terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Marina Silva pode dar importante passo hoje para criar novo partido

Via Blog do Melck


Candidata pelo pequeno PV, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez história nas eleições presidenciais de 2010 ao conseguir a terceira colocação e quase 20 milhões de votos. Um patrimônio político considerável.

Contrariando expectativas de lideranças históricas do PV, ela deixou o partido e se recusou a disputar eleições municipais no seu Acre no ano passado. Liderança nacional, reconhecida internacionalmente por sua luta por um desenvolvimento sustentável, a defesa intransigente da cidadania e o combate à corrupção, há dois anos ela alimenta a ideia de criar um novo partido e desde o ano passado esteve à frente da articulação do Movimento por uma Nova Política.

Agora, faltando ainda um ano e oito meses da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva dá um passo importante no dia de hoje. Ela reúne em São Paulo lideranças do movimento de todo o Brasil para avançar na decisão de lançar a campanha para recolher assinaturas que possam viabilizar o novo partido, que no seio do movimento já tem, inclusive, debate sobre o nome da nova agremiação.

O anuncio público e a campanha, que precisa recolher 500 mil assinaturas de apoio, deve ser deflagrada na reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional em fevereiro. O novo partido deve reunir muitos ambientalistas, lideranças de entidades organizadas da sociedade civil, profissionais liberais, gente oriunda da comunidade universitária, e ainda atrair parlamentares descontentes oriundos de várias legendas.

A imprensa nacional já especula possíveis adesões, como da ex-senadora e atual vereadora por Maceió Heloísa Helena, do PSOL, o deputado federal Walter Feldman (SP), descontente com o PSDB, o deputado Alessandro Molon, do PT carioca, o deputado Reguffe (PDT-DF) e o deputado Domingos Dutra (PT-MA), dentre outros.

Se algumas teses que vem sendo discutidas no seio do Movimento por uma Nova Política se concretizarem na formatação final do programa, manifesto  e estatuto da nova sigla o discurso de Marina de edificar um "partido diferente", pode conquistar muita gente descrente com a prática política e os processos eleitorais. Os debates vão ser intensos, mas é forte a tendência de que a nova sigla não vá aceitar doações de pessoas jurídicas - serão aceitas apenas as oferecidas por pessoas físicas. A ex-senadora é também defensora que a legenda reserve cota de 50% das vagas para os filiados que tenham "ativismo autoral", deixando-os livres para empunhar as bandeiras e teses que quiserem, sem impor uma camisa de força partidária. E o combate à corrupção será outro tema central do programa partidário.  

Já são 30 partidos oficialmente reconhecidos no Brasil. Boa parte deles verdadeiras siglas de aluguel, sem postura ideológica ou proposições efetivas a fazer à sociedade. Pelo que tudo indica, o partido em gestação por Marina Silva quer quebrar esta triste realidade. Isso, pode contribuir, em muito, para o debate democrático no país, e ocupar uma lacuna deixada pelo PT, que depois que se tornou governo experimentou um afastamento crescente do movimento sindical, popular e estudantil. Até porque o perfil que o movimento vem adotando é de centro-esquerda.

Eu sou Melck Aquino, e essa é a minha opinião.

Um comentário:

francisco da silva santos disse...

Acredito que teremos de ser capazes de conseguir interpretar a vontade e o desejo da maioria dos presentes nesta reunião de hoje e assim continuarmos nesta caminhada que nos propusemos no movimento por uma nova política no Brasil.