segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Quem vai reconstruir Belém?

Edmilson Rodrigues 
Éder Mauro
Bordalo
Celso Sabino
Úrsula Vidal
Belém, uma cidade destruída
Belém está suja e triste. A sua imagem hoje mais marcante são os  concretos  da obra do BRT na sua avenida principal, o que lhe dá a feição duma cidade destruída. Somem-se a isso os péssimos serviços municipais nas áreas de saúde, mobilidade urbana e infraestrutura. Em quase 16 anos, as duas administrações - a passada com Duciomar Costa e a atual com Zenaldo - deixaram a cidade das Mangueiras nesse estado. O próximo gestor vai ter grande trabalho para reconstruí-la e melhorar a autoestima dos belenenses.
Alguns nomes despontam como possíveis pré-candidatos à prefeitura de Belém, ou seja, “operários” para reconstruir a capital:
Deputado Edmilson Rodrigues (PSOL): já foi prefeito, fez uma boa gestão, mexeu na cidade. A periferia e o setor de educação foram as suas marcas. Incomodou as elites papa-xibé, "que um dia vão  ter que perder os seus luxos", como recita o poeta paraibano Miguel Lucena. Desponta como um dos melhores “operários” para operar a reconstrução da cidade.
Deputado Éder Mauro (PSD): é um dos nomes fortes na disputa, mas vai pesar o seu  apoio cego ao governo Bolsonaro, que hoje  tem grande índice de rejeição na capital belenense, com o agravante do voto  favorável à Reforma da Previdência. Tem forte rejeição na camada LGBT de Belém, uma das maiores do Brasil.
O PT não deve disputar a sério a prefeitura. Pode lançar um nome laranja  para tentar aumentar sua bancada na Câmara de Vereadores, ou apoiar Edmilson ou alguém indicado por Helder Barbalho. Se não quiser ter só um  nome para constar na urna, como foi o do senador Paulo Rocha para o governo do estado em 2018. Tem a candidatura do deputado Bordalo, o melhor nome do partido.
Deputado Celso Sabino: representa a elite papa-xibé que colocou Belém nesse caos. Tem na veia a origem familiar da famosa época da Borracha, quando a elite mandava lavar as roupas na Europa. Belém é vítima de políticos que não gostam da cidade e do seu povo. Talvez seja hoje dentre as metrópoles a capital mais atrasada do país. O PSDB de Celso Sabino é o partido responsável por isso. 
Úrsula Vidal (sem partido): tem montado e desmontado palanques, talvez seja a novidade da nova política. Não se enquadra no velho dogma do partido único da velha esquerda. Tem feito uma boa gestão na cultura, vai do erudito ao popular. Talvez seja um dos melhores nomes para reconstruir a cidade. Mas as mudanças de palanque podem cobrar um preço e, se vier mesmo a disputar, talvez tenha que ficar refém de velhos grupos políticos. Depois, se eleita, pode chutar a bola e ir em frente.

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