domingo, 14 de junho de 2020

Toffoli reage a Bolsonaro e diz que ataque ao STF parte de agentes do próprio Estado


  
Via 247 - Por meio de nota divulgada neste domingo (14), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, reagiu aos ataques bolsonaristas contra a Corte ocorridos na noite deste sábado (13), após cerca de 30 manifestantes bolsonaristas autodenominados “300 do Brasil” dispararem fogos de artifício na direção do edifício principal do STF, na Praça dos Três Poderes, enquanto xingavam os ministros.

“O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão”, afirmou.

Diferentemente de outros momentos em que tentou minimizar as ações contra o Poder Judiciário, Toffoli apontou que que os ataques à Corte são financiados ilegalmente e são estimulados por integrantes do próprio Estado, ‘apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer’.


“Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira”, frisou.



Leia a íntegra da nota de Toffoli:

Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.

Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos, Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.

O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.

Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira

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