Coluna de Jadson Oliveira: jornalista baiano. Trabalhou nos jornais
Tribuna da Bahia, Jornal da Bahia, Diário de Notícias, O Estado de S.Paulo e
Movimento. Depois de aposentado virou blogueiro e tem viajado pela América do Sul e Caribe.
A
verdade não importa (ou importa muito pouco)
“Pós-verdade”
e estupidez estão na ordem do dia num mundo cada vez mais submetido aos avanços
e delírios da TI (Tecnologia da Informação). Como brinde de Ano Novo, sirvo aos
leitores de minha coluna as notas abaixo, traduzidas – com certa liberdade, em
especial nos títulos – do jornal argentino Página/12:
No nosso mundo da cada vez mais avançada TI – para os menos
atualizados, Tecnologia da Informação – começa a fazer sucesso ao que se chama
“pós-verdade”, uma nova palavra que se refere à ideia de que não importa a
veracidade duma informação, mas apenas o impacto emocional que ela possa
causar. Na sua campanha presidencial, Donald Trump fez reverência a ela.
Depois de sua surpreendente vitória, a consultora Buzzfeed
contabilizou os números do novo fenômeno:
As 20 notícias falsas mais populares durante os três meses
que antecederam a eleição estadunidense, em 8 de novembro - em geral favoráveis
ao controvertido milionário ou contra Hillary Clinton -, obtiveram no Facebook mais
de um milhão de compartilhamentos acima das principais matérias divulgadas por
veículos como os jornais The New York Times e The Wall Street Journal ou a rede
de TV CNN.
“As
pessoas são cada vez mais estúpidas”
Paul Horner é um humorista estadunidense desta era marcada
também pela desinformação que grassa através da Internet. Há vários anos ele
vem se dedicando a inventar notícias e dar risada da repercussão que elas
conseguem nas redes sociais.
Nos meses da campanha presidencial dos Estados Unidos ele
difundiu dezenas de informações (ou desinformações) absurdas que supunham ironia
em torno de Donald Trump. Mas elas circularam através das redes sociais como
verdadeiras, o que acabou ajudando o candidato republicano.
“As pessoas são, sem dúvida, cada vez mais estúpidas. Se
dedicam a repassar coisas sem investigá-las. Ninguém faz verificação de nada.
Foi assim que Trump foi eleito presidente”, diagnosticou o piadista no jornal
The Washington Post.
Maconheiros felizes, mas de olho
em Trump
Fumar
maconha por prazer já é legal em todos os estados da costa oeste dos Estados
Unidos a partir do primeiro dia do novo ano, quando entrou em vigor na
Califórnia e Nevada a liberação aprovada nos plebiscitos realizados juntamente
com as eleições presidenciais de 8 de novembro.
Em
ambos os estados, qualquer pessoa maior de 21 anos pode ter a posse, legalmente,
de 28,3 gramas da cannabis, pode fumá-la em sua casa ou espaços privados e
cultivar até seis plantas.
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