Aos 50 anos Cesar, um aeronauta com 30 anos de serviços prestados, ostenta com orgulho o sobrenome do pai, Carlos Lamarca, legendário militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). E, aos 40 anos do assassinato de seu pai, neste dia 17 de setembro, assume a responsabilidade de contar ao mundo o sentido da luta do militar que abraçou radicalmente a causa da liberdade em plena ditadura.
Cabe a Cesar relatar, ainda, a luta da família Lamarca, diante de a ação promovida por clubes militares que procuram suspender sua anistia política, assim como o direito de sua viúva, Maria Pavan Lamarca, de receber a pensão e a indenização – já determinadas pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça.
– Meu pai era um homem essencialmente livre. Abriu mão da carreira militar, que tanto amava, e da família, rompeu com o regime e entregou seus melhores anos por seu ideal. Ele morreu como um mendigo, ao lado de Zequinha Barreto, irmão na morte, companheiro até as últimas conseqüências – resume o filho, o perfil o pai.
Responsabilidade de não se omitir
Para o aeronauta, Lamarca não foi um desertor, como o querem qualificar os autores da ação contra seu pai.
– Quem foi terrorista foi quem torturou o povo brasileiro. Meu pai não poderia compactuar ou se omitir diante de um grupo que traiu a pátria, traiu o seu juramento à bandeira e tomou o governo, contra o povo – esclarece.
Para Cesar, ser filho de Lamarca implica na responsabilidade de não se omitir, assim como, também, de “manter a cabeça serena”. Segundo Cesar, a família Lamarca – a viúva Maria, sua irmã Cláudia, ele próprio e quatro netos – jamais fará algo para ofender uma instituição brasileira tão cara para ele, quanto o foi o Exército brasileiro.
– Mas tampouco deixaremos que nos ofendam. Precisamos dar um basta a essas ofensas – ressaltou ele.
De acordo com o filho de Lamarca, a ação que a família enfrenta é absurda.
– Ela foi formulada por um assessor militar do (deputado federal Jair) Bolsonaro – informou.
E pergunta-se:
– Se o argumento usado na ação – de que Lamarca teria sido um desertor do Exército – é válido para invalidar a sua anistia, então porque entraram com uma ação apenas contra a família de Lamarca? E porque não o fizeram com todos os demais militares com trajetórias similares que também foram anistiados? Se não entraram com açâo
contra eles, mas somente contra a nossa família, isso indica a conotação de uma clara de perseguição política.
contra eles, mas somente contra a nossa família, isso indica a conotação de uma clara de perseguição política.
Um comentário:
STJ envia processo do caso Jatene/Cerpasa para MPF. Por quê o PT não toma nenhuma iniciativa para esse caso andar?
Algum advogado do PT pode pedir pedir informações ao STJ ou ao MPF sobre esse caso?
Algum jornalista do PT pode solicitar mais informações ao STJ ou MPF sobre esse caso e produzir uma matéria?
É incrivel como o PT não consegue romper o "obsequioso silêncio" imposto sobre esse escândalo e que pode alterar completamente a disputa política neste estado.
http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=84507&tmp.area_anterior=44&tmp.argumento_pesquisa=Jatene
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/detalhe.asp?numreg=200401761791
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