"Lava-jatismo baiano"- Prefeito de Salvador usa ação na justiça para perseguir deputado
ACM Neto e Robson Almeida
O deputado do PT da Bahia Robinson Santos Almeida foi condenado pela justiça a 1 ano, 9 meses e 23 dias por um juiz 12ª Vara Criminal de Salvador a pedido do prefeito de Salvador, ACM Neto, e da sua mãe, a presidente de honra do Parque Social, Rosário Magalhães. Por um simples comentário feito em março de 2018, em uma postagem no Facebook, sobre o repasse de R$ 2,8 milhões de verba do município para beneficiar o Parque Social ONG presidida pela mãe do prefeito. O deputado disse: “Neto não vai me calar (...) Não caluniei nem difamei ninguém. Fiz uma critica política a uma decisão do prefeito de inverter prioridades, de ao invés de priorizar investimentos na saúde, na atenção básica, decidiu na época destinar R$ 2,8 milhões para uma ONG presidida por sua mãe”. O deputado depois que foi informado da condenação, declarou que, “como Bolsonaro, o prefeito não consegue viver com o contraditório, com a crítica”. E que ACM Neto, “como figura pública, deveria saber que é passivo de questionamentos ou aplausos, de qualquer cidadão, quanto as decisões que tomar na gestão da nossa capital”. Vários jurista ficaram surpreso com a condenação, que atenta contra liberdade de expressão e crítica. Em nota, a bancada do PT na Câmara Federal declarou que "é prática carlista, histórica, perseguir seus opositores e cercear o debate público, plural, sobre a cidade e o Estado, sempre que estão no poder". "A Bahia viveu por décadas sob esse tipo de censura, em que o debate público sobre as prioridades de investimento e também de gestão da administração pública era silenciada, os opositores do carlismo perseguidos e cerceados”, afirma trecho da nota subscrita pelos deputados Afonso Florence, Jorge Solla, Joseildo Ramos, Nelson Pelegrino, Valmir Assunção, Waldenor Pereira e Zé Neto. Em Tempo, o deputado Robson Almeida é pré-candidato a prefeitura de Salvador.
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