sexta-feira, 30 de novembro de 2012

No Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes

Postado na Pagína do Face do Ananindeuadebates por   Paulo Weyl
 Essa a (in)segurança pública dos tucanos, que assume papel de destaque no mapa da violência contra os jovens.
"Ainda segundo o estudo, a situação mais grave é observada em oito Estados, onde a morte de jovens negros ultrapassa a marca de 100 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pará. A análise por municípios é ainda mais preocupante: em Simões Filho, na Bahia, e em
Ananindeua, no Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes". Veja mais abaixo..., porque ninguem terá oportunidade de ler na imprensa beneficiária das verbas distribuidas pela griffo
Veja.

Mapa da Violência 2012 mostra "pandemia" de mortes de jovens negros, diz professor

Thais Leitão
Da Agência Brasil, em Brasília
 
 
 
As mortes por assassinato entre os jovens negros no país são, proporcionalmente, duas vezes e meia maior do que entre os jovens brancos. Em 2010, o índice de mortes violentas de jovens negros foi de 72, para cada 100 mil habitantes; enquanto entre os jovens brancos foi de 28,3 por 100 mil habitantes. A evolução do índice em oito anos também foi desfavorável para o jovem negro. Na comparação com os números de 2002, a taxa de homicídio de jovens brancos caiu (era 40,6 por 100 mil habitantes). Já entre os jovens negros o índice subiu (era 69,6 por 100 mil habitantes).
Os dados fazem parte do "Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil", divulgado nesta quinta-feira (29) em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).
De acordo com o professor Julio Jacobo, responsável pelo estudo, os dados são “alarmantes” e representam uma “pandemia de mortes de jovens negros”. Entre os fatores que levam a esse panorama, ele cita a “cultura da violência” --tanto institucional como doméstica, e a impunidade. Segundo o professor, em apenas 4% dos casos de homicídios no Brasil, os responsáveis vão para a cadeia.
“O estudo confirma que o polo de violência no país são os jovens negros e não é por casualidade. Temos no país uma cultura que justifica a existência da violência em várias instâncias. O Estado e as famílias toleram a violência e é essa cultura que faz com que ela se torne corriqueira, que qualquer conflito seja resolvido matando o próximo”, disse Jacobo.
O professor defende políticas públicas mais amplas e integradas para atacar a questão, principalmente na área da educação. “Há no país cerca de 8 milhões de jovens negros que não estudam nem trabalham. As políticas públicas de incorporação dessa parcela da população são fundamentais para reverter o quadro”.
Ainda segundo o estudo, a situação mais grave é observada em oito Estados, onde a morte de jovens negros ultrapassa a marca de 100 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pará. A análise por municípios é ainda mais preocupante: em Simões Filho, na Bahia, e em Ananindeua, no Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes.
O professor enfatizou que as taxas de assassinato entre a população negra no Brasil são superiores às de muitas regiões que enfrentam conflitos armados. Jacobo também comparou a situação brasileira à de países desenvolvidos, como Alemanha, Holanda, França, Polônia e Inglaterra, onde a taxa de homicídio é 0,5 jovem para cada 100 mil habitantes.
“Para cada jovem que morre assassinado nesses países, morrem 106 jovens e 144 jovens negros no Brasil. Se compararmos com a Bahia, são 205 jovens negros para cada morte naqueles países; e no município baiano de Simões Filho, que tem o pior índice brasileiro, são 912 mortes de jovens negros para cada assassinato de jovem”, disse.
O secretário-executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, enfatizou que o governo federal tem intensificado as ações para enfrentar o problema que classificou de “crucial”. Ele lembrou que foi lançado em setembro, em Alagoas, o projeto Juventude Viva, para enfrentar o crescente número de homicídios entre jovens negros de todo o país. A iniciativa prevê aulas em período integral nas escolas estaduais, a criação de espaços culturais em territórios violentos e o estímulo ao empreendedorismo juvenil, associado à economia solidária.
O Juventude Viva, programa coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude em parceria com oito ministérios (Secretaria-Geral, Seppir, Justiça, Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, Cultura e Esporte), é a primeira etapa de uma ação mais ampla –o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra. A meta do governo é expandir o programa no primeiro semestre de 2013 para mais cinco unidades federativas: Paraíba, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul.
“O objetivo é garantir um conjunto de serviços às comunidades onde esses jovens residem, como infraestrutura, além de fornecer oportunidade de estudo e de ocupação para eles, aproveitando inclusive os eventos esportivos que o Brasil vai sediar, como a Copa do Mundo”, disse Theodoro.

 

3 comentários:

Anônimo disse...

90% da população paraense é formada por negros e indios ou micigenados, apenas 10% são brancos que vieram de outros estados, e ai vem um perquisa dizer de cada 100.000 400 eram negros, na segunda feira no sem sensura para eu vi antropologo professora da UFPA, falando tanta besteira, tanta babaquice eu fiquei com pena dela com tanta educação para tão pouca estima, se auto desvalorizando sem necessidade, se ela sendo uma prof. age dessa maneira imagine os outros é racismo pra ca racismo pra lá, cota pra isso, cota praquele e assim vai, vamos parar com isso O RACISMO BRASILEIRO É PROBREZA E NÃO TEM COR depende da região, no nordeste e norte somos dciscriminados por sermos pobres e analfabetos. Isso sim é discriminação. Mario Couto é Branco, alacide é branco, são ricos e porcos e corruptos não pela cor e sim pelo carater. O resto meu amigo frustação

Anônimo disse...

Até hoje o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes, ainda não nomeou o Diretor de Prevenção à Criminalidade e à Violência (Diprev). Com isso, não há trabalho estratégico de prevenção na secretaria. Tudo está baseada na famigerada Operação Eirene, que no governo anterior se chamava FORÇA PELA PAZ. Essa atuação de exclusiva repressão não constrói relação de confiança com a população. A polícia chega num bairro, bate e sai. Nenhum cidadão de bem confiará em denunciar um traficante ou malfeitor, porque no outro dia, a polícia sai do bairro e o cidadão de bem fica de cara com o bandido.
A Segup anunciou a construção de 30 UIPPs e a da Terra Firme, a primeira já inaugurada há mais de um ano, não funciona como deveria funcionar, dentro da filosofia de Polícia Comunitária, como anunciada pelo próprio governador Simão Jatene e por sua filha Izabela Jatene, do Propaz.
O que temos lá é um amontoado de policiais, reduzindo o que seria um grande trabalho preventivo, em mais uma delegacia ou depósito de presos.
Para completar: os seis cursos nacionais de POLÍCIA COMUNITÁRIA, previstos para serem realizados por convênio assinado com a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) não foram realizados por falta de quorum por parte dos órgãos de segurança: não mandaram os policiais civis e militares e nem os bombeiros para a sala de aula.

Anônimo disse...

Tem uma Creche no Bairro da aguas lindas, I.Dulce, que diz que quem manda lá não é a prefeitura e sim o vereador Begot, a direção e os coordenadores afirmam que nem o Pioneiro pode tirar eles da escola, inclusivem esta coordenação ameaças os concursados que se encontram no probatório, cuidado Pioneiro com esse poder paralelo, investigue.