"As crises no abastecimento de água, na coleta de lixo e o aumento da passagem de ônibus marcaram a semana do meio ambiente na grande Belém" Por José Oeiras*

A Semana Mundial de Meio Ambiente que encerrou neste sábado 8 teve muito pouco a comemorar, seja a nível planetário com o aumento do aquecimento global, seja no Brasil com o aumento do desmatamento da Amazônia, o desmantelamento das políticas ambientais e a retirada do

Brasil do pacto Internacional das mudanças climáticas pelo governo neo fascista de Jair Bolsonaro e a nível da Região metropolitana de Belém (RMB) com o aumento da passagem de ônibus (que interfere 30% no salário de quem ganha até 1,5 salário mínimo) e não se vislumbra nenhuma solução para o caos no sistema de mobilidade urbana.

Por outro lado, aprofunda o estresse hídrico com a precariedade do abastecimento de água onde 30% da população de Belém e 65% de Ananindeua não têm água potável. Essa situação é agravada por um alto índice de desperdício de água que chega a mais da metade da água captada e tratada graças a vazamentos e tubulações antigas entre outras ações danosas, ou seja de cada 100 litros captado e tratado 52 litros vão pro ralo superior ao índice nacional que é de 100 litros para 38 litros desperdiçados.

Para agravar a situação do caos ambiental, estamos passando pela mais seria crise na política do setor de resíduos sólidos na história da RMB com o fechamento do lixão de Marituba da Empresa REVITA que está funcionando precariamente devido uma liminar da Justiça que deu um prazo de 4 meses para as prefeituras resolverem o destino final do lixo. Esta crise é de responsabilidade dos prefeitos Zenaldo e Pioneiro (PSDB) que não cumpriram as normas e determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei Federal 12.305 de 2010) que estabeleceu o dia 2 de agosto 2014 o prazo final para as prefeituras fechassem os lixões a céu aberto e construísem Aterros Sanitários.

Entretanto, apesar de todo essas celeumas socio ambientais, a Semana teve seu lado positivo com inúmeras práticas de educação ambiental promovidas por instituições de ensinos, escolas e organizações da sociedade civil que tem se mobilizado para salvar o planeta dos desastres ambientais.

Neste caso, participamos da XIV Semana de Meio Ambiente da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária) e da JPS (Jovens Profissionais de Engenharia Sanitária) com uma imersão técnica no sistema de captação de água ETA Bolonha (as margens do Rio Guamá) com a participação de jovens estudantes de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A luta continua por um mundo ambientalmente sustentável!

#PorUmaTransicaoEcologica 

#ContraODesmonteDasPoliticasAmbientais

#VivaAAmazonia

#ForaLixaoDeMarituba

#AguaEVidaENaoMercadoria

#ContraAPrivatizacaoDoSaneamento

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*José Oeiras, 56, educador Ambiental, membro do Conselho Gestor da APA Metropolitana de Belém, da Rede Paraense de Educação Ambiental (REDE PAEA), coordenador estadual do Núcleo de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT Pará, do coletivo de Formação da Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT Nacional (SMAD) e é Secretário Geral do PT Belém.