quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Senadora eleita Marinor Brito

Deu no site do Senado Federal


Marinor Brito legítima representante da Lei da Ficha Limpa. É assim que se considera a senadora Marinor Brito, eleita pelo PSOL do Pará. Segundo previu, a Lei Complementar (LC) 135/10 - que estabelece a inelegibilidade de candidatos condenados por decisão colegiada da Justiça - "será um divisor de águas na história política do país".

- Eu acho que a Lei da Ficha Limpa e a mobilização social trazem um elemento de mudança nos valores do povo em relação aos políticos. E as urnas já demonstram isso, já que mais de 70% dos candidatos barrados por essa lei foram rejeitados pelos eleitores - comentou.

Marinor e Flexa Ribeiro (PSDB) foram os dois eleitos para o Senado pelo Pará, conforme anúncio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a eleição de 3 de outubro. Nesse resultado, o TSE não considerou os votos obtidos por Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), cujas candidaturas foram vetadas pela Justiça Eleitoral. Com base na Lei da Ficha Limpa, eles foram considerados inelegíveis por terem renunciado a mandatos para fugir de processo de cassação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a decisão do TSE contra a candidatura de Jader Barbalho, decisão que alcança também Paulo Rocha. Nesse cenário, a candidata pelo PSOL seria confirmada eleita. O PMDB, no entanto, defende que seja realizada nova eleição, argumentando que, com a decisão do Supremo, a maioria dos votos no Pará serão anulados pela Justiça Eleitoral.

- Estou segura. Acho que não haverá novo pleito. Os candidatos ao Senado não precisam ter um percentual específico de votos para serem considerados eleitos - disse ela.

Ainda sob inspiração da LC 135/10, Marinor Brito disse que pretende encaminhar projeto de reforma eleitoral ao Senado, caso sua eleição seja definitivamente confirmada. Convencida de que essa norma estabeleceu uma nova forma de relacionamento do cidadão com o processo eleitoral, a senadora pelo Pará sinaliza que a proposta deverá combater práticas nocivas ao exercício da política, como abuso de poder econômico e uso da máquina pública.

Belo Monte

A questão ambiental e a defesa dos direitos humanos devem sobressair na atuação parlamentar de Marinor. Nessa primeira área, ela pretende envolver o Senado na discussão sobre a Hidrelétrica de Belo Monte. A senadora eleita apontou falhas no licenciamento ambiental da obra e teme por perdas no patrimônio cultural de algumas cidades importantes do Pará, como Altamira, que teria parte de seu território inundado.

Coordenadora do Fórum de Enfrentamento da Violência contra a Criança e o Adolescente no Pará, Marinor Brito também quer trazer para o Senado sua experiência no combate à exploração sexual de menores. Assim como em outras partes do país, a parlamentar lamentou que a população infanto-juvenil de seu estado sofra com a desassistência a vítimas de violência.

Por fim, a senadora se colocou como "defensora radical da democracia" e prometeu fazer uma oposição qualificada ao novo governo. Marinor Brito também deve se valer de instrumentos de participação popular para pautar seu mandato em defesa dos interesses do povo paraense.

2 comentários:

MARCIO VASCONCELOS disse...

JADER vai ganhar no STF, e deverá ser o senador empossado.
Vou torcer que a MARINOR um dia seja senadora eleita pelo PARÁ, não da forma biônica

Anônimo disse...

>>>tomara que esses vacilos da burguesia continuem acontecendo, só assim vamos ganhando espaços pra nossos verdadeiros representantes!!!!!!

marinor com a força do Povo!

zeca pedra - militante sindical