Foram presos na manhã desta terça no Rio os dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes: o policial militar reformado Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz é acusado de dirigir o carro que perseguiu Marielle; Lessa mora no mesmo condomínio de Bolsonaro.
247 - A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (12) os dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes: o policial militar reformado Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz é acusado de dirigir o carro que perseguiu Marielle. Eles foram presos por ordem do juiz-substituto do 4º Tribunal do Júri Guilherme Schilling Pollo Duarte, após denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MPRJ. Lessa, acusado de ser o assassino, mora no mesmo condomínio de Bolsonaro.
A reportagem do jornal O Globo destaca: "temido pelos próprios colegas, mesmo depois de aposentar a farda, e exímio atirador, principalmente no manejo de fuzis, Lessa foi vítima de uma tocaia em 28 de abril, um mês depois da morte de Marielle. Há a suspeita de que alguém tentou matá-lo como queima de arquivo. O sargento é o principal alvo da primeira operação conjunta da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e do Gaeco para prender os envolvidos na morte da vereadora. As circunstâncias do crime ainda não foram apuradas, assim como ainda não se sabe quem foi o mandante da execução."
Segundo o jornal, "na manhã desta terça-feira, os investigadores foram à casa de Lessa, no condomínio de Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, por coincidência, o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Não há, porém, nenhuma ligação, a não ser o fato de serem vizinhos. O PM mora num condomínio em frente ao mar, com seguranças na portaria. Boa parte das casas tem piscina e quintal."
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) disse que, apesar das duas prisões, o caso "não está resolvido". Amigo de longa data, ex-chefe e correligionário de Marielle, Freixo questionou: "A mando de quem?". "São prisões importantes, são tardias. É inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito", disse, em entrevista ao G1.
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