terça-feira, 4 de novembro de 2014

Em Ananindeua prefeito Pioneiro (PSDB) lançou o programa "Menos Médicos"

O PSDB quer acabar com o programa “Mais Médico” do governo federal, parece que começou a experiência em Ananindeua. Com atrasos nos salários, aumento na carga horária dos plantões e assedio moral, com ameaça de demissões aos profissionais que protestam.  
 O prefeito Pioneiro (PSDB) lançou oficialmente o programa “Menos Médico”, quem for às UPAS já vai sentir o impacto do programa do Prefeito, que deve receber uma comenda do PSDB nacional, por lançar o programa “Menos Médico”.  A população de Ananindeua que precisa do atendimento público de saúde vai sofrer.

'Movimento Sem Escalas' foi aderido por quase todos os médicos da UPA III, na Cidade Nova II. Eles reclamam de ameaças de demissão em massa

Por: Redação ORM News
Cerca de 50 médicos da UPA III, localizada no Conjunto Cidade Nova II, em Ananindeua, região metropolitana de Belém, aderiram ao 'Movimento Sem Escalas' desde o último sábado (1º). Com o movimento, os profissionais da saúde protestam contra atrasos no pagamento e ameaças de demissão em massa.  Eles só devem voltar às atividades quando a permanência no emprego for garantida.
De acordo com um médico que trabalha na UPA III, a prefeitura de Ananindeua perdeu a verba federal que era destinada para a UPA e, por isso, veio a ameaça de demissão. Ele conta que com a atual escala são seis médicos para cada turno de seis horas: um ortopedista, quatro clínicos gerais e um médico na emergência grave. As demissões seriam para deixar apenas dois médicos na clínica geral, num total de quatro médicos em cada turno.
Ainda segundo o médico, que não quis se identificar, cada profissional atende de 70 a 100 pacientes nas suas seis horas de turno e seria impossível fazer este atendimento com uma equipe menor. 'A UPA III tem a maior demanda de todas as UPAs, só perdendo para o PSM da 14 e do Guamá. Nenhum outro pronto atendimento de Ananindeua ou Belém atende tanto quanto a UPA III, ou seja, ao invés de diminuir a quantidade de médicos, era pra aumentar', relatou o médico.
Ele conta que a maior prejudicada é a população, já que o número de atendimento subiria para até 200 pacientes por médico, o que não é possível. 'O movimento começou no sábado e o secretário de saúde, Marco Antônio, foi para a UPA com outros dois médicos, mas eles não deram conta do atendimento. Então, fecharam as portas e mandaram os pacientes irem para outras unidades. A UPA do Icuí está lotada, o PS do PAAR está lotado, o da Cidade Nova 6 também e ninguém está dando conta de atender. É muita gente', contou.
A paralisação, segundo o médico, foi a alternativa encontrada pela categoria para se defender. 'Desde o início do ano os salários saem atrasados, mas a gente ia trabalhar do mesmo jeito. Faltou equipamento, mas a gente também ia do mesmo jeito. Agora disseram que um monte de gente vai ser demitida e pra piorar nem disseram quem são. Agora, o pessoal resolveu se juntar e paralisou o atendimento. A gente não está recebendo direito e ainda vai ser demitido, então pra que a gente vai trabalhar?', justificou o profissional. 'Quem atende o público somos nós, então, é mais fácil colocar a culpa na gente', completou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau) informou que discorda da paralisação e que a UPA continua atendendo, mas com lentidão. 'A Sesau, que não concorda com este descaso e irresponsabilidade por parte do corpo clínico, convocou uma equipe e em nenhum momento o atendimento na unidade foi paralisado, apenas se tornou um pouco mais demorado. Pacientes mais graves foram transferidos para os hospitais de retaguarda do município. A Secretaria de Saúde conduziu a situação com a equipe substituta para que esse descaso não causasse maiores transtornos para a população', diz a nota na íntegra.

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