Via Gov.Br
Pesquisa traz informações sobre escolas, professores, gestores, turmas e alunos da educação básica. Dados foram apresentados nesta quarta-feira (9/4), em coletiva de imprensa realizada em Brasília (DF). Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta quarta-feira, 9 de abril, os resultados da primeira etapa do Censo Escolar 2024, que apresenta informações sobre todas as escolas, professores, gestores e turmas, além das características dos alunos da educação básica. O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Inep, Manuel Palacios, contextualizaram os principais dados durante a coletiva de imprensa, na sede do MEC, em Brasília (DF).
O ministro Camilo Santana ressaltou a relevância do Censo Escolar para se ter acesso a dados importantes da educação, bem como para garantir a transparência da informação e permitir que cada política possa ter o seu resultado efetivo. Ele também anunciou que o MEC está consolidando novos dados de 2024 para apresentar os resultados de algumas políticas públicas, principalmente do Pé-de-Meia. “O Censo Escolar já dá sinalizações na importância do programa. Inclusive, é um programa que a gente cruza três dados importantes: dos censos Escolar e Superior, do CadÚnico [Cadastro Único] e do Gestão Presente, plataforma do MEC de dados da educação básica”.
O presidente do Inep, Manuel Palacios, destacou o processo de universalização do acesso à educação. “O país, há poucas décadas, não conhecia essa experiência de escolarização e, hoje, temos mais de 90% dos jovens e crianças até os 18 anos frequentando a escola básica. Além disso, temos taxas de universalização no ensino fundamental”, comentou, Palacios.
Matrícula – De acordo com a pesquisa estatística, em 2024, foram registrados 47,1 milhões de estudantes, distribuídos em 179,3 mil escolas, considerando todas as etapas educacionais. Houve uma redução de 0,5% nas matrículas, em comparação a 2023, o que corresponde a 216 mil alunos a menos. A rede pública teve uma queda de cerca de 310 mil matrículas nesse quesito. Por outro lado, a rede privada expandiu 1%.
De acordo com o diretor de Estatísticas Educacionais (DEED) do Inep, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, “a pequena variação nas matrículas não é, necessariamente, um problema, desde que essa queda esteja nos limites das coortes das diferentes etapas”, explicou. “Pode haver redução, dada a dinâmica demográfica brasileira”, completou.
Moreno também ressaltou a importância da cooperação federativa para o desenvolvimento educacional. “Quase metade dos estudantes da educação básica são atendidos pelos municípios. Nesse contexto, a coordenação entre MEC, governos estaduais e municipais, é essencial para dar conta do desafio no atendimento a essa população”, avaliou.
Educação infantil – O Censo Escolar de 2024 registrou 78,1 mil creches em funcionamento no Brasil. Esse atendimento foi afetado pela pandemia, de forma relevante, entre 2020 e 2021, com um recuo de 6,4% nas matrículas. No entanto, entre 2021 e 2024, verificou-se uma recuperação, nas redes privada e pública, com crescimento de 36,2% e 16,8%, respectivamente — cenário que consolida valores superiores ao período pré-pandemia.
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