hoje, pois os empresários conseguiram emplacar a continuidade das vantagens na Carta de 88.

Em artigo no site Viomundo, Venturini cita uma série de empresários que se deram muito bem durante a ditadura militar, como o banqueiro Ângelo Calmon de Sá (ligado a Antonio Carlos Magalhães, diga-se) e Paulo Maluf (empresário que foi prefeito biônico, ou seja, sem votos, de São Paulo). Na outra ponta, apenas dois empresários se deram muito mal com o golpe de 64: Mário Wallace Simonsen, um dos maiores exportadores de café, dono da Panair e da TV Excelsior; e Fernando Gasparian. Ambos eram nacionalistas e legalistas. A Excelsior, aliás, foi a única emissora que chamou a “Revolução” dos militares de “golpe” em seu principal telejornal.

Sobre as vantagens dadas aos empresários: além da repressão desarticular o sindicalismo, com intervenções, prisões e cassações, beneficiou grupos como o Ultra, de Henning Albert Boilesen, alargando prazo para pagamento de matéria prima ou recolhimento de impostos, o que equivalia a fazer um empréstimo sem juros, além de outras vantagens. Boilesen, aliás, foi um dos que fizeram caixa para a tortura e compareceu pessoalmente ao Doi-CODI para assistir a sessões de tortura. Foi justiçado por guerrilheiros.

Brilhante Ustra foi desmentido quando afirmou que não havia tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Brilhante Ustra recebia visitas de empresários durante as sessões de tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Outros empresários estiveram na mira da resistência, como Octávio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, que apoiou o golpe. Frias e seu sócio Carlos Caldeira ficaram com o espólio do jornal que apoiou João Goulart, Última Hora, além de engolir o Notícias Populares e, mais tarde, ficar com parte do que sobrou da Excelsior. Porém, o que motivou o desejo da guerrilha de justiçar Frias foi o fato de que o Grupo Folha emprestou viaturas de distribuição de jornal para campanas da Operação Bandeirante (a Ultragás, do Grupo Ultra, fez o mesmo com seus caminhões de distribuição de gás). Mais tarde, a Folha entregou um de seus jornais, a Folha da Tarde, à repressão.

– Se uma empresa foi beneficiada pela ditadura, a mais beneficiada foi a Globo, porque isso não acabou com a ditadura. Roberto Marinho participou da articulação do golpe, fez doações para o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes, que organizou o golpe). O jornal O Globo deu apoio durante o golpe. Em 65, o presente, a contrapartida foi a concessão dos canais de TV, TV Globo, Canal 4 do Rio de Janeiro e Canal 5 São Paulo – disse Fabio Venturini.

Globo lucrou

Ainda segundo o pesquisador, “na década de 70, porém, a estrutura de telecomunicações era praticamente inexistente no Brasil e foi totalmente montada com dinheiro estatal, possibilitando entre outras coisas ter o primeiro telejornal que abrangesse todo o território nacional, que foi o Jornal Nacional, que só foi possível transmitir nacionalmente por causa da estrutura construída com dinheiro estatal. Do ponto-de-vista empresarial, sem considerar o conteúdo, a Globo foi a que mais lucrou”.

Para ler mais no Correio do Brasil:

quinta-feira, 27 de março de 2014

Contrato da prefeitura com borracharia por 77 mil reais pode ser investigado pelo Ministério Público

 
O Escândalo da Borracharia de um assessor da Câmara de Vereadores de  Ananindeua contratada pela prefeitura, repercute na rede social
 
Blog Amazon Belém
 
Contrato tem que ser esclarecido, diz vereador

 

A denúncia publicada no último domingo sobre o estranho favorecimento da prefeitura de Ananindeua a um borracheiro suspeito repercutiu ontem na Câmara de Vereadores da cidade. Na denúncia, a Secretaria de Saneamento e Infraestrutura (Sesan) do município, é acusada de pagar uma pequena fortuna para uma borracharia da cidade prestar o serviço. O borracheiro felizardo que vai executar o serviço na secretaria é justamente um assessor parlamentar da Câmara Municipal de Ananindeua. Na tribuna, o vereador Braga (PMDB) foi enfático ao questionar a legalidade do contrato feito pela Sesan, em que estipula o pagamento de R$ 77.616 reais para o serviço durante o período de três meses. O vereador classificou como “infantilidade” o fato da Secretaria contratar um serviço de borracharia para veículo de carga pesada. De acordo com o vereador, a empresa para qual está sendo pago o valor do serviço está localizada em um edifício, chamado Mirante do Lago, na Cidade Nova VII, no décimo andar. Irônico, Braga questionou: “Esses carros vão até o borracheiro ou o borracheiro desce? Quer dizer não há explicação para isso. Esse contrato deveria sair em licitação. Isso é um escândalo. É feio para os vereadores, pois a opinião pública nos cobra, nos critica e pensa que a Câmara é uma bagunça, como se nós tivéssemos concordando com isto”, afirmou. Braga afirmou ainda que encaminhou pedido para esclarecimento sobre o assunto. “Entrei com uma solicitação na Sesan, para a administração e a prefeitura esclarecerem a questão junto ao seu secretário. E tenha a certeza de que isso não vai ficar por aqui. Caso não haja resposta, acionarei o Ministério Público do Estado do Pará (MPE). O processo é existente e iremos cobrar respostas”, afirmou.

 

 

Blog Na Ilharga

Prefeitura de Ananindeua assaltada no ar

Qualquer lei orgânica de município tem invariavelmente dispositivo que veda a vereadores, prefeitos e demais servidores serem proprietários de empresa que contrate com o mesmo poder público que ora exerçam. Por isso, agrava-se o caso surreal da prefeitura de Ananindeua, talvez único no planeta, que contratou uma borracharia que fica no décimo andar de um prédio, pois, além do preço exorbitante, conserto de 77 mil pneus de carros em três meses, o proprietário da dita borracharia das alturas é assessor da Câmara Municipal de Ananindeua.
Percebe-se, com efeito, tratar-se de malversação do dinheiro público recorrendo ao manjado clepto/cítrico assalto. O objeto da contratação é delinquente e o contratado não é o beneficiário do golpe; o trato entre as partes é de fazer corar de vergonha até o Fernandinho Beira-Mar e a anunciada desistência dessa ilicitude confissão velada de que os cofres da prefeitura de Ananindeua estão sob forte pressão de quadrilheiros repulsivos e perigosíssimos, dispostos à prática de qualquer golpe para assaltá-los. Preocupante!

quarta-feira, 26 de março de 2014

PT Pará "Ser ou não ser"


O PT Pará está rachado.

De um lado a turma que defende o apoio à candidatura de Helder Barbalho (PMDB), Paulo Rocha, Betão Faro e Bordalo; do outro lado, os chamados “Rebeldes do PT”, que lançaram a pré-candidatura de Regina Barata ao Senado nesse final de semana.

As questões que pairam no ar: os petistas que querem candidatura própria, se perderem no Encontro Estadual que vai discutir a coligação, vão ficar fora do palanque dos Barbalhos? Puty, candidato dos “Rebeldes” ao governo, vai fazer campanha para deputado federal sem o adesivo de Helder no peito? Ou irão fazer o velho discurso de se submeter à decisão partidária?

No Maranhão, onde os petistas passaram por vexame similar, o pessoal foi até o fim e não subiu no palanque de Roseane Sarney.

O PT Pará tem pouco peso e pouco respeito a nível nacional, na estrutura partidária, nunca teve um cargo de grande relevância nos governos Lula/Dilma, nenhum ministério, nenhuma diretoria importante, só cargos de relevância secundária.

Vamos ver se os "Rebeldes do PT" mostram força e impõem uma derrota ao Grupo Paulo Rocha, que sempre negociou com o governo central os miúdos do poder.

terça-feira, 25 de março de 2014

PCB, 92 anos - uma História de lutas

 
Bancada Constituinte do PCB

A história do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, confunde-se com a história das lutas dos trabalhadores e do povo brasileiro por condições dignas de vida, contra a exploração capitalista e em favor de uma sociedade igualitária, a sociedade socialista. 
O PCB surgia em meio ao contexto internacional de vitória da Revolução Soviética de 1917 na Rússia e da criação da Internacional Comunista em 1919, episódios históricos que sinalizavam, para o movimento operário e sindical no Brasil, a possibilidade real de vitória das forças proletárias no combate ao capitalismo. Os anos iniciais de formação foram marcados por imensas dificuldades, principalmente em função da violenta repressão policial desencadeada sobre os comunistas e sobre o nascente movimento operário pelos governos da Velha República. Isto não impediu que o PCB começasse a exercer importante influência no interior do proletariado brasileiro, divulgando as conquistas da Revolução Bolchevique e as ideias contrárias ao capitalismo através do jornal A Classe Operária, mas também por meio de palestras, festas nas sedes dos sindicatos, revistas, livros, panfletos e artigos publicados na imprensa sindical.
Os intelectuais Astrojildo Pereira e Octávio Brandão, que iniciaram sua militância no movimento anarquista, muito contribuíram para a formulação das teses marxistas sobre a realidade brasileira, propondo a aliança dos trabalhadores da cidade e do campo contra o imperialismo e o poder do latifúndio no Brasil. No final da década de 1920, o PCB participou de eleições municipais e nacionais sob a legenda do Bloco Operário e Camponês (BOC), elegendo representantes na Câmara do Rio e lançando um candidato negro - o operário Minervino de Oliveira - à Presidência da República.
A queda da República Velha e a ascensão de Getúlio Vargas nos anos 1930 não representaram refresco para os comunistas: foram anos de enfrentamento à onda fascista que varria o mundo. Contando em suas fileiras com a presença de Luiz Carlos Prestes - egresso do movimento tenentista - o PCB articulou uma grande frente nacional e antifascista, propondo à sociedade um projeto de desenvolvimento democrático, anti-imperialista e antilatifundiário, através da Aliança Nacional Libertadora (ANL). A perseguição varguista ao movimento levou os comunistas a promoverem a insurreição de novembro de 1935, com a tomada de quartéis no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro. Derrotada a insurreição, abateu-se sobre o país uma ação repressiva sem precedentes, a que se seguiu a ditadura do Estado Novo, que obrigou os militantes comunistas a vários anos de luta clandestina.
A reorganização de grupos comunistas espalhados pelo país (com destaque para os núcleos da Bahia e de São Paulo) e a participação do Brasil na guerra antifascista possibilitaram a reestruturação nacional do PCB, com a realização da célebre Conferência da Mantiqueira, em agosto de 1943. A partir dela, o Partido conquistava novos espaços na vida política e, com o fim da guerra e a queda do Estado Novo, tornou-se um partido nacional de massas, conquistou legalidade plena, formando aguerrida bancada parlamentar - elegeu 14 deputados e um senador, Luiz Carlos Prestes - e assumindo a vanguarda das lutas democráticas e pela aprovação de reformas sociais na Assembleia Nacional Constituinte.
A Guerra Fria e a subserviência do governo Dutra ao imperialismo estadunidense impuseram novo período de ilegalidade ao PCB a partir de 1947. Mas a retomada das lutas operárias nos anos 1950, durante os governos de Vargas e JK, trouxe de volta o PCB à condição de principal organização representativa dos interesses dos trabalhadores, dos intelectuais, artistas, jovens e mulheres. Os comunistas tiveram decisiva participação na campanha O Petróleo é Nosso!, pela criação da Petrobras e estatização da produção e distribuição do petróleo. No início da década de 1960, exerceram intensa atividade política e cultural, produzindo inúmeras publicações e participando dos movimentos em defesa das reformas de base, das lutas contra o imperialismo e o latifúndio.
Diante do ascenso do movimento operário e popular, organizado em torno dos sindicatos de trabalhadores e do seu comando geral (CGT), das Ligas Camponesas, da UNE, dos Centros Populares de Cultura e dos partidos de esquerda, a burguesia brasileira, associada ao capital internacional e apoiada nas forças armadas, promoveu em 1964 o golpe contrarrevolucionário, destituindo o nacionalista João Goulart do poder, para garantir a reprodução plena do capital monopolista no país. Durante a ditadura empresarial-militar que calou os trabalhadores e as forças de oposição, impondo violento arrocho salarial e aprofundando a dependência do país diante do imperialismo, o PCB definiu uma linha de ação centrada na retomada das lutas políticas de massas. Mesmo recusando o caminho seguido por outras organizações de esquerda, que optaram pelas ações armadas, o PCB teve, entre 1973 e 1975, um terço de seu Comitê Central assassinado pela repressão e milhares de militantes submetidos à tortura, alguns até a morte, dentre os quais o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho.
No ocaso da ditadura, para o que muito contribuíram as greves do ABC paulista, a campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita e, mais adiante, o movimento pelas Diretas Já, o PCB passou a confundir a participação na Frente Democrática de combate à ditadura com uma estratégia de luta política que privilegiava a conquista de espaços institucionais, através das eleições burguesas. Na esteira da crise internacional do socialismo, marcada pela queda da União Soviética e dos regimes do Leste Europeu, parte da direção nacional do Partido abdicou da luta contra o capitalismo e tentou destruir o PCB.
Mas é impossível acabar com o Partidão! Em 1992, iniciava-se nossa trajetória em defesa da reorganização revolucionária do PCB. O XIV Congresso Nacional, realizado em outubro de 2009, consolida este processo, no qual afirmamos nosso compromisso histórico com a revolução socialista, rejeitando categoricamente qualquer possibilidade de alianças com a burguesia. Por isso estamos na oposição ao governo Lula, que hoje cumpre o papel de aprofundar o capitalismo em nosso país. A atual crise econômica, muito mais profunda que a tal "marolinha" desejada por Lula, provocou forte redução da produção industrial e aumentou o desemprego em vários setores da economia. Frações destacadas da burguesia brasileira, tendo à frente o setor financeiro, o empresariado exportador e o agronegócio, que tantos lucros acumularam no período histórico mais recente, buscam ainda tirar proveito da crise aumentando a taxa de exploração da força de trabalho, rebaixando salários e ampliando jornadas, reduzindo direitos e garantias dos trabalhadores.
Por isso mantemos firme nossa determinação de organizar a classe trabalhadora, nas suas lutas específicas e gerais contra o capital e o patronato, em torno da Unidade Classista e da Intersindical. Reorganizamos a União da Juventude Comunista, que agora em abril realizará seu V Congresso, mobilizando e organizando a juventude comunista por todo o Brasil. Reestruturamos nossa atuação junto aos movimentos de mulheres e dos negros, através dos Coletivos Ana Montenegro e Minervino de Oliveira. Prestamos nossa solidariedade militante aos movimentos sociais, com destaque para o MST, que hoje sofrem intenso processo de criminalização de seus atos, por conta da combativa atitude no enfrentamento aos ditames do capital no campo e nas cidades. efendemos a plena reestatização da Petrobras, mantendo viva a campanha "O Petróleo tem que ser nosso!".
Denunciamos a presença de tropas brasileiras no Haiti, cumprindo o triste papel de força auxiliar e subalterna do imperialismo, assim como a presença da IV Frota dos EUA na América do Sul e toda a tentativa de desestabilizar as conquistas dos governos e movimentos populares na América Latina. Damos vivas à Revolução Cubana, que segue firme enfrentando o criminoso bloqueio econômico imperialista e avança na construção do socialismo.
Para fazer avançar a luta contra o capitalismo e no caminho da construção do projeto socialista em nosso país, defendemos a criação de uma Frente Nacional Permanente de caráter Anticapitalista e Anti-imperialista, que não se confunda com uma articulação meramente eleitoral. E entendemos ser igualmente necessária a formação do Bloco Revolucionário do Proletariado, capaz de reunir as organizações políticas e sociais dos trabalhadores brasileiros dispostas a lutar de forma radical contra o sistema capitalista e em favor da alternativa socialista.
fonte: Comite Central do PCB

sexta-feira, 21 de março de 2014

AOS 50 ANOS DO GOLPE, LIVRO REVELA: QUAIS OS JORNALISTAS QUE APOIARAM OS MILITARES EM 64?

Via Blog Evidentemente de Jadson Oliveira

Juremir Machado (Foto: Viomundo)
“Sem o trabalho da imprensa, não haveria legitimidade para a derrubada do presidente João Goulart”

Por Juremir Machado, no Facebook - publicado em 10/03/2014 (enviado pelo companheiro Geraldo Guedes, de Brumado-Bahia)

Estou com livro novo. Escrevi “1964 golpe midiático-civil-militar” para me divertir. Trabalhei como um cão, mas senti prazer. De que trata realmente meu livro? De como jornalistas e escritores hoje cantados em prosa e verso apoiaram escancaradamente o golpe: Alberto Dines, Carlos Heitor Cony, Antonio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux, Rubem Braga e outros.

Alguns, como Cony, arrependeram-se ainda na primeira semana de abril. Outros só mudaram depois de 1968 e do AI-5. Alguns permaneceram fiéis ao regime. Os mais espertos, como Alberto Dines, reescreveram-se.

Como sempre em meus livros, apresento as provas. O poeta Drummond, que deveria ser uma antena da aldeia, só captou o senso comum conservador do seu bairro: “No caso do Sr. Goulart a verdade é que ele pediu, reclamou, impôs sua própria deposição”.

A lógica do poeta, bom de verso e péssimo de reflexão social, era a do machista que culpa a minissaia da mulher pelo estupro. Jango provocou os militares com sua obsessão por reformas, como a agrária, que só fariam bem para o Brasil.
Alberto Dines (Foto: Viomundo)
O caso mais impressionante de apoio ao golpismo foi o de Alberto Dines, diretor de redação, à época, do Jornal do Brasil. Dines, atualmente, dirige o site Observatório de Imprensa, site de crítica de mídia. Jamais fez um bom mea-culpa.

O homem que agora posa de decano do jornalismo comprometido com a democracia era, em 1964, um golpista a serviço do pior do Brasil: “Só podíamos dedicar um único editorial contra cada ato ou falação de Goulart. No dia seguinte, já havia outros para atacar”.

Dines não pôde se conter: “Jango permitira que na vida brasileira se insuflassem tais ingredientes que, para extirpá-los, seriam necessários não mais o ‘jeitinho’. Desta vez, teriam de ser empregadas a força e a violência”. Alberto Dines apoiava a queda de Jango, ansiava pelos militares, tentava ajudá-los assustando cada vez mais a população.

Antonio Callado, que se tornaria um ícone da resistência à ditadura, foi um medíocre preparador da atmosfera para o golpe. Escreveu: “O triste, no episódio tão pífio e latrino-americano da deposição de Jango, é que realmente não se pode desejar que as Forças Armadas não o traíssem”. Callado praticou o sensacionalismo mais barato.

Tentou encontrar razões psicológicas para as atitudes de Jango em sua condição física: “Ao que se sabe, muitos cirurgiões lhe garantiram, através dos anos, que poderia corrigir o defeito que tem na perna esquerda. Mas o horror à ideia de dor física fez com que Jango jamais considerasse a sério o conselho. Talvez por isso tenha cometido o seu suicídio indolor na Páscoa”.

Já Carlos Heitor Cony ajudou a escrever os editoriais “Basta!” e “Fora!”, publicados pelo Correio da Manhã, nos quais se clama pelo desrespeito à Constituição e pela deposição do presidente. Tudo porque Jango mexeu nos muitos privilégios dos ricos. Dou essa palhinha. Deixo o essencial para quem ler o livro, que poderia se chamar também origens ou consolidação da imprensa golpista.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Por Luís Nassif: Eduardo Campos, que julgou que as manifestações de junho passado teriam trazido danos´irreversíveis à candidatura Dilma. Errou no cálculo.

Os passos incertos das eleições 2014


Em toda eleição presidencial, há dois tipos de derrotados: aqueles que jogam tudo na eleição e matam as chances em eleições futuras; e aqueles que, mesmo sabendo que serão derrotados, preparam o campo para as eleições seguintes.
Lula representa o segundo caso. Perdeu várias eleições, mas insistiu nos temas do combate à pobreza, extirpou o excesso de agressividade da retórica petista e teve paciência para aguardar o fim do apelo do combate à inflação - a bandeira central da candidatura de Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998.
José Serra é o primeiro caso típico. Em 2010 assumiu a radicalização, empalmou bandeiras moralistas, montou factoides, como o episódio da bolinha de papel, e não cuidou de plantar uma semente qualquer, um discurso propositivo sequer. Foi derrotado e varrido do mapa da política.
***
O quadro atual é pouco claro.
Desde 1994, o PT e o PSDB se revezaram como os partidos hegemônicos.
Havia a promessa vaga de Lula de, em caso de vitória de Dilma, apostar no governador pernambucano Eduardo Campos para as eleições seguintes. Sabe que mandatos longos envelhecem e acomodam partidos.
***
Esse quadro se rompeu por falta de tato do governo e por precipitação de Campos, que julgou que as manifestações de junho passado teriam trazido danos´irreversíveis à candidatura Dilma Dilma. Errou no cálculo.
A ideia de Campos era se apresentar como a terceira via, uma continuidade com aprimoramento do governo Dilma. Sem dispor de um partido com abrangência nacional, como Aécio, conseguiu um bom lance na parceria com Marina Silva.  Mas não logrou ganhar dimensão.
Para conquistar espaço, Campos passou a radicalizar o discurso contra Dilma, na prática abrindo mão da ideia de terceira via. E, assim como qualquer partido que ambiciona o poder, está sendo obrigado a montar alianças esdrúxulas - que ele critica no PT, que o PT criticava no PSDB, que o PSDB criticava no PMDB etc.
***
Por seu turno, Aécio também não logrou desenvolver um discurso político eficiente. Continua preso à síndrome de Fernando Henrique Cardoso. Em 1994 o PSDB conseguiu congregar um batalhão de intelectuais de peso. A fase FHC empobreceu o partido; a campanha de Serra promoveu a debandada final.
Em vez de investir em novos quadros, novas ideias, novos conceitos, o partido continua preso à simbologia e falta de ideias de FHC.
***
Recentemente, FHC conseguiu desenvolver algumas críticas consistentes contra o governo Dilma, a principal delas em relação ao estilo autárquico da presidente, de insistir em medidas de gabinete sem ouvir ninguém. Ótimo! Mas o que o PSDB tem a oferecer? Nem no governo FHC, nem nos anos posteriores, logrou desenvolver ferramentas de gestão participativa.
As manifestações de junho deram o mote: a próxima etapa política será a do aprofundamento da democracia. Mas o PSDB parece não ter a menor ideia sobre o que fazer com esse mote.
Possivelmente, com o governador mineiro Antonio Anastasia assumindo a coordenação do programa de governo, consiga-se avançar além das generalidades.
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Mesmo assim, a falta de ideias alternativas eficazes fará com que a campanha - especialmente do lado da mídia - repita em parte 2010, com o ódio ao PT se constituindo no principal argumento.

Opinião do Internauta: A farra com o dinheiro público e o abandono das Ilhas de Ananindeua

             Ilha João Pilatos         Foto/Rui Baiano Santana


 Prof. Raimundo Favacho disse...
Enquanto a farra do dinheiro público acontece, tivemos que ingressar no Ministério Público para garantir uma vaga na escola municipal para minha filha Letícia. Foram duas semanas para garantir esse direito. 
Outro descaso absurdo e, nada político, é o total descaso para a Região das Ilhas. Eu e minha família, tornamo-nos vítimas de inúmeros furtos e roubos, cometidos por meliantes que já tem certeza da impunidade. Não há presença do serviço público estadual e municipal nessa região. A rua de acesso mais parece um caminho cheio de buracos, muita lama. O pequeno trapiche resiste ao tempo e a força d’água; foi construído pela própria comunidade. 
Ananindeua tem a segunda arrecadação do Estado e o poder público despreza o rico e exótico potencial turístico que tem nosso município. Há cidades que tem orçamentos equivalentes a 5% da arrecadação de Ananindeua, mas já possuem belíssimas orlas. Fazem projetos e cuidam de seus recursos naturais.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Táxi-lotação a um passo da regulamentação com apoio de Edilson Moura

Via blog do Deputado Edilson Moura
 
A regulamentação do táxi-lotação no Pará está muito próxima. Os trabalhadores que exercem essa atividade no nordeste paraense conquistaram mais uma vitória, considerada decisiva, de uma luta que se arrasta há pelo menos dois anos. Eles tiveram a confirmação oficial do apoio do governador Simão Jatene, durante encontro realizado com cerca de 500 motoristas de 22 municípios da região, hoje, em Belém.

O deputado Edilson Moura foi um dos interlocutores do encontro entre trabalhadores e o governador. O mandato do parlamentar vem atuando diretamente nessa luta. "Estamos apoiando a categoria desde o inicio, participando de todos os debates no interior e encaminhando as ações junto com os trabalhadores. A luta é árdua e vem sendo vitoriosa porque todos estão engajados no mesmo propósito, seguindo os passos para o diálogo", disse o deputado.

Uma exposição da luta dos trabalhadores foi apresentada ao governador. Eles querem a regulamentação da atividade, muito comum na região. Já existe um Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa, já aprovada pela Comissão de Justiça. Os motoristas querem que o Projeto seja colocado para votação em plenário, com apoio prévio do governo do estado. No encontro de hoje, o governador formalizou esse apoio.

No encontro entre trabalhadores e o governador foi encaminhada a criação de uma comissão para viabilizar a regulamentação da atividade em todo o estado. O primeiro passo será a análise do Projeto de Lei por uma equipe técnica do governo do estado. Em 15 dias serão feitos os ajustes e mudanças necessárias. O Projeto segue depois para o plenário da Assembleia Legislativa que, em 30 dias, vota e aprova.

O deputado Edilson Moura elogiou a luta dos trabalhadores. "O nosso mandato sempre foi a favor do diálogo, do bom senso. E essa luta é vitoriosa porque os trabalhadores valorizaram essas possibilidades. Todos estão de parabéns pelo alto nível da luta e pelas vitórias conquistadas", enalteceu Edilson Moura.

Ascom Edilson Moura

Abaixo as fotos de Edilson Moura com os trabalhadores e na intermediação com o governador Jatene em favor da regulamentação do táxi-lotação.






domingo, 16 de março de 2014

Políticos do PSDB e a farra do dinheiro público em Ananindeua



A Câmara de Vereadores de Ananindeua, que tem no seu comando a vereadora Francy Pereira (PSDB), contratou os serviços de uma empresa de prestação de serviços de consultoria legislativa e cerimonial por R$ 156 mil reais anuais (o teto da casa caiu essa semana: ver no https://www.facebook.com ananindeuadebates. debates), Já Pioneiro contratou uma borracharia por 70 mil, como conta Jorginho do Blog Na Ilharga( leia aqui) . Afinal de contas, quem vai frear essa turma?
  


EXTRATO DE TERMO ADITIVO

 
EXTRATO DO PRIMEIRO ADITIVO AO CONTRATO N° 20130009
PRIMEIRO ADITIVO AO CONTRATO N° 20130009
CONTRATANTE........: CÂMARA MUNICIPAL DE ANANINDEUA
CONTRATADA(O).....: A. C. VICENTE JUNIOR
OBJETO......................: Prorrogação da Contrata
ção de Empresa Especializada para
prestação de serviços de consultoria legislativa e
cerimonial, a serem prestados aos
Vereadores e a este Poder Legislativo, no exercício
de 2014.
VALOR TOTAL................: R$ 156.000,00 (Cento e ci
nquenta e seis mil reais)
PROGRAMA DE TRABALHO.......: Exercício 2014 Projeto/Ati
vidade: 2.001 – Apoio às
Ações Administrativas. Classificação Econômica: 3.3.
90.39.00 – Outros Serv. De
Terceiros Pessoa Jurídica. Subelemento: 3.3.90.39.0
5 – Serviços Técnicos Profissionais,
no valor de R$ 156.000,00 (cento e cinquenta e seis
mil reais).
VIGÊNCIA...................: 02 de janeiro de 2014 a
31 de Dezembro de 2014
DATA DA ASSINATURA.........: 02 de janeiro de 2014.
CÂMARA MUNICIPAL DE ANANINDEUA
CNPJ/MF n° 00.423.755/0001-07
Contratante
A. C. VICENTE JUNIOR
CNPJ/MF N° 268.470.272-15
Contratada