terça-feira, 30 de setembro de 2014

OAB-DF impugna pedido de registro para advogar de Joaquim Barbosa


Editor Denise Griesinger
Agência Brasil -
 
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Ibaneis Rocha, impugnou o pedido do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para reativar seu registro para exercer a advocacia, após se aposentar da Corte, em julho. A solicitação foi feita no dia 19 de setembro.
Rocha afirma que o pedido não pode ser aceito porque “não atende aos ditames do Art. 8º da Lei no 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e OAB), notadamente a seu inciso VI”. Segundo o texto, para inscrever-se como advogado é preciso ter idoneidade moral. A reativação do registro de Barbosa ainda vai passar por uma comissão da OAB-DF.
Para justificar o pedido de impugnação, o presidente cita fatos ocorridos durante o período em que Barbosa presidiu o Supremo e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2012 e junho deste ano.
Em junho, o ex-presidente do STF mandou seguranças da Corte retirarem Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoino, do plenário. Em março, Barbosa afirmou que há “conluio entre juízes e advogados”, durante o julgamento de um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra um juiz do Piauí, acusado de favorecer advogados em suas decisões.
Em maio, em outra sessão do CNJ que discutiu a mudança no horário de atendimento de advogados no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o ex-ministro disse que advogados acordam as "lá pelas 11h da manhã".  No ano passado, Barbosa afirmou que a proposta do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado no processo do mensalão, para trabalhar em um escritório de advocacia era “um arranjo entre amigos”.  

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Já temos nossa "Anta" eleitoral: Levy Fidelix

Candidato do PRTB à Presidência, Levy Fidelix associou homossexuais à pedofilia e pregou enfrentamento a gays durante debate na TV . Ele foi  assessor de Collor e ainda não venceu  nenhuma eleição.

BLOGUEIROS A DILMA: POR QUE A SENHORA APANHA CALADA DA GRANDE MÍDIA?


(Fotos: Cíntia Alves)


Via blog Evidentemente de Jadson Oliveira

Dilma voltou a defender a regulamentação econômica da mídia, afirmando que acredita que o Brasil, agora, está “maduro” para discutir essa pauta.

Do Luis Nassif Online,

Jornal GGN - Profissionais da chamada blogosfera progressista foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) na tarde desta sexta-feira (26), no Palácio da Alvorada, para uma entrevista coletiva que foi transmitida ao vivo na internet. Em meio a perguntas sobre saúde, segurança, economia, infraestrutura e política, Dilma pôde esclarecer projetos encampados ou abandonados (caso do trem bala) durante seu mandato, além de corrigir falas que, segundo ela, foram distorcidas por veículos da grande mídia. Aproveitando o gancho, coube a Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, perguntar à presidente por que, ciente da situação corriqueira, ela preferiu apanhar calada da imprensa durante quase quatro anos - esboçando, somente agora, em ano eleitoral, alguma reação.

Para embasar a questão, Guimarães e
outros blogueiros citaram, antes, a manipulação de informações pelos grandes grupos de comunicação, que vai desde a Petrobras até o recente discurso da presidente na ONU. Muitos jornais manchetaram que Dilma é a favor de “negociar com terroristas”. A petista não justificou a postura passiva que teve nos últimos anos, mas concordou que construir um contraponto em defesa do próprio governo é algo que precisa ser perseguido mais incisivamente num possível segundo mandato.

“O que nós vemos é que, no Brasil, tem uma forma de fazer oposição que tem que ser denunciada, que é a forma do quanto pior [for o desempenho do atual governo], melhor [para esta oposição]. Tem uma parte da imprensa que faz oposição, mas a oposição [dos partidos políticos] também faz. Essa história da imprensa fazer oposição não é monopólio do Brasil. Acontece em várias partes do mundo. O que é verdade é que a situação agora é mais difícil. Por isso, cheguei à conclusão de que, na minha campanha [à reeleição], a verdade vai vencer a mentira. Eu tenho tentado [fazer esse contraponto à oposição], e agradeço a quem me ajuda. É um debate que terá de ser feito no segundo mandato”, comentou Dilma.

Regulamentação da mídia

No início do encontro, Dilma voltou a defender a regulamentação econômica da mídia, afirmando que acredita que o Brasil, agora, está “maduro” para discutir essa pauta. Segundo ela, a regulamentação não criaria nenhum tipo de censura à produção de conteúdo ou liberdade de imprensa e expressão. Atenderia, sim, aos artigos da Constituição de 1988 que cobram a inexistência de monopólios e oligopólios na mídia. 

“A regulação tem que ter uma base, e essa base é a econômica. A concentração de poder econômico dificilmente leva a relações democráticas. Leva, sim, a relações assimétricas de poder, de informação e prepotência em qualquer área”, disse Dilma.

A presidente ainda destacou o papel dos blogueiros na democratização da informação. “Os blogueiros representam como a liberdade de expressão pode ser estimulada por novos meios de comunicação. A internet possibilitou isso. Mas independentemente desse avanço, eu entendo que o Brasil tem que regulamentar a mídia”, endossou.

Na matéria do Luis Nassif Online, Dilma fala ainda com os blogueiros sobre segurança, reforma política e saúde pública. Quem quiser ler, clique aqui:

domingo, 28 de setembro de 2014

Entrevista com Cleber Rabelo - "O cenário é de muita incerteza. Há uma falsa polarização entre Dilma x Marina e Helder x Jatene e muita frieza por parte do eleitorado"

Ananindeuadebates - Vereador Cleber Rabelo,  o senhor é um dos líderes dos trabalhadores da construção civil, a categoria realizou 14 dias de greve  em setembro. Por que os trabalhadores foram à greve?

Cleber Rabelo - Fomos à greve porque os empresários da construção civil do Pará, representados pelo SINDUSCON (Sindicato Patronal) se negou e apresentar uma proposta digna de reajuste salarial e demais cláusulas constantes em nosso Acordo Coletivo de trabalho. Para você ter ideia, a primeira proposta do na mesa de negociação SINDUSCON foi de reajuste de 6,5% e nada mais. Nós exigimos 18% e 100,00 de cesta básica. Depois de dois fortes dias de paralisação, os empresários apresentaram uma proposta de 7% de reajuste no salário e mais 30,00 reais de cesta básica, aumentada no dia seguinte para 40,00 reais, mas com rígidos critérios para que os trabalhadores tivesse de fato o ganho. Pela proposta do empresários, se o operário que faltasse de forma justificada e apresentasse atestado médico ainda assim esse operário perderia o direito a cesta básica no final do mês. Nós então sinalizamos com uma outra proposta de 10% no salário e fechamos em 40,00 de cesta básica. Eles, de forma intransigente, se negaram a seguir nas negociações e não nos restou outro caminho senão a greve. Além da intransigência, o SINDUSCON demonstrou toda sua crueldade e mesquinharia com os trabalhadores. O nosso sindicato conseguiu fechar com 6 empresas de pequeno e médio porte o acordo de 10% de reajuste salarial além da cesta básica não condicionada a critério nenhum para seu recebimento. Se empresas pequenas e médias podem pagar 10%, por que as grandes empresas que se organizam e hegemonizam o SINDUSCON não podem? Não há explicação. É ganância, intransigência e ódio de classe mesmo, dos empresários contra os trabalhadores.

AD - Qual foi a principal conquista da greve?

CR - Sem dúvida que foi a cesta básica. Nós lutamos por 5 anos seguidos pelo direito a cesta básica, que já é uma
realidade em vários estados e mesmo municípios do Pará, como Paragominas e Altamira. Em Belém, Ananindeua e Marituba nós não tínhamos. Foi fruto de muita luta, muito debate, muita solidariedade de outras categorias, muita paralisação e muita greve. Conquistamos uma nova cláusula em nosso acordo coletivo de trabalho. Isto é fantástico. é difícil nós vermos isso acontecer nas greves de outras categorias que ocorreram no último período. Mas além disso, conseguimos derrotar a proposta absurda deles de querer impedir o recebimento da cesta básica em caso de falta justificada, medida completamente abusiva.

AD - O sr. foi eleito vereador de Belém, com votos dos trabalhadores da construção civil, e  hoje é candidato a deputado federal. O Senhor acredita que a categoria tenha força para eleger um deputado federal?

CR - Tem sim. Além de bastante numerosa, a categoria dos trabalhadores da construção civil tem força política, podem conquistar muitos votos para além da nossa categoria. Em qualquer bairro que você ande você encontrará alguém que trabalhe ou já trabalhou na construção civil. Mas nossa candidatura também tem recebido apoio de trabalhadores em educação, de trabalhadores rurais, de bancários, urbanitários, trabalhadores dos correios, servidores públicos de todas as esferas, estudantes, etc. O mais importante, porém, em nossa participação nas eleições é a divulgação de nosso programa socialista, o diálogo com as pessoas e o fortalecimento da organização e da luta direta da classe trabalhadora. Nossa campanha eleitoral está a serviço, ante de tudo, dessa estratégia.  Não compramos votos e nem trocamos nossas ideias por votos. O voto é consequência de um trabalho político que desenvolvemos no cotidiano das lutas e que tem como objetivo a disputa da consciência dos trabalhadores para um projeto de sociedade alternativo, o socialismo. 

AD - Como o Senhor  avalia o quadro eleitoral no Pará, e no Brasil?

Zé Maria de Almeida Candidato a presidente da República pelo PSTU
CR - O cenário é de muita incerteza. Há uma falsa polarização entre Dilma x Marina e Helder x Jatene  e muita frieza por parte do eleitorado. Digo falsa polarização porque eles, em essência, são todos iguais em seus programas de governo e em sua prática política, isto é, tem alianças políticas e financeiras umbilicais com a burguesia e não se propõe a questionar e a mudar radicalmente o sistema político, a política econômica e as leis em nosso país. A frieza e a descrença da maior parte do eleitorado se expressa na falta de empolgação das pessoas com o processo eleitoral, na intenção maior das pessoas de votar nulo ou branco ou se abster ou mesmo de votar nos partidos da esquerda socialista, que eu acredito que vai ter um crescimento eleitoral. Essa situação deve-se à nova situação política aberta em junho de 2013 de grandes mobilizações e questionamento generalizado ao sistema político brasileiro. A nossa  campanha junto com a do  companheiro Zé Maria  candidato presidência  pelo PSTU, busca dialogar com esse sentimento que é justo e corretíssimo e a partir das necessidades mais sentidas da classe trabalhadora apresentar um programa de ruptura com o grande capital e de transição socialista.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Pesquisa aponta os favoritos para Câmara dos Deputados


Doxa - federais


Via blog do Jeso Carneiro

por Dornélio Silva (*)

A Doxa Comunicação pesquisou a intenção de voto para os candidatos a deputado federal em todo do Pará. A pergunta feita aos eleitores foi do tipo espontânea, em que não se apresenta os nomes dos candidatos.
O delegado Eder Mauro (PSD) aparece em primeiro lugar, com 9,1% das intenções de voto.
Wladimir Costa (SDD) é o segundo colocado com 4,9%. Beto Salame (Pros) vem em terceiro lugar, com 3,1%. Edmilson Rodrigues (PSOL) é o quarto colocado com 2,1%.
Lúcio Vale (PR), o quinto colocado na corrida à Câmara Federal.
O Pará tem 17 cadeiras na Casa.
A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará sob o número PA-0009/2014.
Foram entrevistados 1.200 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos do resultado final. O intervalo de confiança é de 95%.
A pesquisa foi feita de 26 a 29 de agosto deste ano.
 
CANDIDATOS PERCENTUAL RANKING
NS / SR 46,5
Branco / Nulo 8,4
Eder Mauro 9,1
Wladimir Costa 4,9
Beto Salame 3,1
Edmilson Rodrigues 2,1
Lúcio Vale 1,6
Sidney 1,3
Elcione Barbalho 1,2
Zé Geraldo 1,2
Hélio Leite 1,1
Joaquim Campos 1,1 10º
Beto Faro 1,0 11º
Mário Moreira 1,0 12º
Gerson Peres 1,0 13º
Priante 0,8 14º
Simone Morgado 0,8 15º
Júlia Marinho 0,6 16º
Nilson Pinto 0,6 17º
Pastor Josué Bengston 0,6 18º
Denise Gabriel 0,5 19º
Geovane Queiroz 0,5 20º
Nicias Ribeiro 0,5 21º
Alcides Negão (Chita) 0,4 22º
Ana Júlia 0,4 23º
Pastor Raul 0,4 24º
Vieira 0,4 25º
Zeca Pirão 0,4 26º
Paula Titan 0,4 27º
Arnaldo Jordy 0,3 28º
Carlos Martins 0,3 29º
Carlos Vaz 0,3 30º
Chapadinha 0,3 31º
Dudimar Paxiuba 0,3 32º
Miriquinho 0,3 33º
Nélio Aguiar 0,3 34º
Puty 0,3 35º
Ademir Andrade 0,2 36º
Betinho 0,2 37º
Joaquim Passarinho 0,2 38º
Josias Higino 0,2 39º
Márcio Pinto 0,2 40º
Mário Marinho 0,2 41º
Paulo Quadro 0,2 42º
Ribamar Ribeiro 0,2 43º
Adelino Bessa 0,1 44º
Antônio Neto 0,1 45º
Batista 0,1 46º
Carlos Couto 0,1 47º
Edson Catender 0,1 48º
Gracimar 0,1 49º
José Amaral 0,1 50º
Magela 0,1 51º
Miriquinho Batista 0,1 52º
Nicolau 0,1 53º
Pastor Carlos Alberto 0,1 54º
Pipico 0,1 55º
Sgt. Rogério 0,1 56º
Walcir Moraes 0,1 57º
Walter Carneiro 0,1 58º
Wandekolk 0,1 59º
Wescley Tomas 0,1 60º
Zé Roberto 0,1 61º
Outros 2,3 62º
Total 100

Nova pesquisa Doxa: os favoritos para deputado estadual


estaduais favoritos 2014 - Doxa
No alto, Coronel Neil. Em baixo, Rebelo, Tião, Chamon e Tonheiro
Tião Miranda (PTB), que tenta a reeleição, aparece em terceiro, com 2,6%.
Na quarta e quinta posições estão Chamon (PMDB) e Antonio Tonheiro (PPL), com índices de 2,2% cada.

Via Blog do Jeso Carneiro

A mais nova pesquisa da Doxa Comunicação para deputado estadual, realizada em todo o Pará, aponta os nomes mais citados de forma espontânea, quando se pede aos entrevistados que digam o nome do candidato em que pretendem votar.
O Coronel Neil (PSD) foi o mais citado, com 4,1%.
Na pesquisa anterior, ele também ocupava a primeira posição, com 2,2% da intenção de votos. No Leia Mais, abaixo, confira os mais citados nessa pesquisa.
O 2º mais citado é Luth Rebelo (PSDB), com 2,9%.

A pesquisa, realizada de 9 a 12 deste mês, foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará sob o número PA-00027/2014.
Foram entrevistados 1.400 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos do resultado final. O intervalo de confiança é de 95%.
Os mais citados para deputado estadual do Pará
Nome/Percentual/Colocação
Coronel Neil 4,1
Luth Rebelo 2,9
Tião Miranda 2,6
Chamon 2,2
Antonio Tonheiro 2,2
Dr. Nilson Oliveira 1,6
Sinoé 1,5
Nery 1,3
Martinho Carmona 1,2
Sefer 1,2
Ítalo Mácola 1,1
Leonardo Cabral 1,0
Marinor Brito 1,0
Roberto Rocha 1,0
Everaldo Batista 1,0
Celso Sabino ,9 10º
Júnior Ferrari ,9
Leodato ,9
Dineli ,9
Eraldo Pimenta ,9
Belo ,9
Ozório Juvenil ,8 11º
Josy Amaral ,8
Eliane Lima ,7 12º
Ana Cunha ,7
Iran Lima ,7
Sidney Rosa ,7
Antônio Rocha ,6 13º
Hilton Aguiar ,6
Airton Faleiro ,5 14º
Eduardo Costa ,5
Leoncio ,5
Rui Begot ,5
Carlinho Cacela ,5
Eliel Faustino ,5
Gordo de Marituba ,5
Nei Santana ,5
Nilce Pinheiro ,6
Miro Sanova ,4 15º
Claudionor Moreira ,4
Ilmara ,4
Joca Pantoja ,4
Márcio Miranda ,4
Moa Moraes ,4
Raimundo Santos ,4
Thiago Araújo ,4
Valdolir Valente ,4
Zé Francisco ,4
Hederson Pinto ,3 16º
Ivo Júnior ,3
Josefina ,3
Milton Campos ,3
Edilson Moura ,3
Regina Barata ,3
Aldo Tartari ,2 17º
Aroldo Martins ,2
Chico da Pesca ,2
Fábio Simão ,2
Fernando Coimbra ,2
Francisco Alves ,2
Francisco Victer ,2
Guga ,2
Jair Martins ,2
Jardel ,2
Jesmar ,2
João Guerra ,2
Jonas Alves ,2
Luzineide ,2
Maurício Corrêa ,2
Pastor Raul Batista ,2
Pastor Vanderlan Quaresma ,2
Zé Lino ,2
Roquevam ,2
Alberto ,2
Alfredo Costa ,2
Cláudio Malcher ,2
Dodo ,2
Eduardo Queiroz ,2
Isomar Barros ,2
Manoel Charlete ,2
Mazinho ,2
Miriquinho Batista ,2
Nyelsen Martins ,2
Pastor Aldo ,2
Prof. Elias ,2
Reginaldo Campos ,2
Renato Ogawa ,2
Saldanha ,2
Soldado Tércio ,2
Valter ,2
Vanda Aquino ,2
Waldir Júnior ,2
Wesley Tomas ,2
Zé Augusto ,2
Zé Linho ,2
Ademar ,1 18º
Afif ,1
Afonso Tavares ,1
Alex Santiago ,1
Antônio Armando Jr. ,1
Antônio José ,1
Apio Aviz ,1
Bordalo ,1
Bruno e Trio ,1
Carlitão ,1
Cássio Andrade ,1
Catarino ,1
Cotin ,1
Dirceu ,1
Dr. Fonseca ,1
Dr. Rufino ,1
Dr. Wanderlan ,1
Dra Vitória ,1
Eliene ,1
Elisson Oliveira ,1
Flávio Veras ,1
Gil Martins ,1
Gomes ,1
Helder ,1
Isaias Costa ,1
Ivan Júnior ,1
Jocimar ,1
Júnior Hage ,1
Lucineide ,1
Manoel Charlote ,1
Martins ,1
Mauro Freitas ,1
Nary ,1
Nelito Lopes ,1
Nilton Neves ,1
Pablo Fará ,1
Pastor Divino ,1
Pastor Josué Bengston ,1
Pastor Manoel ,1
Pastor Marco ,1
Prof. Duarte ,1
Raimundo Campos ,1
Ricardo Fialho ,1
Sacio Andrade ,1
Sandra Solon ,1
Shitana ,1
Silvinho Santos ,1
Tarcício ,1
Walcy Moraes ,1
Zé Begot ,1
Zé Roberto ,1

100,0

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Entrevista com o Prof. Ulisses Vasconcelos

Artigo: Marina e Max Weber em: a “Ética” Protestante e o Espirito do Capitalismo Exacerbado.




Artigo de Marco Cordovil (foto) Analista de Sistemas- EMATER-PA

"Onde estará o “princípio da imparcialidade em assunto religioso” , quando uma possível gestora da nação, segundo ela mesma, costuma amiúde consultar a Bíblia antes de qualquer decisão, à luz de sua “divina” interpretação e rotula  os orixás (deuses do candomblé)  de anjos do satanás , seguindo a linha de raciocínio  de um dos seus principais mentores  o pastor Malafaia ?"  


O Brasil entrará para o rol dos países capitalistas exacerbados  dentro de uma “ética” protestante e deixará o rigor do laicismo  num eventual governo de Marina Silva.
À beira de uma possível governanta evangélica ressurge uma teoria muito bem argumentada de Max weber (um dos fundadores da sociologia da era moderna) em seu livro “A Ética  Protestante e o Espirito do Capitalismo“, onde o pensador destaca o protestantismo como  umas das principais causa do nascimento do capitalismo.
    Weber incisivamente aponta através de vários estudos que o capitalismo alastrou-se em países onde se difundiu o protestantismo: “O trabalho é uma vocação divina, a finalidade da vida” , enfatizava Weber em seu livro esta máxima do protestantismo delineando-se como a ideia central de suas premissas teóricas e destaca-se o dever profissional caracterizado como a "ética social" da cultura capitalista.
Mas a “Ética” protestante com o passar dos tempos mudou, e mudou radicalmente de tal forma que já não sabemos ter esta ética como base, a moral enquanto conjuntos de preceitos e costumes de uma sociedade. “premissas de costumes  O cumprimento das tarefas seculares sob quaisquer circunstâncias é o único caminho para satisfazer a Deus, que isto, somente isto, é a vontade de Deus, e que, por isso qualquer vocação lícita tem o mesmo valor perante os olhos de Deus(WEBER, 2001, p.44); eis o que era a ética para Weber no bojo de seus dois artigos que compõe seu livro, antes da era dos pastores eletrônicos e suas diversas redes de televisão pelo mundo afora.
A ética, lastro da postura luterana como base do crescimento capitalista, começa a denegrir-se  com o que conhecemos por  “Estado Laico”,  onde um país adquire uma posição neutra relativo a princípios religiosos e como consequência não deve apoiar ou discriminar qualquer religião ou manifesto religioso devendo ser totalmente imparcial. Mas, não obstante a este princípio, creio que um “Estado Protestante”, de certa fora me dá arrepios num cenário hoje em que o Brasil vive essa avalanche evangélica com seus suntuosos “Templos de Salomão” e suas inumeráveis maquininhas de cartão de crédito a pedir o dízimo  - que passará dos 10% dos salários dos incautos, caso o fiel atrase fatura do pagamento.
As implicâncias serão deveras em todo âmbito sócio-religioso numa liderança evangélica e num atual crescente congresso luterano. Causas justas e dignas já avançadas em ganhos sociais através de lutas seculares por uma nova versão da humanidade encontrarão barreiras políticas. Promiscuirão cinismos em nome do “Senhor” - pobre Jesus – onde “religiões de demônios“  como umbanda, candomblé, espiritismo e outras similares serão alvos de falsos moralistas. A discriminação relativa aos umbandistas remonta aos tempos das senzalas, épocas onde o negro (para o branco) sequer tinha alma, e seus orixás, óbvio, só poderiam ser parte do satã.  Onde estará o “princípio da imparcialidade em assunto religioso” , quando uma possível gestora da nação, segundo ela mesma, costuma amiúde consultar a Bíblia antes de qualquer decisão, à luz de sua “divina” interpretação e rotula  os orixás (deuses do candomblé)  de anjos do satanás , seguindo a linha de raciocínio  de um dos seus principais mentores  o pastor Malafaia ?  
O que esperar dos direitos humanos quando instituições que deveriam ser sérias como por exemplo a Comissão de Direitos Humanos e Minorias” (CDHM)  da Câmara dos Deputados, presidida por um deputado  Marco Feliciano , pastor homofóbico da pior espécie (PSC-SP), extirpou o que é de direito humano, quando destacou  o projeto que determina que as igrejas possam se recusar a realizar casamentos de pessoas do mesmo sexo porque violam seus “valores, doutrinas ou crenças“  dentro de seus próprios conceitos discriminatórios. Este projeto, segundo me consta, seria estendido também a rejeitar aqueles que desrespeitam o ambiente religioso isto dentro de um estado que apregoa teoricamente  a imparcialidade em assuntos religiosos. A ética desde os primórdios baseia-se na moral, este cristalizando-se em valores e costumes sociais, mas, a despeito do mesmo,  Marina Silva, quando questionada  em programa jornalístico da Globo, a respeito do seu programa de governo homofóbico,  não apenas foi antiética como saiu-se também pela tangente quase que literalmente, tocando apenas em um ponto: sou a favor da união civil , casamento não. Os dois pontos para elas são auto excludentes; na verdade, orientada por Malafaia, tentou agradar a gregos e troianos; ou seja, evangélicos puritanos e  os homossexuais.
Espera-se, além desses anacronismos sociais, um espetacular capitalismo exacerbado,  já preconizado nos estudos weberianos;  assim,  temo,  que logrem  proveitos de quaisquer políticas públicas sociais já implantadas em governos anteriores, algo similar a dízimos para se “ganhar o céu”.  O fato que me apavora  é que cientificamente Max Weber   está certo; o tempo presente , o nosso eterno tempo presente , está corroborando suas assertivas do seu livro. Weber cita: “o fato que os homens de negócios e donos do capital, assim como os trabalhadores mais especializados e o pessoal mais habilitado técnica e comercialmente das  modernas empresas é predominantemente protestante.” , este fato vem se consolidando cada vez mais. Donos de redes de comunicação entre países capitalistas estão aí aos montes, difundindo cada vez mais o “trabalho divino vocacional”, valendo-se ressaltar  que  os dois artigos que compõe este livro são datados de 1904. Weber além de sociólogo, era a meu ver, um profeta, e dos grandes, deixando-se invejar por outros pensadores que se tornaram anacrônicos dentro de uma sociedade da “era da informação” e suas redes sociais. Quem poderia dizer que sem o uso extremo da “mais valia” Mark Zuckerberg ficaria Bilionário em curtíssimo espaço de tempo, somente exibindo, como ele mesmo diria “Os peitões das estudantes de Harvard”, criando assim o seu Facebook.
Mas no tange a ética deste tipo de capitalismo que vem insurgindo como um dos prováveis futuros de deste país - mesclado em todos os sentidos -,  eu não a vejo como moral em  dízimos vultosos construindo templo milionários em “nome do senhor” ; não vejo ética em promessas fantasiosas incrustando o  medo do capeta no fiel.  Lutero se voltasse  hoje e visitasse o “Templo do Edir Macedo Salomão ” de  680 milhões de reais, com certeza pregaria em suas caríssimas portas, novamente as suas 95 teses contra as neo-indulgências da “salvação” como assim o fez em 1517 na igreja de Wittemberg contra abusos capitais da igreja católica.
E por falar em cifras, vejo como pertinente, pensar e repensar sobejamente com extrema cautela e complexidade que o assunto exige, para nós, maioria, humildes simplórios brasileiros, que precariamente  entendemos de macroeconomia, e, sem querer me entrosar tecnicamente em  assunto desta natureza e já entrosando-me em pavor (junto com alguns mais notáveis economistas do país)  - desejaria saber  o porquê que  um Governo Marina se assim estabelecido, deseja  ter um Banco Central independente , à maneira do Estados Unidos  - país evangélico  - ? Uma coisa é certa e histórica; enquanto brasileiros que somos, não temos mais vocações para ter mudanças abruptas no diz respeito à economia, vale lembrar o transtorno que o seqüestro da poupança na era Collor provocou no país.
É difícil saber os meandros  que uma economia arraigava que um governo luterano pode tomar, mas já que estamos  à beira de ressuscitar os artigos de Weber por que então não tomar emprestado deste sociólogo a sua compreensão de sociedade e adaptar seus conceitos de  suas “ações individuais“  para a conclusão (tomara que não seja)  desta sociedade que seria no governo Marina;   Weber explicita que uma sociedade é compreendida a partir de quatro tipo de ações , a saber: primeira - ação tradicional - aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado. Correto. É muito difícil um congresso evangélico arraigado à sua cultura de salvação compactuar  com um deus-demoníaco chamado orixá do Candomblé;  segunda -  ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais  -  Correto, desde que não existam sentimentos homo afetivos para casamento ; terceira – ação  racional com relação a valores - determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade – essa ação está  perfeita – que diga o dízimo no cartão de crédito para o templo do Edir Macedo Salomão; quarta - ação racional com relação a fins –determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários  - essa ação resumo tudo desde que você opta por seguir o Jesus dos evangélicos.
Enfim, dogmas à  parte,  sabemos que determinados estudos e teorias científicas caem por terra à medida que novas teorias vão desbancando a anterior através de novos parâmetros; e isso é válido também às teorias sociais; estas não são imutáveis como os arquétipos filosóficos. Podemos afirmar filosoficamente que  sociedades mudam, é só, mas em que circunstâncias, ou , em que situação, são outros “quinhentos”, e não apenas de anos. Algumas outras teorias permanecem válidas dentro de um contexto social ou quantificada como exemplo temos a física clássica newtoniana permanecendo ainda correta dentro dos seus limites e não sendo desbancada pela física relativística ou quântica, como muitos pensam; um carro andando dentro de condições normais a uma velocidade constante de 20 metros por segundo perfaz em uma hora um percurso de 72000 metros (acabei de fazer o cálculo); mas, esse tipo de raciocínio não é válido dentro de parâmetros sociais, como alguns estudiosos pretendiam  no campo sociológico.    
Que venha o pleito. Marina, consolidando teoricamente Max Weber, pautada ainda assim numa ética protestante deturpada, que esta  sirva como um  como parâmetro de desvio dos conceitos weberianos e destrone o todo de uma teoria magnífica, e que esta não instancie em realidade vindoura para este país. Espera-se que entre todas essas filosofias por trás destas teorias, que apenas Heráclito esteja certo no seu Panta rei, onde diz que tudo flui, e ninguém pode banhar-se duas vezes nas mesmas águas de um rio;  o  que foi muito bem musicado por Lulu Santos: “Nada do que foi será. De novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa. Tudo sempre passará. A vida vem em ondas. Como um mar...” . Que assim seja (sem um amém repetitivo) e que não possamos cair em um mar de incertezas por pelo menos quatro anos.



terça-feira, 23 de setembro de 2014

CPI da Telefonia Móvel: operadoras vão fazer mutirão para atender consumidores

A CPI da telefonia Móvel parece já deu algum resultado, as operadoras do sistema vão realizar um mutirão, conforme nota do sindicato do setor. O mutirão é   para  atender as reclamações dos consumidores. A CPI foi implantada na Assembleia Legislativa do estado do Pará e teve como
relator o Deputado Edilson Moura (PT)Leia mais


CPI da Telefonia Móvel realiza Audiência Pública em Bragança - Veja mais em: http://www.deputadoedilsonmoura.com.br/2014/04/cpi-da-telefonia-movel-realiza.html

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Erundina e Marina, divergências guardadas para outro momento

Jornal GGN Luiza Erundina foi sempre uma incansável batalhadora pela revisão da Lei de Anistia. Criticou duramente a presidente quando esta declarou que não era a favor da revisão. Além disso, Erundina se notabilizou por abraçar pautas extremamente espinhosas no Congresso, como a criminalização da homofobia, o casamento gay e outras batalhas ferrenhas.
Hoje Luiza Erundina foi alçada à incômoda coordenação da campanha de Marina, uma voz do PSB nas decisões contidas em seu cargo. Confrontada por jornalistas, Erundina disse que suas pautas até agora devem ser discutidas em um outra oportunidade, não em campanha de Marina, onde se discute um projeto de Brasil.
O Estadão explora essas divergências em matéria de hoje, bem como ‘arranja’ como ponto convergente entre as duas o ódio e a mágoa que nutrem pelo PT. Leia a matéria a seguir.
do Estadão
ISADORA PERON, PEDRO VENCESLAU - O ESTADO DE S. PAULO
Com posições conflitantes com as de Marina, coordenadora da campanha da candidata do PSB tenta escapar de divergências públicas
Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.
Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia.
Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou.
Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha.
Na sexta-feira, quando compareceu a um ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu.
Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada.
Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundin

sábado, 20 de setembro de 2014

Filha de Jatene pede ao secretário da fazenda nomes das 300 maiores empresas do Pará, na gravação ele diz que quer conseguir um "dinheirinho"

Comissão concede anistia a 14 indígenas afetados na Guerrilha do Araguaia

AGÊNCIA BRASI A Comissão de Anistia reconheceu hoje (19) a anistia política a um grupo de índios da etnia Suruí vítimas da ação da ditadura militar durante a Guerrilha do Araguaia. Dos 16 pedidos analisados nesta sexta-feira, a comissão reconheceu 14. Em todos os processos os índios foram utilizados pelos militares para o reconhecimento do território e para servir de apoio nas perseguições aos guerrilheiros.
Ao reconhecer a violação dos direitos dos índios, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, pediu desculpas pela ação do Estado brasileiro. “O conjunto de uma comunidade indígena também foi vítima da ditadura militar e que essa repressão, que aconteceu ao povo que vivia em torno da região da Guerrilha do Araguaia, atingiu não apenas os camponeses, os guerrilheiros, mas também as comunidades indígenas que lá estavam”, disse Abrão.
Até hoje, a Comissão de Anistia só havia reconhecido um caso de indígena perseguido pela ditadura. Segundo Abrão, a iniciativa abre espaço para que a história seja recontada. “O que era apenas uma presunção, agora é certeza e a história tem que ser recontada para dizer que indígenas também foram atingidos pela repressão”, disse.
Os índios anistiados habitam a Aldeia Soror, na Terra Indígena Aikewara, localizada entre os municípios de Marabá (PA), São Geraldo do Araguaia (PA), São Domingos do Araguaia (PA) e Brejo Grande do Araguaia (PA). No período da Guerrilha do Araguaia, o contato dos suruís com os “brancos” era recente, feito a partir da década de 50 do século passado e intensificada na década de 1960.
“Quando estourou o problema da questão política daquela época, o meu povo estava com pouco tempo de contato”, disse à Agência Brasil, o índio Winurru Suruí, neto de um dos anistiados. “Eles ficaram em cárcere privado dentro da aldeia, não podiam sair, não podiam caçar, o estoque de alimentação foi destruído. Dentro da aldeia montaram uma base na qual o Exército ficou de 1971 a 1973 e alguns indivíduos adultos foram requisitados para ajudar [nas ações]. Poucos indígenas entendiam o português, apenas um que era o tradutor”, complementou.
O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra a ditadura militar. Organizado por pessoas ligadas ao PCdoB, o grupo acabou constituindo o primeiro movimento que enfrentou o Exército durante o regime militar. Foram utilizados mais de 3 mil militares no conflito, que durou de 1972 a 1975. Mais de 60 pessoas morreram e muitos corpos continuam desaparecidos. Para chegar ao reconhecimento, a Comissão de Anistia analisou documentos, depoimentos prestados pelos índios ao Ministério Público Federal e dos próprios indígenas.
A presidenta da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assirati, disse que o reconhecimento da exploração dos suruís pelos militares foi histórico. “Pela primeira vez, em 13 anos, [o Estado] reconhece o processo de vitimização de uma comunidade indígena, de um povo indígena em função de atos de exceção praticados pela Estado brasileiro no período da ditadura militar”, disse.
Um dos índios, Marahy Suruí, hoje com mais de 80 anos, ficou surdo e tuberculoso em consequência das condições em que ficou. Somente em 2010, eles decidiram entrar com o pedido, por receio de alguma possível retaliação dos militares. Com o reconhecimento da anistia, cada um dos indígenas vai receber 130 salários mínimos. “A gente só vai ter a dimensão da importância desse ato, historicamente, se a gente pensar nele como a reparação de um ato do passado, mas também como ponto de inflexão do tamanho da dívida que o Estado brasileiro tem com os povos indígenas”, complementou Maria Augusta.
Uma das consequências da ação dos militares foi a retirada dos índios de seu território. Segundo Winurru, apesar da anistia individual, os índios pleiteiam também uma reparação coletiva. “Não foi só esses do processo [na Comissão de Anistia]. Foram todos.” Segundo ele, atualmente os índio se encontram em um território de apenas 26 mil hectares (um hectare corresponde aproximadamente à área de um campo de futebol oficial). “Nós eramos da região do Rio Araguaia e agora o rio mais próximo fica a 70 quilômetros”, relatou o suruí, complementando que o impacto cultural foi forte, pois, sem acesso ao rio, os índios deixaram de fabricar utensílios de barro e de argila e fazer outras atividades. “Nós eramos canoeiros e hoje só conhecemos canoa da televisão”, disse.
De acordo com a antropóloga Iara Ferraz, que estuda há mais de trinta anos os suruís e é responsável por um dos relatórios que embasaram o processo, mais do que a reparação individual, os índios esperam essa “reparação coletiva”. Há 40 anos que eles esperam que sejam reconhecidos que eles foram perseguidos, que sofreram muito e sobretudo que eles perderam o território deles. “Tem um plano coletivo, da comunidade, da sociedade toda que sofreu nesse período”, disse.
A presidenta da Funai,  Maria Augusta Boulitreau Assirati, prometeu que, até o início de outubro, vai entregar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o processo acrescentando 11 mil hectares no território dos suruís. “Vamos ter uma reparação estatal completa que reconhece o erro do passado praticado pelo Estado e que busca resguardar o futuro de vocês enquanto povo”, disse aos índios.