Via 247 – O capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro, de 63 anos, tomou posse nesta terça-feira como presidente da República para um mandato que vai até 31 de dezembro de 2022, após ser eleito em outubro na campanha presidencial mais polarizada da história, em que só foi eleito porque o ex-presidente Lula foi banido da disputa por meio de um processo judicial forjado, que o condenou sem provas
Eleito presidente numa disputa maculada pelo banimento do ex-presidente Lula, que foi condenado sem provas para ser impedido de concorrer numa eleição que venceria no primeiro turno, Jair Bolsonaro fez um discurso em que não saiu do palanque. Prometeu uma educação que não forme militantes – sinalizando um ataque à liberdade de cátedra – e também falou em prevalência da tradição judaico-cristã no Brasil. Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - O capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro, de 63 anos, tomou posse nesta terça-feira como presidente da República para um mandato que vai até 31 de dezembro de 2022, após ser eleito em outubro na campanha presidencial mais polarizada da história.
Com a promessa de desafiar paradigmas e alterar modelos como o de comunicação do governo e de negociação com o Legislativo, Bolsonaro foi oficialmente empossado após prestar juramento no Congresso Nacional ao lado do general da reserva Hamilton Mourão, empossado como vice-presidente.
POSSE DE BOLSONARO: IMPRENSA É TRATADA COMO LIXO. FRANCESES E CHINESES ABANDONAM COBERTURA
Escolhida como alvo prioritário de Jair Bolsonaro no primeiro dia de 2019, a imprensa come o pão que o diabo amassou na cerimônia de posse; a jornalista Amanda Audi, do Intercept, relata que nem cachorros são tratados desta maneira; Ana Dubeux, do Correio Braziliense, diz que profissionais da imprensa não têm direito a água e a banheiro; Vicente Nunes, também do Correio, afirma que correspondentes da China e da França decidiram abandonar a cobertura
1 de Janeiro de 2019 às 13:06 // Inscreva-se na TV 247
247 – No dia da posse de um novo governo no Brasil, a imprensa foi escolhida como alvo preferencial dos que chegam ao poder. No twitter, Jair Bolsonaro atacou o que seria uma 'fake news' de Veja (leia aqui). Seu filho, Carlos Bolsonaro, afirmou que setores da mídia estão desesperados (leia aqui). Mas nada é comparável ao tratamento que os jornalistas vêm recebendo na cerimônia de posse.
A jornalista Amanda Audi, do Intercept, relata que nem cachorros são tratados desta maneira. "Não se trata cachorro como os jornalistas são tratados na posse de Bolsonaro. Não tem água, precisa de autorização pra ir ao banheiro, não pode circular pra lugar nenhum, jornada de 14 horas, fomos revistados duas vezes e nos alertaram que há risco de levar bala dos atiradores", diz ela.
Ana Dubeux, do Correio Braziliense, diz que profissionais da imprensa não têm direito a água e a banheiro. Vicente Nunes, também do Correio, afirma que correspondentes da China e da França decidiram abandonar a cobertura. "Jornalistas da França e da China se rebelam e abandonam sala onde estavam confinados no Itamaraty. Disseram que não aceitariam ficar em cárcere privado até às 17h, quando seriam liberados para fazer registros da posse de Bolsonaro. Essa rebelião deveria ser geral", afirmou.

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