sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Trabalhadores da Construção Civil podem fazer greve nacional contra as Medidas de Dilma


Artigo: “Vamos ter de paralisar todos os canteiros de obra do país”, afirma liderança sindical


Artigo: “Vamos ter de paralisar todos os canteiros de obra do país”, afirma liderança sindical

Por Atnagóras Lopes* - 

Para defender nosso seguro desemprego, nosso PIS, nossos benefícios previdenciários e garantir emprego e direitos, que estão sendo atacados por Dilma, é preciso organizar um Dia Nacional de Paralisação dos Trabalhadores da Indústria da Construção.
Não dá pra aceitar calado o ataque do governo aos nossos direitos. A gente já ganha pouco, somos superexplorados nas obras do PAC e na construção de prédios nos grandes centos urbanos, somos uma das categorias em que mais morrem operários em acidentes de trabalho, temos de trabalhar com a Força Nacional de Segurança empunhando armas em nosso local de trabalho, quase não temos nenhum direito, inclusive humano, e agora vem a Dilma e tira nosso seguro-desemprego, nosso PIS e nossos benefícios previdenciários. Assim não dá!
Sabemos que além de nós, da indústria da construção, vários outros companheiros e companheiras de outras categorias estão sendo atacados e que precisaremos nos unir e lutar juntos. Porém, pensamos que nós temos de fazer já a nossa parte. Vamos parar tudo! Ainda que seja por um dia: Um Dia Nacional de Paralisação.
Juntamente com os ataques das MP’s 664 e 665, milhares de companheiros nossos estão sofrendo, sendo demitidos pelas empresas corruptas das obras da Petrobrás, como no caso do COMPERJ e SUAPE, sem receber nada de direitos trabalhistas e o governo não faz nada. Basta!
É hora de construir um Dia Nacional de Paralisação do nosso setor e para isso ser organizado, com a força necessária, temos de juntar todo mundo; Temos de juntar todas as centrais sindicais, federações, confederações, sindicatos, delegados sindicais, cipeiros, todos! Hoje somos mais de três milhões de operários, temos força, estamos sendo atacados e precisamos agir de maneira unificada.
É necessário que os dirigentes dessas organizações coloquem a defesa de nossos direitos acima de qualquer interesse ou relação política com o governo; É hora de lutar! Quem está nos atacando é o atual governo (PT) e todos nós sabemos que, nessa hora, a tal oposição (PSDB) não fala nada porque, na verdade, a Dilma está aplicando o projeto neoliberal que eles sempre defenderam; Tudo isso pra atender os interesses dos bancos!
Vamos juntos; O caminho é a mobilização! Não podemos cair na armadilha de “negociar” ou “emendar” essas medidas, pois qualquer negociação vai significar reduzir nossos poucos direitos. Temos de exigir a imediata retirada dessas medidas provisórias; Nós não podemos pagar pela crise que eles criaram e, de outra parte, se foi o patrão que roubou, não pode ser o trabalhador que pague o preço sendo demitido e ficando sem receber nada.
Por um Dia Nacional de Paralisação dos trabalhadores da Construção;
Dilma, tire as mãos do nosso PIS, do nosso seguro-desemprego e de nossos benéficos previdenciários;
Unir toda a classe trabalhadora de nosso país em defesa de nossos direitos!
Atnágoras Lopes é dirigente  da CSP-Conlutas e do  Sind. dos Trabalhadores na Ind. da Construção Civil de Belém
Foto Rui Baiano Santana

Um comentário:

Na Ilharga disse...

Seguro-Desemprego de seis em seis meses significa a perpetuação da alta rotatividade da mão de obra, desobrigando os patrões de arcarem com custos pagos nesses benefícios, já que o FAT paga a conta, sendo frequentes os casos de 'acerto'.
Quando um líder sindical defende esse tipo de situação podemos esperar qualquer coisa. Credo!