A programação iniciou com atividades circenses conduzidas pelo Palhaço Pracaxi e por Tia Cíntia, levando leveza, riso e acolhimento às crianças e famílias presentes.
Em seguida, ocorreu a roda de conversa “Vozes de Si: Saúde Mental”, mediada pela psicóloga Gleyci Itaguari, que promoveu reflexões necessárias sobre autocuidado e bem-estar emocional, especialmente na rotina de mulheres que conciliam trabalho, casa, maternidade, comunidade e criação artística.
O encontro também abriu espaço para o diálogo “O Acesso das Mulheres a Editais de Fomento”, uma mesa fundamental para discutir desigualdades estruturais no campo da cultura. A conversa reuniu mulheres de forte atuação em seus territórios, entre elas Mestra Jesus, do Marajó; Cris Araújo, do Quilombo do Abacatal; e Lorena Saavedra, produtora cultural que destacou a relevância da presença feminina em espaços decisórios.
A mediadora Luziane Ribeiro ressaltou a importância do tema:
“Discutir o acesso de mulheres a editais de fomento é discutir justiça cultural. Muitas vezes, quem produz cultura em territórios tradicionais e periféricos não consegue acessar esses recursos. Essa mesa foi essencial para visibilizar esses desafios e pensar caminhos coletivos.”
O evento encerrou com apresentações culturais que celebraram o carimbó e as tradições amazônicas, reafirmando a potência da arte feita por mulheres e para mulheres.
Ao final do encontro, a organizadora Mestra Regina Lopes agradeceu a participação de todas:
“A presença de cada pessoa aqui mostra a potência da cultura feita por mulheres em Ananindeua. Este evento é uma celebração da nossa força, da nossa ancestralidade e do nosso compromisso em manter vivas as tradições que nos sustentam.”
O I Encontro de Manas de Ananindeua deixa como legado o fortalecimento de redes, a valorização da cultura feminina e a abertura de novos caminhos para que mais mulheres possam acessar e construir políticas culturais no município e na região amazônica. (Centro Comunitário São Sebastião – Ananindeua, PA)




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