quinta-feira, 5 de junho de 2014

Helder Barbalho pode ter um vice ficha suja: Nenhum parlamentar possui mais investigações contra si no Supremo do que Lira Maia


"Nada está tão ruim que não possa piorar.
Não é que a coligação PMDB e PT já tem um vice governador do arco da velha. trata-se nada mais, nada menos de Lira Maia, do DEM, ex-inimigo do PT no Pará, e agora seu mais devotado aliado.
Meu Deus, quando soube pensei com as minhas estrelinhas:
- Melhor seria que o vice fosse o Mapinguari!!". 

Se o professor e blogueiro Luis Cavalcante acertar sua previsão sobre o vice do Helder,  tem petista que vai ter que usar máscara  para andar pelas  ruas ao lado de Lira Maia.

Via Congresso em Foco

Lira Maia um dos campeões em investigação no Supremo (leia mais na página 11), é alvo de 13 processos: quatro ações penais (484, 517, 518 e 524) e nove inquéritos (2742, 2762, 2875, 2991, 3036, 3049, 3057, 3058 e 3301). As acusações envolvem crimes eleitorais, peculato, crime contra o trabalho, contra a administração pública e de responsabilidade. Prefeito de Santarém (PA) durante oito anos, é acusado de irregularidades em 24 licitações para a compra de merenda escolar em 2000 naquela cidade. No ano passado, Lira Maia afirmou à revista que “todos os processos foram abertos com motivação política”. “Tais processos eram uma tentativa de me descredenciar perante os eleitores.”

Câmara e o elevado número de investigações a que respondem no Supremo Tribunal Federal (STF). Os deputados Lira Maia (DEM-PA) e Abelardo Camarinha (PSB-SP) são os únicos parlamentares que acumulam atualmente mais de uma dezena de procedimentos na mais alta corte do país. Juntos, eles devem explicações à Justiça em 26 processos. Os dados fazem parte de levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco.
. Correm contra ele 14 processos: dez inquéritos (investigações preliminares) e quatro ações penais (processos que podem resultar na condenação). O deputado paraense é acusado em sete procedimentos de ter cometido o chamado crime de responsabilidade, infrações administrativas atreladas ao exercício da função pública. A condenação, nesses casos, pode implicar a perda do mandato.


O deputado também é suspeito de peculato (desvio de recursos públicos), crimes contra a Lei de Licitações, contra a organização do trabalho e praticados por funcionários públicos em geral, além de emprego irregular de verbas públicas. As denúncias dizem respeito ao período em que Lira Maia foi prefeito de Santarém (PA), município de 295 mil habitantes localizado a 1,3 mil km de Belém.

O número de investigações chegou a ser maior. Em março, o Supremo arquivou um inquérito (Inq 2858) contra Lira Maia por prescrição, ou seja, porque venceu o prazo para o julgamento do caso. O procedimento se referia a atos praticados em 2002 e 2003, quando ele exercia o segundo mandato na prefeitura de Santarém. O crime de responsabilidade prescreve em oito anos, o que ocorreu em 15 de fevereiro.

Suspeita de superfaturamento

Em uma das ações a que responde (AP 524), Lira Maia é acusado pelo Ministério Público Federal de envolvimento em irregularidades em 24 processos licitatórios para a compra de merenda escolar em Santarém em 2000. Segundo a denúncia, o superfaturamento chegou a R$ 1,97 milhão em valores da época. As suspeitas recaem sobre outras 30 pessoas, que respondem ao juiz de primeira instância. De acordo com a acusação, participaram das concorrências públicas “empresas de fachada” que ofereceram produtos com preços acima do mercado, o que contrariaria a Lei das Licitações.

Ao aceitar a denúncia do Ministério Público Federal, o relator do processo, Ricardo Lewandowski, disse que o fato de ser prefeito do município à época das irregularidades deixava Lira Maia “muito próximo dos eventos tidos como delituosos, o que permite que se considere a possibilidade de neles estar envolvido”. 

Na defesa ao STF, o deputado atribuiu a diferença nos preços das licitações às condições geográficas de Santarém, que elevariam o valor do frete. Além disso, segundo ele, a Secretaria Municipal de Educação tinha autonomia para gerir suas próprias atividades de forma descentralizada, sem interferência do prefeito, e era fiscalizada pelo Conselho de Alimentação Escolar. “A atribuição de competência a outro órgão pode afastar a responsabilidade civil, mas não a criminal. Não se está fazendo juízo de antecipação, mas não se pode coartar [reprimir] a tentativa do Ministério Público de provar os fatos. Mesmo com a descentralização, não se pode desprezar a possibilidade de que tenha atuado como mentor ou anuído ao crime”, disse à época o ministro Lewandowski, ao explicar o recebimento da denúncia.

Procurado, o gabinete do deputado informou ontem que estava reunindo informações sobre os processos e que enviaria uma resposta em seguida ao site. Em setembro de 2008, o deputado disse ao Congresso em Foco que os processos movidos contra ele eram produto de perseguição política. “Todos os processos foram abertos com motivação política, como forma de tentar me descredenciar perante os eleitores numa tentativa de arregimentar algum proveito político em minha região. Tenho total confiança na imparcialidade do poder Judiciário, que é o órgão competente para fazer o julgamento dos processos existentes”, afirmou na época.

(Após a publicação da reportagem, o deputado enviou mensagem ao Congresso em Foco em que explica as denúncias relativas às ações penais e diz que os inquéritos tratam basicamente dos mesmos assuntos. Leia a nota)

“Independência financeira”

Com 12 procedimentos no STF, Camarinha é o segundo parlamentar com mais pendências na corte. São quatro ações penais e oito inquéritos. Um terço desses processos está relacionado a delitos considerados de menor gravidade, os chamados crimes contra a honra.  O deputado, no entanto, responde a duas investigações por crimes contra a ordem tributária, duas por crimes contra a Lei de Licitações, e uma por improbidade administrativa, por crime de responsabilidade, por crime ambiental e contra as finanças públicas. Camarinha é membro suplente do Conselho de Ética da Câmara.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu amigo, o que vou dizer para meus filhos ?
Eu que combati a política do PFL e que fortaleci o PT. Nestas eleições vou fugir do Pará com a família, não consigo acreditar. Em tempos de Copa é como a entrega de um jogo ao adversário.