Eduardo Bueres "A quem interessa que o orçamento para a Cultura no Estado, no município e na União continue às migalhas?"

A quem interessa que o orçamento para a Cultura no Estado, no município e na União continue às migalhas?

Hoje o movimento dos que lutam por mais verbas para esse setor se mobiliza para aprovação das PEC que tramitam no Senado e na Câmara federal, para aumento da receita para a Cultura, que sempre foi o patinho feio das administrações públicas.

Aqui no Pará temos hoje um quadro que é diferente e bem distante das administrações das obras dos tapetes vermelhos, e das migalhas, -- ás vezes nem isso -- para o setor cultural. Hoje inegavelmente as ações culturais do governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, têm sido motivo de elogios de todos o setores que mexem com a Cultura. Existem ações em todo Estado feita pela Secretaria de Cultura, que vão da Feira do Livro, dos Salões do livro, os editais inéditos como o Quilombolas e Glbt, os festivais de música, a recuperação do patrimônio cultural do Estado, como foi a Igreja da Sé.

Hoje no estado existe uma política cultural participativa e uma gestão democrática tendo à frente o secretário Edilson Moura, que com seu estilo discreto, sem plumas e paetês, vem conduzido a política cultural do Governo do Estado. A pergunta que não que calar: porque ser contra o aumento da verba para a cultura, o aumento vai prejudicar a cultura no Estado? Vai parar as ações que o governo vem fazendo no setor? Ou a tentativa de questionar o aumento é meramente eleitoral e visa tentar desgastar e desqualificar o governo, já é a campanha eleitoral? Será que o setor ligado a Cultura é contra o aumento?. Temos a turma do contra, todas as ações do governo têm que ter um engessamento. O intuito é meramente eleitoral e não “blogueristico”, RSS ou jornalístico, para quem é blogueiro e jornalista: "parem o governo queremos ganhar a eleição, não temos políticas, mas queremos voltar".

O ruim dessa história é que os "espaços abertos e democráticos" começa a mostrar suas garras, uma coisa é questionar, é o dever da sociedade, a outra é tentar meramente fazer campanha eleitoral e se dizer imparcial (tem blog marrom, chapa branca, estou com raiva, quero agradar todo mundo, blog do cheirandão, etc..) os governos mudam, o Estado fica. Como músico e artista mando através desse espaço meu protesto contra aqueles que querem usar a cultura como bode expiatório.


Eduardo Bueres - Músico, Compositor e Membro do Banda "Eduardo Bueres e Comitiva do Boi Estrelado"