Segundo informações da Folha de São Paulo, os deputados Samuel Viana (Republicanos-MG), Yuri do Paredão (MDB-CE), Luciano Vieira (Republicanos-RJ) e Junior Mano (PSB-CE) decidiram se desfiliar. Outro nome que já sinalizou sua saída é Robinson Faria (RN). Samuel Viana, que trocou o PL pelo Republicanos, explicou que a influência da ala mais radical do partido, chamada internamente de "direita raiz", tornou inviável sua permanência. “Os parlamentares da ala extremista queriam impor que todos votassem contra [a esquerda]”, afirmou o deputado, que se declarou contrário ao extremismo político que, segundo ele, passou a ditar os rumos da legenda desde a filiação de Jair Bolsonaro. Junior Mano foi expulso após declarar apoio a Evandro Leitão (PT), que venceu a eleição para a Prefeitura de Fortaleza, derrotando o candidato do PL, André Fernandes. Em uma postagem nas redes sociais, Mano afirmou que sua saída foi exigida pelo ex-presidente Bolsonaro. “Todos sabem que Bolsonaro está no comando do partido e foi ele quem solicitou minha expulsão”, escreveu.
Já Luciano Vieira deixou o PL para apoiar seu irmão, Leo Vieira (Republicanos), na disputa pela Prefeitura de São João de Meriti (RJ). A decisão, segundo ele, foi combinada com a legenda, que aceitou sua saída diante do cenário local. Yuri do Paredão também se desfiliou e se juntou ao MDB. Ele justificou a decisão como uma defesa ao diálogo e ao respeito às instituições, além de reforçar seu apoio ao governo Lula.
De um total de 99 deputados eleitos em 2022, o partido conta agora com 94, enquanto parlamentares centristas apontam dificuldades em permanecer em uma legenda cada vez mais dominada por uma pauta conservadora e extremista.
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