Jair Bolsonaro, presidente da República, confessou a jornalistas postados no Palácio da Alvorada ter confiscado os registros digitais e de áudios do condomínio onde mora ao lado dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes, antes de a Polícia Civil recolhê-los, dentro de um inquérito policial em curso.
Trata-se de crime de obstrução da Justiça, com o agravante de ter sido feito por autoridade pública para, obviamente, proteger acusados de um duplo homicídio brutal e covarde, perpetrado por milicianos ligados a Flávio Bolsonaro, filho do presidente.
A razão para o confisco ilegal é um escárnio: Bolsonaro alega que quis proteger o material de adulterações.
É, obviamente, mentira.
Avisado, em 9 de outubro, de forma também criminosa, pelo governador do Rio, Wilson Witzel, do depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, Bolsonaro e sua trupe assaltaram as provas para se protegerem da investigação.
Está mais do que claro que essa gente passou de todos os limites e precisa, sem mais vacilos, ser imediatamente contida. *Jornalista baiano
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