terça-feira, 11 de junho de 2013

Morre aos 90 anos o historiador marxista Jacob Gorender

Nascido em Salvador, em 1923, Gorender foi um dos mais importantes historiadores brasileiros; O escravismo colonial é considerada sua principal obra:

Morreu nesta terça-feira (11) aos 90 anos o historiador marxista Jacob Gorender. Entre as obras mais importantes que fazem parte da historiografia brasileira estão O escravismo colonial (1978), Combate nas trevas (1987) e A escravidão reabilitada (1990). Em nota, a presidente Dilma Rousseff lametou a morte de Gorender, a quem chamou de amigo e companheiro. "Não teve medo das polêmicas intelectuais, assim como não teve medo de defender suas ideias, mesmo pagando o pior dos preços", afirmou a presidente. 
  

Nascido em Salvador, em 1923, Gorender foi um dos mais importantes historiadores brasileiros. Filho de um judeu ucraniano socialista, frequentou a Faculdade de Direito de Salvador, onde militou na União de Estudantes da Bahia, durante o início de 1940.
Gorender foi membro do PCB e, depois do golpe de 1964, fundou com Mário Alves, Apolônio de Carvalho e outros o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Foi preso durante a ditadura militar e, ao deixar a prisão, largou a militância partidária para se dedicar à vida intelectual.
Mais recentemente, segundo informações da Editora Boitempo, ele se dedicava a compreender o Brasil numa perspectiva crítica dos anos Lula.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também lamentou a morte do “extraordinário historiador, dirigente partidário, e amigo pessoal” Jacob Gorender. “O que me consola nesse momento é que a contribuição desse grande militante e intelectual continuará viva nos livros sobre a história do Brasil”, disse em nota.
 
Leia a íntegra da nota de Dilma
 
Dilma lamenta morte de Jacob Gorender
Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do amigo e companheiro Jacob Gorender. Autor de duas obras clássicas da historiografia brasileira, O Escravismo Colonial e Combate nas Trevas, Gorender foi um pensador do Brasil. Não teve medo das polêmicas intelectuais, assim como não teve medo de defender suas ideias, mesmo pagando o pior dos preços.
Nós nos conhecemos presos no Dops, em São Paulo. Ele estava convalescente de torturas e foi conselheiro importante em um momento crucial na minha vida.
Aos familiares, amigos e admiradores, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro.

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