O PSDB quer acabar com o programa
“Mais Médico” do governo federal, parece que começou a experiência em
Ananindeua. Com atrasos nos salários, aumento na carga horária dos plantões e
assedio moral, com ameaça de demissões aos profissionais que protestam.
O prefeito Pioneiro (PSDB) lançou oficialmente
o programa “Menos Médico”, quem for às UPAS já vai sentir o impacto do programa do
Prefeito, que deve receber uma comenda do PSDB nacional, por lançar o programa “Menos
Médico”. A população de Ananindeua que precisa
do atendimento público de saúde vai sofrer.
'Movimento Sem Escalas' foi aderido
por quase todos os médicos da UPA III, na Cidade Nova II. Eles reclamam
de ameaças de demissão em massa
Por: Redação ORM News
Cerca de 50 médicos da UPA
III, localizada no Conjunto Cidade Nova II, em Ananindeua, região
metropolitana de Belém, aderiram ao 'Movimento Sem Escalas' desde o
último sábado (1º). Com o movimento, os profissionais da saúde protestam
contra atrasos no pagamento e ameaças de demissão em massa. Eles só
devem voltar às atividades quando a permanência no emprego for
garantida.
De acordo com um médico que trabalha na UPA III, a prefeitura de
Ananindeua perdeu a verba federal que era destinada para a UPA e, por
isso, veio a ameaça de demissão. Ele conta que com a atual escala são
seis médicos para cada turno de seis horas: um ortopedista, quatro
clínicos gerais e um médico na emergência grave. As demissões seriam
para deixar apenas dois médicos na clínica geral, num total de quatro
médicos em cada turno.
Ainda segundo o médico, que não quis se identificar, cada
profissional atende de 70 a 100 pacientes nas suas seis horas de turno e
seria impossível fazer este atendimento com uma equipe menor. 'A UPA
III tem a maior demanda de todas as UPAs, só perdendo para o PSM da 14 e
do Guamá. Nenhum outro pronto atendimento de Ananindeua ou Belém atende
tanto quanto a UPA III, ou seja, ao invés de diminuir a quantidade de
médicos, era pra aumentar', relatou o médico.
Ele conta que a maior prejudicada é a população, já que o número de
atendimento subiria para até 200 pacientes por médico, o que não é
possível. 'O movimento começou no sábado e o secretário de saúde, Marco
Antônio, foi para a UPA com outros dois médicos, mas eles não deram
conta do atendimento. Então, fecharam as portas e mandaram os pacientes
irem para outras unidades. A UPA do Icuí está lotada, o PS do PAAR está
lotado, o da Cidade Nova 6 também e ninguém está dando conta de atender.
É muita gente', contou.
A paralisação, segundo o médico, foi a alternativa encontrada pela
categoria para se defender. 'Desde o início do ano os salários saem
atrasados, mas a gente ia trabalhar do mesmo jeito. Faltou equipamento,
mas a gente também ia do mesmo jeito. Agora disseram que um monte de
gente vai ser demitida e pra piorar nem disseram quem são. Agora, o
pessoal resolveu se juntar e paralisou o atendimento. A gente não está
recebendo direito e ainda vai ser demitido, então pra que a gente vai
trabalhar?', justificou o profissional. 'Quem atende o público somos
nós, então, é mais fácil colocar a culpa na gente', completou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau)
informou que discorda da paralisação e que a UPA continua atendendo, mas
com lentidão. 'A Sesau, que não concorda com este descaso e
irresponsabilidade por parte do corpo clínico, convocou uma equipe e em
nenhum momento o atendimento na unidade foi paralisado, apenas se tornou
um pouco mais demorado. Pacientes mais graves foram transferidos para
os hospitais de retaguarda do município. A Secretaria de Saúde conduziu a
situação com a equipe substituta para que esse descaso não causasse
maiores transtornos para a população', diz a nota na íntegra.
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