Vereador Cleber Rabelo |
Por Daniel
Veiga
A queda do PSTU foi quase igual a do PT, um decréscimo de 56,4% dos
votos, comparado com a votação conseguida em 2012, ocasião em que elegeu
vereadores em Natal e Belém. A queda na votação do PSTU fez com que o partido
não conseguiu eleger nenhum vereador no pleito de 2016. Do balanço apresentado
pela direção nacional do PSTU “O que saiu das urnas? Rejeição aos políticos e voto castigo contra o PT”,
não encontramos nenhuma explicação para o também voto de castigo ao PSTU,
apenas críticas aos governos do PT, sem nenhuma autocrítica da sua política
isolacionista, que inclusive levou ao “racha” de agosto, com a perda de quase
800 militantes. Em nota da direção local do PSTU em Natal- RN, alega-se que “a não reeleição da
companheira Amanda Gurgel para vereadora em Natal foi uma derrota dos trabalhadores
da cidade. Esta derrota se deve a uma legislação eleitoral restritiva, permeada
pela corrupção generalizada que transformou as eleições num jogo de cartas
marcadas”. Ora, mas as eleições no Brasil sempre foram
realizadas com a corrupção generalizada presente, além da existência das
cláusulas de barreira, tal como em 2012, quando a vereadora foi eleita com mais
de 32 mil votos e considerada um fenômeno eleitoral.
A nota ainda assevera, na mesma linha da posição nacional que “estas eleições se deram sob o signo de uma ruptura da classe
trabalhadora brasileira com o PT, que decepcionou o povo brasileiro e foi
duramente castigado nestas eleições”. Apenas
considerar que “esse desserviço que o PT fez com a
esquerda brasileira influenciou negativamente o resultado destas eleições e foi
determinante para que houvesse uma abstenção recorde, que somada aos votos
nulos e brancos, ultrapassou a quantidade de votos dados aos candidatos na
maioria das capitais”, expressa muito pouco por que
o PSTU também foi tão duramente castigado pelas urnas.
Mas, passadas as refregas eleitorais, a conjuntura nos aponta a
necessidade de barrar a marcha golpista e derrotar o seu propósito antipopular,
antinacional e antidemocrático, pois, apesar da ofensiva
desfechada pelo capital e das dificuldades surgidas ante o mundo laboral,
avança a resistência popular ao processo golpista, desta feita direcionada à
defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários, nacionais e democráticos,
que a plataforma e as ações do governo Temer procuram suprimir por meio de
iniciativas políticas, ações administrativas, projetos de lei e propostas de
emenda constitucional.
A
resistência ao conservadorismo exige a construção de uma alternativa nacional e
instrumentos novos – a frente de unidade popular, de
caráter orgânico, institucional, permanente, amplo e unitário, capaz de
abrigar, institucionalmente, não só partidos, como também correntes políticas,
dirigentes e parlamentares hoje minoritários em agremiações conservadoras –,
para além de entendimentos intracongressuais em torno de temas singulares ou de
articulações voltadas exclusivamente à mobilização de massas.
NR. O vereador Cléber Rabelo foi eleito em 2012 com 4.691 votos. Para prefeito obteve
só 1.919
só 1.919
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