quinta-feira, 26 de julho de 2018

Promotor que mandou Cabral para solitária cometeu abuso de autoridade, diz juiz

Jornal GGN - O promotor de Justiça André Guilherme de Freitas cometeu abuso de autoridade ao ordenar que Sergio Cabral fosse preso numa solitária após ter sido questionado pelo ex-governador. A informação é do Conjur.
 
Segundo o portal, o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Rafael Estrela, revogou a ordem no mesmo dia, apontando que cabe apenas ao diretor da penitenciária e à Justiça determinar a transferência de presos para alas de isolamento.
 
O advogado de Cabral deve processar o promotor no Conselho Nacional do Ministério Público por abuso de autoridade.
No Conjur
 
 
Por entender que houve abuso do Ministério Público ao enviar o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para uma cela solitária, o juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Rafael Estrela, revogou a ordem, determinando que o ex-governador volta a sua cela.
 
A ida para a solitária foi determinada pelo MP na manhã desta terça-feira (24/7), após um desentendimento entre Cabral e o promotor de Justiça André Guilherme de Freitas, que fazia a visita de rotina ao presídio Bangu 8, onde estão presos acusados pelo braço fluminense da operação “lava jato”. Durante a inspeção, Freitas pediu para Cabral e os demais detentos ficarem de frente para a parede em “posição de confere”. Como o emedebista questionou a ordem, o promotor o enviou para uma cela solitária.
 
Mas a ordem foi revogada à tarde pela VEP, que a considerou ilegal. A determinação do promotor está fora de suas atribuições legais, de acordo com a Constituição Federal e a Constituição do Rio. De acordo com a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984), essa atribuição é do diretor do presídio, e é necessário haver comunicação imediata ao juiz da VEP.
 
“Não se pode conceber que as atividades administrativas inerentes ao sistema prisional fiquem à margem de ordens flagrantemente ilegais, em afronta à separação dos poderes e à ordem constitucional do Estado Democrático de Direito”, escreveu o juiz Rafael Estrela na decisão.
 
Estrela também considerou nulo o processo disciplinar instaurado contra Cabral, por ordem verbal do promotor.
 
O advogado do ex-governador, Rodrigo Roca, disse ao jornal O Globo que irá apresentar representação contra André Freitas no Conselho Nacional do Ministério Público por abuso de autoridade.
 
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