Por Ivan Sampaio*
Boeing
O final de semana mexeu com o mundo político paraense, destacando-se a
candidatura de Márcio Miranda (DEM), que caso fosse um Boeing, estaria passando
por forte turbulência até pousar na Convenção do ultimo domingo.
Decisão unilateral de Jatene
Sob o mau humor de instabilidades, fecundadas no ninho tucano contra o
governador Jatene que indicou e apoiou o presidente da ALEPA para sucedê-lo,
com decisão unilateral, ocorrida nos cochichos das alcovas, não permitindo que
a conversa seguisse à cozinha para que ganhasse corpo partidário. Sem imaginar
que colocaria à prova seu poder soberano, baseado que suas decisões na gestão, jamais
foram submetidas às discussões do partido, no entanto, Jatene desconsiderou o
fato de estar em fim de mandato e que o fato da indicação de Marcio Miranda, que
apesar da ser da base do governo, desagradaria todo o ninho tucano, em que até
os mais fiéis emplumados, cismam do atual consórcio do poder!
Turbulências começaram em Ananindeua
Sob fortes turbulências, iniciada em Ananindeua, em que o prefeito
Pioneiro, que preterido pelo governador, deu pontapé inicial a uma pequena
rebelião, que se alastrou por outros setores da base governista, submetendo-o
ao grande sufoco, em que, para apagar os incêndios que criou, Jatene quis brindar
seus partidários com o cargo de vice, mas surpreendeu-se com a esnobação simultânea,
em que, depois de vários nomes sondados, todos recusaram.
Pioneiro não quis indicar o vice
Na ultima cartada, a indicação
ficou por conta do prefeito de Ananindeua, que reuniu sua tropa na sexta
(03/08), e colocou o pepino na mesa, e o Dr. Daniel, presidente da Câmara do
município, também não aceitou ser o vice de MM, pois, preferiu seguir com
planos de ser deputado estadual e depois, disputar a prefeitura de Ananindeua,
pulando fora da armadilha de Jatene.
Megale vai para o sacrifício
Assim, com o pepino de volta a seu colo, já sem esperanças de, com esta
estratégia, dirimir dificuldades de voltar a unir o partido para enfrentar os
rigores da campanha, o governador chamou seu mais veterano piloto de voos, o
ex-deputado Megale, um homem fiel (como se falava no jargão lenista, o melhor o
partido), que apesar de estar sem mandato, seria o vice para controlar a
turbulência na campanha de Márcio Miranda, indo ai ao sacrifício de um voo
incerto e de brigar por um cargo despido de poder ou privilégios, saboreado
pelo arrependido Zequinha Marinho.
Procurando um voo seguro
Depois da realização da Convenção, a chapa parte para registro no TRE e
a partir do dia 16, começa a campanha oficial, que definirá ou não se a
sofreguidão imposta ao governador foram apenas gracejos de fracos descontentes ou
se realmente, ficarão valendo como tapas na cara de um amor rompido, e assim,
novas turbulências irão acontecer na base governista.
*Empresário e ex-presidente da ACIA Associação Comercial e Industrial de
Ananindeua
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