Via Blog do Melck
Candidata pelo pequeno PV, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
fez história nas eleições presidenciais de 2010 ao conseguir a terceira
colocação e quase 20 milhões de votos. Um patrimônio político
considerável.
Contrariando
expectativas de lideranças históricas do PV, ela deixou o partido e se
recusou a disputar eleições municipais no seu Acre no ano passado.
Liderança nacional, reconhecida internacionalmente por sua luta por um
desenvolvimento sustentável, a defesa intransigente da cidadania e o
combate à corrupção, há dois anos ela alimenta a ideia de criar um novo
partido e desde o ano passado esteve à frente da articulação do Movimento por uma Nova Política.
Agora, faltando ainda um
ano e oito meses da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva dá
um passo importante no dia de hoje. Ela reúne em São Paulo lideranças
do movimento de todo o Brasil para avançar na decisão de lançar a
campanha para recolher assinaturas que possam viabilizar o novo partido,
que no seio do movimento já tem, inclusive, debate sobre o nome da nova
agremiação.
O anuncio público e a
campanha, que precisa recolher 500 mil assinaturas de apoio, deve ser
deflagrada na reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional em
fevereiro. O novo partido deve reunir muitos ambientalistas, lideranças
de entidades organizadas da sociedade civil, profissionais liberais,
gente oriunda da comunidade universitária, e ainda atrair parlamentares
descontentes oriundos de várias legendas.
A imprensa nacional já
especula possíveis adesões, como da ex-senadora e atual vereadora por
Maceió Heloísa Helena, do PSOL, o deputado federal Walter Feldman (SP),
descontente com o PSDB, o deputado Alessandro Molon, do PT carioca, o
deputado Reguffe (PDT-DF) e o deputado Domingos Dutra (PT-MA), dentre
outros.
Se algumas teses que vem
sendo discutidas no seio do Movimento por uma Nova Política se
concretizarem na formatação final do programa, manifesto e estatuto da
nova sigla o discurso de Marina de edificar um "partido diferente", pode
conquistar muita gente descrente com a prática política e os processos
eleitorais. Os debates vão ser intensos, mas é forte a tendência de que a
nova sigla não vá aceitar doações de pessoas jurídicas - serão aceitas
apenas as oferecidas por pessoas físicas. A ex-senadora é também
defensora que a legenda reserve cota de 50% das vagas para os filiados
que tenham "ativismo autoral", deixando-os livres para empunhar as
bandeiras e teses que quiserem, sem impor uma camisa de força
partidária. E o combate à corrupção será outro tema central do programa
partidário.
Já são 30 partidos
oficialmente reconhecidos no Brasil. Boa parte deles verdadeiras siglas
de aluguel, sem postura ideológica ou proposições efetivas a fazer à
sociedade. Pelo que tudo indica, o partido em gestação por Marina Silva
quer quebrar esta triste realidade. Isso, pode contribuir, em muito,
para o debate democrático no país, e ocupar uma lacuna deixada pelo PT,
que depois que se tornou governo experimentou um afastamento crescente
do movimento sindical, popular e estudantil. Até porque o perfil que o
movimento vem adotando é de centro-esquerda.
Eu sou Melck Aquino, e essa é a minha opinião.
Um comentário:
Acredito que teremos de ser capazes de conseguir interpretar a vontade e o desejo da maioria dos presentes nesta reunião de hoje e assim continuarmos nesta caminhada que nos propusemos no movimento por uma nova política no Brasil.
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