quinta-feira, 9 de junho de 2011

Extra: Cai Ministro das Relações Institucionais Luiz Sérgio

Luiz Sérgio


Do Blog do Estadão Christiane Samarco e Denise Madueño

O ministro Luiz Sérgio, das Relações Institucionais, já disse à presidente Dilma Rousseff que não vai mais continuar no cargo. Dilma ficou de definir, em reunião marcada para esta sexta-feira, 10, como será o ritual da troca do ministro que, pelo menos em tese, é o responsável pela articulação política do governo. Dilma também vai definir como será feita a escolha do substituto. Um dos nomes cotados é o atual líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza.
A saída de Luiz Sérgio já era tratada pelo PT e ganhou força após a demissão de Antonio Palocci, na terça-feira, 7. Dentro do partido eram frequentes as críticas ao desempenho do ministro antes mesmo da crise que atingiu a Casa Civil. Segundo interlocutores próximos a Dilma, a presidente queixava-se que o ministro não tinha o trânsito esperado na Câmara e no Senado.

Petistas mantêm a expectativa de uma definição ainda nesta sexta sobre a situação de Luiz Sérgio. Interlocutores da presidente informam que ela ainda não está convencida de que a bancada do PT na Câmara consiga fechar uma fórmula de consenso para resolver o esquema de articulação política do governo.

O PT está dividido na indicação. O grupo ligado ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e ao líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), querem o cargo para Arlindo Chinaglia (PT-SP) e tirar o comando da articulação política, até agora, nas mãos da ala ligada ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Vaccarezza, porém, costurou apoio entre os outros partidos da base, entre eles o PMDB, PSB, PCdoB e PDT. Nesta manhã, Vaccarezza esteve com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o líder peemedebista no Senado, Renan Calheiros (AL), obtendo o apoio também dos senadores do partido. O PMDB entende que Vaccarezza é um nome mais amplo e com trânsito fácil entre os aliados e que, dos petistas, é o que joga melhor com o PMDB.

Um comentário:

Guilherme disse...

Baiano, olha essa que diz respeito a um dos tucanalas, e que de no Portal Orm de ontem.

08/06/2011 - 08h06

TRE apura notas frias emitidas por um posto



O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) pedirá esclarecimento ao proprietário de um posto de abastecimento de combustível no município de Igarapé-Miri, região nordeste do Estado, que forneceu as notas fiscais apresentadas pelo ex-deputado e atual secretário legislativo da Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), Ítalo Mácola (PSDB), na prestação de contas de sua candidatura à reeleição no ano passado. Existe a suspeita de irregularidade nos documentos que comprovam a aquisição de 1,48 milhão de litros de combustível por aproximadamente R$ 25 mil durante o período
da campanha.

'Se houve algum erro na prestação dessa informação é preciso que seja averiguado, e quem as forneceu deve ser responsabilizado', afirmou o juiz José Rubens Barreiros de Leão. Por maioria de votos, o tribunal decidiu suspender o julgamento da prestação de contas e pedir diligência, o que significa que o caso ainda precisará ser investigado. Os candidatos que deixam de apresentar a prestação de contas ou têm suas contas desaprovadas ficam impossibilitados de retirar a certidão de quitação eleitoral por quatro anos, o que implica passar duas eleições sem poder se candidatar, uma vez que a certidão integra a relação de documentos necessários para o pedido de registro de candidatura.

O entendimento do TRE é de que os valores não batem, mas a quantidade de combustível - entre óleo diesel e gasolina - adquirida também levanta suspeitas. 'Essa quantidade de gasolina seria suficiente para dar, pelo menos, quatro voltas ao mundo', ironizou o magistrado. A pedido do tribunal, que intimou Mácola a prestar esclarecimentos, o ex-candidato apresentou nove notas fiscais de um posto de combustível localizado no município de Igarapé Miri, segundo as quais havia adquirido ali mais de 1 milhão de litros de combustíveis e pagado algo em torno de R$ 24,5 mil, o que representaria 12,3% dos gastos da campanha.

Fonte: O Liberal