sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ministério Público prende 12 por fraude licitações em Campinas (SP) Entre os acusados, permanece foragido o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra, do PT

Ex-diretor técnico da Sanasa, Aurélio Cance Júnior, é visto na viatura policial após ter sido detido em Campinas

Entre os investigados, mulher do prefeito é suspeita de ser a mentora das fraudes e de receber 7% dos contratos fraudulentos

 O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e a polícia informaram que já foram presos 12 envolvidos no suposto esquema de fraudes em licitações da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), companhia de Campinas, no interior paulista. A operação começou por volta das 6 horas e cumpre 20 mandados de prisão. Entre os envolvidos no caso estão a mulher do prefeito de Campinas, Rosely Nassim, e o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT).
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Conforme suspeitas da promotoria, a primeira-dama seria a mentora das fraudes. Depoimentos tomados ao longo da apuração indicam que ela receberia valores de até 7% dos contratos fraudulentos. Rosely é chefe de gabinete do marido, Dr. Hélio (PDT). Ele, por sua vez, não é ainda alvo da investigação porque possui foro privilegiado perante o Tribunal de Justiça.
Na semana passada, a primeira-dama de Campinas obteve habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado que a livra de qualquer "medida coercitiva". Assim, ela não será presa hoje, mas continua sendo investigada. Rosely nega participação no esquema.
Foto: AE
Ex-diretor técnico da Sanasa, Aurélio Cance Júnior, é visto na viatura policial após ter sido detido em Campinas
Policiais e a promotoria organizaram um cerco à Prefeitura de Campinas e fizeram uma devassa no quarto andar do prédio, onde fica o gabinete do prefeito. Dr. Hélio. Entre os acusados, permanecem foragidos o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra, do PT, e dois auxiliares considerados muito próximos ao prefeito: o secretário de Segurança, Carlos Henrique Pinto, e o secretário de Comunicação, Francisco de Lagos. Ambos fazem parte da chamada "República de Corumbá", cidade de Mato Grosso do Sul de onde, há alguns anos, vieram para Campinas.
 

2 comentários:

Guilherme Marssena disse...

Este vice prefeito deve ser da mesma Tendência do Vereador e ex-vereador do Município de Portão-RS que foram presos por falcatruas em construcção de casas populares.Se quiserem saber o nome destes dois pilantras gaúchos é só acessarem http://sul21.com.br/jornal/ e procurarem esta notícia.

Guilherme Marssena disse...

" OPERAÇÃO HABITARE"Prende Vereadores do PT em Portão.
Rachel Duarte

Uma operação realizada em conjunto pela Promotoria de Justiça de Portão e a Brigada Militar resultou na prisão preventiva de um vereador e um ex-vereador do município de Portão na manhã desta quinta-feira, 19. Segundo a investigação de mais de sete meses, os dois acusados se apropriaram de R$ 800 mil destinados à construção de casas populares. Os presos foram João Pedro Gaspar dos Santos e Clério Von Müllen, ambos do PT.

O esquema fraudulento funcionava da seguinte forma: moradores contraíam, por meio de associações de bairros ou cooperativas, financiamentos para construção de moradias. Os acusados colocavam comparsas nos cargos diretivos das associações e cooperativas, para onde eram enviadas verbas públicas. Em seguida, as casas eram construídas parcialmente e com materiais de segunda linha, lesando as vítimas.

O promotor de Justiça responsável pela ação, denominada “Operação Habitare”, Marcelo Tubino Vieira, também concluiu que os acusados, percebendo a investigação do Ministério Público, passaram a embaraçar o trabalho, cooptando a confiança de testemunhas, intimidando-as e desfazendo-se de provas e valores. A partir das 12h desta quinta-feira, 19, o Promotor concederá mais detalhes sobre a ação no Fórum de Portão.

Nos próximos dias, a Promotoria de Justiça pretende examinar o material apreendido e oferecer denúncia por crimes de apropriação indébita, falsidades ideológicas, associação criminosa (bando ou quadrilha) e lavagem de dinheiro contra os dois investigados atualmente presos e, no mínimo, mais duas pessoas que fazem parte do esquema. As penas poderão variar de seis a 20 anos de reclusão.

Fonte: Ministério Público e Câmara de Vereadores de Portão
Portão fica no Rio Grande do SUL.