quarta-feira, 24 de maio de 2017

Trabalhadores e movimentos sociais em Brasília contra as reforma

A forte pressão popular e a organização da classe trabalhadora fizeram da Greve Geral do dia 28 de abril um marco na história de lutas do Brasil. O movimento paredista atingiu fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia. O golpista Temer, seus asseclas no Congresso Nacional e os financiadores do golpe perceberam que o povo brasileiro não vai recuar e nem permitir que seus direitos sejam roubados.
Com a reforma trabalhista tramitando no Senado e a previdenciária às vésperas de ser votada na Câmara Federal, precisamos persistir e engrossar as fileiras de resistência, intensificando a unidade.
No dia 24 de maio, vamos ocupar Brasília para, mais uma vez, deixarmos claro que a classe trabalhadora, os movimentos sociais e todo o conjunto da sociedade repudiam toda a retirada de direitos. Vamos Ocupar Brasília e dizer #NãoaosladrõesdeDireitos, às 14h, no Estádio Mané Garrincha.

Reforma trabalhista

De volta à escravidão, é para onde toda a classe trabalhadora será remetida caso o Senado Federal vote favorável à reforma trabalhista, já aprovada pelos deputados.
Esse pacote de malvadezas, de uma só vez, aumenta o risco social, elevando os níveis de desemprego e, consequentemente, a pobreza; troca o emprego “formal” pelo “bico”; esfacela a organização sindical; dificulta a ação coletiva pela defesa e ampliação de direitos e inviabiliza a atuação da Justiça do Trabalho. Na prática, o trabalhador ficará sozinho para negociar suas condições de trabalho e exigir seus direitos junto ao patrão.
Caso aprovada a reforma trabalhista:
– O intervalo do almoço será reduzido a apenas meia hora;
– Quem trabalha menos de 30 horas semanais receberá um salário inferior ao mínimo;
– Daremos adeus às férias de 30 dias;
– Teremos jornada de trabalho diária e semanal sem qualquer limitação;
– Será o fim dos concursos públicos;
– Nos despediremos do trabalho com carteira assinada;
– O negociado entre patrão e empregado valerá acima da legislação trabalhista e do determinado nos acordos e convenções coletivas de trabalho;
Reforma da Previdência
Com o intuito de fazer com que os homens e mulheres de nosso país trabalhem até morrer, a reforma da Previdência do ilegítimo Temer promove um completo desmonte da nossa Seguridade Social, deixando o cidadão desamparado nos momentos em que ele mais precisa.
Fingindo-se de surdos aos apelos dos diversos segmentos da sociedade, os golpistas retiram direitos e ignoram as diversidades que compõem o povo brasileiro.
Uma vez aprovada, a reforma da Previdência:
– Aumenta a idade mínima de aposentadoria, 65 anos para os homens e 62 para as mulheres inicialmente, sendo aumentado no decorrer do tempo;
– Exige 40 anos de contribuição para acessar a aposentadoria integral;
– Acaba com todas as aposentadorias especiais;
– Reduz o valor das pensões e benefícios do INSS em até a metade do que é hoje;
– Acaba com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que é pago às pessoas idosas ou com deficiências de família pobre;
– Aumenta o tempo de contribuição para os trabalhadores rurais que terão que recolher a contribuição individual por 20 anos e também eleva a idade para 60 anos.
Fonte: CUT Brasília

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