domingo, 8 de janeiro de 2012

Assinamos em baixo

Publicamos aqui o artigo do blogueiro Celso Lunagaretti (foto), do Blog Náufrago da Utopia, sobre a blogueiria Cubana Yoani Sánchez. Temos divergência em relação à linha editorial do blog dela, via twitter já manifestamos nossa posição para a famosa blogueira Cubana.  Agora o direito de ir e vir, tem que ser respeitado. Assinamos em baixo, o Artigo de Lunnagarreti.

 

MINHA POSIÇÃO SOBRE A BLOGUEIRA CUBANA

"Liberdade é sempre, fundamentalmente, a liberdade de quem discorda de nós."

A máxima de Rosa Luxemburgo jamais deve ser esquecida. É a vacina e o antídoto contra o despotismo.

Então, peço aos dirigentes cubanos que reconsiderem sua decisão sobre a blogueira dissidente Yoani Sánchez.

Como ela não está sob prisão domiciliar, tem o direito de viajar ao Brasil e para onde mais quiser, quando quiser.

É totalmente inconcebível e inaceitável que ela haja pedido autorização para deixar Cuba 18 vezes, e nas 18 vezes a tenham negado.

De resto, eu prefiro que a pressão seja de esquerdistas autênticos (sem vezo autoritário) sobre o governo cubano. Não da presidente Dilma, do Senado, nem mesmo de parlamentares bem (Suplicy) ou mal intencionados.

Não é uma questão entre nações, mas sim de visões diferentes sobre como deve ser exercido o poder popular. Então, revolucionários devem se posicionar como revolucionários, não em nome de seus países.

Só em casos extremos --impedir uma execução grotesca e bestial como a de Sakineh Ashtiani, p. ex.-- é que se justifica a intervenção de governos.

Acredito que a justiça social possa coexistir com a liberdade e com o respeito aos direitos humanos. Os que pensam como eu, que enderecem suas mensagens aos governantes cubanos. São eles os destinatários corretos.

Um comentário:

Na Ilharga disse...

Companheiro Rui,
Me parece que a blogueira cubana não quer simplesmente sair de Cuba, coisa que já ocorreu. Ela pretende dar à viagem um caráter oficialesco, daí ter pedido patrocínio ao governo brasileiro, que, em boa hora, preferiu silenciar e ignorar o estapafúrdio pedido.
Enfim, ela saiu e fez seu proselitismo. Não obteve a repercussão desejada. Então, ela voltou, criou um blog e continuou comportando-se como se escrevesse diretamente de Miami. Não colou novamente. Agora, tenta concorrer ao Prêmio Nobel da Paz por vias transversas, às custas do governo brasileiro.
Como falou Marx a respeito dos genros bajuladores, que o diabo a leve!