segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Futuro presidente da Petrobras defendeu privatização da estatal


Reprodução / Youtube
Roberto Castello Branco
Castello Branco defendeu a privatização da estatal após a greve dos caminhoneiros
Nesta segunda-feira 9, Paulo Guedes,  futuro ministro da Economia, confirmou Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras no governo de Jair Bolsonaro (PSL). 
Atualmente, o economista é diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento da Fundação Getúlio Vargas. Ex-diretor do Banco Central e da Vale, ele integrou o Conselho de Administração da Petrobras em 2015, mas deixou o posto no ano seguinte. 
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Pós-doutorado pela Universidade de Chicago, onde Guedes também se formou, Castello Branco abraça a visão ultraliberal do futuro ministro. Além da dupla, Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff e indicado por Bolsonaro para a Presidência do BNDES, também formou-se na escola norte-americana de perfil pró-mercado. 
O futuro ministro da Fazenda e Castello Branco são amigos desde a década de 1980, quando este presidiu o Ibmec, rede de ensino fundada por Guedes. 
Em junho deste ano, Castello Branco mostrou estar afinado com o discurso do futuro governo, ao se declarar a favor da privatização da estatal que assumirá em janeiro de 2019. 
Em artigo publicado em junho no jornal Folha de S.Paulo, o economista defendeu a competição entra várias empresas privadas no mercado de combustíveis e argumentou que a greve dos caminhoneiros representava "mais uma razão para privatizar a Petrobras".
Segundo ele, a principal razão para a crise que resultou na paralisação é o fato de o "comitê de uma única empresa, uma estatal dona de 99% do refino" ser a responsável por definir o preço dos combustíveis. 
À época, Castello branco afirmou que o excesso de oferta de fretes rodoviários, seu diagnóstico sobre a origem da crise, foram um terreno fértil para pressões sobre "um governo populista, politicamente enfraquecido e num ano eleitoral". 
"É inaceitável manter centenas de bilhões de dólares alocados a empresas estatais em atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada, enquanto o Estado não tem dinheiro para cumprir obrigações básicas, como saúde, educação e segurança pública, que até mesmo tiveram recursos cortados para financiar o subsídio ao diesel", escreveu Castello Branco. 
"Uma das lições que se tira desta crise é a urgente necessidade de privatizar não só a Petrobras, mas ou estatais", concluiu na ocasião o futuro presidente da estatal. 

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