Mulheres farão ato no 8 de março em frente ao Ministério Público, por mais creches em Belém.
Movimento Mulheres em Luta, Pastoral da Criança e comunidades da capital entregarão dossiê contra a prefeitura por falta de creches.
Se para alguns o 8 de março é apenas mais uma data que a publicidade e o comércio tomaram para si para anunciar seus produtos e incentivar o consumo, para outros esse dia ainda é um dia de luta e mobilização de mulheres de toda a parte do mundo em busca de seus direitos e reivindicações. Dessa forma, neste 8 de março que cairá numa segunda-feira, ocorrerá um ato em frente ao Ministério Público, na Praça Felipe Patroni, a partir das 8:30, em Belém. O ato contará com a presença do Movimento Mulheres em Luta da Conlutas, Pastoral da Criança, representantes das comunidades das Águas Lindas, Guamá, Terra Firme, Canudos e Cremação, além de outras entidades como o Sintepp, Adufpa, Asfunpapa e a Anel. O objetivo do ato é denunciar ao Ministério Público e à sociedade a situação de abandono em que se encontram as crianças da Região Metropolitana de Belém que estão fora das creches pelo fato de existirem poucas e as que existem, em grande parte, estão funcionando em péssimas condições. Esta situação reflete a política que a prefeitura vem adotando já que em cinco anos de administração, não construiu creches e optou por realizar convênios com associações de bairros e centros comunitários, que não obedecem, do ponto de vista da infra-estrutura e de pessoal capacitado, as normas para desenvolver o trabalho de educação infantil com qualidade. Para se ter uma idéia, só na Região Norte, são 91,6% de crianças de 0 a 3 anos sem creches. Na Região Metropolitana da capital paraense são 85,2%. A situação acaba impedindo muitas mães de procurarem emprego, pois elas não têm com quem deixar seus filhos. Segundo Josy Quemel, do Movimento Mulheres em Luta: “Essas mulheres junto com seus filhos, acabam passando por muitas necessidades, por não terem como sustentá-los. Elas (as crianças), acabam correndo risco de abuso e violência.As que trabalham, são obrigadas a deixar seus filhos com os vizinhos, ou o que é pior, elas ficam sozinhas em casa, o que faz com que corram mais riscos ainda,” fala Josy. De acordo com a Semec, Secretaria Municipal de Educação, existem 35 creches espalhadas pela região metropolitana de Belém, porém este número não é suficiente para atender a demanda. Durante o ato, às 10 horas da manhã, ocorrerá uma audiência com o Ministério Público onde uma comissão composta por representantes das entidades e comunidades presentes entregarão às autoridades um dossiê denunciando a situação de creches e cobrando providências da prefeitura e dos órgãos competentes.
Além da questão das creches, outro assunto importante que será abordado no ato, é o da ampliação de seis meses da licença maternidade para todas as trabalhadoras. Será feita a exigência da aplicação imediata da licença maternidade de 6 meses para todas as mulheres, incluindo as do mercado informal e empregadas domésticas, bem como que a licença paternidade seja ampliada para um mês pela necessidade de incluir os homens, na responsabilidade pela educação dos filhos e não permitir que o Estado se isente de suas obrigações.
Ato do 8 de março em frente ao Ministério Público na segunda-feira, 8, a partir das 8:30. Mais Informações: Assessoria de Imprensa: Wellingta Macêdo e Priscila Duque.
Contato: 8885-2220/8878-8587
Movimento Mulheres em Luta: Contato: 3285-9053/91110513 (Josy Quemel)
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