Por Lilian Campelo - Assessoria Dep Carlos Bordalo
Por meio de moção apresentada na quarta-feira (30) na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), o deputado Bordalo (PT-PA) Solicitou à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SEGUP), a Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública, Defesa Social do Pará (SIEDS), ao comando Geral da PM e a Corregedoria da Polícia Militar apuração rigorosa dos supostos abusos e discriminação racial em abordagem feita por policiais militares a jovens atletas negros.
O parlamentar lamenta que crimes praticados por policiais contra pessoas inocentes, em abordagens descontroladas, estão virando rotina no Brasil, o que revela, fielmente, as mazelas do nosso Sistema de Segurança, desnudando ainda algo mais perverso: o preconceito; ainda muito presente na nossa sociedade.
Diante dos fatos, é necessário que os órgãos competentes apliquem todos os esforços no sentido de garantir, em caráter de urgência, a devida apuração do caso para adoção das medidas necessárias além de dar uma resposta para a sociedade que se sente vulnerável diante de tanta violência e violação de direitos.
O caso
Na segunda-feira (28) ganhou grande repercussão nas redes sociais um vídeo que mostra policiais militares abordando de forma violenta um grupo de jovens jogadores de futsal, supostamente motivados por racismo. O caso ocorreu dentro de um ônibus que fazia o trajeto entre as cidades de Tomé-Açu e Belém.
Os atletas se deslocavam para Belém, quando outros passageiros, começaram a desconfiar da intenção dos jovens, simplesmente, pelo fato de serem negros e possuírem tatuagens pelo corpo uma vez que não apresentaram qualquer comportamento considerado suspeito. A cena foi toda gravada por pessoas que passavam pelo local e que ficaram indignados com a situação.
As imagens deixam claro a truculência com o que os rapazes são tratados pelos policiais ao questionarem sobre os motivos da abordagem. Eles foram retirados do ônibus e durante a revista, os militares encontraram apenas uma chuteira e uma bola de futsal. Mesmo sem terem encontrado nenhum objeto ilícito que comprovasse a denúncia feita pelos passageiros, os irmãos foram algemados e levados para uma delegacia em Tomé-Açu.
Os jogadores Salomão Gonçalves e Samuel Coutinho, denunciaram no dia 28 deste mês a guarnição da Polícia Militar por truculência e atos racistas durante a abordagem policial.
* Os textos produzidos pelas assessorias de cada parlamentar são de responsabilidade de seus autores.
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