O início do governo "Presente!" foi bom em itens como segurança, retomada das obras paradas do governo Jatene, área cultural, diálogo com a sociedade civil, o abastecimento de água pela Cosanpa foi regularizado, a comunicação do governador, via redes sociais, deu respostas rápidas em todas as áreas. Até julho o governo se manteve bem na pista.
De agosto em diante, começou a patinar. As respostas nas redes sociais começaram a ser mera divulgação de propaganda governamental, promessas de obras e as famosas placas começam a aparecer em todo estado; patina também a política de inclusão para juventude, emprego e renda e do projeto digital para levar internet aos grotões do Pará não se tem notícias.
O antigo Pró Paz, agora Pará PAZ, virou uma seita de ação social evangélica.
Existem denúncias de tortura de presas em presídios femininos (esta fatura é do ministro Moro) e o episódio, de repercussão nacional, da prisão dos brigadistas de Alter do Chão, caluniados por madeireiros.
Em dezembro a derrapagem foi geral: as lambanças da chefe de gabinete da primeira dama (leia aqui), as constantes falhas no fornecimento de água, pela Cosanpa, e a aprovação da Reforma da Previdência, apelidada de "Pacote de Maldades do governo Helder". Tal aprovação foi patrocinada pela maioria dos deputados da base governista, sem nenhum debate com os servidores públicos, que foram reprimidos no dia da votação, em frente da ALEPA, com bombas e tiros de borracha.
2020 promete
Ano de eleição, o governo que quase não tem oposição vai ter que pisar em ovos para costurar acordos políticos, visando impedir que uma parte da sua base de apoio passe para o outro lado. Três disputas inicialmente devem tirar o sono do governador: Belém, Ananindeua e Santarém, onde aliados do governo estarão em palanques diferentes.
Mas isso é tema para um artigo sobre eleições municipais.
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