Muita estrela pra pouco céu
A disputa eleitoral em Ananindeua se tornado uma batalha que faz inveja a qualquer filme de guerra.
Quando se fala da disputa pelas 25 vagas à Câmara Municipal então, a coisa fica ainda mais feia e tem se tornado um enfrentamento feroz.
Mas, a maioria dos pré-candidatos parece ainda não ter entendido a matemática do voto, e que é decisiva para que se tenha reais condições de ser eleito.
Primeiro, são apenas 25 vagas na Câmara Municipal de Ananindeua, e na disputa temos mais ou menos 900 pré-candidatos.
Segundo, nos partidos considerados "grandes", deve-se considerar que há 25 vereadores que deverão vir para a reeleição, além de vários ex-secretários da atual gestão, que também, deverão lançar suas candidaturas, e muitos concorrerão nos mesmos bairros e brigando pelos mesmos votos com àqueles pré-candidatos que já estão que batalhando, mas com muito poucos recursos ou sem o apoio direto do majoritário apoiado pelo atual gestor municial.
Sabem o que isso significa? Pois bem. O partido que hoje tem o candidato apoiado pelo atual prefeito, só poderá fazer, no máximo 15 vereadores. Muitos deverão ficar de fora, inclusive muitos medalhões (atuais vereadores e ex-secretários), que podem conquistar seus 3 mil votinhos. Imagine então os que não tem o poder financeiro para investir pesado em suas campanhas. Ou seja, muitos ficarão à mingua.
Agora cabe algumas perguntinhas: estes pré- candidatos têm mesmo chances de se eleger nesse cenário? Ou só estão sendo usados para "fazer número" para preencher espaços e diminuir as chances dos partidos considerados "menores"? Será que não estão sendo apenas iludidos para mostrar a "força" destas partidos maiores? Isto é, massa de manobra? Vale a pena refletir.
Com um coeficiente tão alto, o que restam são promessas vagas de cargos de emprego que, certamente, não poderão ser cumpridas. Será que há mesmo tantas vagas ofertadas de DAS na gestão municipal?
Pensemos juntos. Fazendo um cálculo rápido, nas alianças dos chamados partidos robustos,candidatos precisarão de, no mínimo 3 mil e quinhentos votos para começar a sonhar em sentar na tão sonhada cadeira do Legislativo Municipal.
Já nos partidos menores, esse número vai ficar entre 1.000 à 1.500. Quanta diferença. A disputa aqui, certamente, será mais igual e justa.
No pequeno caminho que separa os pré-candidatos das urnas, principalmente, para os que possuem poucos recursos e que batalham realmente pelas suas comunidades, vale a pena pensar muito bem de que lado do tabuleiro de xadrez se deva ficar.
Os pré-candidatos destes partidos grandes (ou inchados?), devem avaliar tanto a grandeza das promessas dos aproveitadores de plantão, quanto a real possibilidade de uma eleição.
Cuidado com o brilho do ouro de tolo.
Fica a dica
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