quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A história do deputado João Batista assassinado pelo latifúndio paraense vai virar filme

Produtores do filme: Beto Ribeiro, João Castro e Pedro Batista com o prefeito de Bragança Padre Nelson

O diretor do filme João Castro e o escritor Pedro Batista, irmão do deputado, estão no Pará para conseguir patrocínio para o Filme




Via blog Holofote Virtual

Quem viveu o final da década de 1980 sabe muito bem onde e o que estava fazendo ao ser deflagrada a notícia do assassinato do deputado João Batista. O caso, chocante e covarde, tirava de combate um dos deputados que mais lutava pelos direitos do trabalhador no campo. Ele não foi o único, muitos assassinatos vieram antes e depois. Essas histórias, que ficaram em nossas memórias e nas páginas dos jornais e noticiários de TV, serão contadas também no cinema, no filme longa-metragem documentário, "João Batista, o Combatente do Povo". A seguir você confere uma entrevista exclusiva com Pedro Cesar Batista, irmão do deputado e autor do livro “João Batista, mártir da luta pela reforma agrária (Expressão Popular - 2009)”, no qual o filme será baseado.

“Na tarde do dia 6 de dezembro de 1988, o deputado estadual constituinte João Carlos Batista foi à tribuna da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e anunciou sua morte. Ele já havia sofrido três tentativas de homicídio e, constantemente ameaçado, desabafou denunciando que sua vida estava em perigo e que necessitava de proteção.

Três horas depois, às sete da noite, enquanto entrava na garagem de seu prédio no centro de Belém, Batista foi surpreendido por um pistoleiro que lhe deu um tiro à queima roupa na cabeça. Advogado de posseiros e defensor da luta pela reforma agrária, o deputado estadual de 36 anos foi morto na companhia da esposa e de três dos seus cinco filhos” (Diario do Pará, em 2012). O caso, até hoje continua impune.

O livro no qual o documentário se ancora, trata da vida do deputado João Carlos Batista, mas o filme analisará ainda as causas da concentração fundiária e da impunidade de mandantes e assassinos de crimes contra os trabalhadores rurais e seus defensores no Brasil. Batista foi o único parlamentar assassinado no Brasil, em pleno exercício do mandato, após o fim da ditadura.

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