Sabe-se, agora, que Deltan Dallangnol tinha uma companheira de jornada, a quem carinhosamente designava de “laranja”: a também procuradora Thaméa Danelon. Juntos, Dallangnol & Danelon formaram, nos porões da Lava Jato, uma dupla do barulho.
Danelon é uma dessas disfunções ambulantes do conceito de Ministério Público consolidado pela Constituição Federal de 1988 – como de resto, toda essa patota de Curitiba que, de fiscal da lei, transformou o MP em um diretório político de extrema-direita em nome da sempre recorrente e reacionária luta anticorrupção.
No estilo dondoca empoderada, cada vez mais, um clássico do alto serviço público brasileiro, Thaméa Danelon era figurinha fácil nos eventos pró impeachment de Dilma Rousseff ao lado de lideranças do Vem Pra Rua, uma dessas agremiações fascistoides que transformaram as cores nacionais numa combinação nauseabunda de tons verde e amarelo de ódio e proselitismo neonazista.
Danelon chegou a ser nomeada chefe da força-tarefa da Lava Jato, em São Paulo, mas foi demitida por incompetência. Na avaliação de seus gurus liderados por Deltan Dallagnol, a frente lavajatista paulistas não conseguiu impor o mesmo ritmo de suas coirmãs de Curitiba e do Rio de Janeiro. A procuradora, no entanto, manteve-se leal a seu parceiro, como demonstram os novos vazamentos do Telegram publicados pelo The Intercept Brasil.
Danelon, a pedido de Dallangnol, articulava-se com grupos neofascistas para pressionar o Supremo Tribunal Federal a votar a favor de manter a prisão de réus condenados em segunda instância, contra o que manda a Constituição. O alvo, claro, era o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a única e verdadeira obsessão dessa gente.
Não só aceitou ser laranja do alegre Dallangnol como, em pleno surto de ódio àqueles que hesitavam em realizar seus desejos sombrios, no STF, disparou, no Telegram, com a típica risadinha dos bolsominions: “Eu colocava todos na barraca e metralhava kkkk”.
São essas pessoas, mercenários loucos e doentes, que ajudaram a prender um homem inocente, destruíram a economia do País e criaram o terreno fértil para a eleição de um demente para a Presidência da República. *Jornalista pela Democracia
Um comentário:
Bonnie e Clyde, pelo menos, eram autênticos.
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