quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Se Temer não cair e as eleições forem antecipadas, pode vir coisa ruim por aí


Via Revista Fórum

As últimas declarações públicas dos generais Antonio Hamilton Martins Mourão, reforçadas pelo primeiro comandante brasileiro da Força de Paz no Haiti, o general quatro-estrelas da reserva, Augusto Heleno, que o defendeu, acenderam o sinal amarelo entre os que prezam pelo processo democrático.
Fosse só isso, poderia se dizer que o gato apenas subiu no telhado, mas pode ser mais do que isso.

Além dessas duas declarações, houve movimentos pra cima e pra baixo na hierarquia militar do Exército que precisam ser analisados.
Pra cima, o comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, em entrevista ao jornalista Pedro Bial, disse que não iria punir Mourão e acrescentou que uma intervenção militar é algo constitucional.
Pra baixo, um dos representantes mais ativos do baixo clero da corporação, o deputado Cabo Dacciolo, eleito pelo PSOL-RJ e atualmente no PTdoB, defendeu ontem aos gritos da tribuna da Câmara Federal a intervenção militar e o fechamento do Congresso.
O clima já foi muito melhor nas casernas do que hoje. Entre as baixas patentes há um quase consenso em torno das teses de Bolsonaro. Ele virou o herói do guardinha da esquina. Aquele que acha que direitos humanos é coisa de vagabundo. E que bandido bom é bandido morto.
Esse sujeito é adepto de teses como a Escola Sem Partido e hoje se tornou militante de causas anti-democráticas.
Por outro lado, há uma crise completa de credibilidade do governo Temer. Com 3% de apoio nas pesquisas de opinião e envolvido com inúmeras denúncias de corrupção, o presidente atual não tem condições morais para cobrar respeito hierárquico e constitucional de quem quer que seja.
Para estancar a sangria, antes que ela se torne uma hemorragia incontrolável e leve o Brasil a entrar num túnel ainda mais escuro do que o atual, independente de partido, os que têm a democracia como um valor deveriam começar a discutir com celeridade o impeachment de Temer e antecipação das eleições diretas.
Tirar Temer e entregar o governo a Rodrigo Maia com um vice como Aldo Rebello, que é próximo das Forças Armadas, pode segurar as coisas por um período. Mas se a operação der errado, a crise pode se aprofundar ainda mais.
O melhor caminho é restabelecer a autoridade democrática pelo voto. E isso passa por diretas já.
O fogo tá alto. E brincar de pular a fogueira agora pode levar a democracia não só a mijar na cama, mas a se queimar.
PS: Quem começou a brincar com esse fogo, diga-se, foram procuradores irresponsáveis e juízes personalistas que apostaram tudo na criminalização da política.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mais fácil é os comunistas tentarem assumir o poder pela força porque aos poucos estão perdendo espaço nas instituições (escolas, universidades, imprensa, tv, editoras, igrejas, etc.) em que se instalaram!

Pode ser última cartada!

Bolsonaro é um liberal de princípios conservadores. Provavelmente não tentará assumir o poder pela força, caso contrário não estaria tentando candidatar-se para presidente.

Anônimo disse...

Mais fácil é os comunistas tentarem assumir o poder pela força porque aos poucos estão perdendo espaço nas instituições (escolas, universidades, imprensa, tv, editoras, igrejas, etc.) em que se instalaram!

Pode ser última cartada!

Bolsonaro é um liberal de princípios conservadores. Provavelmente não tentará assumir o poder pela força, caso contrário não estaria tentando candidatar-se para presidente.

Anônimo disse...

Falamos muito em democracia mas ela está longe da nossa prática. Por exemplo, será que este Blog censurará o meu post para evitar uma discussão que nos esclareça a verdade?