quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tribuna de Debate: Dividir o Pará, Sim ou Não?

Paulo Santos
Servidor público e acadêmico de direito

O Pará é dos paraenses.

Mais uma “manobra” dos políticos defensores da criação dos estados do Tapajós e Carajás, pode mudar os rumos do plebiscito, onde o povo irá decidir se aceita ou não a divisão do Pará. Esses parlamentares que tem interesses próprios no desmembramento do nosso estado, não querem que o plebiscito seja em todo o estado e sim somente nas regiões do oeste paraense e no sul e sudeste do Pará, pois a alegação é que se for estendido a todos, certamente a derrota será esmagadora.

Ora, o Para é dos paraenses, portanto, não são os moradores dessas regiões que devem decidir. É óbvio que se no plebiscito for realizado somente onde querem os senhores Lira Maia e Giovane Queirós, esses estados já estariam institucionalizados, haja vista que suas populações votariam pela divisão.

O deputado Zenaldo Coutinho, que é contra a divisão, classifica como 'golpe' a tentativa de levar o plebiscito para ser realizado somente nas regiões que pleiteiam a separação. 'Não há dúvida de que quem tem que ser ouvida é toda a população do Pará, com base no dispositivo constitucional e na lei complementar que regula os plebiscitos. Qualquer interpretação diferente disso é golpe, armadilha, molecagem, irresponsabilidade que serão rechaçadas da maneira mais veemente possível, democraticamente', disse, afirmando que o interesse dos separatistas é querer conseguir fazer a Justiça a autorizar a votação somente nas regiões interessas.

Não é criando novos estados que os problemas serão resolvidos, pelo contrário, há interesses pessoais por partes de quem pretender dividir o Pará, e esse único interesse chama-se "poder". Os defensores pela criação dos estados do Tapajós e Carajás se dizem preocupados com as populações dessas regiões, mas na verdade, seus objetivos são os novos cargos que surgirão, como novos governadores, senadores, deputados, prefeitos, senadores, etc., onde serão gatos bilhões de reais para implantar as supostas federações. Em vez de se criar novos estados, por que nossos políticos não criam políticas públicas voltadas para desenvolver essas regiões? A corrupção e os devios de recursos públicos fazem com que o povo fique atento.

O novo estado do Pará viveria do quê?
Atualmente tramitam no Congresso 12 projetos de criação de novos estados brasileiros.


Paulo Santos
Servidor público e acadêmico de direito


2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com o autor, pois não é tão simples dividir um estado em benefício de uma minoria. O pará é grande e dever ser mantido como é. O que falta são os políticos e governantes dividirem os recursos em igualdades.

Anônimo disse...

É verdade que o prefeito de Ananindeua(Helder Barbalho) e o seu pai(Jader Barbalho) são a favor da separação? Já ouvi rumores..