terça-feira, 25 de outubro de 2016

"PSTU... apenas críticas aos governos do PT, sem nenhuma autocrítica da sua política isolacionista"


Vereador Cleber Rabelo

 Por Daniel Veiga

Ainda outro balanço das Eleições, parte II


  A queda do PSTU  foi quase igual a do PT, um decréscimo de 56,4% dos votos, comparado com a votação conseguida em 2012, ocasião em que elegeu vereadores em Natal e Belém. A queda na votação do PSTU fez com que o partido não conseguiu eleger nenhum vereador no pleito de 2016. Do balanço apresentado pela direção nacional do PSTU “O que saiu das urnas? Rejeição aos políticos e voto castigo contra o PT”, não encontramos nenhuma explicação para o também voto de castigo ao PSTU, apenas críticas aos governos do PT, sem nenhuma autocrítica da sua política isolacionista, que inclusive levou ao “racha” de agosto, com a perda de quase 800 militantes. Em nota da direção local do PSTU em Natal- RN, alega-se que “a  não reeleição da companheira Amanda Gurgel para vereadora em Natal foi uma derrota dos trabalhadores da cidade. Esta derrota se deve a uma legislação eleitoral restritiva, permeada pela corrupção generalizada que transformou as eleições num jogo de cartas marcadas”. Ora, mas as eleições no Brasil sempre foram realizadas com a corrupção generalizada presente, além da existência das cláusulas de barreira, tal como em 2012, quando a vereadora foi eleita com mais de 32 mil votos e considerada um fenômeno eleitoral.
A nota ainda assevera, na mesma linha da posição nacional que “estas eleições se deram sob o signo de uma ruptura da classe trabalhadora brasileira com o PT, que decepcionou o povo brasileiro e foi duramente castigado nestas eleições”. Apenas considerar que “esse desserviço que o PT fez com a esquerda brasileira influenciou negativamente o resultado destas eleições e foi determinante para que houvesse uma abstenção recorde, que somada aos votos nulos e brancos, ultrapassou a quantidade de votos dados aos candidatos na maioria das capitais”, expressa muito pouco por que o PSTU também foi tão duramente castigado pelas urnas.
Mas, passadas as refregas eleitorais, a conjuntura nos aponta a necessidade de barrar a marcha golpista e derrotar o seu propósito antipopular, antinacional e antidemocrático, pois, apesar da ofensiva desfechada pelo capital e das dificuldades surgidas ante o mundo laboral, avança a resistência popular ao processo golpista, desta feita direcionada à defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários, nacionais e democráticos, que a plataforma e as ações do governo Temer procuram suprimir por meio de iniciativas políticas, ações administrativas, projetos de lei e propostas de emenda constitucional.
A resistência ao conservadorismo exige a construção de uma alternativa nacional e instrumentos novos – a frente de unidade popular, de caráter orgânico, institucional, permanente, amplo e unitário, capaz de abrigar, institucionalmente, não só partidos, como também correntes políticas, dirigentes e parlamentares hoje minoritários em agremiações conservadoras –, para além de entendimentos intracongressuais em torno de temas singulares ou de articulações voltadas exclusivamente à mobilização de massas.

NR. O vereador Cléber Rabelo foi eleito em 2012 com  4.691 votos. Para prefeito obteve
 só 1.919


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