Dona Zuca a racista, e o menor vítima do racismo |
Família do adolescente procurou a polícia para denunciar a discriminação Em plena semana em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, um aluno do 9º ano da Escola de Ensino Fundamental e Médio Disneylândia, localizada no Conjunto Maguary, em Belém, passou por uma situação inacreditável de agressão por causa da cor de sua pele.
O adolescente negro, tem 16 anos, e segundo sua família denuncia, na quinta-feira, 21, ele estava em sala de aula, apresentando um trabalho junto com outros colegas, quando surgiram as agressões verbais da senhora que é proprietária da escola, conhecida como dona Zuca, de 71 anos.
Os familiares contam que durante a apresentação do trabalho em equipe na aula de Língua Portuguesa, a dona da escola entrou na sala de aula e resolver assistir ao desempenho dos estudantes. Quando o adolescente negro começou a apresentar sua parte no trabalho, dona Zuca teria feito gestos negativos com a cabeça e dito indiretas.
"Ainda bem que no ano que vem certas pessoas não vão está na escola, não quero essas figuras mais na minha escola", teria dito a proprietária, na frente de todos os alunos e dos professores, segundo descreveu o primo do adolescente.
O estudante começou a questionar se as palavras eram para ele e os dois começaram a discutir, quando a dona da escola aos gritos proferiu: "macaco, gorila, viadinho", contou o primo.
"Ele pegou o material e se retirou de sala e ela (dona Zuca) o puxou pela camisa dizendo que ele não havia sido liberado e chegou a dar um tapa nele", complementou.
Na sala de aula havia dois professores, que presenciaram toda confusão junto com os outros alunos. O diretor da escola não estava presente e os familiares do estudante foram chamados pela coordenação. "Minha tia foi chamada e recebida pela filha da dona Zuca e essas foram as orientações dadas pra ela: o aluno não tinha nada que responder de volta, a mãe dela é uma senhora de 71 anos, tem diabetes e outros problemas de saúde. Por isso, ele tinha de ouvir calado e respeitá-la", contou.
Como o diretor da escola não estava, a coordenação liberou o estudante de assistir aula no dia seguinte ao ocorrido e orientou que na segunda-feira, 25, a avó do estudante, deverá voltar para definir a situação escolar do adolescente. A coordenadora teria proposto à avó, que o adolescente volte apenas para fazer as provas finais, a partir da terça-feira, 26. Após a entrega das notas das avaliações o estudante será desligado da escola. Leia mais
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