quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Num Brasil que exige mudanças, resiste um sindicalismo retrógrado; só não precisava ser em nossas terras Parauaras!


 
Artigo de Atnágoras Lopes*
                Como trabalhadores da Construção Civil, confessamos que “retrógrado” foi a palavra que encontramos para tentar, com o devido esmero, referirmo-nos ao SINDUSCON-PA, que “representa” as empresas de Construção de nosso Estado.
                Hoje, após 7 dias úteis de paralisação e realização de assembleia permanente de nossa categoria, estamos assistindo a mesma atitude arrogante e intransigente com a qual vimos nos deparando em outros processos negociais com eles, no caso os empresários. Uma gente que, se tomada pela postura e declarações de seu sindicato, pode envergonhar qualquer um quando os assuntos forem relacionados à evolução da situação social nas relações de trabalho.
                Vejam que o atual “impasse” está evidenciado na decisão (político-econômica do SINDUSCON-PA) de punir qualquer trabalhador que venha a apresentar um atestado médico sequer, durante um referido mês de trabalho, com a perda um, ora concedido “auxílio cesta básica” que tem o irrisório valor de R$ 40,00 mensais. Como dissemos, uma postura extremamente “retrógrada” para um país que ocupou as ruas exigindo mudanças; Pena que ocorra em nossas terras Parauaras.
                Nós não queremos parecer populistas ou mesmo hipócritas, posto que estamos frente à um conflito trabalhista que envolve, para além do tema citado, nossas reivindicações econômicas de reajuste salarial (10%), qualificação e classificação profissional para mulher operária (também negada por eles), entre outros temas e sabemos que sobre essa amplitude encontraremos infinitas opiniões e divergências; Apenas estamos socializando nossa INDIGNAÇÃO (e não nossa surpresa) com esses “senhores”, movidos pela ganância e pelas benesses dos financiamentos e isenções de impostos que lhes dão os governos das três esferas de nossa federação.
                No dia de hoje três construtoras, de modesto porte, firmaram Acordo Coletivo de Trabalho com nossa entidade, superaram os impasses desse momento e já operam normalmente o andamento de suas obras, com a força e a arte de nossa categoria que, nesses respectivos canteiros, conquistaram um reajuste 10% e o auxílio cesta básica de R$ 40,00, sem serem punidos, caso adoeçam, como “sonha” o SINDUSCON-PA. Nossa luta seguirá até que os avanços estabeleçam condições, se não um pouco mais justas, que não sejamos humilhados!
 
Direção do STICMB-PA – CSP-Conlutas

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